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Apostila direito processual administrativo e tributário

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[Escolha a data] [Edição 1, Volume 1] 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL ADMINISTRATIVO E 
TRIBUTÁRIO 
 
O direito processual administrativo 
e tributário em nada tem a ver com 
a função jurisdicional do Judiciário. 
Ele serve exatamente para 
promover a segurança dos atos 
administrativos. 
Quem possui o 
poder de 
Administrar é o 
Executivo. 
Lembrando da 
função 
tripartite do 
Estado, de uma 
maneira 
simplificada 
feita por 
Montesquieu: o Executivo 
administra e executa, o Legislativo 
legisla e o Judiciário julga, vê-se 
que quem possui a função típica de 
administrar é o Executivo, porém 
quando feito pelo Legislativo e 
Judiciário caracteriza a função 
atípica dos poderes. Neste sentido 
entende-se que o processo 
administrativo é a forma pela qual 
a Administração Pública registra 
seus atos, controla seus agentes 
públicos ou decide as 
controvérsias com os 
administrados e/ou 
administradores (servidores 
públicos) 
Por isso 
podemos 
dizer que 
processo 
administrativo é gênero, da qual 
as espécies mais frequentes são 
os processos tributários e 
processos disciplinares. A lei 
9784/99 surgiu no intuito de 
estabelecer as regras gerais para a 
Administração Pública nos seus 
processos e procedimentos a fim 
de que seja uma diretriz normativa 
para com a Administração Pública. 
 
PROCESSO E PROCEDIMENTO 
2º SEMESTRE 10º PERÍODO DE DIREITO 2017 – DOCENTE GABRIELLE SANTANGELO LEINER 
DIREITO PROCESSUAL ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO 
OBJETIVOS DO 
PROCESSO 
ADMINISTRATIVO 
Documentação: serve 
como 
documentação dos 
atos e fatos 
praticados pela 
Administração. 
Fundamentação: 
serve como 
fundamentação dos 
atos dos 
administrativos. 
Proteção aos 
Administrados e 
Servidores: na medida 
em que evita 
arbitrariedades por 
parte dos 
administrados 
públicos. 
Transparência: na 
medida em que 
possibilita a 
fiscalização da 
conduta da 
administração pelos 
administrados. 
 
O processo administrativo é a 
forma pela qual a Administração 
Pública registra seus atos, 
controla seus agentes públicos 
ou decide as controvérsias com 
os administrados e/ou 
administradores 
 
2º semestre 10º período de direito 2017 – docente Gabrielle Santangelo Leiner 
 
Processo é uma relação 
jurídica, razão pela qual 
“processo administrativo” 
significa o vínculo jurídico 
entre a Administração e o 
usuário, estabelecido para 
uma tomada de decisão. 
Ao passo que 
procedimento 
administrativo é a 
sequência ordenada de 
 
2º semestre 10º período de direito 2017 – docente Gabrielle Santangelo Leiner 
 
atos tendentes à tomada 
de decisão. Não esquecer: 
Ato administrativo: é a 
materialização da vontade 
pública através de um 
funcionário ou servidor. 
 
 
 
 
SERá FÁCIL PRO MoMo: 
Segurança Jurídica: 
Eficiência: deve-se otimizar os meios da Administração (fazer + com -) 
Razoabilidade: o administrador deve atuar dentro da razão, atos racionais. 
 
