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Temas de Historia e Filosofia da Ciencia no Ensino1

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Prévia do material em texto

Tem
as de H
istória e
Filosofia da C
iência no Ensino
A História e a Filoso� a da Ciência são campos próprios do saber com grande potencial para a 
educação cientí� ca, na medida em que 
permitem a busca de novos paralelos 
entre o conhecimento científico, seu 
desenvolvimento e a aprendizagem 
das ciências. Esses campos revelam 
que o conhecimento cientí� co é uma 
construção humana, objeto de processos 
de produção e reconstrução conforme o 
contexto de cada época.
Este livro congrega historiadores 
da ciência, filósofos da ciência e 
pesquisadores em Ensino de Ciências 
reconhecidos na comunidade 
acadêmica pelo trabalho desenvolvido 
na perspectiva da aproximação entre 
História, Filoso� a e Ensino de Ciências. 
Autores de diversas instituições re� etem 
acerca do conhecimento produzido 
nesse terreno, seja do ponto de vista 
do suporte teórico e historiográ� co, da 
análise de experiências já realizadas ou 
do resgate da produção recente nessa 
área. As distintas contribuições reveladas 
nesta obra sinalizam para a importância 
do diálogo entre pesquisadores de áreas 
irmãs, na direção do aprofundamento 
da pesquisa em torno das efetivas 
contribuições da História e da Filoso� a 
da Ciência para o Ensino das Ciências.
Márcia Gorette L. da Silva
Coordenadora do Projeto Casadinho 
entre a UFRN e a UFSC
Organizadores
O
rganizadores
Temas de História
e Filosofia da Ciência no Ensino
Luiz O. Q. Peduzzi
André Ferrer P. Martins
Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira
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Ju
lian
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algo Ferreira
AUTORES
Ana Paula Bispo da Silva
André Ferrer P. Martins
Andreia Guerra
Carlos Alberto Marques
Demétrio Delizoicov
Diego Aurino da Silva
Elder Sales Teixeira
Ileana Maria Greca
Jenner Barretto Bastos Filho
Jorge Valadares
José Claudio Reis
Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira
Lilian Al-Chueyr Pereira Martins
Luiz O. Q. Peduzzi
Marcelo Lambach
Marco Braga
Maria Elice Brzezinski Prestes
Marinês Domingues Cordeiro
Maurício Pietrocola
Nadir Castilho Delizoicov
Olival Freire Jr. 
Rilavia Almeida de Oliveira
Roberto de Andrade Martins
Thais Cyrino de Mello Forato
Temas de História e 
Filosofia da Ciência no Ensino
Natal/RN, 2012
Luiz O. Q. Peduzzi
André Ferrer P. Martins
Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira
Organizadores
Temas de História 
e Filosofia da Ciência no Ensino
Catalogação da publicação na fonte. Bibliotecária Verônica Pinheiro da Silva.
Temas de História e Filosofia da Ciência no Ensino / Luiz O. Q. Peduzzi, André Ferrer 
P. Martins e Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira (Org.). – Natal: EDUFRN, 2012.
 372 p. : il. 
 ISBN 978-85-7273-885-9
 1. Didática. 2. Física. 3. Ciência. 4. Filosofia. I. Peduzzi, Luiz O. Q. II. Martins, 
André Ferrer P. III. Ferreira, Juliana Mesquita Hidalgo.
 CDU 37.02
 T278
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Reitora
Ângela Maria Paiva Cruz
Vice-Reitora
Maria de Fátima Freire Melo Ximenes
Diretora da EDUFRN
Margarida Maria Dias de Oliveira
Conselho Editoral
Cipriano Maia de Vasconcelos
Margarida Maria Dias de Oliveira
Gislene Maria da Silva Ganade
Humberto Hermenegildo de Araújo
John Andrew Fossa
Mônica Maria Fernandes Oliveira
Tânia Cristina Meira Garcia
Tecia Maria de Oliveira Maranhão
Virgínia Maria Dantas de Araújo
Willian Eufrásio Nunes Pereira
Ivery Barros Almeida 
Editor
Helton Rubiano de Macedo
Revisão
Nouraide Queiroz
Capa e projeto gráfico
Ivana Lima
Editoração eletrônica
Ivana Lima
Supervisão editorial
Alva Medeiros da Costa
Supervisão gráfica
Francisco Guilherme de Santana
© Copyright 2012. Todos os direitos desta edição reservados à EDUFRN – Editora da UFRN 
Av. Senador Salgado Filho, 3000 | Campus Universitário | Lagoa Nova | 59.078-970 | Natal/RN | Brasil
E-mail: edufrn@editora.ufrn.br | www.editora.ufrn.br | Telefone: 84 3215-3236 | Fax: 84 3215-3206
Sumário
Prefácio 7
Capítulo 1 UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DAS PESQUISAS 
PUBLICADAS NO BRASIL SOBRE O USO DIDÁTICO 
DE HISTÓRIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENSINO DE FÍSICA 
Elder Sales Teixeira 
Ileana Maria Greca 
Olival Freire Jr. 9
Capítulo 2 HISTÓRIA DA CIÊNCIA E ENSINO DE FÍSICA: 
UMA ANÁLISE META-HISTORIOGRÁFICA 
Rilávia Almeida de Oliveira 
Ana Paula Bispo da Silva 41
Capítulo 3 QUAL HISTÓRIA E QUAL FILOSOFIA DA CIÊNCIA SÃO 
CAPAZES DE MELHORAR O ENSINO DE FÍSICA? 
