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Resumo Gestão Ambiental Completo

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Aula 1 – Os antecedentes históricos da Gestão Ambiental 
 
1) Os antecedentes históricos da preocupação com Meio Ambiente 
Com o advento da Revolução industrial é que a ação antrópica (é aquela cujos efeitos derivam 
da atividade humana) conseguiu causar impactos crescentes no meio ambiente. A partir de 
então, esta intervenção humana nos múltiplos ecossistemas do planeta cresceu sem parar. 
A Revolução Industrial trouxe uma enorme quantidade de danos ao meio ambiente, que foram 
potencializados pelo uso sistemáticos de combustíveis fósseis. O emprego dessa nova fonte de 
energia permitiu uma ampliação sem precedentes da escala das atividades humanas. Este fato 
passou a pressionar cada vez mais a base dos recursos naturais do planeta. 
O fenômeno do aquecimento global, os recorrentes desastres ecológicos, a extinção de 
espécies, o crescente despejo de resíduos tóxicos nas águas e na atmosfera, além da ameaça 
de escassez generalizada de elementos naturais indispensáveis à atividade humana passaram 
a despertar na sociedade o interesse pela temática ambiental. 
2) A capacidade de carga do Planeta (Carrying Capacity) 
Essa capacidade de carga representa a capacidade que o planeta teria, representada pela 
soma das capacidades isoladas de seus múltiplos ecossistemas, de suportar a ação antrópica 
sem sofrer degradação irreversível. 
3) Punção ou Ecological Footprint (pegada ecológica) 
É o avanço da ação humana sobre os recursos do planeta. É o resultado do tamanho da 
população mundial multiplicado pelo consumo per capta dos recursos naturais, ou seja, as 
variáveis relevantes para uma análise são tanto o tamanho da população quanto o seu perfil de 
consumo. 
4) Para o Ecossistema é necessário que se faça 
A criação das condições políticas, econômicas, institucionais, sociais, jurídicas e culturais que 
tenham por propósito, de um lado, o desenvolvimento de inovações tecnológicas poupadoras 
de recursos naturais e, de outro, o estabelecimento de novos padrões de consumo que não 
impliquem um crescimento contínuo e ilimitado do uso dos recursos naturais. 
5)No início da década dos anos 1970, que esta temática passou a repercutir na 
sociedade. 
O marco de evolução do pensamento relativo à questão ambiental, na década dos anos 1970, 
foi traduzido pela idéia de que o problema não poderia ser gerenciado com base em 
responsabilidade localizada, mas sim com um enfoque de responsabilidade global (pensar 
globalmente e agir localmente). 
 
 
 
6)A Carta de Belgrado (1975) 
Propunha que as ações de preservação ambiental deveriam passar por uma etapa preliminar 
que consistiria num programa de educação ambiental. A educação ambiental passou a assumir 
um grande desafio, desdobrado em quatro tópicos: 1º)Conscientização; 2º)Sensibilização; 
3º)Responsabilidade Social; 4º)Desenvolvimento Sustentável. Solucionar este desafio é 
essencial para manter o objetivo de permitir que a humanidade continue a viver. 
7)Qual foi o documento produzido em evento no final do século XX, sobre o Meio 
Ambiente 
O maior compromisso com a questão do meio ambiente foi firmado, entre os países 
participantes, com a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento 
(UNCED), conhecida como ECO-92, realizada no Rio de janeiro, oportunidade em que as 
nações, pela 1ª vez, estabeleceram, em caráter definitivo, critérios para se atingir o 
desenvolvimento sustentável. Um importante documento foi produzido na Conferência ECO-92. 
Trata-se da Agenda 21, que ainda é um ponto de referência na implantação de programas e 
política de governos e de empresas no mundo todo, na medida em que promoveu significativa 
mudança nas relações comerciais, em suas diversas formas. Este documento foi assinado por 
170 países e ainda é considerado como sendo o maior esforço conjunto de governos dos 
países do mundo para identificar ações que permitam combinar o desenvolvimento com a 
proteção do meio ambiente. 
8)Conceito de Desenvolvimento Sustentável 
Desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das 
gerações futuras de suprir suas próprias necessidades. 
9)A Agenda 21 basicamente definiu: 
Que deve existir uma reorientação na educação no sentido do desenvolvimento sustentável, 
aliada à ampliação da conscientização pública e do incentivo ao treinamento. Ela se divide em 
quatro seções: 
1ª Seção) trata de aspectos sociais, que versam sobre as relações entre meio ambiente e 
pobreza, saúde, comércio, dívida externa, consumo e população; 
2ª Seção) trata da conservação e administração de recursos, com foco no gerenciamento de 
recursos físicos, tais como os mares, a terra, a energia e o lixo, de tal forma a garantir o 
desenvolvimento sustentável; 
3ª)Seção) trata do fortalecimento dos grupos sociais organizados e minoritários que colaboram 
com a sustentabilidade, por meio de formas variadas e minoritárias que colaboram com a 
sustentabilidade, por meio de formas variadas de apoio; 
4ª Seção) trata dos meios de implantação, através de programas de financiamentos e do papel 
das atividades governamentais e não governamentais. 
10)No Brasil, os 1º diplomas legais de proteção ao meio ambiente foram: 
 
 
Aula 2 – As Escola de Pensamento na Economia do Meio Ambiente 
 
1)Qual é o tipo da declaração relativa ao Conceito de Desenvolvimento Sustentável e 
qual a designação que ele recebeu quando foi empregado pela primeira vez no início da 
década dos anos 1970 
O conceito de desenvolvimento sustentável possui caráter normativo, ou seja, ele prescreve 
como o mundo deveria ser, em oposição ao caráter positivo de uma análise, que apenas 
procura descrever como o mundo é. Este conceito foi empregado pela primeira vez no inicio da 
década dos anos 1970, com a designação de Ecodesenvolvimento. 
2)Economia Ambiental 
Esta primeira corrente de pensamento é representada pela chamada Economia Ambiental 
(integra o mainstream neoclássico, ou corrente principal de pensamento da economia) e 
considera que os recursos naturais, tanto como fonte de insumos, quanto como capacidade de 
assimilação de impostos nos ecossistemas, não representa um limite absoluto à expansão da 
economia. 
3)A Economia Ecológica 
Esta segunda corrente de pensamento considera o sistema econômico como um subsistema 
de um todo maior que o contém, que seria o próprio sistema físico do Planeta Terra. 
4)Explique como pode ser o contraste resumido entre a concepção da Escola Ambiental 
e a Concepção da Escola Ecológica, acerca da expansão econômica. 
 O contraste entre o pensamento da Escola Ambiental e o da Escola Ecológico: de um lado, os 
recursos naturais (escola ambiental) restringem, mas esta restrição pode ser expandida pela 
tecnologia e pela substitutibilidade entre os fatores de produção; de outro, os recursos naturais 
(escola ecológica) restringem irreversivelmente a expansão do sistema econômico. 
Portanto: 
I)Na Escola Ambiental, o sistema econômico pode ser expandido em virtude da inovação 
tecnológica. 
II)Na Escola Ecológica, os recursos naturais são impedidos absolutos à expansão do sistema 
econômico. 
5)O Princípio da Precaução 
É um conceito invocado em situação em que se considera legítima a adoção, por antecipação, 
de medidas relativas a uma fonte potencial de danos, sem esperar que se disponha de 
certezas científicas quanto à relação de causalidade entre a atividade objetivo deste princípio e 
o dano causado. Isso significa que, na dúvida acerca se a atividade vai ou não causar dano 
irreversível ou considerável ao meio ambiente, não se pratica a mesma. 
 
 
6)O acolhimento do Princípio da Precaução 
Requer um rompimento com os modelos de Economia Ambiental e Economia Ecológica de 
prevenção de riscos, que se baseavam na possibilidade de aplicar a racionalidade em qualquer 
contexto e na capacidadeilimitada de a ciência solucionar as questões que porventura fossem 
apresentadas. 
7)O Princípio da Precaução está situado na articulação de 2 lógicas opostas: 
1º)Amplia a necessidade de informações científicas para as decisões de interesse coletivo e, 
consequentemente, amplia a responsabilidade e a influência dos pesquisadores e cientistas no 
processo decisório. 
2º)Surge a necessidade de maior controle social nos assuntos científicos, como no caso do 
recurso ao Judiciário em questões tais como a pesquisa com células-tronco e embriões 
humanos, o que torna a ciência vulnerável à idiossincrasias de grupos com maior poder de 
influência. 
 