 
 
Finalidade: O administrado deve cumprir com a finalidade que a lei lhe outorgou. 
Ampla Defesa: o administrado alvo de processo deve ter o direito de se defender, 
devendo ser informado de todo o processo administrativo. 
Contraditório: deve-se dar direito ao contraditório e defesa sempre. 
Interesse Público: todo ato e decisão sempre visando a consagração do interesse 
público 
Legalidade: respeito à legislação em vigor 
Proporcionalidade: critérios de equilíbrio entre o ato praticado e a finalidade a ser 
perseguida. 
Oficialidade: há que se provocar a administração pública, ou provocada pela própria 
administração ou a requerimento da parte. A própria administração dá continuidade 
aos atos. 
Motivação: todos os atos devem ser fundamentados. 
Moralidade: deve-se respeitar a moralidade ética institucional 
 
 
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M
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Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Eficiência
 Princípios do Processo Administrativo: *Art. 37 
da CF: princípios básicos da Administração. 
LIMPE 
*Art. 2 da Lei 9784/99: lembrar que é rol 
exemplificativo dentre outros. 
SERÀ FÁCIL PrO MOMO 
 
 
2º semestre 10º período de direito 2017 – docente Gabrielle Santangelo Leiner 
 
A lei que regulamenta o processo administrativo federal é a Lei 9784/99. 
Quanto às aplicações dessa lei: 
a) Via de regra é utilizada na administração direta e indireta federal. 
b) Utilizada nos poderes administrativos e Judiciários em suas funções administrativas, ou seja, nas suas funções 
atípicas. 
c) Utilizada de forma subsidiária pelo DF, Estados e Municípios para procedimentos internos e atos administrativos. 
Obs: A regra é que a lei seja utilizada no âmbito federal, entretanto, será utilizada de forma subsidiária desde que 
haja previsão legal. 
 
Conceitos da lei: 
a) Orgão: não tem personalidade jurídica, mas faz parte da estrutura do Estado. Ex: secretaria de determinada 
entidade. 
b) Entidade: pessoa jurídica em si. Ex: União, autarquias. 
 c) Autoridade: os agentes públicos que julgam, que detém o poder decisório. Presidente de uma autarquia. 
 
FASES DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO GERAL 
 
Espécies de Processo de Administrativo
Processo Administrativo de Outorga: É um processo pelo qual se pleiteia algum direito ou 
situação individual perante a Administração. Em geral não há contraditório, excetos 
quando há oposição de terceiros ou do Poder Público. A concessão ou permissão de uso 
de bem público. 
Processo administrativo de Expediente: proveniente de provocação
Processo Administrativo de Controle: são processos onde a administração pública pode 
verificar, controlar o comportamento e a situação dos gestores púbicos. Exemplo: as contas 
dos administradores são prestadas perante o Tribunal de Contas
Processo administrativo de gestão: é uma série de atos realizados pela Administração 
Pública para exercer suas funções típicas. Exemplo: Concurso
Processo Administrativo de Punição: elaborado quando um ato realizaod pelo servidor, 
administrado ou contratado viola a lei. É feito com base no auto de infração, representação, 
denúncia ou peça equivalente. Exemplo: multa, demolição de obra, fechamento de 
estabelecimento público.
Processo Administrativo Disciplinar: A Administração apura e pune as faltas 
cometidas pelos servidores públicos no exercício de sua função administrativa. 
 
2º semestre 10º período de direito 2017 – docente Gabrielle Santangelo Leiner 
 
 
 
 
 
:DIREITOS E DEVERES DO ADMINISTRADO ART 3º E ART 4º DA LEI 
 
 
 
 
 
 
INSTAURAÇÃO
•A instauração pode ser feita de duas formas:
•a) por ofício: a própria administração pública devido ao ppio da oficialidade.
•b) a pedido de um interessado: qualquer pessoa, seja física, jurídica ou 
servidor público
INSTRUÇÃO
•É a fase onde há a produção de provas para elucidar os fatos 
narrados na primeira fase. As provas devem ser feitas via 
depoimento das partes, oitiva de testemunhas, inspeções, 
perícias e juntada de documentos, laudos pareceres.
RELATÓRIO
•Na fase do relatório é produzido um documento que sinteiza 
tudo o que foi apurado no processo administrativo. Pode ser 
feito pela autoridade responsável ou por comissão formada 
chamada de comissão processante. Geralmente possui uma 
sugestão de decisão, mas não inclui a decisão final.
JULGAMENTO
•A fase de decisão ou julgamento apresenta a decisão final a 
respeito do processo. Podendo ser tomada e concordância 
com a sugestão do relatorio ou não.
 
