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ANHANGUERA EDUCACIONAL DE DOURADOS
MEDICINA VETERINÁRIA
ECONOMIA DE SERVIÇOS VETERINÁRIOS
DOURADOS MS
2014
ANHANGUERA EDUCACIONAL DE DOURADOS
MEDICINA VETERINÁRIA
FUNCIONAMENTO DE SERVIÇOS VETERINÁRIOS 
VIGILÂNCIA SANITÁRIATrabalho de Atividades Práticas Supervisionadas em Economia de Serviços Veterinários, ministrada pelo professor MARCOS. 
 ACADEMICOS(AS): Camila Quevedo 8635262427
 Cintia Colman
 Bruna Brant
 Ronigton Oliveira
DOURADOS MS
2014
Diante das diversas áreas que podem ser atuadas dentro da Veterinária, todas devem estar orientadas sobre gerência, supervisão e controle de quaisquer serviços veterinários. Para isso existem órgãos legais como Vigilância Sanitária (VISA), Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), entre outros que dependendo do estado ou município tenha competência e habilidade para fiscalizar o funcionamento de um determinado estabelecimento.
A atuação da vigilância sanitária em clinicas veterinárias, pet shop e quaisquer outras localidades ou estabelecimentos que atendem comercialmente ou clinicamente animais de estimação, tem informações e competências legal para fiscalizar fisicamente a estrutura e outros assuntos referentes ao funcionamento do estabelecimento, podendo variar de estado para estado ou de município para município. 
Das disposições legais, temos: 
- O Decreto nº 64.704, de 17 de junho de 1969 editado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), em seu Artigo 13 estabelece ser de finalidade dos Conselhos de Medicina Veterinária, orientar e fiscalizar o exercício da profissão de médico veterinário em todo o território nacional;
- A Resolução nº 670/2000, também editada pelo CFMV, conceitua e estabelece condições para o funcionamento de estabelecimentos médicos veterinários; 
- O Decreto nº 5.053/2004 editado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento regulamenta a fiscalização de produtos de uso veterinário e dos estabelecimentos que os fabriquem ou comercializem.
Compreende-se então que a vigilância sanitária tem como objetivo fiscalizar, completamente, estabelecimentos de assistência e serviços veterinários. Em questões sanitárias, a fiscalização compete a prevenir riscos e agravos a saúde humana, higiene do local, proteção do meio ambiente; condições de exposição ambiental e ocupacional das radiações ionizantes; fiscalização de Plano de Gerenciamento para resíduos químicos e infectantes e condições dos medicamentos de linha humana com registro no Ministério da Saúde.
Quanto aos medicamentos de uso exclusivo veterinário é indiscutível a competência exclusiva do Ministério da Agricultura para fiscalização.
Quanto à disposição de recursos materiais e humanos, das entidades fiscalizadoras federais, estaduais e municipais, em virtude da possibilidade de pactuação entre a Vigilância Sanitária – SUS, o Ministério da Agricultura e os Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMV), podem-se estabelecer acordos, convênios e/ou a elaboração de legislações propondo soluções alternativas para a atuação sobre os serviços veterinários.
As ações da Vigilância Sanitária sobre estabelecimentos de assistência veterinária voltadas para a Saúde Humana (trabalhadores, clientela, população) tratam especialmente dos aspectos referentes à:
- Prevenção de riscos e agravos à saúde do trabalhador;
 - Limpeza e higiene do local, visando à segurança e o bem estar dos trabalhadores, clientela e proteção do meio ambiente;
- Fiscalização das condições de exposição ambiental e ocupacional das radiações ionizantes nos estabelecimentos que possuam equipamentos de Raios X para fins de diagnóstico por imagem;
Há vários tipos de serviços veterinários, os quais podem ser realizados em hospitais, clínicas, lojas para comércio de produtos e animais de estimação e de prestação de serviços como banho tosam e hotelarias para animais de estimação, tratam-se dos estabelecimentos que realizam procedimentos de competência exclusiva de médicos veterinários. 
A estrutura de códigos CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) contempla as atividades de todos os agentes econômicos responsáveis pela produção de bens e serviços do País, compreendendo atividades de estabelecimentos empresariais e agrícolas, organismos públicos e privados, instituições sem fins lucrativos e trabalhadores autônomos.
De acordo com a legislação de cada município, pode ser proibida a instalação de estabelecimentos denominados de Canil e/ou Gatil como atividade comercial na área urbana, ou pode se tratar de legislação restritiva, estabelecendo-se o número de animais permitidos de acordo com a área física disponível.
O que o estabelecimento deve cumprir?
Para que um estabelecimento seja legalizado, é necessário, no mínimo, possuir documento oficial de liberação do gestor municipal para exercício do ramo no local respectivo; uso do solo (Alvará, Licença de Funcionamento); Relação contratual entre a empresa e seu responsável técnico; constituição da empresa (CNPJ, contrato social); habilitação legal do responsável técnico expedida pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária.
O médico veterinário responsável por um estabelecimento deve ser legalizado perante o CRMV para receber a documentação comprobatória de adequação sanitária. Para os estabelecimentos que devem manter responsável técnico Médico Veterinário, o documento referente à regularização sanitária (alvará ou licença) somente será emitido mediante comprovação de sua regularidade.