 
 
Aula 3 – A avaliação econômica do meio ambiente 
 
1)Os aspectos econômicos dos Recursos Naturais 
A capacidade de recomposição de um dado recurso, durante o horizonte de tempo da vida 
humana, tem sido o principal critério para a classificação dos recursos naturais. Dessa forma, 
conforme os recursos sejam capazes de se recompor na natureza durante o horizonte de 
tempo da vida humana, tem sido o principal critério para a classificação dos recursos na 
natureza durante o período de vida do homem, eles poderão ser classificados da seguinte 
forma: 
*Renováveis ou Reprodutíveis – os solos, as águas, o ar, as florestas, a fauna e a flora são 
consideradas naturais renováveis, uma vez que os seus ciclos de recomposição são 
compatíveis com o tempo da vida humana; 
*Não-Reprodutíveis – os combustíveis fósseis, tais como o petróleo, o gás natural e os 
minérios em geral, são considerados não-renováveis, porque são necessárias eras geológicas 
para a sua formação. 
2)No caso dos Recursos Renováveis 
Um aspecto fundamental, que explica em grande parte o seu desaparecimento, é a 
incompatibilidade entre a dinâmica biológica, que é quem vai determinar a evolução, e a 
dinâmica econômica, que, por sua vez, determina a taxa de extração dos recursos: 
*A dinâmica ecológica – demonstra que o estoque de recursos naturais renováveis não é 
constante; 
*A dinâmica econômica – tende a pressionar no sentido do declínio de um recurso, na 
medida em que a sua taxa de extração exceder, de maneira persistente, a taxa de reposição 
do recurso. 
3)No casa dos Recursos Exauríveis 
Existem aspectos peculiares que determinam os modelos de exploração econômica dos 
mesmos. 
4)Os Recursos Exauríveis economicamente aproveitáveis são: 
I)Recurso – pura e simplesmente não apresenta o mesmo nível de detalhamento, embora a 
sua existência seja conhecida. 
II)Reserva Mineral – implica algum tipo de medição física que anteriormente tenha sido 
realizada com relação ao teor e à quantidade de concentração mineral in loco. 
III)Recursos Hipotéticos – são todos aqueles recursos conhecidos e não-conhecidos, mas 
possíveis de existir numa determinada porção da crosta terrestre e capazes de serem 
utilizados no futuro. 
 5)Sob a ótica da Teoria Econômica, quais as variáveis das quais depende a intensidade 
do uso de um recurso exaurível. 
A intensidade do uso de um recurso exaurível será uma variável que dependerá do valor 
econômico desse recurso no presente, bem como das taxas de juros e do tempo de exaustão 
da jazida. Assim, uma elevação de preços de um dado recurso tenderá a restringir o consumo 
do mesmo, na medida em que aumenta o valor do royalty (recurso extraído à disposição de 
seu titular), e, por essa razão, seus possuidores não vão desejar aumentar a taxa de extração 
para tornar este produto mais abundante e assim perder valor. O oposto também é verdadeiro, 
pois se os recursos forem abundantes, o valor do recurso em estoque será baixo, e por isso 
fará sentido extraí-lo ao máximo, pois os recursos assim obtidos podem ser aplicados a juros 
de mercado ao mesmo tempo em que reduzem a quantidade do estoque. 
6)Considerações gerais sobre a velocidade de Exaustão: 
1ª)A taxa de extração do recurso exaurível será tanto maior quanto menor for o valor do royalty 
(recurso em estoque). 
2ª)A taxa de utilização do recurso é diretamente proporcional à taxa de juros que desconta os 
fluxos de benefícios futuros (custo de Oportunidade), de tal forma que uma elevação das taxas 
de juros promove um aumento da taxa de extração, reduzindo o prazo de esgotamento do 
recurso, já que a velocidade com que ele será extraído será maior. 
7)Falhas de Mercado 
São situações que ocorrem sem que um mercado livre seja capaz de evitar e que 
comprometem a alocação eficiente de riqueza. A existência dessas falhas em princípio seria 
capaz de justificar a intervenção do Estado na economia. 
8)A doutrina econômica assinala cinco falhas de mercado clássicas: 
I)Externalidades – são efeitos externos, da produção ou do consumo, que atingem outros 
agentes econômicos. 
II)Mercado Incompletos – são situações nas quais não ocorre naturalmente um mercado 
competitivo. 
III)Monopólio Naturais – são atividade econômicas que, em razão de seu porte e 
complexidade, só se manifestam sob a forma de monopólio. 
IV)Informações Assimétricas – decorrem do fato de alguns agentes serem mais informados 
do que outros, utilizando isso a seu favor. 
V)Bens Públicos – são bens de uso comum, nos quais o consumo por parte de um agente 
não pode excluir o outro. 
9)De acordo com a Teoria Econômica 
Em um ambiente de mercado privado, os preços e as quantidades dos produtos 
transacionados são determinados pela interação entre a disposição a pagar dos consumidores 
e a disposição a ofertar das empresas, de tal forma a orientar as decisões alocativas de 
recursos dos agentes. Por sua vez, as decisões alocativas no setor público, envolvendo a 
provisão de bens e serviços que devem aumentar o bem-estar dos cidadãos, em face de um 
orçamento limitado, são auxiliadas por análises sociais de custo-benefício. 
10)A Análise Social de Custo-benefício 
Tem por objetivo atribuir um valor social para todos os efeitos de um determinado projeto, 
investimento ou política. Os efeitos positivos são considerados como sendo benefícios, e os 
efeitos negativos são tratados como custos. 
11)Os métodos de valoração do Capital Natural sob a Ótica Privada 
Em geral se considera a viabilidade de um projeto como de interesse apenas do investidor ou 
do agente financeiro que vai financiá-lo. 
12)E sob a Ótica Social ou Econômica 
Se propuser a examinar os efeitos diretos e indiretos que são ou serão causados por um 
determinado projeto, sob o enfoque da sob o enfoque da sociedade como um todo. 
13)Existem 3 abordagens que sintetizam as principais proposições analíticas: 
I)Análise Custo-Benefício (ACB) – é a técnica econômica mais empregada para a 
determinação de prioridades na avaliação de políticas. As maneiras de apresentar uma ACB 
são: Análise Privada (perspectiva do usuário); Análise Fiscal (perspectiva da eficiência); 
Análise Social (perspectiva distributiva); Análise de Sustentabilidade (perspectiva ecológica). 
II)Análise Custo Utilidade (ACU) – trata-se de um indicador de benefícios que busca integrar 
critérios econômicos com critérios ecológicos. 
A Análise Custo Utilidade (ACU) gera indicadores ecológicos tais como: 
*O Critério Insubstitutibilidade – diz respeito ao fato de o benefício ser ou não substituível. 
*A Vulnerabilidade – diz respeito ao grau e que o objeto a ser protegido pode ser afetado com 
o impacto ambiental. 
*O Grau de Ameaça – refere-se ao nível em que o objeto a ser protegido encontra-se 
ameaçado com a atual ação humana. 
*A Representatividade – diz respeito à importância relativa do objeto a ser protegido para o 
equilíbrio da Terra. 
*A Criticabilidade – diz respeito à urgência com que uma medida deve ser adotada, em 
virtude de sua rápida evolução. 
III)A Análise Custo-Eficiência (ACE) – é empregada quando a estimação de benefícios ou 
utilidades for de difícil realização ou também quando elase mostrar além da capacidade 
institucional, restando apenas a possibilidade de ordenar as prioridades com base em critérios 
estritamente ecológicos. 
 