2º semestre 10º períodode direito 2017 – docente Gabrielle Santangelo Leiner 
 
 
TERCEIRA AULA DE PROCESSO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
FASES DO PROCESSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2º semestre 10º período de direito 2017 – docente Gabrielle Santangelo Leiner 
 
AULA 3 
 
 
FASES DO PROCESSO 
INSTAURAÇÃO 
INSTRUÇÃO 
JULGAMENTO 
 
DIREITOS E DEVERES 
DOS ADMINISTRADOS
DIREITOS 
TRATADO COM 
RESPEITO
TER CIÊNCIA DO 
PROCESSO
ALEGAÇÃO E 
DOCUMENTOS ANTES 
DA DECISÃO
ADVOGADO 
FACULTATIVO SÚMULA 
Vinculante 5
DEVERES 
EXPOR A VERDADE
PROCEDER COM 
LEALDADE , urbanidade 
e boa-fé
NÃO AGIR de forma 
temerária
PRESTAR/ESCLARECER 
INFORMAÇÕES
 
2º semestre 10º período de direito 2017 – docente Gabrielle Santangelo Leiner 
 
A INSTAURAÇÃO PODE-SE DAR DE OFÍCIO OU A PEDIDO DO INTERESSADO. DE 
OFÍCIO A PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO PODE LAVRAR O AUTO DE INFRAÇÃO E 
DEFLAGRAR O PROCESSO ADMINISTRATIVO. PODE SER REDUZIDO A TERMO SE 
APARTE COMPARECER A AUTORIDADE PÚBLICA. ART. 5º DA LEI. 
 
No pedido que se ter: 
1) Indicação do Orgão ou Autoridade 
2) Identificação do Interessado ou seu representante 
3) Pedido: deverá conter a indicação do domicílio, data e assinatura por óbvio 
para o documento ter validade 
Lembrar que o processo deve iniciar na menor hierarquia porque dessa possibilita a 
fase recursal e também a facilidade de acesso do administrado. 
 
Sobre a INSTAURAÇÃO DO PROCESSO temos a seguinte questão da OAB: 
 
A prova da OAB Nacional 2008.2 elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a assertiva: “O processo administrativo pode 
iniciar-se de ofício ou a pedido do interessado”. 
 
A Administração está proibida de recusar sem motivo o recebimento de 
documentos 
(art. 6º, parágrafo único, da Lei n. 9.784/99). 
 
QUEM SÃO OS LEGITIMADOS PARA O PROCESSO ADMINISTRATIVO 
O art. 9º da Lei n. 9.784/99 define como legitimados no processo 
administrativo: 
a) titulares dos direitos e interesses que iniciem o processo, podendo 
ser pessoas físicas ou jurídicas; 
b) terceiros interessados que, sem terem iniciado o processo, possuem 
direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser 
adotada; 
c) organizações e associações representativas, no tocante a direitos 
e interesses \coletivos; 
d) pessoas ou associações legalmente constituídas quanto a direitos 
ou interesses difusos. 
 
 
 
 
 
Importante destacar que a capacidade, para fins de processo 
administrativo, é conferida aos maiores de dezoito anos, ressalvada 
previsão especial em ato normativo próprio (art. 10 da Lei n. 9.784/99). 
 
2º semestre 10º período de direito 2017 – docente Gabrielle Santangelo Leiner 
 
 
DA COMPETÊNCIA 
Nos termos do art. 11 da Lei n. 9.784/99, a competência administrativa é 
irrenunciável e deve ser exercida pelo órgão legalmente habilitado para 
seu cumprimento, exceto nos casos de delegação e avocação. 
Na delegação, um órgão administrativo ou seu titular transferem 
temporariamente parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, 
ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando 
for conveniente, em razão de circunstâncias de 
índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. 
 
