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Sistema Reprodutor Feminino

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Sistema Reprodutor Feminino
Histologia:
Desenvolvimento inicial do ovário: no fim da fase de vida embrionária uma população de células germinativas primordiais migra do saco vitelino até os primórdios gônadais, onde as gônadas estão começando-se a desenvolver. Nas gônadas as células germinativas primordiais se dividem e se transformam em ovogônias. As ovogônias entram em prófase da primeira divisão meiótica. Essas células constituem ovócitos primários que são envolvidas por uma camada de células achatadas as células foliculares.
Muitos ovócitos primários sofrem atresia.
Folículos primordiais: formado durante a vida fetal e nunca sofreu nenhuma transformação. Formado por: um ovócito primário envolvido por uma única camada de células foliculares. A maioria desses folículos se localiza na região cortical próximo a túnica albugínea. 
Puberdade: a partir da puberdade, cada dia um pequeno grupo de folículos primordiais inicia um processo chamado crescimento folicular. O crescimento folicular é estimulado por FSH secretado pela hipófise. 
Folículos primários: o ovócito cresce e as células foliculares aumentam de volume e se dividem em mitose, formando uma camada única de células, neste momento o folículo é chamado de: folículo primário unilaminar.
As células foliculares continuam se proliferando e originando a camada granulosa e uma espessa camada de zona pelúcida (composta por várias glicoproteína), o folículo passa a ser chamado de: folículo primário multilaminar.
Folículo secundário: um líquido chamado líquido folicular acumula-se entre as células foliculares, o espaço que contem esse fluído se unem formando o antro folicular. Algumas células da granulosa se concentram na parede do folículo (cumulus oophorus). Um grupo de células foliculares envolvendo o oócito é denominado de corona radiata.
Tecas foliculares: o estroma se modifica formando as tecas foliculares. Formam a teca externa e a teca interna.
Folículo de Graaf: durante cada ciclo 1 folículo antral cresce muito mais que os outros, tornando-se um folículo dominante. Que pode alcançar o estágio mais desenvolvido de crescimento e prosseguir até a ovocitação. Os outros folículos que não cresceram suficiente para ficar maduro sofrem atresia.
Ovocitação: é a ruptura da parede do folículo maduro e a consequente liberação dos ovócitos que serão capturados pela fimbrias da tuba uterina.
Corpo lúteo: após a ovocitação as: células da granulosa e da teca interna do folículo que ovocitou se reorganizam e formam uma glândula endócrina temporária chamada de corpo lúteo.
Formação do corpo lúteo: a perda do fluído folicular durante a ovocitação, resulta em um colapso da parede do folículo, que se torna pregueada.
Anatomia:
O sistema reprodutor feminino é composto por:
Ovário;
Tuba uterina;
Útero;
Cérvix;
Vagina;
Vestíbulo;
Vulva.
Ligamentos o útero: mesovário, mesossalpinge e mesométrio.
Ovário: permanece na cavidade abdominal. Desempenha função: endócrina (na liberação de óvulos) e exócrina (na esteroidogênese). As células germinativas primordiais tem origem extragonadal e migram do saco vitelino mesentérico para as cristas genitais.
Durante o desenvolvimento fetal as oogônias são produzidas por multiplicação mitótica. Seguida pela primeira divisão meiótica, o que irá formar milhões de oócitos, porém, este processo é interrompido na prófase. Com o nascimento a uma redução no número de oócitos por atresia, outra redução poderá ocorrer na puberdade.
No nascimento: uma camada de células foliculares envolve os oócitos primários no ovário, formando os folículos primordiais.
O formato e tamanho do ovário vária com a espécie. O tamanho ainda pode variar dentro da própria espécie devido ao ciclo.
O ovário é composto de medula e córtex, que é envolvido pelo epitélio germinativo.
Medula ovariana: constituída por tecido conjuntivo fibroelástico distribuído de forma irregular. E por nervos e sistema vascular.
Córtex ovariano: contém folículos ovarianos e/ou corpos lúteos em vários estágios de desenvolvimento e regressão.
 
Oviduto: pode ser dividido em 4 segmentos funcionais=
Fímbrias: tem formato de franja e tem abertura próxima ao ovário.