14)Disposição a Pagar (DAP) 
É a disposição a pagar de um agente econômico por uma melhoria ou incremento de um dado 
recurso ambiental. 
15)Disposição a Acertar (DAA) 
É a disposição a aceitar de um agente econômico por uma piora ou decréscimo da oferta do 
recurso. 
16)O valor do Uso Direto de um Recurso Ambiental 
É aquele decorrente de sua utilização ou do consumo direto do recurso. Um mesmo recurso 
ambiental pode servir para múltiplos usos, e assim ter vários Valor de Uso Direto. 
17)O Valor de Uso Indireto 
É aqueles derivados das funções ecológicas do recurso. Ex.: com relação a uma floresta, a 
qualidade das águas, o ar puro e a beleza cênica. 
18)Valor de Existência ou Valor de Não-uso de um Recurso Ambiental 
Refere-se à satisfação pessoal em se saber que o objeto em questão está no seu local de 
origem, sem que o agente econômico venha auferir qualquer vantagem direta ou indiretamente 
dessa existência de recurso natural. 
19)Avaliação dos Recursos Ambientais pelos Métodos Indiretos 
São os que inferem o valor de um dado recurso natural com base na observação do 
comportamento dos agentes econômicos em mercados que têm relação com o ativo ambiental. 
Esses métodos são: custo de viagem, preços hedônicos, custos de reposição, gastos 
defensivos, produtividade marginal, transferência de benefícios, capital humano ou produção 
sacrificada. 
20)Avaliação dos Recursos Ambientais pelos Métodos Diretos 
São aqueles que inferem as preferências individuais dos agentes econômicos, com relação aos 
recursos ambientais, a partir de perguntas feitas diretamente aos mesmos. Esses métodos são: 
Valoração Contingente e Ranqueamento Contingente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 4 – Os elementos da Contabilidade do Meio Ambiente 
 
1)O histórico e a caracterização da Contabilidade Ambiental 
Ela surgiu a partir da necessidade de informações econômico-financeiras que permitissem lidar 
com os problemas de gestão do meio ambiente, haja vista que a contabilidade tradicional não 
era capaz de suprir esta demanda informacional. 
2)A Auditoria Ambiental 
Trata da avaliação dos procedimentos relativos ao meio ambiente, bem como dos riscos que as 
ações da empresa sobre o ambiente natural podem acarretar sobre o seu patrimônio. 
3)A Contabilidade Financeira Ambiental 
Tem por finalidade disponibilizar, para o público externo, informações acerca dos ativos e 
passivos ambientais da empresa. 
4)Contabilidade Gerencial Ambiental 
Trata da mensuração dos eventos econômicos ligados ao capital natural e da produção de 
informações para os gestores do meio ambiente. 
5)Um Ativo Ambiental, para efeito da elaboração de um Relatório de Contabilidade 
Ambiental 
Para efeito de elaboração de um relatório de contabilidade ambiental, um ativo ambiental 
representa todos os benefícios econômicos de natureza ambiental, futuros e prováveis, que 
são controlados ou obtidos por uma entidade ou organização, como conseqüência de: 
*Prevenção – ou Proteção, que compreende as ações específicas que têm o objetivo de evitar 
ou proteger o meio ambiente de agressões causadas pela ação antrópica ou por catástrofes 
naturais. 
*Recuperação – envolve as ações que pretendem sanar danos decorrentes da poluição, 
reconstituindo a situação original. 
*Monitoramento – diz respeito às ações de controle e acompanhamento dos níveis de 
poluição, bem como dos programas de prevenção, e, ocasionalmente, também dos programas 
de recuperação do meio ambiente. 
*Reciclagem – compreende as ações que têm por objetivo possibilitar a reutilização de 
materiais e produtos, de tal maneira a estender o seu ciclo de vida e reduzir os problemas 
ocasionados pelos depósitos de dejetos ou de emissão de substâncias poluentes. 
6)Um Passivo Meio Ambiente 
Compreende as obrigações que exigirão a entrega de ativos ou a prestação de serviços num 
momento futuro, em virtude de transações passadas ou presentes e que envolvem a entidade 
e o meio ambiente. 
7)Os Passivos Ambientais 
Via de regra, são definidos em lei e não refletem o valor econômico do meio ambiente, pois a 
avaliação do meio ambiente nem sempre consegue capturar todos os aspectos que compõem 
este valor. 
8)A Contabilidade do Meio Ambiente pode contribuir em cinco áreas: 
I)mudança nos sistemas de contabilidade existentes; 
II)eliminação de aspectos conflitantes nos sistemas de contabilidade; 
III)planejamento das implicações financeiras de projeções sobre as despesas de capital; 
IV)introdução do desempenho ambiental nos relatórios externos; 
V)desenvolvimento de uma nova contabilidade e sistema de informações. 
9)Custos Diretos 
São aqueles cujos fatos geradores afetam o ambiente natural e cujos impactos podem ser 
associados diretamente a uma ação poluidora ou recuperadora ocorrida numa área sob a 
responsabilidade da entidade, tais como os custos de produção e estocagem. 
10)Custos Indiretos 
São os fatos geradores que afetam o meio ambiente de forma indireta e cujos impactos 
poluidores se manifestam fora da área física sob a responsabilidade da entidade, tal como 
ocorre com as baterias de telefones celulares. 
11)O Uso de Notas Explicativas 
É muito eficaz para a demonstração das memórias de cálculo e para melhor esclarecer a 
composição dos investimentos em prevenção, recuperação e reciclagem de material. 
12)Relatório Ambiental 
É uma divulgação em separado também consiste em uma boa prática de evidenciação dos 
fatos contábeis relativos ao meio ambiente, como um complemento às Notas Explicativas. 
13)Modelo de Contabilidade Gerencial Ambiental denominado sistema Gecon (Gestão 
Econômica) 
É um dos instrumentos mais empregados atualmente nas pesquisas desenvolvidas no âmbito 
do Laboratório de Pesquisa em Estão Econômica da Fipecafi/FEA/USP. 
14)Análise das atividades específicas que envolvem o Meio Ambiente 
1)Atividade de Produção; 2)Atividade de Prevenção; 3)Atividade de Recuperação; 4)Atividade 
de Reciclagem. 
15)Na Contabilidade Ambienta, explique o que vem a ser o evento Formação de 
Investimento, citando exemplo. 
O evento Formação de Investimento diz respeito à decisão da empresa no sentido de 
desenvolver internamente um projeto com vistas a prevenir, recuperar ou reciclar. Os 
investimentos poderão ser de naturezas distintas, tais como: a construção de um prédio, o 
desenvolvimento de uma nova tecnologia, ou mesmo os gastos necessário para que um 
equipamento entre em operação. 
 
Aula 5 – A política de Meio Ambiente e a Legislação Ambiental 
1)A Política Ambiental compreende 
O conjunto de metas e instrumentos que visam reduzir os impactos negativos da ação humana 
sobre o meio ambiente, sendo capaz de interferir nas atividades dos agentes econômicos, 
sobretudo porque a forma pela qual é estabelecida vai influenciar outras políticas públicas, 
como a Política Industrial e a Política de Comércio Exterior. 
2)Os Instrumentos de Comando e Controle 
Eles regulam os padrões de emissões de poluente na indústria, os mais conhecidos são 
aqueles que impõem padrões ou níveis de concentração máximos aceitáveis de poluentes. 
Esses padrões podem ser de três tipos: 
I)padrões de qualidade ambiental – dizem respeito aos níveis máximos de poluição admitidos 
no meio ambiente e são, em geral, segmentados em ar, água e solo. 
II)padrões de emissão – referem-se aos lançamentos de poluentes individualizados por fonte, 
seja ela fixa ou estacionária, como são as fábricas e os estabelecimentos comerciais em geral, 
ou móvel, tal como veículos em geral. 
III)padrões ou estágios tecnológicos – ao ser adotado pelas fontes poluidoras também é um 
instrumento de controle da poluição.3)O histórico da Política pública Ambiental no Brasil 
A evolução histórica da Política Ambiental no Brasil, que o ano de 1934 foi uma data de 
referência para a nossa Política Pública Ambiental, em virtude da promulgação de uma ampla 
legislação relativa à gestão de recursos naturais. 
4)O advento da Lei 6.398 de 1981 
Ela estabeleceu a Política Nacional do Meio Ambiente, o que representou uma importante 
mudança no tratamento das questões ambientais, uma vez que procurava integrar as ações 
governamentais dentro de uma abordagem sistêmica. 
5)O aperfeiçoamento da Política Ambiental no Brasil 
Ele ocorreu com a promulgação da CF de 1988, quando ficou estabelecido que a defesa do 
meio ambiente fosse um dos princípios a serem observados para as atividades econômicas em 
geral, e foi incorporado no seu bojo o conceito de desenvolvimento sustentável no Capítulo VI, 
dedicado ao meio ambiente. 
6)A promulgação da Lei dos Crimes Ambientais 
A Lei 9.9605, de 1998, que passou a estabelecer sanções administrativas e penais derivadas 
de atividades e condutas que causam dano ao meio ambiente. 
7)A Legislação Ambiental do Brasil 
Nossa legislação ambiental é muito boa, completa e até avançada. Contudo, o que falta para 
que seja atingida sua total eficácia é a plena aplicação e fiscalização por parte dos órgãos 
governamentais encarregados de executá-la. 
Aula 6 – Os critérios para a Gestão do Impacto Ambiental 
 