 
A prova da Magistratura/TO elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a assertiva: “O processo administrativo em geral, 
no 
âmbito da União, pode ser instaurado de ofício ou por iniciativa dos interessados, entre os quais se incluem as pessoas e 
associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos”. 
A prova da Magistratura/PI elaborada pelo Cespe considerou INCORRETA a assertiva: “No âmbito do processo 
administrativo, não 
há previsão de defesa de interesses difusos ou coletivos”. 
A prova da OAB Nacional 2009.1 elaborada pelo Cespe considerou INCORRETA a assertiva: “São capazes, para fins de 
processo 
administrativo, os maiores de dezesseis anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio”. 
A prova da OAB Nacional 2008.2 elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a assertiva: “Um órgão administrativo e seu 
titular 
poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que 
estes não 
lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, 
econômica, jurídica ou territorial”. 
 
Em nenhuma hipótese, podem ser objeto de delegação: 
a) a edição de atos de caráter normativo; 
b) a decisão de recursos administrativos; c) as matérias de 
competência 
exclusiva do órgão ou autoridade. 
A delegação é revogável a qualquer tempo por vontade unilateral da 
autoridade 
delegante. 
Em sentido contrário, na avocação o órgão ou seu titular chamam para si, 
em caráter 
excepcional e temporário, competência atribuída a órgão 
hierarquicamente inferior. 
Assim, pode-se concluir que delegação e avocação constituem exceções à 
regra geral 
da indelegabilidade de competências administrativas. 
Por fim, cabe ressaltar que o processo administrativo deverá ser iniciado 
perante a 
 
2º semestre 10º período de direito 2017 – docente Gabrielle Santangelo Leiner 
 
autoridade de menor grau hierárquico para decidir (art. 17 da Lei n. 
9.784/99). 
IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃO NO PROCESSO ADMINISTRATIVO 
Para garantir a imparcialidade na tomada das decisões administrativas, a 
Lei n. 
9.784/99 define regras de impedimento e de suspeição aplicáveis aos 
agentes públicos que atuarão nos processos administrativos. 
 
Fica impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou 
autoridade que: 
a)tenha interesse direto ou indireto na matéria; 
b) tenha participado ou venha a participar 
como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem 
quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; 
c) esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou 
respectivo cônjuge ou companheiro. 
 
Já os casos de suspeição relacionam-se com a condição da autoridade ou 
servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos 
interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e 
afins até o terceiro grau. 
 
Nos termos do art. 21 da Lei n. 9.784/99, o indeferimento de alegação de 
suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo. 
 
FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO 
 
A regra geral é que os atos do processo administrativo não dependem de 
forma determinada, exceto quando a lei expressamente a exigir, devendo 
ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua 
realização e a assinatura da autoridade responsável. 
Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido 
quando houver DÚVIDA DA AUTENTICIDADE. 
 
A prova da Procuradoria/DF considerou CORRETA a assertiva: “Não pode ser objeto de delegação a decisão de recursos 
administrativos”. 
A prova da OAB Nacional 2009.2 elaborada pelo Cespe considerou INCORRETA a assertiva: “O servidor que atue como 
perito em 
um processo administrativo pode exercer outras funções no mesmo processo, exceto a de julgar”. 
A prova da OAB Nacional 2008.2 elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a assertiva: “O servidor ou autoridade que 
esteja 
litigando, na esfera judicial, com o interessado em um processo administrativo que envolva as mesmas partes está 
impedido de 
atuar nesse processo”. 
 