Infundíbulo: tem formato de funil.
Ampola: dilatada mais distalmente.
Istmo: estreito e liga-se ao lúmen uterino. 
O oviduto possui em sua mucosa células ciliadas. O ritmo de pulsação dos cílios é afetado pelo nível de hormônio do ovário (tem atividade máxima durante a ovulação). A ação de pulsação dos cílios parece facilitar que o óvulo que está rodeado pelas células do cumulus, seja retirado da superfície do folículo. 
A pulsação dos cílios ocorre em direção ao útero e é auxiliada pelas contrações do oviduto, isto mantém o óvulo em constante rotação no oviduto, movimento importante para a fertilização. Este processo previne a implantação no próprio oviduto. 
Útero: é composto por 2 cornos, 1 corpo e 1 cérvix.
Glândulas endometriais: se abrem na superfície do endométrio, EXCETO nas áreas carunculares (em ruminantes). Apresentam-se relativamente retas durante o cio, e crescem, secretam e tornam-se mais espiraladas e complexas à medida que aumenta o nível de progesterona produzido pelo corpo lúteo em desenvolvimento. E regridem nos primeiros sinais de regressão luteínica. 
Função do útero:
Transporte de espermatozoides até o local de fertilização no oviduto;
Regulação da função do corpo lúteo;
Início da implantação, gestação e parto.
Cérvix: projeta-se caudalmente para a vagina. É um esfíncter de músculo liso resistente, bem fechado, EXCETO durante o estro e parto.
No estro a cérvix fica um pouco relaxada, permitindo que os espermatozoides entrem no útero.
Vagina: parte do trato genital que fica dentro da pelve, entre o útero (cranialmente) e vulva (caudalmente). É um canal de liberação do feto durante o parto e recebe o pênis do macho durante a cópula.
Vestíbulo: a transição entre a vagina e o vestíbulo é demarcada pelo orifício uretral externo, por tanto, o vestíbulo é uma via comum entre o trato urinário e genital.
Vulva: é a genitália externa da fêmea (lábios e clitóris).
Secreção de LH e FSH: neurônios hipotalâmicos secretam hormônios de liberação das gonadotropina (GnRH). Ocorre uma despolarização mediante um equilíbrio apropriado dos neurotransmissores. Após a secreção, o GnRH é liberado na circulação porta para a hipófise anterior, onde estimula a secreção das gonadotrofinas: hormônio folículo estimulante- FSH; e hormônio luteinizante- LH.
As gonadotrofinas (LH e FSH) influenciam a função ovariana pela intensificação do:
Desenvolvimento folicular ovariano;
Ovulação;
Função do corpo lúteo.
O ovário responde as gonadotropinas secretando:
Estrogênio;
Progesterona;
Inibina.
Esteroides ovarianos: estrogênio e progesterona. 
Função ovariana: no animal não gestante envolve maturação rítmica sequencial dos folículos ovarianos, contendo oócito e a ovulação é seguida de formação do corpo lúteo.
A ovulação é sincronizada com a ocorrência do estro.
Após a ovulação os remanescentes do folículo no ovário transformam-se em células lúteas para formar o corpo lúteo.
A gestação requer a manutenção do corpo lúteo.
No animal NÃO gestante a regressão do corpo lúteo ocorre após um período pré- estabelecido. Em animais de grande porte essa regressão é medida pela secreção de prostaglandina F2α (PGF2α) da porção endometrial do útero. Assim, a duração do ciclo estral é controlada pela PGF2α.
Esta regressão do corpo lúteo faz com que haja um aumento na secreção de FSH e LH, o que estimula o crescimento folicular, resultando na secreção de estrogênio, ocorrendo o estro.
Esteroides ovarianos secretados durante o ciclo estral: estradiol (no folículo em crescimento) e progesterona (do corpo lúteo).
Estrogênios secretados pela placenta (em menor quantidade): estrona e estradiol.
Estrogênio: está associado ao crescimento folicular e comportamento estral.
Progesterona: interage com o estrogênio para a manifestação do estro e manutenção da gestação.