Jenner Barretto Bastos Filho 65
Capítulo 4 OS MODELOS INVESTIGATIVOS ATUAIS NO 
ENSINO DA FÍSICA E O RECURSO À HISTÓRIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA 
Jorge Valadares 85
Capítulo 5 ENFRENTANDO OBSTÁCULOS NA TRANSPOSIÇÃO 
DIDÁTICA DA HISTÓRIA DA CIÊNCIA PARA A SALA DE AULA 
Thaís Cyrino de Mello Forato 
Roberto de Andrade Martins 
Maurício Pietrocola 123
Capítulo 6 AVALIANDO A INSERÇÃO DA TEMÁTICA NATUREZA DA 
CIÊNCIA NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA E FILOSOFIA DA 
CIÊNCIA PARA GRADUANDOS EM FÍSICA NA UFRN 
Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira 
André Ferrer P. Martins 155
Capítulo 7 UM MÓDULO SOBRE A RADIOATIVIDADE: 
SUA HISTÓRIA E SUA TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA 
Marinês Domingues Cordeiro 
Luiz O. Q. Peduzzi 183
Capítulo 8 A FÍSICA EXPERIMENTAL NUMA 
PERSPECTIVA HISTÓRICO-FILOSÓFICA 
Marco Braga 
Andreia Guerra 
José Claudio Reis 211
Capítulo 9 HISTÓRIA DA CIÊNCIA E A AÇÃO DOCENTE: 
A PERSPECTIVA DE LUDWIK FLECK 
Nadir Castilho Delizoicov 
Demétrio Delizoicov 229
Capítulo 10 SOBRE OBSTÁCULOS E PERFIS: 
PERSPECTIVAS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS A 
PARTIR DA EPISTEMOLOGIA DE GASTON BACHELARD 
André Ferrer P. Martins 261
Capítulo 11 ESTADO DE REPOUSO E ESTADO DE MOVIMENTO: 
UMA REVOLUÇÃO CONCEITUAL DE DESCARTES 
Roberto de Andrade Martins 291
Capítulo 12 A RELAÇÃO ENTRE AS HIPÓTESES E 
O PAPEL DE DEUS NA DOUTRINA NEWTONIANA 
Diego Aurino da Silva 
Luiz O. Q. Peduzzi 309
Capítulo 13 A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA E O ENSINO DO CONCEITO DE SUBSTÂNCIA: 
IMPLICAÇÕES DOS DIFERENTES ESTILOS DE PENSAMENTO PARA A QUÍMICA 
Marcelo Lambach 
Carlos Alberto Marques 331
Capítulo 14 UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DE GENÉTICA CLÁSSICA: 
OS ESTUDOS INICIAIS DE THOMAS HUNT MORGAN COM DROSOPHILA 
Lilian Al-Chueyr Pereira Martins 
Maria Elice Brzezinski Prestes 355
Capítulo 15 SOBRE OS AUTORES 365
Prefácio
 7
O Projeto Ensino de Ciências e Cultura: revelando novas fronteiras, apoiado pelo Edital Casadinho do Conselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico  (CNPq), tem estabelecido desde 
2008 uma parceria entre pesquisadores do Programa de Pós-Graduação 
em Ensino de Ciências Naturais e Matemática da Universidade Federal do 
Rio grande do Norte (PPGECNM-UFRN) e pesquisadores do Programa 
de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica da Universidade 
Federal de Santa Catarina (PPGECT-UFSC). O programa da UFRN, ava-
liado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
(CAPES) com nota 4 no último triênio, tem recebido apoio do programa 
da UFSC, avaliado com nota 5, buscando a sua consolidação.
Os pesquisadores participantes desse projeto vêm atuando na área de 
pesquisa em Ensino de Ciências Naturais, sendo a utilização da História 
e da Filosofia da Ciência no Ensino um dos interesses mais fortes desses 
professores. A iniciativa e o fortalecimento das interações previstas pelo 
projeto têm sido profícuas no âmbito da linha de pesquisa Epistemologia 
e História da Ciência e da Matemática, do PPGECT, que possui estreita 
relação com as ações e os interesses dos docentes do PPGECNM.
O livro Temas de História e Filosofia da Ciência no Ensino, que com 
grande satisfação apresentamos, insere-se nas ações previstas pelo proje-
to com apoio do CNPq. Esta publicação reúne trabalhos dos participantesdo projeto e de reconhecidos profissionais com os quais esses pesquisa-
dores mantêm profícuo diálogo.
As reflexões dos professores do Casadinho UFSC-UFRN os encaminha-
ram para a organização de uma publicação que reunisse contribuições de 
historiadores da ciência, filósofos da ciência e educadores interessados 
no uso da História e da Filosofia da Ciência no Ensino. 
Quem percorrer os capítulos deste livro, certamente, notará o quão dife-
rentes entre si são as contribuições ao uso de História e da Filosofia da Ci-
ência no Ensino, oriundas de historiadores, filósofos da ciência e educadores.
Há anos vem se falando na aproximação entre a História e a Filosofia 
da Ciência e o Ensino. Acreditamos na necessidade de falar numa apro-
ximação maior e aprofundamento do diálogo e do tratamento de ques-
tões de pesquisa abrangentes e de ordem geral entre historiadores da 
ciência, filósofos da ciência e educadores interessados no uso de História 
e da Filosofia da Ciência no Ensino. Possivelmente, o próprio perfil de 
formação dos pesquisadores, organizadores desta publicação, tenha-os 
sensibilizado para a necessidade de fomentar o diálogo.
8 Temas de História e Filosofia da Ciência no Ensino 
Quem produz os materiais voltados para o uso da História e da Filo-
sofia da Ciência no Ensino? Quem se debruça sobre as questões teóricas 
referentes a esse tipo de abordagem?
Historiadores da ciência realizam pesquisas em sua área pura, as quais 
não, deliberadamente, precisam trazer consequências à educação, no en-
tanto, há anos o interesse pelo uso da História da Ciência no Ensino tem 
aumentado entre os historiadores. Trabalhos com esse direcionamento 
têm sido apresentados em congressos da área, antes restritos a pesquisas 
historiográficas.
