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Resenha Crítica - Ricardo - PD

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA LETRAS – PORTUGUÊS PROFISSÃO DOCENTE PROF. RICARDO DA SILVA 
ORLANE FERNANDES SILVA 
AUDIÊNCIA pública sobre o atual cenário da educação no RN. Produção: TV câmara. RN: TV câmara, [2012?]. 1 DVD.
VIDA Maria. Direção: Márcio Ramos. Produção: Joelma Ramos. Roteiro: Márcio Ramos. Música: Hérlon Robson. [Ceará]: Trio Filmes, 2006. 1 DVD.
SAVIANI, Demerval. O legado educacional do século XIX. In:______. et al. O legado educacional do século XIX, 2ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2006a, p. 7-32.
______. O legado educacional do longo século XX brasileiro. In: ______. et al. O legado educacional do longo século XX brasileiro. 2ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2006b, p. 9-50.
COSTA, Marisa Cristina Vorraber. Perspectivas históricas do trabalho docente. In: ______. Trabalho docente e profissionalismo. Porto Alegre: Sulina, 1995, p. 63- 82.
TARDIF, Maurice, LESSARD, Claude. A escola como organização do trabalho docente. In: ______. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. 2ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005, p. 55- 80.
VERÇOSA, Elcio de Gusmão. A formação dos professores em Alagoas. Um olhar retrospectivo sobre suas origens. In: ______. et al. Caminhos da educação em Alagoas: da colônia aos dias atuais. Maceió – São Paulo: Cataventos, 2001, p. 154 – 178.
NEVES, Lúcia Maria Wanderley. Educação no Brasil de hoje: determinantes. In: ______. Educação e política no Brasil de hoje. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2002, p. 11- 38.
As perspectivas de estado, educação, política e trabalho no cenário socioeducacional brasileiro
O pronunciamento de indignação da professora do estado do Rio Grande do Norte, Amanda Gurgel sobre a não prioridade da educação por parte do estado nacional, é um desabafo contínuo da classe trabalhadora docente e de boa parte de pais de alunos, e população, que possui interesse em entender e lutar por melhorias qualitativas na educação pública brasileira. 
Infelizmente este quadro caótico de desvalorização do profissional docente, de infraestrutura escolar, de alimentação, transportes, superlotação de salas e tantos outros conhecidos e não superados; são acúmulos dos primórdios educacionais que não foram sanados pelos inúmeros governantes brasileiros e nem por suas políticas “reformistas” educativas. O posicionamento do estado brasileiro e a dinâmica política do país denotam a construção de um estado omisso, dissimulado e contribuinte da barbárie educacional e social do país. O estado e a política estão para ver a “banda passar” incutindo uma visão não imediatista e passiva nas resoluções dos problemas de todas as espécies, fixando um modelo de mascarar a realidade problemática existente, através de uma demagogia tipicamente brasileira nos discursos inflamados em mídias e na própria lei.
Há uma visão discrepante da educação para o que é dito e ofertado, e isto não está associado apenas ao campo educacional, em diversas especificidades fundamentais ao individuo é também visível. A educação segundo as práticas estatais e concepções políticas é meramente a existência de um espaço para abrigar salas e manter os alunos e a permanência do professor em sala como determinante de uma educação de qualidade. Essa prática constitutiva em lei e constantemente disseminada é errônea, pois quando se assegura isso, deixa-se de efetivar outro arcabouço fundamental, como livros, bibliotecas, alimentação que são fundamentais para a permanência do aluno “tão difundida pelos senhores de terno preto”. 
A política brasileira não tem objetividade de contemplar uma educação de qualidade, se lermos as leis e observamos os discursos, e as práticas minuciosamente, perceberemos que o sucateamento socioeducacional é executado previamente quando permite-se que o salário do docente seja “abaixo de sua sobrevivência”, quando este é obrigado a maximizar o tempo em sala a fim de aumentar seu salário, todos estes fatores contribuem para o descaso educacional do país. Então, o quadro político estatal tem formado um cidadão passivo, desmotivado e descrente por lutas. O Brasil tem se calado e tem aceitando as condições impostas pelo estado. Vida Maria expõe claramente esta perspectiva de passividade e descrença em dias melhores e o ciclo de vida da não seguridade de direitos básicos pelo estado. Também a tentativa arcaica e histórica de concepção do trabalho somente com o braçal em substituição ao trabalho reflexivo, evidente na fala da personagem.
 É neste parâmetro que o trabalho atual tem se enquadrado, numa perspectiva tecnicista. As atividades crítico-reflexivas têm sido substituídas por incentivo do próprio estado de forma mascarada contribuindo dessa forma para o controle do trabalhador e consequentemente de seu pensamento evitando possíveis transtornos por mudanças qualitativas de todos os tipos. Todas essas especificidades têm um “quê” de épocas obscuras pelas quais o país passou, mas será que passou mesmo? Não, apenas a formas de repressão por calar o povo que se redefiniram e adquiriram uma nova roupagem. Eis que está instaurada a política do pão e circo no Brasil, onde o trabalhador diverte-se com futebol enquanto escuta promessas de melhorias em época eleitoral. Como dizia o poeta Cazuza, Brasil mostra a tua cara!

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