Ondas foliculares: uma onda folicularé composta de um grupo de 3 á 6 folículos que iniciam seu crescimento. Durante cada onda folicular ocorre um aumento nos níveis de FSH circulante. Após vários dias um folículo ligeiramente maior continua a crescer e se torna um folículo dominante, enquanto outros regridem. A inibina e o estradiol do folículo dominante suprimem ainda mais a secreção de FSH, fazendo com que não haja crescimento adicional de grupos de folículos.
Puberdade: é o primeiro estro com ovulação, seguida por formação do corpo lúteo. A nutrição e ambiente ideal são alguns dos fatores que podem influenciar este evento. GnRH irá estimular a secreção de LH e FSH, acarretando em crescimento folicular ovariano e secreção de esteroide pelo ovário juvenil. Antes do início da puberdade há um aumento na frequência e amplitude nos pulsos secretores de GnRH. Ocorre uma onda de liberação das gonadotropinas, seguido por ovulação.
Ovulação silenciosa: ovulação que não esta associada ao estro.
Ciclo estral: é o período de tempo que compreende o início do estro e nova ocorrência de estro.
Poliéstricos sazonais: espécies que durante um período do ano, podendo exibir uma série de ciclos estrais. Ex: ovelhas e cabras.
Poliéstricas não sazonais: tem ciclos estrais durante todo o ano. Ex: vacas e porcas.
Monoéstrico: possui um único período de estro seguido de inatividade ovariana (anestro). Ex: cadela.
A gata, coelha, furão e camelo são espécies que tem ovulação induzida, há necessidade da cópula para que ocorra ovulação.
O estradiol dos folículos ovarianos induz ao estro.
A fase lútea do ciclo estral é mais longa que a fase folicular, pois é o período de formação e função do corpo lúteo.
Estro: é o período de receptividade sexual, ocorre ovulação durante o estro OU imediatamente após (entre o estro e metaestro).
Folículo de Graaf no ovário;
Nível máximo de estrógeno;
Edema e congestão de vulva e vagina;
Abertura da cérvix e muco cervical abundante e cristalino;
Aumento da contratilidade uterina;
Aumento da produção e liberação de feromônios sexuais;
Micção frequente;
Comportamento de cio: aceita a monta;
Ocorre um pico de LH.
Metaestro: é o período necessário para o estabelecimento da atividade do corpo lúteo. Pode ser considerado o intervalo entra a predominância do estrogênio e progesterona do ciclo.
Presença do corpo hemorrágico e início da formação do corpo lúteo;
Aumento no nível de progesterona;
Ocorre pico de FSH;
Algumas vacas apresentam sangramento (sangramento metaestral);
Muco opaco e de pouco volume;
Perda dos edemas vaginais e vulvares;
Não aceita mais a monta.
Diestro: quando o corpo lúteo se torna funcional, com alta concentração de progesterona. É a fase mais prolongada do ciclo.
Corpo lúteo maduro atinge o máximo de produção de progesterona;
Comportamento sexual ausente;
Pico de FSH.
Proestro: regressão do corpo lúteo (luteólise) e diminuição da progesterona. O animal entra em período de crescimento folicular rápido. O estradiol secretado pelo folículo em desenvolvimento induz ao cio novamente.
Muco opaco;
Entumecimento progressivo da vulva e vagina;
A vaca monta em outras mas não aceita a monta.
O início do estro está quase sempre associado ao início de uma onda pulsátil de gonadotropina. 
Ondas foliculares: uma onda é composta de um grupo de 3 á 6 folículos que iniciam seu crescimento ou são recrutados quando atingem diâmetro de 1 á 2mm. Ocorre aumento no nível de FSH em cada onda. As células na onda continuam a crescer de 5mm ou mais. Após vários dias o folículo continua a crescer até se tornar um folículo dominante, enquanto os outros regridem.
A inibina e o estradiol inibem a secreção de FSH, para que não haja mais crescimento folicular (de outros grupos). O folículo dominante se torna o próximo folículo ovulatório.
Ondas foliculares também ocorrem durante a: gestação e período pré- púbere.
A progesterona secretada pelo corpo lúteo durante o diestro impede à ocorrência de um pulso ovulatório de gonadotropina em resposta a secreção de estradiol pelo folículo dominante. Após a luteólise há uma diminuição de progesterona, um folículo dominante é ovulado como resultado do efeito de retroalimentação positiva do estradiol sobre LH.