 
1)O que é Estudo de Impacto Ambiental (EIA). 
É o resultado das mudanças no ambiente natural e social, em razão de uma dada atividade ou 
de empreendimento proposto. 
2)O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um processo formal 
Constitui num instrumento de gestão ambiental muito importante, não apenas para a região ou 
para o país, como também para o proponente do projeto que o ensejou. 
3)O Objetivo do Estudo de Impacto Ambiental (EIA): 
É permitir antecipadamente que se tenha ciência dos efeitos deletérios ao meio ambiente 
físico, biótipo e social ocasionados pela implantação de empreendimentos e atividades. 
4)A Lei exige que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA): 
Se torne parte integrante do processo de licenciamento de atividades e empreendimento 
efetiva ou potencialmente poluidores ou causadores de degradação ambiental, embora a 
licença ambiental possa ser outorgada sem o respaldo do EIA, desde que a instalação da obra 
ou da atividade a ser licenciada não seja considerada potencialmente causadora de 
significativa degradação no meio ambiente. 
5)Impacto Real – quando a atividade já estiver em execução. 
6)Impacto Potencial – quando uma atividade que ainda será implementada e está na fase de 
proposta. 
7)Impacto Positivos – são aqueles que conferem sustentabilidade econômica, social e 
ambiental ao empreendimento ou atividade. 
8)Tipos de Licenças Ambientais: 
I)Licença Prévia – é necessária para a fase preliminar de planejamento da atividade, contendo 
requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, levando-
se em conta as restrições governamentais quanto ao uso do solo. 
II)Licença de instalação – autoriza o início da implantação, de acordo com as especificações 
constantes do projeto executivo aprovado. 
III)Licença de Operação – autoriza, após devidas verificações, o início da atividade licenciada 
e o funcionamento de seus equipamentos de controle da poluição, de acordo com o 
estabelecimento na licença prévia e de instalação. 
9)O CONAMA, por meio da Resolução 237/1997 estabeleceu: 
Uma relação não exaustiva de atividades ou empreendimentos que estão sujeitos ao 
licenciamento ambiental. 
 
10)O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) 
Ele deve expressar de forma objetiva e adequada em linguagem acessível, aproveitando as 
técnicas de comunicação visual, tais como mapas, quadros, cartas topográficas, gráficos etc., 
de tal forma a evidenciar as vantagens do projeto, assim como as conseqüências ambientais 
decorrentes de sua implementação. 
11)A Resolução 01/1986 do CONAMA apresenta uma lista de tópicos que o RIMA deve 
contemplar, sob pena de não ser aceito pelo órgão ambiental competente: 
1º)os objetivos e as justificativas do projeto,bem como a sua aderência com as políticas 
setoriais e planos governamentais; 
2º)a descrição do projeto e suas alternativas de localização, especificando para cada uma 
delas a área de influencia; 
3º)a síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico ambiental da área de influência do 
projeto; 
4º)a descrição dos prováveis impactos ambientais decorrentes da implantação e operação da 
atividade; 
5º)a caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência; 
6º)a descrição da qualidade ambiental futura da área de influência; 
7º)o programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos; 
8º)as recomendações quanto à alternativa mais favorável. 
12 )O Estudo de Impacto Ambientais (EIA) 
Envolve um estudo mais amplo, compreendendo identificação e classificação dos impactos, 
predição de efeitos, pesquisas de campo, análises laboratoriais, valoração monetária de 
recursos ambientais, avaliação de alternativas e outros trabalhos correlatos. Por sua vez, o 
RIMA deve expressar de for conclusiva este conjunto de trabalhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 7 – Os aspectos fundamentais da Agenda 21 
 
1)A Agenda 21 
Consiste numa série de encontros realizados pelas Nações Unidas sobre o meio ambiente e 
suas relações com o desenvolvimento dos países. O seu documento final reuniu os debates 
mais completos e profundos sobre essa temática. O encontro foi denominado Conferência das 
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. 
2)A Agenda 21 foi dividida em seções 
*A 1ª - trata das questões relativas às dimensões sociais e econômicas, enfatizando as 
medidas de cooperação internacional para acelerar o desenvolvimento sustentável. 
*A 2ª - diz respeito às questões relativas à conservação e ao gerenciamento dos recursos para 
o desenvolvimento. 
*A 3ª – trata do fortalecimento e do papel dos grupos principais. Os direitos da mulher, 
fortalecimento das populações indígenas e de suas comunidades etc. 
*A 4ª – trata dos meios para a implementação dos múltiplos tópicos contemplados no seu bojo. 
3)A economia internacional será capaz de oferecer um clima internacional propício para 
a realização das metas relativas ao meio ambiente e do desenvolvimento, uma vez que 
realize as seguintes ações: 
I)promoção do desenvolvimento sustentável por intermédio da liberalização do comércio; 
II)estabelecimento de um apoio recíproco entre o comércio e o meio ambiente; 
III)oferta de recursos financeiros suficientes aos países em desenvolvimento e iniciativas 
concretas em face do problema da divida internacional; 
IV)estímulo de políticas macroeconômicas favoráveis ao meio ambiente e ao desenvolvimento. 
4)A comunidade internacional deve promover um sistema de comércio internacional que 
considere as necessidades dos países em desenvolvimento, com vistas ao 
fortalecimento de atividades de cooperação e coordenação internacional e regional. As 
ações orientadas nesse sentido são: 
i)interromper e fazer retroceder o protecionismo, a fim de permitir maior liberação e expansão 
do comércio mundial, em benefício de todos os países; 
II)providenciar um sistema de comércio internacional equitativo, seguro, não-discriminatório e 
previsível; 
III)facilitar a integração de todos os países à economia mundial e ao sistema de comércio 
internacional; 
IV)cuidar para que as políticas comerciais e ambientais sejam de apoio mútuo, para 
concretizar o desenvolvimento sustentável; 
V)fortalecer o sistema de políticas comerciais internacionais, procurando atingir resultados 
equilibrados, abrangentes e positivos nas rodadas comerciais multilaterais. 
5)A Agenda 21 sugeriuque fossem perseguidos os seguintes objetivos: 
I)A incorporação de tendências e fatores demográficos à análise mundial das questões 
envolvendo o meio ambiente e desenvolvimento. 
II)O desenvolvimento de uma melhor compreensão dos vínculos entre dinâmica demográfica, 
tecnologia, comportamento cultural, recursos naturais e sistemas de sustento da vida. 
III)A avaliação da vulnerabilidade humana em área ecologicamente sensíveis e centros 
populacionais, para determinar as prioridades em todos os níveis, levando-se em conta as 
prioridades definidas pela comunidades. 
 
 
 