2º semestre 10º período de direito 2017 – docente Gabrielle Santangelo Leiner 
 
 
Os atos do processo administrativo devem ser realizados em dias úteis, 
no horário normal de funcionamento da repartição na qual tramitar o 
processo. 
Salvo disposição legal em contrário, os atos das autoridades e dos 
administrados participantes do processodevem ser praticados no prazo 
de cinco dias, salvo motivo de força maior. 
Quanto ao lugar, os atos do processo devem ser realizados de 
preferência na sede do órgão competente, cientificando -se o interessado 
se outro for o local de realização. 
 
19.14 COMUNICAÇÃO DOS ATOS 
O órgão competente promoverá a intimação do interessado para ciência 
de decisão ou a efetivação de diligências. 
A intimação deverá conter: a) identificação do intimado e 
nome do órgão ou entidade administrativa; b) finalidade da intimação; c) 
data, hora e 
local em que deve comparecer; d) se o intimado deve comparecer 
pessoalmente, ou 
fazer-se representar; e) informação da continuidade do processo 
independentemente do 
seu comparecimento; f) indicação dos fatos e fundamentos legais 
pertinentes. 
A intimação pode ser efetuada mediante ciência no processo, por via 
postal com aviso 
de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da 
ciência do interessado. 
 
Já no caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com 
domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de 
publicação oficial. 
Importantíssimo destacar que o desatendimento da intimação não 
importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito 
pelo administrado. 
Portanto, nos processos administrativos, não há os efeitos típicos da 
revelia. 
 
19.15 INSTRUÇÃO DO PROCESSO 
A instrução do processo, realizada para comprovar os fatos alegados, é 
promovida 
 
2º semestre 10º período de direito 2017 – docente Gabrielle Santangelo Leiner 
 
de ofício, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações 
probatórias. 
São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por 
meios ilícitos. 
Aplicando a mesma regra geral válida para os processos judiciais, cabe ao 
interessado 
o ônus de provar os fatos que tenha alegado. 
Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as 
provas propostas 
pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias 
ou protelatórias. 
Na hipótese em que deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão 
consultivo, o parecer 
deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial 
ou comprovada 
necessidade de maior prazo. 
Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo 
fixado, o 
A prova da OAB Nacional 2010.1 elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a assertiva: “Nos processos administrativos é 
admitida 
a intimação fictícia”. 
A prova de Procurador de Aracaju elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a assertiva: “O desatendimento de 
intimação para 
apresentação de defesa em processo administrativo não importa no reconhecimento da verdade dos fatos”. 
processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, 
responsabilizando-se quem 
der causa ao atraso. Já no caso de um parecer obrigatório e não 
vinculante deixar de ser 
emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser 
decidido com sua 
dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no 
atendimento. 
Após o encerramento da instrução, o interessado terá o direito de 
manifestar-se no 
prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. 
Se o órgão de instrução não for competente para emitir a decisão final, 
deverá elaborar 
relatório indicando o pedido inicial e o conteúdo das fases do 
procedimento e formulará 
proposta de decisão, objetivamente justificada, encaminhando o processo 
à autoridade 
competente. 
 
2º semestre 10º período de direito 2017 – docente Gabrielle Santangelo Leiner 
 
Portanto, o ato final do processo administrativo normalmente não é a 
decisão, mas o 
relatório a ser encaminhado para a autoridade competente para decidir. 
 
 
 DEVER DE DECIDIR 
Obviamente, a Administração Pública tem o dever de emitir decisão 
expressa nos 
processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em 
matéria de sua 
competência. Não teria sentido ordenamento jurídico pátrio garantir o 
direito de petição 
aos administrados sem que houvesse, a cargo da Administração, o 
correlato dever de 
decidir. 
Encerrada a instrução de processo administrativo, a Administração tem o 
prazo de até 
trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período 
expressamente motivada. 
 
19.17 DESISTÊNCIA 
O art. 51 da Lei n. 9.784/99 afirma que o interessado poderá, mediante 
manifestação 
escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, 
renunciar a direitos 
disponíveis. 
 