Embora aos historiadores, na maior parte dos casos, possa faltar a 
formação como educadores, seu papel quanto à História da Ciência no 
Ensino é importante tanto no que diz respeito à pesquisa de fontes histó-
ricas primárias quanto à produção de material histórico secundário de boa 
qualidade que possa servir como subsídio para esse tipo de abordagem. 
 Para os educadores, que muitas vezes carecem da formação em His-
tória da Ciência, a aproximação com os historiadores, o contato com as 
atuais reflexões da área pura é imprescindível. Onde são publicados os 
trabalhos dos historiadores da ciência? O que caracteriza um bom traba-
lho em História da Ciência? Para falar sobre o uso da História da Ciên-
cia no Ensino é preciso saber o que é a História da Ciência atualmente, 
quais são os seus referenciais teóricos, suas tendências temáticas, seus 
problemas, etc. 
Acreditamos que as diferentes perspectivas mostradas aqui pelos di-
ferentes profissionais devam ser compreendidas e contextualizadas como 
contribuições de inestimável valor, provenientes das especificidades des-
ses profissionais. A riqueza desse diálogo pode fazer muito bem ao uso 
da História e da Filosofia da Ciência no Ensino.
Florianópolis/SC; Natal/RN, julho de 2012
Os organizadores
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CAPÍTULO 1
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DAS PESQUISAS 
PUBLICADAS NO BRASIL SOBRE 
O USO DIDÁTICO DE HISTÓRIA 
E FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENSINO DE FÍSICA
Elder Sales Teixeira
Ileana Maria Greca
Olival Freire Jr.
Introdução
A forma de revisão sistemática de literatura, atualmente, tem sido con-siderada uma das maneiras mais atrativas e eficazes de caracterizar sinteticamente e extrair juízos confiáveis sobre o grande conjunto da 
literatura especializada de uma determinada área de pesquisa. Em contraste 
com as tradicionais formas de revisão narrativa, uma revisão sistemática 
permite obter, de forma crítica e sintetizada, informações relevantes sobre 
os principais resultados da área de pesquisa, o que pode ser de grande 
utilidade para os pesquisadores (BENNETT et al., 2005; DIOS et al., 2007).
Um bom exemplo de uso dessa técnica encontra-se em Bennett et al. 
(2005) que fizeram uma revisão sistemática das pesquisas sobre abordagens 
de ensino de ciências dos tipos baseada no contexto e Ciência-Tecnologia-
-Sociedade (CTS), evidenciando seus efeitos quanto às atitudes dos alunos 
em direção à ciência e ao entendimento das ideias científicas, dentre outros. 
Os critérios usados pelos autores para seleção dos trabalhos foram: 
uma ampla varredura nas bases de dados para busca dos estudos, cri-
térios genéricos para julgamento de qualidade e envolvimento de mais 
de um pesquisador nos processos de seleção, julgamento etc. Os autores 
selecionaram 2.500 trabalhos que foram expostos a determinados cri-
térios de exclusão – estabelecidos de acordo com a questão de pesqui-
sa – restando 17 estudos que foram analisados mais a fundo. A revisão 
sistemática levou os autores a inferirem, dentre outras coisas, que as 
abordagens baseadas no contexto e CTS propiciaram melhorias nas ati-
tudes dos alunos em direção à ciência, mas, quanto ao entendimento das 
ideias científicas, não houve diferença significativa entre tais abordagens 
e as abordagens convencionais. O uso da técnica de revisão sistemática, 
nesse caso, permitiu mostrar um panorama confiável da referida área.
No presente trabalho, pretende-se apresentar o estado da arte das 
pesquisas que investigam intervenções didáticas orientadas por Histó-
ria e Filosofia da Ciência (HFC) em salas de aula de Física e que estão 
publicadas nas principais revistas brasileiras dedicadas à publicação de 
trabalhos em Ensino de Ciências e Ensino de Física. 
10 UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DAS PESQUISAS PUBLICADAS NO BRASIL SOBRE 
O USO DIDÁTICO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENSINO DE FÍSICA
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A revista espanhola Enseñanza de las Ciencias também foi incluída por 
ser muito bem conceituada no Brasil e devido à proximidade do idioma 
espanhol com o português. A finalidade dessa análise é obter informação 
crítica e confiável, de uma forma sistemática, sobre o que a literatura re-
lativa ao uso didático de HFC tem apontado para essa área de pesquisa 
em termos dos principais resultados encontrados, em especial, no Brasil, 
nos mesmos moldes do trabalho realizado por Teixeira et al. (2009) sobre 
as pesquisas publicadas em revistas internacionais de língua inglesa. 
Embora exista uma ampla literatura estimulando o uso de HFC no 
Ensino de Ciências, bem como propostas curriculares que enfatizam essa 
orientação (MATTHEWS, 1994), ainda não se encontram, no Brasil, tra-
balhos de revisão sistemática sobre a eficácia de seu uso.
Metodologia
O levantamento dos trabalhos para a análise foi feito por meio da bus-
ca direta nos sites das revistas: Ciência & Educação (C&E), Investigações 
em Ensino de Ciências (IENCI), Caderno Brasileiro de Ensino de Física 
(CBEF), Revista Brasileira de Ensino de Física (RBEF), Revista Brasileira 
de Pesquisa em Educação em Ciências (RBPEC)1 e Enseñanza de las Cien-
cias (Enz). A busca dos trabalhos para a análise foi feita de forma minucio-
sa, número a número, selecionando-se os trabalhos inicialmente por meio 
da leitura dos títulos e resumos dos artigos de cada número das revistas. 
Em alguns casos, quando isso não era suficiente para uma compreensão 
sobre a temática dos trabalhos, foi feita a leitura integral do artigo.