Ovulação: o estradiol estimula a secreção de GnRH e o aumento a sensibilidade hipofisária ao GnRH. Isto resulta em uma liberação pulsátil de LH, sendo menor que o pulso de FSH. A duração do pulso de LH é especifica da espécie. 
O pulso de gonadotropina da inicio a retomada da meiose dentro do oócito. A primeira divisão meiótica se completa (1° corpúsculo polar formado) antes da ovulação na maioria das espécies. A segunda divisão meiótica é completada somente no período de fertilização.
O pulso de gonadotropina regula novamente a esteroidogênese folicular, fazendo com que a síntese de progesterona seja iniciada. A esteroidogênese do folículo sofre alteração, quando influência por redução na síntese do estradiol e aumento do nível de progesterona, são iniciados antes da ovulação.
A inibição da síntese da progesterona inibe a ovulação.
Corpo lúteo: após a ovulação, os remanescentes do folículo sofrem luteinização, para formar o corpo lúteo. O corpo lúteo é um órgão endócrino, ocupa a maior parte de duração do ciclo estral (metaestro e diestro). É composto de pequenas células lúteas que se originam das células da teca e de grandes células lúteas derivadas da granulosa.
Em caso de gravidez o corpo lúteo funciona por mais tempo.
A administração de PGF2α pode: interromper a gravidez indesejada, fazer sincronização do estro.
O corpo lúteo se desenvolve e aumenta a quantidade de receptores para LH e aumenta o nível de progesterona*.
* A progesterona: aumentam às secreções das glândulas uterinas necessárias a nutrição do embrião, também atua como mediador do fechamento da cérvix; aumenta o desenvolvimento da glândula mamária em preparação para a lactação e inibe as contrações uterinas.
Após o pulso pré- ovulatório de LH, a membrana basal entre a teca interna e a célula da granulosa é rompida. Os vasos sanguíneos invadem o espaço antral, formando uma extensa rede vascular onde ficará o corpo lúteo. No inicio do desenvolvimento do corpo lúteo a cavidade antral é preenchida com sangue após a ovulação (corpo hemorrágico). Por isso, é possível encontrar partículas de sangue fresco no muco vaginal de bovinos, no metaestro.
Luteólise: à medida que o ciclo muda do metaestro para o diestro, há um aumento de progesterona, durante o diestro há uma diminuição no nível de LH.
Vacas e ovelhas: no final do diestro o corpo lúteo, secreta ocitocina, que estimula a secreção endometrial de PGF2α , que irá agir como um mediador da luteólise, havendo uma diminuição no nível de progesterona, por fim, há um aumento no nível de cálcio citoplasmático, que promove apoptose.
Capacitação do espermatozoide: o SPTZ recém-ejaculado não podem penetrar no oócito, por isso, permanecem no trato reprodutivo feminino por diversas horas antes de iniciar a fertilização. Para que haja a fertilização é necessário uma “capacitação” que ocorre na cérvix e útero. Substâncias encontradas no plasma seminal, que fornecem cobertura para a membrana do SPTZ, são perdidas ou alteradas durante a capacitação. Os SPTZ capacitados alcançam a porção ampular do oviduto, tornam- se hiperativo devido o influxo de cálcio. Na presença de um ou mais oócitos o SPTZ são submetidos a “reação de acrossoma”, que expõem o segmento equatorial do SPTZ, um local de ligação e fusão com a membrana vitelina após a penetração da zona pelúcida. As enzimas liberadas do acrossomas são importantes na penetração dos envoltórios do oócito. A meiose estacionada na metáfase II é retomada e o segundo corpúsculo polar expulso.
Eventos embrionários iniciais: o desenvolvimento inicial é caracterizado pela divisão mitótica dentro da zona pelúcida. O zigoto divide-se em 2 células denominada blastômero, que sofre sucessivas clivagens, transformando-se em embrião, permanecem no oviduto por um período após a concepção. A progesterona provenientedo corpo lúteo inicial, estimula as glândulas endometriais uterinas a produzir “leite uterino” para nutrição do embrião. A clivagem do embrião dará origem à mórula. Uma cavidade é formada dentro da mórula e o embrião passa a se chamar blastocisto, e em seguida ocorre uma expansão deste blastocisto.
