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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL - PCV CELSO PISSINATTI CARDOSO ANÁLISE DE ESTRUTURAS AUXILIADO POR COMPUTADOR – CÁLCULO DO MOMENTO FLETOR EM LAJES PELO MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS MARINGÁ 2017 1. PROPRIEDADES DO CONCRETO 𝑓ck = 25 𝑀𝑃𝑎 𝐸𝑐𝑖 = 5600√𝑓ck 𝐸𝑐𝑖 = 5600 ∗ √25 = 28.000 𝑀𝑃𝑎 = 0,2 G = 𝐸 2(1 + ) G = 28000 2(1 + 0,2) = 11.666,67 𝑀𝑃𝑎 2. PROPRIEDADES DA LAJE O exemplo escolhido foi uma laje maciça, com 200 x 200 cm, com 10 cm de espessura. A discretização foi feita pela analogia de grelhas com vigas equivalentes, onde as vigas do bordo tem seção de 25 x 10 cm e as vigas centrais tem 50 x 10 cm. Estão espaçadas entre si a cada 50 cm. Figura 1 – Grelha com vigas equivalentes e suas respectivas seções Fonte: próprio autor. Devido ao uso das vigas equivalentes, onde há sobreposição dos elementos, a rigidez a flexão foi majorada em (1 (1 − 2)⁄ ) = 1,0417 e a rigidez a torção foi reduzida a 50%. A grelha está engastada nos quatro vértices, e simplesmente apoiada nos demais pontos do bordo. A carga aplicada foi de 1 tf/m², está linearmente distribuída nas barras da grelha pela analogia da área de influência. Figura 2 – Grelha com os apoios e cargas distribuídas Fonte: próprio autor. 3. ANÁLISE PELO MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS A análise da grelha foi feita pelo método dos elementos finitos, com auxílio de uma planilha no Excel. Para tanto, criou-se algumas convenções. A convenção de numerar as barras e seus respectivos nós foi feita com o intuito de facilitar a organização da matriz de rigidez final. Os nós estão numerados em verde, e as barras tem o prefixo B. Figura 3 – Numeração das barras e dos nós Fonte: próprio autor. Quanto às barras, utilizaram-se duas matrizes de rigidez, onde as linhas e colunas foram invertidas com intuito de organizar os esforços e deixar as solicitações referenciadas de acordo com os eixos globais. A primeira matriz representa as barras paralelas ao eixo X (com momento fletor em torno do eixo Y) e a segunda matriz representa as barras paralelas ao eixo Y (com momento fletor em torno do eixo X). Figura 4 – Matriz de rigidez das barras paralelas ao eixo X (B1 a B20) Fonte: AVANCINI (2015). Figura 5 – Matriz de rigidez das barras paralelas ao eixo Y (B21 a B40) Fonte: AVANCINI (2015). Figura 6 – Convenção de esforços na laje e nas barras Fonte: CASTRO. Figuras 7 – Esforços nas barras bi engastadas, com carga linearmente distribuída Fonte: Martins (2017). Com a matriz de rigidez de cada barra, foi possível construir duas matrizes de rigidez, uma representando as barras paralelas ao eixo X e outra para o eixo Y, somando as rigidezes em cada um dos nós. Figura 8 – Matriz de rigidez de uma barra paralela ao eixo X Fonte: próprio autor. Figura 9 – Matriz de rigidez de uma barra paralela ao eixo Y Fonte: próprio autor. Pela soma das matrizes das barras do eixo X e do eixo Y, obtêm-se a matriz de rigidez da grelha nas duas direções. Aplicando-se as condições de apoio, é possível obter o deslocamento e as rotações em cada um dos pontos da grelha. Serão apresentadas em anexo: Matriz de rigidez de cada uma das barras; Matriz de rigidez das duas direções; Tabela com o deslocamento e rotação de cada um dos pontos. 4. ESFORÇOS E VALIDAÇÕES Para validar os resultados obtidos, modelou-se uma grelha no programa SAP2000, para comparar os deslocamentos e os esforços. Figura 10 – Deslocamento e rotação em cada um dos nós Fonte: próprio autor. Figura 11 – Deslocamento do nó 13 obtido através do programa SAP2000 Fonte: próprio autor. O deslocamento do nó 13 obtido através da planilha foi igual a 0,3040mm, enquanto o deslocamento obtido através do programa SAP2000 foi igual a 0,3312mm. Diferença de aproximadamente 10%. Figura 12 – Matriz de rigidez, rotações, deslocamentos e esforços da barra 10 Fonte: próprio autor. Figura 13 – Esforços da barra 10 obtidos através do programa SAP2000 Fonte: próprio autor. Quanto aos esforços, o momento fletor obtido através da planilha foi igual a 0,09336 tf.m (ou 0,1867 tf.m/m), enquanto o momento fletor obtido através do programa SAP2000 foi igual a 0,09632 tf.m (ou 0,1926 tf.m/m). Diferença de 3%. 5. BIBLIOGRAFIA AVANCINI, Giovane. Formulação do Método dos Elementos Finitos para a análise elástica linear de grelhas. 2015. 91 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Engenharia Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Campo Mourão, 2015. CASTRO, L. M. S. Modelação de lajes com elementos de grelha. MARTHA, L. F. Notas de aula: Método da rigidez direta para modelos estruturais lineares e elásticos. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio. MARTINS, C. H. Notas de aula: método dos elementos finitos. Maringá: Universidade Estadual de Maringá, 2017. NEVES, L. F. C. S. Comparação de modelos de grelha e de elementos finitos de laje na modelação de estruturas de edifícios de betão armado. 2010. 102 f. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre. Engenharia Militar, Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa. Portugal, 2015. 6. ANEXOS
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