Assim, foram selecionados 160 trabalhos que estavam diretamente 
relacionados com o uso didático de HFC no Ensino de Ciências. Foram 
encontrados artigos publicados desde a década de 1980 até meados do 
ano de 2011 (quando foi concluída a coleta das fontes para esta revisão), 
o que permitiu traçar um panorama geral das publicações sobre uso de 
HFC no Ensino de Ciências ao longo desse período. Em seguida, esses 
trabalhosforam submetidos aos seguintes critérios de exclusão:
1) artigos que não tratam de Ensino de Física, mas de Ensino de Ciências 
em geral ou de alguma outra matéria científica específica como 
Biologia, Química etc. (foram excluídos 54 artigos devido a esse cri-
tério, correspondendo a cerca de 34% do total);
2) artigos de natureza teórica, do tipo reflexão sem aplicação didática 
(foram excluídos 16 artigos devido a esse critério, correspondendo 
a 10% do total);
1 Considerou-se aqui que essas são as principais revistas brasileiras da área, em função do seu impacto na co-
munidade especializada.
Elder Sales Teixeira, Ileana Maria Greca e Olival Freire Jr. 11
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3) artigos que tratam de aplicação em geral como produção, uso e análise 
de materiais didáticos, mas sem relatos de resultados de intervenção 
didática em sala de aula (foram excluídos 76 artigos devido a esse 
critério, correspondendo à cerca de 47% do total).
Dessa forma, uma vez aplicados os critérios de exclusão, restaram 14 
artigos (cerca de 9% do total), sendo 13 publicados em revistas brasileiras 
e 1 na revista espanhola, com o perfil apropriado para esta análise, ou seja, 
trabalhos de pesquisa que investigaram intervenções didáticas orientadas 
por HFC em salas de aula de física, os quais foram analisados mais a fundo. 
Esse número limitado de trabalhos restantes, como consequência dos 
recortes feitos por meio dos critérios de exclusão, ilustra a situação atual 
dessa área de pesquisa no Brasil. Aproximadamente 34% dos trabalhos 
submetidos aos critérios não tratam de Ensino de Física e, daqueles 106 que 
tratam de Ensino de Física, cerca de 87% não é de pesquisa que investiga 
intervenção efetiva em sala de aula. Isso mostra uma relativa escassez das 
pesquisas de natureza empírica que são publicadas sobre intervenção em 
sala de aula de Física com uso de HFC.2 A abrangência e minúcia com as 
quais o levantamento e a seleção foram feitos, juntamente com os crité-
rios utilizados em todo o processo desta análise, permitem afirmar que se 
trata de um indicador confiável do estado da arte dessa área de pesquisa 
no Brasil em termos de trabalhos publicados nas revistas especializadas.
Para realizar a análise, inicialmente, foi feita uma caracterização geral 
dos trabalhos com uma análise mais a fundo acerca dos aspectos metodo-
lógicos dos mesmos e, em seguida, uma síntese dos resultados relatados 
nos trabalhos. O processo de análise dos artigos foi feito via triangulação, 
inicialmente, por dois dos autores deste trabalho de forma independen-
te e depois submetido à avaliação crítica do terceiro autor; eventuais 
divergências foram dirimidas por consenso. Antes de expor e discutir 
os resultados sobre os 14 trabalhos que foram analisados a fundo, será 
apresentado um panorama geral sobre as 160 publicações selecionadas 
que tratam de Ensino de Ciências orientado por HFC.
Resultados e Análise
Panorama Geral das Publicações 
que Incorporam HFC no Ensino de Ciências
Pôde-se, após selecionar os 160 artigos, traçar um panorama geral, 
acerca da evolução na produção da área de pesquisa – em termos das 
2 Um mesmo tipo de análise (com uso dos mesmos critérios) foi feito pelos autores, com 31 revistas internacionais da 
área de Ensino de Ciências, como se pode ver em Teixeira et al. (2009). De 152 trabalhos selecionados, 11 passaram 
pelos critérios de exclusão para análise mais a fundo, o que é quantitativamente semelhante aos encontrados no 
presente trabalho. Isso mostra que tal escassez ocorre também no âmbito internacional.
12 UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DAS PESQUISAS PUBLICADAS NO BRASIL SOBRE 
O USO DIDÁTICO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENSINO DE FÍSICA
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publicações no Brasil e na revista espanhola Enseñanza de las Ciências 
– que investiga o uso da HFC no Ensino de Ciências.
Na Tabela 1 é apresentada uma síntese dos resultados quantitativos dessa 
seleção, contendo o número de artigos encontrados por década e por ano, 
bem como o número de artigos por revista, em cada ano e no total. Dos dados 
dessa Tabela foram construídos os Gráficos 1 e 2 (apresentados mais adiante).
Tabela 1 – Síntese das quantidades de trabalhos incluídos na seleção, por década, por 
ano e por revista
Ano
Número de 
artigos por 
década
Número de 
artigos por ano
Número de artigos por revista
C&E IENCI CBEF RBEF RBPEC Enz
1980
12
1981
1982
1983
1984
1985 3 3
1986
1987 1 1
1988 7 6 1
1989 1 1
1990
26
1991
1992 3 2 1
1993 3 2 1
1994 1 1
1995 1 1
1996 3 1 2
1997 1 1
1998 10 4 2 1 3
1999 4 1 3
2000
101
7 1 3 3
2001 8 1 3 4
2002 10 1 1 3 2 1 2
2003 6 1 1 1 3
2004 20 14 1 2 1 2
2005 7 4 2 1
2006 3 2 1
2007 13 2 3 2 3 3
2008 10 4 1 4 1
2009 17 5 7 3 1 1
2010
21
16 7 2 4 3
2011 5 2 2 1
Totais 160 160 44 9 45 29 7 26
Fonte: elaborada pelos autores desta pesquisa.