Reconhecimento da gravidez: antes do fim do diestro e do embrião se fixar no útero, o embrião sinaliza para assegurar a manutenção do corpo lúteo, ocorrendo o reconhecimento materno da gravidez. 
Fixação: o corpo lúteo é mantido, o ciclo estral é interrompido com o reconhecimento da gravidez (anestro gestacional). O embrião fixa-se nas camadas superficiais do epitélio uterino (placenta característica da espécie). Os embriões flutuam livres dentro do lúmen uterino por um intervalo de tempo mais prolongado. As alterações relativas nos conteúdos uterinos durante a gestação consistem no aumento das membranas fetais e aumento do líquido fetal.
A placenta secreta lactogênio que estimula o crescimento fetal e desenvolvimento mamário.
Crescimento fetal: o lactogênio reduz a utilização materna de glicose, sendo maior quantidade desviada para o feto que estimula a insulina aumentando assim, o crescimento fetal.
Relaxina: mantém a ação uterina e prepara o trato reprodutivo próximo do parto, por meio de afrouxamento dos feixes de colágeno na cérvix e aumento da elasticidade das membranas pélvicas. 
Parto: há um aumento de cortisol fetal, devido a intensificação de ACTH. Este aumento de cortisol fetal induz enzimas que converte progesterona em: estroma e estradiol na placenta. A secreção aumentada de estrogênio favorece a síntese e secreção de PGF2α no compartimento uterino. O que irá estimular a contração uterina e também assegura que ocorra luteólise que irá secretar relaxina pelo corpo lúteo. A relaxina juntamente com as prostaglandinas e estrogênios, atuam como mediador da complacência cervical e no aumento da elasticidade dos ligamentos pélvicos, permitindo a expansão no canal do nascimento.
Quando o feto penetra na cérvix, as terminações nervosas sensoriais da cérvix são estimuladas. Impulsos aferentes são conduzidos ao hipotálamo, onde neurônios sintetizadores de ocitocinas se despolarizam, e a ocitocina é secretada pela hipófise posterior. A ocitocina irá medear contrações intensas do miométrio, tais contrações forçam o feto para a pelve, o que estimula as contrações abdominais.
A medida que os pés (espécies politocas) ou cabeças (espécies monotocas) avançam na vagina, a carioalantóide se rompe, este liquido fornece lubrificação para o processo de nascimento. A superfície lisa do saco amniótico desliza sobre os líquidos fetais. Assim, o feto é liberado sem fazer contato direto com o canal do parto.
Após o parto, as contrações uterinas continua, porém, com amplitude reduzida, auxiliando na expulsão da placenta.
Lactação 
A glândula mamária é uma glândula sudorípara modificada que secreta leite para nutrição da prole.
Estroma: tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos e nervos.
Parênquima: uma camada única de células epiteliais secretoras formando os alvéolos mamários que drenam para os ductos pequenos que vão progressivamente se unindo a ductos maiores até uma cisterna /ou diretamente na teta. 
Alvéolos: unidades secretoras formadas por células secretoras.
Lóbulos: conjunto de alvéolos envolvidos por tecido conjuntivo.
Lobo: conjunto de lóbulos.
Ductos: canais que conduzem o leite dos alvéolos para os lóbulos em seguida para os lobos até as cisternas das glândulas e destas para as cisternas da teta.
Teta/ mamilo: local onde o leite é excretado.
Células mioepiteliais: células contráteis que envolvem os alvéolos e ductos.
Termos:
Lactação: processos combinados de secreção e remoção do leite.
Mamogênese: desenvolvimento das glândulas mamárias.
Lactogênese: inicio da secreção do leite.
Galactopoese: manutenção da secreção de leite e/ou ao aumento de lactação estabelecida.
Na vaca: o suprimento sanguíneo chega a artéria pudenda externa passando pelo canal inguinal e divide-se em ramo cranial e caudal. O ramo cranial supre de sangue o quarto mamário anterior e o ramo caudal supre o quarto mamário posterior do mesmo lado da artéria. Uma pequena parte do suprimento sanguíneo passa pela artéria perineal ventral, passando abaixo da vulva, na linha mediana, e chega até a parte caudal de ambos os lados da glândula mamária da vaca.