Para que o estabelecimento receba o documento de liberação sanitária, tem que estar em boas condições higiênico-sanitárias gerais, além de constar os ramos de atividades efetivamente realizados no local, mantendo estrutura física e equipamentos compatíveis para desenvolvimento das atividades.
Deve também, possuir atualizado o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o PCMSO (Programa de Controle Médico Saúde Ocupacional) de acordo com suas exigências, o PGRSSS (Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde), e cumprir com as normas para guarda e controle de medicamentos; 
Os estabelecimentos que mantiverem equipamentos de Raios X devem incluir em seus alvarás a atividade descrita na CNAE como: Serviço de diagnóstico por imagem com uso de radiação ionizante, exceto tomografia; cumprir o estabelecido na Portaria Federal, os itens de proteção do trabalhador (monitoração individual e limitação de doses individuais).
Quanto a Água
Faz parte da rotina da VISA verificar a qualidade da água. Toda água destinada ao consumo humano deve proceder ao padrão de potabilidade definido em legislação especifica. Os serviços veterinários devem cuidar para que o escoamento das águas servidas ocorra realizado através de ralos individualizados, sifonados, com tampas escamoteáveis, devidamente conectados à rede de esgoto.
Resolução CFMV nº 683 de 16 de Março de 2001.Artigo 18. Os estabelecimentos médicos veterinários deverão manter controle de pragas urbanas (desinsetização e desratização) nos ambientes internos do estabelecimento, realizado exclusivamente por empresas especializadas e credenciadas pelo órgão competente para a prestação destes serviços. 
Quanto ao Transporte
Unidade Móvel de Atendimento Médico Veterinário (veículo vinculado a um estabelecimento que oferece serviços veterinários, equipado apenas para atendimento de emergência / urgência). O certificado de vistoria de veículo, após a inspeção e o cumprimento das normas sanitárias pertinentes, é dado à autorização expedida pela vigilância sanitária. 
Quanto aos Resíduos
O Acondicionamento dos Resíduos é o ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de puncturae ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Cadáveres de animais não necessitam de tratamento prévio, podendo ser encaminhados para Aterros Sanitários licenciados por órgão ambiental competente para codisposição com resíduos de saúde. 
Observações:
Criadouros de animais com fins comerciais devem estar autorizados somente quando reconhecida pessoa jurídica, ficando proibida exercer tal atividade em residências.
A barreira (contra contaminação) é obrigatória em locais de acesso às áreas onde seja exigida assepsia, permitida somente a entrada de pessoas com paramentação apropriada).
Algumas observações quanto ao funcionamento de estabelecimentos veterinários no estado do Rio de Janeiro, Considerando a Resolução CFMV nº 683 de 16 de Março de 2001 que institui a regulamentação para concessão da “Anotação de Responsabilidade Técnica” no âmbito de serviços inerentes à Profissão de Médico Veterinário e a Resolução CFMV nº 582 de 11 de Dezembro de 1991 que dispõe sobre responsabilidade profissional (técnica). 
Artigo 4º. Somente poderão funcionar os estabelecimentos médicos veterinários que dispuserem dos seguintes documentos:
I – Registro junto ao CRMV-RJ;
II – Anotação de Responsabilidade Técnica do Médico Veterinário Responsável Técnico pelo estabelecimento, efetivada pelo CRMV-RJ.
II – Alvará de funcionamento, licenças sanitária e ambiental, obtidos junto aos órgãos competentes no município de localização do estabelecimento, ou estaduais.
Parágrafo único. O alvará de funcionamento, a licença sanitária e a licença ambiental devem ser afixados em lugar visível ao público no interior do estabelecimento. 
Artigo 6º. As Clínicas Veterinárias poderão funcionar em regime integral de 24 (vinte quatro) horas para o atendimento de animais externos, sendo obrigatório, no entanto, para todas as clínicas com internação, a presença de Médico Veterinário e auxiliar no período integral de 24 (vinte e quatro) horas, apenas para assistência dos animais internados.
 Artigo 9º. Todo estabelecimento médico veterinário deve dispor de gabinetes sanitários, em número compatível com a quantidade de funcionários existentes. 
Artigo 12. Todas as dependências dos estabelecimentos médicos veterinários, onde se realizem procedimentos clínicos, manipulem animais ou onde se colete ou processem materiais biológicos, ficam obrigados a ter lavatório acompanhado de dispensador com sabão líquido e porta-papel toalha com toalha de papel, ambos fixados na parede, além de lixeira com tampa acionada por pedal, guarnecida com saco plástico de qualquer cor exceto branco, preto e vermelho. 
Artigo 22. Os estabelecimentos médicos veterinários ficam proibidos de fazer uso de tapetes, carpetes, cortinas, aquários, plantas e demais objetos utilizados para decoração de ambientes. 
Artigo 23. É proibido o uso de ventiladores nas salas onde são realizadas consultas, procedimentos ambulatoriais, coleta de materiais biológicos para exames, procedimentos cirúrgicos e de esterilização de materiais, bem como naqueles ambientes cujas atividades exercidas, exijam a climatização. 
Referências:
- Resolução CRMV-RJ N27, 16 de maio de 2012.
-Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Referência Técnica para o Funcionamento dos Serviços Veterinários. Brasília, 2010.

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