De acordo com os dados contidos na Tabela 1, podem-se perceber 
quais as revistas que mais se dedicam a publicar artigos sobre a temáti-
ca do uso de História e Filosofia da Ciência no Ensino de Ciências, bem 
como aquelas que menos se dedicam à mesma temática, contudo vale 
ressaltar que esses dados quantitativos não podem ser considerados um 
indicativo de qualidade dos trabalhos publicados. Também não se pode 
estabelecer uma relação de proporção direta entre o número de trabalhos 
Elder Sales Teixeira, Ileana Maria Greca e Olival Freire Jr. 13
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publicados em uma revista sobre a temática do uso didático de HFC no 
Ensino de Ciências e o número desses trabalhos que tratam de investi-
gar intervenções didáticas em sala de aula de Física orientadas por HFC, 
conforme se pode ver na Tabela 2, a seguir.
Tabela 2 – Número de trabalhos encontrados em cada revista, número de trabalhos 
excluídos devido a cada critério de exclusão e o número de trabalhos selecionados para 
análise a fundo, por revista
Revistas
Número total 
de trabalhos 
encontrados
Número de trabalhos excluídos 
por cada critério de exclusão
Número de 
trabalhos 
selecionados 
para análise a 
fundo
Critério de 
exclusão (1)
Critério de 
exclusão (2)
Critério de 
exclusão (3)
C&E 44 29 (65,9%) 0 14 (31,8%) 1 (2,3%)
IENCI 9 3 (33,3%) 0 2 (22,2%) 4 (44,4%)
CBEF 45 2 (4,4%) 13 (28,9%) 28 (62,2%) 2 (4,4%)
RBEF 29 0 0 25 (86,2%) 4 (13,8%)
RBPEC 7 2 (28,6%) 0 3 (42,8%) 2 (28,6 %)
Enz 26 18 (69,2%) 3 (11,5%) 4 (15,4%) 1 (3,8%)
Totais 160 54 (34%) 16 (10%) 76 (47%) 14 (9%)
Fonte: elaborada pelos autores desta pesquisa.
Nota: os valores que aparecem entre parênteses representam os percentuais em relação ao número total de trabalhos 
encontrados, por revista.
A Tabela 2 mostra que as duas revistas que publicaram o menor nú-
mero de trabalhos sobre a referida temática – IENCI e RBPEC – foram, 
justamente, aquelas que apresentaram os maiores percentuais relativos 
(respectivamente, 44,4% e 28,6%) entre o número de trabalhos que foram 
selecionados para a análise a fundo – aqueles trabalhos que apresentaram 
resultados efetivos de pesquisas que investigam intervenções didáticas 
orientadas por HFC em salas de aula de Física – e o número total de tra-
balhos encontrados na respectiva revista. Em contrapartida, aquelas que 
publicaram o maior número de trabalhos em termos absolutos – CBEF e 
C&E – estão entre as que apresentaram os menores percentuais relati-
vos, respectivamente, 4,4% e 2,3%. Esses dados significam que as revistas 
CBEF e C&E são aquelas que mais publicam artigos relacionados com 
a temáticado uso de HFC no Ensino de Ciências, porém estão entre as 
que menos publicam artigos de pesquisa efetiva em sala de aula de Física 
sobre tal temática. Por sua vez, as revistas IENCI e RBPEC publicaram 
poucos artigos sobre esta temática, contudo parte significativa desses são 
trabalhos empíricos realizados em contextos de salas de aula de Física.
A Tabela 2 mostra, ainda, que as revistas Enz e C&E são as que apre-
sentam maior número de artigos publicados sobre a temática do uso de 
HFC no ensino de outras áreas científicas que não a Física (critério de 
exclusão (1)), o que pode ser explicado em função da própria natureza 
dessas revistas, pois são dedicadas ao Ensino de Ciências em geral. Essa 
14 UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DAS PESQUISAS PUBLICADAS NO BRASIL SOBRE 
O USO DIDÁTICO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENSINO DE FÍSICA
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mesma explicação serve para as revistas CBEF e RBEF que têm seus 
enfoques no Ensino de Física, o que justifica os resultados de 4,4% e 0, 
respectivamente, de trabalhos sobre outras áreas que não a Física, contu-
do, era de se esperar esse tipo de explicação também no que se refere às 
revistas IENCI e RBPEC – que são dedicadas ao Ensino de Ciências em 
geral – mas, no caso destas, a maioria dos trabalhos encontrados (66,6% 
e 71,4%, respectivamente) trata do uso de HFC no Ensino de Física. Isto 
tudo pode indicar que parece haver, ainda, uma predominância no Brasil 
das pesquisas em Ensino de Física em relação às outras áreas de ensino, 
ao menos no que tange ao uso didático de HFC.
Esse argumento pode ser corroborado, ao se observar (na Tabela 3, abaixo) 
os dados quantitativos da 1ª Conferência Latino-Americana do International 
History, Philosophy, and Science Teaching Group (IPHST-LA)3 que ocorreu 
em Maresias-SP no ano de 2010 e que tratou da comunicação e discussão de 
trabalhos sobre uso de HFC no Ensino de Ciências. Conforme os dados, foram 
apresentados 98 trabalhos brasileiros, o que mostra que há uma comunidade 
relativamente numerosa de pesquisadores que trabalham com essa temática 
no Brasil, com uma predominância significativa da área de Física.
Por outro lado, os dados apresentados por Teixeira et al. (2009), por 
meio dos quais se pode inferir o baixo índice de publicação de trabalhos 
brasileiros sobre essa temática em revistas internacionais, servem para 
ilustrar o argumento de Linjse (2004) de que muitos trabalhos apresenta-
dos nos congressos locais e internacionais não são convertidos em artigos 
publicados em revista de língua inglesa, mostrando que há um número 
maior de pesquisas sendo feitas com essa temática em países periféricos, 
como o Brasil, do que a comunidade internacional toma conhecimento.