Mamogênese: é o desenvolvimento da glândula mamária.
Fases:
Embrionária: ocorre a formação das glândulas, cisterna da teta e dos ductos principais.
Nascimento até concepção: crescimento devido ao aumento de tecido conjuntivo. Na puberdade o parênquima começa a crescer de forma rápida, principalmente os ductos pela ação do estrogênio e do GH.
Após a concepção: crescimento principalmente dos alvéolos.
Início da lactação: crescimento mamário adicional até o estágio máximo da lactação.
Lactogênese: é um processo pelo qual as células alveolares mamárias adquirem a capacidade de secretar leite. Contem 2 estágios:
Ocorre a diferenciação enzimática e citológica parcial das células alveolares e secreção limitada de leite antes do parto.
Ocorre secreção abundante de todos os componentes do leite antes do parto e se estende após o parto por vários dias na maioria das espécies. 
A presença de progesterona sanguínea durante o fim da gestação bloqueia a lactogênese. Por isso, no fim da gestação, o corpo lúteo que secreta progesterona regride e a glândula mamária fica livre para responder aos hormônios do complexo lactogênico (insulina, glicocorticoides e prolactina). Após a exposição a tais hormônios, ocorre a diferenciação das células secretoras mamárias. O desenvolvimento na lactogênese de RER, REL e do aparelho de Golgi resulta na síntese mamária de: proteína, gordura e lactose.
Insulina: a insulina secretada pelo pâncreas durante e após as refeições estimula a expressão de diversos genes na glândula mamária; é necessária também para a síntese proteica e na indução de sensibilidade em outros hormônios.
Glicocorticoides: (ex: cortisol) são secretados pelo córtex da supra-renal e induzem ativamente a diferenciação do RER, que é o local de síntese das proteínas da classe caseína e de algumas das proteínas do soro do leite que irão ser exportadas para a célula secretora.
Prolactina: é secretada pela hipófise anterior devido ao parto e estimula diretamente a transcrição de genes da caseína e de outras proteínas. Também atua aumentando a velocidade de transcrição e reduzindo a velocidade de degradação do RNAm pelos genes das proteínas do leite.
Colostro: secreção mamária antes do parto até 4 á 6 dias pós- parto. 
Composição:
Rico em imunoglobulinas (IgG- depois de ingerida a IgG fornece imunidade sistêmica para o neonato).
Altas concentrações de vitaminas A e E (bezerros e leitões recém- nascidos têm baixa concentração de vitamina A).
Mais cinza (minerais- Ca, P, Na e Cl) e gorduras.
Menos lactose.
Fatores antimicrobianos.
Funções do colostro:
Imunidade passiva;
Nutrição;
Proteção contra o desenvolvimento da flora bacteriana entérica. 
Galactopoese:
Manutenção da lactação. Após o parto, ocorre um aumento na produção de leite e então gradualmente declina. Durante esse declínio há um aumento de perdas de células mamárias, o que diminui a produção de leite a medida que a lactação progride.
Secreção e remoção do leite: proteínas do leite sintetizadas no RER deslocam-se para o complexo de Golgi, onde ocorre fosforilação de resíduos de treonina e serina oriundos da caseína bem como a glicosilação de algumas outras proteínas do leite. Constituintes não gordurosos do leite são incorporados na vesícula de golgi, estas vesículas deslocam-se em direção à superfície apical das células epiteliais mamárias e fundem-se com a membrana plasmática onde o conteúdo vesicular é liberado para o lúmen. O movimento de constituinte do leite ocorre de maneira sequencial na célula mamária.
A estimulação mecânica das tetas dá inicio ao reflexo neural, que se desloca dastetas para a medula espinhal, em seguida núcleos paraventriculares e supra-óptico do hipotálamo e então neuro-hipófise onde a ocitocina é liberada no sangue. A ocitocina liga-se a receptores localizados sobre as células mioepiteliais e por tanto causa a sua contração, ocorrendo a ejeção do leite (descida do leite).

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