 
19.18 RECURSOS ADMINISTRATIVOS 
Todas as decisões adotadas em processos administrativos podem ser 
objeto de recurso 
quanto a questões de legalidade e de mérito, devendo o recurso ser 
dirigido à autoridade 
que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco 
dias, o 
encaminhará à autoridade superior. 
O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias 
administrativas, 
salvo disposição legal diversa (art. 57 da Lei n. 9.784/99). 
A prova da OAB Nacional 2009.2 elaborada pelo Cespe considerou INCORRETA a assertiva: “Caso a matéria discutida no 
processo 
administrativo se apresente bastante controversa e inquietante, a autoridade responsável poderá deixar de decidir e 
submeter o 
tema à apreciação do Poder Judiciário”. 
 
2º semestre 10º período de direito 2017 – docente Gabrielle Santangelo Leiner 
 
A prova de Procurador de Aracaju elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a assertiva: “Concluída a instrução de 
processo 
administrativo, a administração tem até 30 dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente 
motivada”. 
A 13a prova do Ministério Público do Trabalho considerou INCORRETA a assertiva: “O recurso administrativo, salvo 
disposição legal 
em contrário, tramitará no máximo por duas instâncias administrativas”. 
Os recursos administrativos podem ser interpostos pelos seguintes 
legitimados: a) os 
titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; b) aqueles 
cujos direitos 
ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida; c) as 
organizações e 
associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; 
d) os cidadãos 
ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. 
Como regra geral, o prazo para interposição de recurso administrativo 
é de dez 
dias, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão 
recorrida, devendo ser 
decidido, exceto se a lei não fixar prazo diferente, no prazo máximo de 
trinta dias. 
Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito 
suspensivo. 
O recurso não será conhecido quando interposto: a) fora do prazo; b) 
perante órgão 
incompetente; c) por quem não seja legitimado; d) após exaurida a 
esfera 
administrativa. 
Processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, 
a qualquer 
tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou 
circunstâncias relevantes 
suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada (art. 65 da Lei 
n. 9.784/99). 
19.18.1 Permissão da reformatio in pejus 
O art. 64 da Lei n. 9.784/99 assevera que “o órgão competente para 
decidir o recurso 
poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a 
decisão 
recorrida, se a matéria for de sua competência”. Desse modo, pode-se 
constatar que o 
 
2º semestre 10º período de direito 2017 – docente Gabrielle Santangelo Leiner 
 
dispositivo não proíbe a reformatio in pejus nos processos 
administrativos, isto é, 
não há impedimento a que a decisão do recurso agrave a situação do 
recorrente, 
exigindo-se apenas que ele seja cientificado para que formule suas 
alegações antes da 
decisão. 
19.19 DOS PRAZOS 
Os arts. 66 e 67 da Lei n. 9.784/99 disciplinam a contagem de prazos nos 
processos 
administrativos.A regra geral do art. 66 assegura que os prazos começam a correr a 
partir da data da 
cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e 
incluindo-se o do 
vencimento. 
Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o 
vencimento cair 
em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da 
hora normal. 
A prova da Magistratura/DF considerou CORRETA a assertiva: “Em geral, o recurso não terá efeito suspensivo, salvo 
disposição 
legal em contrário, admitindo-se, todavia, que a autoridade recorrida, observados os requisitos legais, venha a conferir 
efeito 
suspensivo ao recurso”. 
A prova da OAB Nacional 2010.1 elaborada pelo Cespe considerou CORRETA a assertiva: “Nos processos administrativos 
admite-se 
a reformatio in pejus”. 
A prova da Magistratura/DF considerou INCORRETA a assertiva: “A decisão do recurso não poderá acarretar gravame à 
situação do 
recorrente”. 
Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. Já os prazos 
fixados em 
meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento não 
houver o dia 
equivalente àquele do início do prazo, tem -se como termo o último dia 
do mês. 
Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos 
processuais não se 
SUSPENDEM.

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