Tabela 3 – Número de trabalhos apresentados por área de conhecimento e por país 
na 1ª IPHST-LA
País
Áreas de conhecimento
Totais
Física Química Biologia Matemática Ciências (em geral) Outras
Brasil 37 20 15 8 13 5 98
Argentina 2 2 2 8 3 17
Colômbia 4 5 1 10
México 5 1 1 1 8
Portugal 4 1 5
EUA 3 3
Chile 1 1 2
Alemanha 1 1 2
Espanha 1 1 2
Turquia 1 1 2
Suécia 1 1
Canadá 1 1
Austrália 1 1
Totais 49 34 20 8 32 9 152
Fonte: elaborada pelos autores desta pesquisa.
Nota: o número total de trabalhos apresentados foi 138 (101 distribuídos em 34 sessões de apresentação oral, e 37 em 2 sessões 
de pôster). O total de 152 que aparece na Tabela se dá em razão de que alguns dos trabalhos tratavam de mais de uma área 
simultaneamente e foram incluídos em cada uma delas.
3 Os dados da Tabela 3 foram sistematizados a partir de uma análise do livro de resumos da referida conferência 
(SILVA, 2010).
Distribuição de Publicações por Década
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Voltando à Tabela 2, há ainda algumas informações específicas que 
chamam a atenção. Das revistas brasileiras, apenas o CBEF tem publicado 
artigos de natureza teórica sobre o uso didático de HFC, a despeito da 
política editorial das demais revistas.4 Adicionalmente, a RBEF somente 
tem publicado artigos do tipo aplicação – sobre a temática em questão 
– sejam artigos que investigam intervenções didáticas, sejam aplicações 
de outro tipo (conforme o critério de exclusão (3)).
As informações fornecidas pelas Tabelas 1 e 2 traçam, portanto, um 
perfil quantitativo do quadro de publicações dessas revistas no que se 
refere à temática de pesquisa em Ensino de Ciências, e em particular de 
Física, orientado por HFC. Tais informações podem ser úteis, sobretudo 
para pesquisadores iniciantes, quando da sua busca por trabalhos de 
referência focados nessa temática.
Ao avaliar o panorama geral das publicações sobre essa temática, po-
de-se observar de imediato, a partir do Gráfico 1, o aumento substancial 
do número de pesquisas publicadas referentes à incorporação de HFC 
no Ensino das Ciências ao longo das décadas. 
 Gráfico 1 – Distribuição, por década, do número de publicações que foram selecionadas 
(total = 160 artigos)
4 Conforme a política editorial das revistas C&E, IENCI, RBPEC e Enz, são aceitas publicações de artigos que tra-
tam de resultados de pesquisa em Ensino de Ciências, Educação Matemática e áreas afins, incluindo trabalhos 
de reflexão teórica, revisões de literatura e metodologias de pesquisa; já as revistas RBEF e CBEF, a despeito 
de serem específicas de Física, atendem a um espectro mais amplo em sua política editorial aceitando artigos 
que buscam contribuir para o Ensino de Física de um modo geral, não necessariamente como resultados de 
trabalhos de pesquisa.
Fonte: elaborado pelos autores desta pesquisa.
Vale lembrar que, na década atual, somente foram coletados os dados 
relativos ao ano de 2010 e ao primeiro semestre de 2011 (quando foi con-
cluída a coleta de artigos). Nesse período de um ano e meio o número de 
artigos encontrados é quase o mesmo de toda a década de 1990 e superior 
ao número encontrado no mesmo período da década anterior (entre 2000 
e 2001, conforme pode ser visto no Gráfico 2).
16 UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DAS PESQUISAS PUBLICADAS NO BRASIL SOBRE 
O USO DIDÁTICO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENSINO DE FÍSICA
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Isso indica uma tendência de crescimento ainda maior nas publica-
ções acerca dessa temática na década atual. Esse aumento é similar ao 
que foi encontrado por Teixeira et al. (2009) em relação às publicações 
internacionais sobre a mesma temática e, até então, pode ser justificado 
pela crescente preocupação dos pesquisadores sobre o tema no âmbito 
internacional, conforme tem sido documentado em vasta literatura (Justi 
e Gilbert, 2000; Matthews, 1994; Abd-El-Khalick e Lederman, 2000; Ru-
therford, 2001; Robinson, 1969), o que pode ter influenciado a comunidade 
especializada brasileira.
Para tratar especificamente da situação no Brasil, informações rele-
vantes podem ser encontradas em Carvalho e Vannucchi (1996). Essas 
autoras fizeram uma análise das propostas e tendências curriculares de 
Física nos anos noventas a partir das atas, memórias e proceedings dos 
simpósios, encontros, reuniões e congressos de Ensino de Física reali-
zados naquela década no Brasil e em outros países da América Latina e 
Europa. Em praticamente todos os eventos analisados, dentre as ênfases 
curriculares propostas que fizeram parte da investigação, a HFC apareceu 
como a categoria predominante, conforme afirmam as autoras: “Outra 
prioridadeapontada nos eventos nacionais e internacionais é a inclusão 
da História e Filosofia da Ciência nos currículos escolares. Esta é a cate-
goria cuja inclusão curricular apresenta maior consenso” (CARVALHO; 
VANNUCCHI, 1996, p. 8).
Essa predominância só ocorre quando se tratam das propostas 
curriculares indicadas nos eventos por meio de mesas-redondas, 
conferências, grupos de trabalho e encontros. Ao analisar os relatos de 
pesquisas empíricas apresentadas nos mesmos eventos nas formas de 
comunicação oral e painel, foi observada a ocorrência de um número 
consideravelmente menor de trabalhos que tratavam da inclusão da 
HFC no Ensino de Física, em comparação com o número de propostas 
curriculares. Assim, as autoras apontaram uma discrepância entre o 
que se propõe no Ensino de Física (em termos de ênfases curriculares 
sugeridas nos eventos) e o que se pratica (em termos de currículos 
adotados, efetivamente, pelos educadores), o que parece refletir uma 
dificuldade de se traduzir propostas baseadas no uso de HFC em prática 
de sala de aula (CARVALHO; VANNUCCHI, 1996). 