Aula 8 – A Gestão dos Recursos Hídricos 
 
1)A Gestão da Água se constitui num problema Global 
Em face da real possibilidade de uma crise de abastecimento de água em várias regiões do 
mundo, é urgente que seja adotada uma mudança de comportamento no que concerne ao uso 
desse importante recurso natural. 
2)O Princípio do Poluidor-Pagador 
É uma norma de Direito Ambiental que consiste em obrigar o poluidor a arcar com os custos da 
reparação do dano por ele causado ao meio ambiente. 
3)O princípio do Usuário-Pagador 
Na medida em que será exigido do usuário de recursos naturais o pagamento de um valor em 
virtude da utilização dos bens naturais, ainda que não seja gerada qualquer poluição. 
4)Na ECO-92, foram confirmadas as seguintes diretrizes para as políticas de gestão de 
recursos hídricos: 
I)o desenvolvimento deve ser sustentável, de forma que o gerenciamento eficiente dos 
recursos hídricos implique uma abordagem que torne compatíveis o desenvolvimento 
socioeconômico e a proteção dos ecossistemas naturais; 
II)o desenvolvimento e o gerenciamento devem apoiar-se, em todos os níveis, na participação 
dos usuários, dos tomadores de decisões e dos planejadores; 
III)a água tem valor econômico para todos os seres vivos. 
5)O início da Legislação Hídrica no Brasil 
O marco inicial desse processo foi à aprovação da Lei dos Recursos Hídricos do Estado de 
São Paulo, em 1992, que serviu de exemplo para a legislação de vários outros estados da 
Federação. 
Com a CF de 1988 estabeleceu que existem águas sob o domínio dos estados e águas sob o 
domínio da união, com a aprovação da Lei Federal de Recursos Hídricos (Lei 9.433/97). 
Completando o arranjo institucional, em 2000, foi criada a Agência Nacional de Águas (ANA), 
por intermédio da Lei 9.984, que tem a incumbência de implantar o Sistema Nacional de 
Gerenciamento de Recursos Hídricos. 
6)O sistema proposto para o Estado de São Paulo, baseado na experiência francesa, e 
que considera os seguintes fatores para realizar a cobrança: 
*cobrança por captação em R$/m3 de água captada; 
(cobrança por consumo em R$/m3 de água captada e não retornada ao corpo hídrico; 
*cobrança por carga poluente remanescente lançada em R$/kg de poluente lançado no corpo 
hídrico. 
7)A cobrança e o reinvestimento na bacia hídrica tem como objetivos 
Os objetivos da qualidade ambiental onde são atingidos não apenas em razão da 
racionalização do uso por parte do usuário, mas também em virtude das intervenções de 
caráter estrutural e não estrutural. 
*As intervenções estruturais – compreendem a construção de estações de tratamento de 
efluentes, a introdução de técnicas de irrigação mais eficientes, a ampliação do reuso etc. 
*As intervenções não estruturais – são manifestações pelo aumento da fiscalização ou pela 
melhoria do monitoramento entre outras ações. 
8)Com relação aos efeitos sobre o comportamento dos usuários, os principais critérios 
de avaliação de um instrumento econômico são: 
I)Eficiência econômica – com base na Teoria Econômica verificamos que uma alocação 
eficiente de um recurso se verifica no momento em que o preço refletir o custo marginal de 
provisão desse recurso. 
II)Impacto ambiental – é uma função da capacidade evidenciada pelo instrumento de induzir 
comportamentos desejados nos poluidores e consumidores, de tal forma a melhorar a 
qualidade ambiental. 
III)Aceitabilidade – trata-se da forma como o instrumento é aceito e recebido pelos que são 
impactados por ele. 
9)A cobrança da utilização dos recursos hídricos deve atender a alguns critérios 
relativos à sua aplicabilidade e efetividade: 
I)Eficiência financeira – diz respeito aos custo de transação decorrentes dos encargos 
gerados para as autoridades responsáveis por sua aplicação e para os usuários. 
II)Efetividade financeira – é uma medida que a capacidade do instrumento de cobrança tem 
de gerar receitas para financiamentos das atividades necessárias ao alcance dos objetivos 
para os quais o sistema de gestão foi concebido. 
III)Praticidade – diz respeito ao grau com que o instrumento está direcionado para atingir os 
seus objetivos. 
10)A 1º iniciativa brasileira, do ponto de vista jurídico-institucional 
Foi realizada em 1934, com a promulgação do Código de Águas, e previa que as águas se 
destinavam principalmente à geração de energia elétrica. 
 
 
 
 
Aula 9 – As Empresas e o Desenvolvimento Sustentável 
 
1)Motivos que levaram as empresas a implantar o Desenvolvimento Sustentável 
Em razão de um quadro de crescente aumento da poluição e degradação do meio ambiente, 
que passou a se agravar cada vez mais, as empresas verificaram que o custo financeiro de 
reduzir o passivo ambiental e administrar os múltiplos conflitos sociais poderia ser mais alto do 
que o custo de respeitar os direitos humanos e o meio ambiente em todos os locais, pois ações 
que não estivessem alinhadas com esse propósito moral elevado poderiam influenciar de forma 
negativa a percepção da opinião pública sobre a corporação, dificultando a sua atuação no 
ambiente de negócios. 
2)As preocupações ambientais dos empresários 
Elas são influenciadas por três grandes conjuntos de forças que integram de forma recíproca: 
O governo, a sociedade e o mercado. Caso não existissem pressões da sociedade e medidas 
governamentais, provavelmente não seriam observadas medidas efetivas e um maior 
envolvimento por parte das empresas em matéria ambiental. 
3)Conjuntos de características que distinguem as Empresas Sustentáveis 
I)são empresas que satisfazem as necessidades atuais usando recursos de forma sustentável; 
II)são empresas que mantêm um equilíbrio em relação ao meio ambiente natural, com base em 
tecnologias limpas, reuso, reciclagem ou renovação de recursos; 
III)são empresas que restauram os danos causados por suas operações; 
IV)são empresas que contribuem para a solução dos problemas sociais em vez de exacerbá-
los; 
V)são empresas ou negócios que geram renda suficiente para dar continuidade às suas 
operações. 
 
4)Explique o que vem a ser Selo Verde 
São rótulos conferidos a produtos que geram menos impactos ambientais que outros produtos 
similares, tais como produtos que não contêm metais pesados, que utilizam materiais 
reciclados, ou ainda aqueles fabricados com processos poupadores de água e energia e outras 
considerações relativas aos produtos e seus processos de fabricação. 
5)O que vem a ser o Selo Procel no Brasil 
O Selo Procel de economia de energia, criado pelo Governo brasileiro para combater o 
desperdício de energia elétrica em equipamentos elétricos. 
6)O que são Ativos Intangíveis 
São os bens não-físicos que integram o patrimônio das empresas, influenciando o valor da 
mesma. O termo define todos os ativos de uma empresa que não têm tangibilidade, tampouco 
representação física imediata. São exemplos: patentes, franquias, nomes, marcas, a base de 
clientes, os direitos autorais etc. 
7)Face dos problemas ambientais, em resposta aos efeitos das suas operações, pode 
ser desenvolvida de acordo com três abordagens principais: 
I)Abordagem do Controle da Poluição – esta abordagem é caracterizada pelo 
estabelecimento de práticas que impeçam os efeitos da poluiçãogerada por um processo 
produtivo. 
As Soluções Tecnológicas são: 
*Tecnologia de Remediação – que procura resolver um problema ambiental que já ocorreu; 
*Tecnologia de Controle de Final de Processo (ou end-of-pipe) – que visa capturar a 
poluição gerada no final do processo, antes que a mesma seja lançada no meio ambiente. 
II)Abordagem da Prevenção da Poluição – esta abordagem representa o meio pelo qual as 
empresas procuram atuar sobre os produtos e processos produtivos com vistas à redução do 
volume de poluição. 
A prevenção da poluição é uma medida que une duas preocupações ambientais fundamentais: 
*O Uso Sustentável dos Recursos Naturais – existe uma série de atividades, denominadas 
4Rs, que sintetizam essa proposta, dispostas em ordem de prioridade: 
1ºR – Reduzir a Poluição – esta deve ser sempre a primeira opção, a despeito das 
quantidades e das características dos poluentes. 
2ºR – Reusar Internamente – esta medida consiste em empregar os resíduos gerados pela 
indústria, da mesma forma que foram criados via de regra, no próprio estabelecimento que os 
gerou. 
3ºR – Reciclagem – ela pode ser feita de duas formas: Interna – consiste no tratamento de 
resíduos para torná-los mais uma vez aproveitáveis na própria fonte produtora; Externa – 
consiste na utilização de resíduos que foram gerados em uma unidade produtiva por outra 
unidade produtiva. 
4ºR – Recuperação – não são todos os resíduos que podem ser reusados ou reciclados, 
interna ou externamente; há ainda a possibilidade de aproveitar o seu poder calorífico para a 
geração de energia, caso isto seja possível. 
*O Controle da Poluição – na medida em que menos recursos são empregados na produção, 
menos poluição é gerada e mais rapidamente os níveis de redução de efluentes são atingidos 
(dois tipos de prevenção da poluição). 
III)Abordagem Estratégica – nessa abordagem, os problemas ambientais são incorporados 
no cálculo estratégico das empresas, ou seja, são relacionados à busca de situação vantajosa 
em seus negócios no presente ou no futuro. 
8)São os seguintes os benefícios estratégicos derivados da Gestão Ambiental 
*melhoria da imagem institucional; 
*renovação do portfólio de produtos; 
*produtividade aumentada; 
*maior comprometimento dos funcionários e melhores relações de trabalho; 
*criatividade e abertura para novos desafios; 
*melhores relações com autoridades públicas, comunidades e grupos ambientalistas ativistas; 
*acesso assegurado aos mercados externos; 
*maior facilidade para cumprir os padrões ambientais. 
9)Definição do Conceito de Abordagem Ambiental Estratégica 
Compreende todas as ações da empresa no sentido de tratar sistematicamente as questões 
ambientais, com vistas a proporcionar valores aos componentes do ambiente de negócios da 
empresa que sejam capazes de diferenciá-los dos seus concorrentes e contribuam para dotar a 
mesma de vantagens competitivas sustentáveis. 
10)O que vem a ser Lavagem Verde 
É toda a prática deliberada para esconder os impactos ambientais deletérios mediante o uso de 
ações paliativas, que geram uma falsa imagem da empresa quanto ao seu verdadeiro 
envolvimento com as questões ambientais. 
11)Qual a principal característica da Lavagem Verde 
A sua principal característica é a intenção deliberada de cuidar mais da imagem da empresa do 
que das questões ambientais. 
 