Essa dificuldade encontra ressonância nos resultados da análise fei-
ta por Teixeira et al. (2009), bem como nos dados do presente trabalho, 
aqui já apresentados, que indicam que, apesar do aumento significativo 
do número de artigos que tratam do uso de HFC no Ensino das Ciências, 
o número de pesquisas empíricas que investigam intervenção didática 
com HFC nas salas de aula de Física é ainda pequeno.
Nesse panorama mais geral, pode-se ainda observar, no Gráfico 2, 
o crescimento no número de publicações entre o final dos anos 1990 e 
meados dos anos 2000 com a ocorrência de um pico em 2004 em função, 
principalmente, de um número especial da revista C&E sobre a temática 
Distribuição de Publicações por Ano
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HFC e Ensino de Ciências. Os argumentos apresentados por Matthews 
(1992) quanto à tendência de reaproximação entre a HFC e o Ensino de 
Ciências a partir de meados dos anos 1980 podem justificar este fato. A 
percepção de uma crise geral no ensino de ciências no final da década 
de 1980 levou a comunidade de educadores, pesquisadores etc. a realizar 
uma série de conferências nesse período nos Estados Unidos e Europa 
sobre o ensino de HFC nos currículos de Ciências; levou também às re-
formas curriculares que ocorreram na mesma época com a inclusão da 
HFC e ao surgimento de programas de formação de professores com a 
mesma preocupação (MATTHEWS, 1992). Isso tudo se refletiu também 
no Brasil com a realização de eventos como simpósios, encontros, reu-
niões e congressos (CARVALHO; VANNUCCHI, 1996), o surgimento de 
várias revistas sobre Ensino de Ciências (por exemplo, C&E, IENCI e 
RBPEC) e a criação de programas de pós-graduação sobre essa temática 
(FREIRE JR.; TENÓRIO, 2001). Assim, como consequência, houve um 
aumento substancial, nesse período, da produção de trabalhos focados 
nesse tema, conforme demonstrado no Gráfico 2.
Fonte: elaborado pelos autores desta pesquisa.
Finalizando esse panorama mais geral, é fato que há, na literatura 
internacional e nacional, uma quantidade substancial de trabalhos de 
referência que apresentam argumentos muito bem fundamentados do 
ponto de vista teórico sobre a importância da HFC para o Ensino de 
Gráfico 2 – Distribuição, por ano, do número de publicações que foram selecionadas 
(total = 160 artigos)
18 UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DAS PESQUISAS PUBLICADAS NO BRASIL SOBRE 
O USO DIDÁTICO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENSINO DE FÍSICA
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Ciências, a exemplo de Matthews (1994); Rutherford e Ahlgren (1995); 
Seroglou e Koumaras (2001); Nardi (2007); Silva (2006); Peduzzi (2006). 
São vários os argumentos em favor do uso da HFC no Ensino de Ciên-
cias, tais como, melhor compreensão de conceitos, visão mais crítica sobre 
a ciência, maior motivação dos alunos para o estudo das ciências, dentre 
outros. Por outro lado, há poucos trabalhos que fornecem corroboração 
empírica para esses argumentos, conforme Teixeira et al. (2009) e Carvalho 
e Vannucchi (1996). Certamente, a despeito da força e do papel dos argu-
mentos teóricos, não é prudente assumi-los como pressupostos verdadeiros 
antes de testá-los, sobretudo, quando o objeto de estudo manifesta-se em 
situações reais de sala de aula como é o caso do Ensino de Ciências. 
Portanto, essa área de pesquisa deve estar alerta para a necessidade 
de que sejam feitos maiores esforços para a realização de intervenções 
didáticas com uso de HFC no Ensino de Ciências e que tais intervenções 
sejam objetos de investigação, a fim de que se possa compreender melhor 
em situações reais de sala de aula qual a real contribuição que a HFC 
pode oferecer ao ensino e aprendizagem das ciências.
Caracterização Geral dos Trabalhos
Uma caracterização geral dos 14 trabalhos que restaram para análise 
mais a fundo (Tabela 4) foi feita, após terem sido empregados os critérios 
de exclusão aos 160 trabalhos selecionados inicialmente. Esses trabalhos, 
por simplificação, passam a ser nomeados nas Tabelas seguintes por meio 
das letras A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M e N (cujas referências completas 
encontram-se no final do presente texto).
Tabela 4 – Relação dos trabalhos selecionados para análise a fundo
Trabalho Revista Ano Autor(es) Título
A CBEF 2004 HÜLSENDEGER, M. 
Uma análise das concepções 
dos alunos sobre a queda dos corpos
B CBEF 2005
KÖHNLEIN, J. F. K.;
PEDUZZI, L. O. Q.
Uma discussão sobre a Natureza da 
Ciência no Ensino Médio: um exemplo 
com a Teoria da Relatividade Restrita
C C&E 2009
TEIXEIRA, E. S.;
FREIRE, O.;
EL-HANI, C. N.
A influência de uma abordagem 
contextual sobre as concepções 
acerca da Natureza da Ciência de 
estudantes de Física
D Enz 2011 HOSSON, C.
Una controversia histórica al servicio 
de una situación de aprendizaje: 
una reconstrucción didáctica basada 
en Diálogo sobre los dos máximos 
sistemas del mundo de Galileo
E IENCI 1998 PEDUZZI, L. O. Q.
Um texto de Mecânica em nível 
universitário básico: conteúdo 
programático e receptividade a seu 
uso em sala de aula
Elder Sales Teixeira, Ileana Maria Greca e Olival Freire Jr. 19
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Trabalho Revista Ano Autor(es) Título
F IENCI 2007
MASSONI, N. T.;
MOREIRA, M. A.
O cotidiano da sala de aula de uma 
disciplina de História e Epistemologia 
da Física para futuros professores de 
Física
G IENCI 2010
GATTI, S. R. T.;
NARDI, R.;
SILVA, D.