 
 
12)Os modelos de Gestão Ambiental Empresarial 
Um modelo de gestão consiste no conjunto de normas e princípios que devem orientar os 
gestores na seleção de alternativas para levar a organização a cumprir com eficácia a sua 
missão. Devem ser estruturado considerando os seguintes aspectos: 
I)o processo de gestão dos sistema empresa – planejamento, execução e controle; 
II)o processo decisório – centralização ou descentralização; 
III)a avaliação de desempenho das áreas e dos gestores responsáveis; 
IV)o comportamento dos gestores – sua motivação e grau de empreendedorismo. 
As empresas, por sua vez, podem criar modelos próprios ou podem usar múltiplos modelos 
genéricos de gestão ambiental: Modelo de Atuação Responsável; Modelo da Administração da 
Qualidade Ambiental Total; Modelo da Produção mais Limpa; Modelo de Projeto para o Meio 
Ambiente; Modelos Inspirados na Natureza; Modelo de Ecoeficiência. 
 
Aula 10 – O fenômeno do Aquecimento Global e o Protocolo de Kyoto. 
1)O efeito estufa 
É o fenômeno causado pelo acúmulo dos gases conhecidos como gases de efeito estufa 
(GEE) na atmosfera, provocando retenção do calor e aquecimento da superfície da terra. 
2)Biomassa 
É qualquer matéria de origem vegetal, usada como fonte de energia. 
3)Conseqüências provocadas pelo processo de Aquecimento Global: 
I)aumento do nível dos oceanos; 
II)o derretimento de geleiras, glaciares e calotas polares; 
III)mudanças nos regimes de chuvas e ventos, com aumento de fenômenos extremos, tais 
como furacões, tufões, ciclones, tempestades tropicais e inundações; 
IV)aceleração de processo de desertificação e redução do acesso à água potável; 
V)perda de biodiversidade; 
VI)perda de áreas agricultáveis; 
VII)aumento de incidência de algumas doenças transmissíveis e de seus vetores; 
VIII)aumento do riso de incêndio etc. 
4)O que é uma interferência Antrópica? 
É aquela interferência produzida pelo homem na natureza. 
5)O Protocolo de Kyoto (1997). 
Constitui um acordo internacional onde foram compartilhadas as preocupações e os princípios 
disposto na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a partir dos 
quais acrescenta novos compromissos, que seriam mais fortes, complexos e detalhados do 
que os da Convenção. 
6)O Protocolo de Kyoto tem como atribuição fundamental 
Sua atribuição fundamental é alcançar a estabilização da concentração de GEE na atmosfera, 
reduzindo sua interferência no clima e favorecendo a sustentabilidade do planeta. 
7)As emissões a serem consideradas no âmbito do Protocolo de Kyoto são apenas 
aquelas geradas por atividades humanas, nos seguintes setores: 
I)setor energético (produção e uso de energia); 
II)processos industriais (gases gerados como co-produtos do processo de fabricação de 
cimento, indústria química etc.) 
III)no uso de solventes; 
IV)no setor agropecuária (fermentação entérica de gado ruminante, produção de arroz 
inrrigado, solos agrícolas, queimadas de cerrados e de resíduos agrícolas); 
V)tratamento de resíduo (lixo e esgoto). 
8)Remoção de gases GEE por meio de Sumidouros 
É o estabelecimento de novas florestas e reflorestamento que devem então ser computadas 
para o atendimento das metas de redução. 
9)Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) 
Trata-se da certificação de projetos de redução de emissões no Brasil e em outros países em 
desenvolvimento, com a posterior comercialização desses certificados para os países 
desenvolvidos, como forma suplementar de demonstração do cumprimento de suas próprias 
metas de emissão. 
 
 
 
 
 
Aula 11 – A Ecoeficiência e a Responsabilidade Social 
 
 
1)A importância da ecoeficiência para a sustentabilidade 
A ecoeficiência representa uma filosofia ou modelo de gestão empresarial que incorpora a 
gestão ambiental, ou seja, a empresa, ao praticar ações ecoeficientes, está em sintonia com os 
preceitos de preocupação com o meio ambiente. Essa atitude pode ser considerada uma forma 
de responsabilidade ambiental corporativa, pois encorajam as empresas de qualquer setor, 
porte e localização geográfica a se tornarem mais competitivas, inovadoras e ambientalmente 
responsáveis. 
2)Uma empresa pode alcançar a ecoeficiência, segundo o WBCSD 
Quando atuar fornecendo bens e serviços a preços competitivos que satisfaçam as 
necessidades humanas e tragam qualidade de vida, ao mesmo tempo em que reduzem 
progressivamente o impacto ambientale o consumo de recursos ao longo do ciclo de vida 
daqueles bens e serviços a um nível que seja, no mínimo, equivalente à capacidade de 
sustentação estimada de suas fontes naturais. 
3)A ecoeficiência está baseada em três pilares: 
Econômico, Ambiental e Social. 
Uma empresa ou um processo, para ser válido dentro dos conceitos sociais atuais, deve ser 
economicamente rentável, ambientalmente compatível e socialmente justo. Cumprindo estes 
três pilares, estarão sendo ecoeficientes e criando as condições básicas para a sua 
permanência no mercado. 
4)A ecoeficiência engloba algumas ações, tais como: 
A prevenção da poluição, a redução na fonte, a redução de resíduos, a minimização de 
resíduos e a produção limpa, traduzindo a idéia de redução da poluição através de mudanças 
no processo. 
5)O CEBDS apresenta as seguintes vantagens da ecoeficiência: 
I)Redução de custos devido à otimização do uso de recursos e em razão da redução de capital 
destinado à infraestrutura. 
II)Minimizar o dano ambiental reduz riscos e responsabilidade derivadas. 
III)Condições ótimas de segurança e saúde ocupacional. 
IV)Maior eficiência e competitividade, já que favorece a inovação. 
V)Melhoria da imagem e aumento da confiança das partes interessadas. 
VI)Melhor relacionamento com os órgãos ambientais, com a comunidade do retorno e a mídia. 
 
6)Os elementos da ecoeficiência, de acordo com o CEBDS: 
I)Reduzir o consumo de materiais com bens e serviços. 
II)Reduzir o consumo de energia com bens e serviços. 
III)Reduzir a dispersão de substância tóxicas. 
IV)Intensificar a reciclagem de materiais 
V)Maximizar o uso sustentável de recursos renováveis. 
VI)Prolongar a durabilidade dos produtos. 
VII)Agregar valor aos bens e serviços. 
7)As Relações entre a Ecoeficiência e a Responsabilidade Social 
A Responsabilidade Social como sendo o grau em que os administradores de uma empresa 
realizam atividades que protegem e melhoram a sociedade na qual ela está inserida, ao 
mesmo tempo em que buscam atender aos interesses econômicos e técnicos da organização. 
8)A visão sob o ponto de vista Clássico da Responsabilidade Social 
O papel dos administradores consiste em produzir e comercializar bens e serviços com 
eficiência, de tal maneira que os proprietários da empresa obtenham o mais alto lucro 
econômico. 
9)A visão sob o ponto de vista Contemporâneo da Responsabilidade Social 
As empresas, como importantes e influentes membros da sociedade, são responsáveis por 
ajudar a manter e aumentar o bem-estar da sociedade como um todo, e não só apenas para 
atender os acionistas. 
10)Motivação para Gestão Ambiental 
Senso de responsabilidade ecológica; Exigências legais; Proteção dos interesses da empresa; 
Imagem; Proteção dos funcionários; Pressão do mercado; Qualidade de vida; Lucro. 
11)Uma organização socialmente responsável é aquela que desempenha as seguintes 
obrigações: 
I)Incorporação dos objetivos em seus processos de planejamento estratégico. 
II)Aplicação de normas comparativas de outras organizações em seus programas. 
III)Apresentação de relatórios aos membros de outras organizacionais e aos parceiros sobre os 
progressos na sua responsabilidade social. 
IV)Experimentação de diferentes abordagens para medir o seu desempenho social. 
V)Avaliação dos custos dos programas sociais e do retorno dos investimentos em programas 
sociais. 
 
12)A Sustentabilidade Ambiental como resultado da RS e da Ecoeficiência. 
Existe uma estreita ligação entre a sustentabilidade ambiental e a R.Social. Uma empresa 
socialmente responsável pratica a ecoeficiência por meio de uma adequada gestão ambiental, 
ou seja, uma gestão que atende às normas de controle de qualidade ambiental, tais como as 
normas da série ISO 14000. 
A combinação de ecoeficiência com a Responsabilidade Social gera a sustentabilidade, ou 
seja, a garantia de perenidade do uso dos recursos naturais renováveis e o mais eficiente 
emprego dos não renováveis. 
13)A prática do desenvolvimento sustentável exige uma combinação equilibrada dos 
mecanismos de: 
I)Comando e Controle – são as regulamentações governamentais, com padrões de 
desempenho definidos para as tecnologias e produtos, emissão de efluentes, lançamento de 
rejeitos e assim por diante. 
II)Autorregulação – são as iniciativas das empresas para regularem a si mesmas, por meio de 
estabelecimento de padrões, monitoramento e metas de redução de poluição. 
III)Instrumento Econômicos – são utilizados pelos governos para influir no mercado. 
Compreendem impostos e encargos sobre poluição, preços diferenciais para 
estimular/desestimular produtos ambientalmente adequados/inadequados. 
14)A Democracia e a Estabilidade Política são condições essenciais para o 
desenvolvimento sustentável. 
Sem democracia não há mercados abertos nem autorregulação, pois um ditador pode impor 
regras ao povo. Sem estabilidade política, não há ambiente propício ao livre funcionamento do 
mercado. A estabilidade política pressupõe o respeito à lei e a busca permanente de equidade 
social, com a reversão do atual quadro de concentração de renda, tanto em esfera local 
quanto global. 
 
 
 
Aula 12 – Os Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) 
 
 
1)A sustentabilidade ambiental e as normas de certificação 
A sustentabilidade é subversiva, pois subverte a ordem estabelecida, na medida em que 
negam conceitos arraigados, redefinem hierarquias e coloca no topo da agenda temas e atores 
relegados aos bastidores. 
A sustentabilidade, ao exigir o equilíbrio de objetivos econômicos, ambientais e sociais, 
determina que a arena de debate seja um ambiente tripolar, no qual o poder tende a ser 
repartido, de forma equilibrada, entre os governos, as empresa e as organizações da 
sociedade civil organizada. 
2)Como as empresas podem alcançar a Ecoeficiência segundo o WBCSD 
Uma empresa pode alcançar a ecoeficiência, segundo o WBCSD, consiste em atuar 
fornecendo bens e serviços a preços competitivos que satisfaçam as necessidades humanas e 
tragam qualidade de vida, ao mesmo tempo em que reduzem progressivamente o impacto 
ambiental e o consumo de recursos ao longo do ciclo de vida daqueles bens e serviços a um 
nível que seja, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada de suas fontes 
naturais. 
3)Instrumentos começam como mecanismos de adesão voluntária e depois são 
adotadas normas, alterando o próprio contexto de operação das empresas: 
Esses mecanismos incluem: 
I)transparência (por meio da publicação de relatórios de sustentabilidade); 
II)códigos, padrões, princípios e normas; 
III)engajamento das partes interessadas (stakeholders). 
4)Instrumentos de Normatização da Conduta Empresarial: 
I)Global Compact – trata-se de uma parceria que congrega agências da ONU, empresas, 
organizações da sociedade civil e do setor público de vários países. 
II)Norma AA 1000 – é uma resposta às demandas por mecanismos de garantia da veracidade 
e confiabilidade do conteúdo e de outros documentos destinados à divulgação pública, como 
os relatórios de contabilidade e auditoria. 
III)Norma ISO 14000 – trata-se de uma norma desenvolvida pelos países membros da 
International Standard Organization (ISO) em base voluntária e consensual, com o propósito de 
permitir a certificação de sistema de gestão ambiental por terceiros. 
IV)Global Reporting Iniciative (GRI – Iniciativa Global de Divulgação ) – duas diretrizes 
consistem em um conjunto de indicadores e recomendações que estão se tornando uma 
referência para o estabelecimento de um padrão global de divulgação de informações acerca 
do desempenho econômico, global e social. 
 V)Diretrizes da OCDE para empresas multinacionais – é um código de conduta global para 
as corporações, porém são os governos que aderem a essas diretrizes, obrigando-sea 
promovê-las. 
VI)Norma AS 8000 – é uma norma complementar às leis e aos regulamentos governamentais 
para a verificação das condições de trabalho nas cadeias de produção e de suprimento. 
VII)Lei Sarbanes-Oxley (SOX) – é uma lei norte-americana que entrou em vigor em 2002 
como resposta a uma série de escândalos corporativos que fizeram diminuir a confiança do 
público nos relatórios contábeis e prestações de contas empresariais. 
VII)Indíce Dow Jones de Sustentabilidade (IDJS) – trata-se de um dos índices da bolsa de 
valores norte-americana que tem o objetivo de avaliar o desempenho de empresas em 
sustentabilidade. 
 
5)O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) 
É um conjunto de atividades administrativas e operacionais, que atuam de forma continuada e 
que se inter-relacionam para abordar os problemas ambientais atuais ou para evitar seu 
surgimento. 
6)Para que um SGA funcione efetivamente 
É preciso formular diretrizes, definir objetivos, coordenar as atividades e avaliar resultados. 
7)Um SGA requer: 
Para o seu funcionamento, um conjunto de elementos comuns que independem da estrutura 
organizacional, do tamanho e do setor de atuação da empresa. 
8)Os SGA têm ainda como elementos essenciais 
O estabelecimento de uma política ambiental para a empresa; as avaliações dos impactos 
ambientais atuais e futuros; os planos que fixam os objetivos e as metas; e os instrumentos 
para acompanhar e avaliar as ações que foram planejadas, bem como o desempenho do 
sistema como um todo. 
9)O modelo de Gestão Ambiental e de Responsabilidade Social 
É aplicado de forma completa ou parcial para: 
I)implementar as estratégias ambientais e sociais; 
II)diagnosticar a organização; 
III)subsidiar o processo de planejamento estratégico; 
IV)criar escalas de medida e indicadores para o monitoramento das decisões estratégicas e 
operacionais; 
V)estabelecer processos de medição de desempenho e comparação com o mercado; 
VI)auxiliar no planejamento dos recursos de tecnologia de informação e comunicação (TIC); 
VII)implementar o Sistema de Gestão Ambiental, como por exemplo as séries de normas ISO 
14000; 
VIII)criar referências para a implantação de num sistema de avaliação de desempenho. 
10)A Isso segue alguns princípios chave no seu processo de desenvolvimento de 
normas, que incluem: 
Consenso, abrangência no setor industrial, voluntário e desenvolvimento de norma. 
 
 
 
11)O princípio de desenvolvimento de uma norma desenvolvida por comitês técnicos 
ISO passa um processo de cinco etapas: 
I)estágio de proposta; 
II)estágio preparatório; 
III)estágio de comitê; 
IV)estágio de aprovação; 
V)estágio da publicação. 
12)As Normas ISO 14000 
Os seus elementos constituintes incluem a criação de uma política ambiental, o 
estabelecimento de objetivos e alvos, a implantação de um programa que permita a correção 
de problemas e a análise e revisão do sistema para aperfeiçoá-lo e realizar melhoramentos no 
desempenho ambiental geral. 
13)As normas ISO 14000 são baseadas 
Que o melhoramento do meio ambiente levará a um melhoramento no desempenho desse 
meio ambiente, maior eficiência da empresa e um maior retorno dos investimentos. 
14)As normas que tratam dos Sistemas de Gestão Ambiental 
São as ISO 14001- elenca os requisitos que devem ser objetivamente verificados numa 
auditoria para fins de certificação, registro ou declaração (enuncia o que deve ser feito); ISO 
14004 – fornece as diretrizes, recomendações e exemplos para uma organização criar e 
aperfeiçoar seu SGA (orienta como realizar); ISO 14061- especifica para organizações 
florestais. 
15)A ISO 14020 – princípios gerais para todos os tipos de rótulos e declarações. 
16)A ISO 14021- Rótulo Tipo I – baseiam-se na abordagem do CVP. 
17)A ISO 14024 – Rótulo Tipo II – para informar as características ambientais. 
18)A ISO 14025- Rótulo Tipo III – dados ambientais baseados no CVP. 
 