História da Ciência no Ensino de 
Física: um estudo sobre o Ensino de 
Atração Gravitacional desenvolvido 
com futuros professores
H IENCI 2010
TEIXEIRA, E. S.;
SILVA, C. P.;
FREIRE, O.;
GRECA, I.
A construção de uma argumentação 
sobre a síntese newtoniana a partir de 
atividades em grupo
I RBEF 1992
PEDUZZI, L. O. Q.;
MOREIRA, M. A.;
ZYLBERSZTAJN, A.
As concepções espontâneas, a 
resolução de problemas e a História 
da Ciência numasequência 
de conteúdos em Mecânica: o 
referencial teórico e a receptividade 
de estudantes universitários à 
abordagem Histórica da Relação 
Força e Movimento
J RBEF 2002
MAGALHÃES, M.;
SANTOS, W. M. S.;
DIAS, P. M. C. 
Uma proposta para ensinar os 
conceitos de campo elétrico e 
magnético: uma aplicação da História 
da Física
K RBEF 2004
DIAS, P. M. C.;
SANTOS, W. M. S.;
SOUZA, M. T. M.
A gravitação universal 
(um texto para o Ensino Médio)
L RBEF 2007
MOREIRA, M. A.;
MASSONI, N. T.;
OSTERMANN, F.
História e Epistemologia da 
Física na Licenciatura em Física: 
uma disciplina que busca mudar 
concepções dos alunos sobre a 
Natureza da Ciência
M RBPEC 2001
TEIXEIRA, E. S.;
EL-HANI, C. N.;
FREIRE JR., O.
Concepções de estudantes de Física 
sobre a Natureza da Ciência e sua 
transformação por uma abordagem 
contextual do Ensino de Ciências
N RBPEC 2002 HARRES, J. B. S.
Desenvolvimento histórico da 
dinâmica: referente para a evolução 
das concepções dos estudantes sobre 
força e movimento
Fonte: elaborada pelos autores desta pesquisa.
Para fazer essa caracterização geral, foram levados em consideração os 
seguintes aspectos: assunto da Física envolvido no trabalho; se o trabalho 
considera na intervenção didática somente o uso da História da Ciência 
(HC), somente da Filosofia da Ciência (FC) ou dos dois conjuntamente 
(HFC); objetivos gerais do trabalho; como usa HFC no Ensino de Física; 
nível de ensino – Superior (S), Médio (M), Fundamental (F); n° de alunos; 
tempo da intervenção didática; estratégia de ensino empregada na in-
tervenção didática; desenho geral da pesquisa; e se foram levantados os 
conhecimentos prévios dos alunos, sejam em relação ao assunto da Física 
tratado na intervenção, sejam em relação à HFC. Essa caracterização está 
sintetizada na Tabela 5.
20 UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DAS PESQUISAS PUBLICADAS NO BRASIL SOBRE 
O USO DIDÁTICO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENSINO DE FÍSICA
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24 UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DAS PESQUISAS PUBLICADAS NO BRASIL SOBRE 
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26 UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DAS PESQUISAS PUBLICADAS NO BRASIL SOBRE 
O USO DIDÁTICO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENSINO DE FÍSICA
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O primeiro aspecto a se notar é a alta concentração de trabalhos que 
tratam de Física Clássica, sendo 6 sobre Mecânica Clássica, 1 que espe-
cificou o assunto queda-livre, 3 que especificaram gravitação universal 
de Newton (totalizando 10 trabalhos sobre Mecânica Clássica) e 1 sobre 
campos elétrico e magnético; houve ainda 2 trabalhos cujo assunto foi 
a própria História e Epistemologia da Física e apenas 1 trabalho sobre 
Física Moderna, especificamente, relatividade restrita. 
Isso parece ilustrar uma tradição no ensino e na pesquisa em Ensino de 
Física no Brasil, cujo foco em Mecânica Clássica parece ser predominante 
(Araújo; Abib, 2003; Carlos et al., 2009; Azevedo et al., 2009). No cenário 
internacional, conforme a revisão feita por Teixeira et al. (2009), também 
há uma predominância significativa de trabalhos sobre Física Clássica, pois 
dos 11 trabalhos avaliados apareceu apenas 1 trabalho sobre Física mo-
derna; contudo, diferentemente do que ocorreu nos trabalhos brasileiros, o 
foco principal foi a ótica clássica. Considerando o movimento que ocorreu 
principalmente a partir da década de 1980 para inclusão da Física Moder-
na no ensino, parece ter havido pouca repercussão disso na pesquisa, ao 
menos na que trata do uso de HFC no Ensino de Física.
Quanto ao nível de ensino, a grande maioria dos trabalhos foi realizada 
no âmbito do Ensino Superior (9 trabalhos) e apenas 1 no Ensino Fun-
damental e 4 no Ensino Médio, ao contrário do que ocorreu no cenário 
internacional em que a maioria dos trabalhos eram concentrados nos 
níveis fundamental e médio.
Em relação ao tempo de intervenção, a grande maioria desenvolveu a 
pesquisa durante 1 semestre, houve ainda 2 estudos com duração de 1 ano 
e apenas 2 trabalhos com duração de 1 unidade ou menos, o que é posi-
tivo em relação ao cenário internacional, no qual apenas três trabalhos 
tiveram duração de 1 semestre ou mais. Embora não exista uma relação 
entre tempo de intervenção e qualidade da pesquisa, pode-se afirmar que 
quanto maior o tempo de intervenção é possível que se venha a produzir 
maiores efeitos para serem investigados. Ainda, houve três trabalhos que 
não especificaram o tempo de duração da intervenção.
Outro aspecto positivo é que quase a totalidade dos trabalhos optou 
por uma estratégia de ensino em que o conteúdo da Física era apresen-
tado de forma integrada com a HFC. Essa abordagem, segundo Mathews 
(1994), é mais eficaz por tratar dos conteúdos de uma forma conectada 
com a HFC. Trata-se de apresentar o assunto

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