 
 
 
 
 
Aula 13 – O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) 
 
 
1)O que é Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) 
É um dos instrumentos de flexibilização estabelecidos pelo Protocolo de Kyoto, que tem o 
objetivo de facilitar o alcance das metas de redução de emissão de gases de efeito estufa 
definidas para os países que o ratificaram. 
2)A utilização do MDL 
As empresas que não conseguirem (ou não desejarem) diminuir suas emissões poderão 
comprar Reduções Certificadas de Emissões (RCE), também denominadas Certificados de 
Emissões Reduzidas (CER), em países em desenvolvimento (que tenham gerado projetos 
redutores de emissão de GEE) e usar esses certificados para cumprir suas obrigações, ainda 
que o uso desse mecanismo esteja limitado a uma parcela de seus compromissos de redução 
de emissões. 
3)O ciclo de um projeto nos termos do MDL 
Antes do início da elaboração de um projeto de MDL, o proponente deve observar que, de 
acordo com as regras estabelecidas nas Conferências das Partes (COP), a participação em um 
projeto de MDL deve ser de caráter voluntário, ou seja, deve ser uma iniciativa do proponente. 
Não são aceitos projetos induzidos ou desenvolvidos em razão de legislação governamental 
que desqualifique a natureza espontânea do empreendimento. 
Na fase 1 é de configuração do projeto, além da metodologia de monitoramento que deve ser 
utilizada para verificar o cumprimento das metas de redução de emissões e/ou de remoção de 
CO2.. 
Na fase 2 o participante do projeto deve contratar uma empresa especializada independente, 
denominada Entidade Operacional Designada (EOD), devidamente reconhecida pelo Conselho 
Executivo, para revisar (validar) o documento e analisar outras informações relevantes. 
Na Fase 3 é a aceitação da atividade do projeto de MDL pelo governo local. No Brasil a 
CIMGC, que verifica se os projetos estão consistentes com seu duplo objetivo: redução das 
emissões de GEE e/ou remoção de CO2 atmosférico e promoção do desenvolvimento 
sustentável. 
Na Fase 4 é a aceitação forma, pelo Conselho Executivo, de um projeto validade como projeto 
de MDL. Constituindo o pré-requisito para verificação, certificação e emissão das RCE. 
Na Fase 5 o projeto passa para a fase de monitoramento, seguindo um plano estabelecido pela 
metodologia definida no projeto. 
Na Fase 6 é a revisão independente e periódica e a apuração ex post, efetuada pela EOD, 
durante o período de verificação. 
Na Fase 7 a certificação é a garantia de que durante o período de tempo considerado, um 
determinado projeto em operação atingiu as reduções das emissões conforme previsão inicial. 
 
4)Um Projeto Sumidouro 
 É aquele que permite a eliminação do carbono que está sendo lançado na atmosfera. 
5)Os Aspectos Favoráveis presentes no desenvolvimento de um projeto MDL 
I)O fato de existir um documento base denominado Documento de Concepção do Projeto 
(DCP), que vem a ser, efetivamente, a forma padrão de apresentação e encaminhamento de 
projetos que pleiteiem enquadramento nas condições impostas pelo MDL, facilita e orienta o 
trabalho dos projetistas. 
II)A ausência de restrições ao tipo de tecnologia que pode ser usada num projeto MDL, à 
exceção da exclusão da energia nuclear, da colocação de sumidouros que podem ser 
desenvolvidos, e a quantidade de créditos que podem ser gerados em projetos sumidouros. 
6)Os Aspectos Prejudiciais presentes no desenvolvimento de um projeto MDL 
I)O fato de os projetos terem que ser de caráter voluntário, inibindo a ação estatal. 
II)A complexidade para a determinação da linha de base de um projeto. 
III)A complexidade do padrão de investimento e emissão de créditos do MDL que requer, 
muitas vezes, agentes intermediários. 
7)Um Projeto MDL para validação, deve apresentar os seguintes itens: 
I)O Documento de Conceito do Projeto (PDD). 
II)A metodologia utilizada,que deve ter sido aprovada previamente, para determinação da linha 
de base e o plano de monitoramento da redução de emissões. 
III)O comprovativo do interesse de participação dos parceiros do projeto e a confirmação do 
país anfitrião da contribuição do projeto para o desenvolvimento sustentável. 
8)Os aspectos mais importantes para a preparação do PDD e para a concepção do projeto são 
os seguintes: 
I)Consulta aos grupos de interesses (stakeholders). 
II)Estudo do Impacto Ambiental (EIA). 
III)Cálculo da linha de base. 
iV)Demonstração de adicionalidade 
 
 
 
 
Aula 14 – A Operacionalização dos Créditos de Carbono 
 
 
1)A lógica da comercialização dos Créditos de Carbono 
Esses sistemas estão baseados na idéia de que os emissores com maiores custos de 
abatimento devem preferir comprar algum tipo de permissão de emissão do que propriamente 
realizar o abatimento das emissões. 
2)A comercialização de Créditos de Carbono 
Está baseada em projetos que seqüestrem ou reduzam o volume de Gases de Efeito Estufa na 
atmosfera. Por meio desse comércio, os países desenvolvidos comprariam Créditos de 
Carbono de países em desenvolvimento, mensurados em toneladas de dióxido de carbono 
equivalente, com vistas a permitir que suas empresas atendessem às metas de redução de 
emissões. 
*Os três tipos de sistema de permissões ou certificados negociáveis de emissão: 
I)O ambiente permit system (Sistema de licenças) – que trabalha com base na exposição à 
poluição no ponto receptor; 
II)O emissions permit system (Sistema de licenças de emissões) – que trabalha com base nas 
fontes de emissão; 
III)O pollution offset system (Sistema de compensação de poluição) – que combina 
características dos primeiros sistemas. 
3)o que são Créditos de Carbono 
São certificados que concedem a uma entidade o direito de polui, caso não tenha como alterar 
sua atividade produtiva para se enquadrar em limites de emissões. 
4)Mercados que podem se beneficiar do comércio de Créditos de Carbono 
I)projetos de recuperação de gás de aterro sanitário, de gás de autofornos, de outros gases e 
biodigestores; 
II)projetos envolvendo energias limpas, tais como biomassa, Pequenas Centrais Hidrelétricas 
(PCHs), eólica, solar etc.; 
III)troca de combustíveis, tais como óleo por gás; 
IV)melhorias e novas tecnologias industriais nos setores de cimento, petroquímico e de 
fertilizantes; 
V)eficiência energética e eficiência em transportes (logística). 
5)O comércio de Créditos de Carbono 
É um termo genérico utilizado para denominar os sistemas de negociação de unidades de 
redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). 
 
6)No âmbito do Protocolo de Kyoto, existem dois tipos de mercado de carbono. 
I)o Mercado de Créditos gerados por projetos de redução de emissões (projetos 
Mecanismo Desenvolvimento Limpo e Projeto de Implementação Conjunta ( IC); 
II)o Mercado de Permissões – é o sistema de negociação mais apropriado aos países do 
Anexo I, pois se relaciona com a fixação de limites sobre o total de emissões de GEE dentro de 
determinada geográfica. 
7)Implementação Conjunta (IC) 
É um mecanismo de flexibilização criado pelo Protocolo de Kyoto para incentivar a 
implementação de projetos que diminuam as emissões do efeito estufa em países do Anexo I 
cuja economia seja de transição. 
8)A comercialização dos Créditos de Carbono no Brasil 
A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) inaugurou na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, 
que operava somente com títulos públicos, um ambiente para possibilitar a negociação 
eletrônica de Créditos de Carbono. 
9)O 1º passo para a formação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) 
foi? 
A criação de um banco de dados para disponibilizar os potenciais projetos pela internet a 
possíveis investidores: o Banco de Projeto BM&F. 
10)O registro de Intenções de Projeto 
Deve ser precedido de uma avaliação técnica realizada por entidade de pesquisa especializada 
na análise de projetos de Movimento de Desenvolvimento Limpo. 
11)Resumo da função do Banco de Projetos da BM&F 
Consiste em fomentar o interesse do empresariado nacional pelo desenvolvimento de Projetos 
de Tecnologia Limpa, fornecendo um instrumento eficiente de exposição desses projetos, e 
criar um campo facilitador de futuros negócios com Créditos de Carbono. 
12)Em 2005, o Brasil entrou oficialmente no mercado de Créditos de Carbono, anunciou 
os dois primeiros projetos, aprovados no âmbito do MDL 
Esses projetos foram originados das empresas Veja, em Salvador, BA e Nova Gerar, em Nova 
Iguaçu – RJ. Ambos os projetos dispunham sobre o aproveitamento de metano em aterros 
sanitários. Esse gás é produzido pela decomposição do lixo e sua ação causa mais danos à 
atmosfera do que o CO2. 
13)O fortalecimento da demanda por CERs (Certificated Emission Reductions). 
Denominado aqui no Brasil por Certificados de Emissões Reduzidas, elas podem ser utilizadas 
em todos os períodos do esquema, pois sua utilização não tem data de vencimento, 
diferentemente das EUAs.

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