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Resumo Metodologia Científica aula 01 a 05

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AULA 01
Da Metodologia Científica
Introdução:
	A todo momento nos interrogamos sobre o significado e a função da Metodologia Científica, bem como seu ponto de partida, que recai sobre atitudes que não são espontâneas à existência humana (ao contrário da fala que é um ato espontâneo).
	Porém, dominar a linguagem não depende do desenvolvimento natural dos sujeitos, mas de habilidades e competências para uma postura reflexiva e crítica.
	Metodologia científica é o estudo dos métodos de conhecer, de buscar o conhecimento. É uma forma de pensar para se chegar à natureza de um determinado problema, seja para explicá-lo ou estudá-lo.  
KAHLMEYER-MERTENS et al. Como elaborar projetos de pesquisa: linguagem e método. Rio de janeiro: FGV, 2007. p. 15
	Para nós, método é um conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da verdade, no estudo de uma ciência, ou para alcançar determinado fim. 
	E metodologia (do grego methodos + logia) significa o “estudo do método”.  
	Quanto à palavra ciência, durante muito tempo ela serviu para indicar conhecimento em sentido amplo, genérico, como na expressão “tomar ciência”, cujo significado é “ficar sabendo”. Aos poucos, porém, como veremos, ganhou também sentido restrito, passando a designar o conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente ordenados em relação a determinado domínio do saber.
(RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica: para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2005. p. 13.)
	Metodologia significa, na origem do termo, estudo dos caminhos, dos instrumentos usados para se fazer ciência. É uma disciplina instrumental a serviço da pesquisa. Ao mesmo tempo visa conhecer caminhos do processo científico, também problematiza criticamente, no sentido de indagar os limites da ciência, seja com referência à capacidade de conhecer, seja com referência à capacidade de intervir na realidade.
(DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 11.)
	A Metodologia científica está dentro de duas grandes áreas...
	... E essas duas áreas se completam!
Epistemologia:
	“A ciência sem a epistemologia – na medida em que tal seja imaginável – é primitiva e confusa”
Albert Einstein
	Epistemologia vem de episteme = termo grego que designa ciência; logia/logos = estudo.
	Também conhecida como Filosofia da Ciência, a área se ocupa da fundamentação da ciência.
Verdade → conhecimento ← Crença.
Metodologia Científica Aplicada:
	Está destinada à pesquisa e à elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos.
	E por que tenho que estudar Metodologia Científica?
	Se considerarmos o conhecimento e a verdade como algo dinâmico e histórico, encontraremos o ser humano como razão e fundamento desse saber. 
	Assim, não será preciso mais fazer perguntas do tipo: por que tenho que estudar? Já que a resposta está na célebre frase de Descartes, “penso, logo existo”. Porque essa é a nossa essência.
	Aliás, muitos são os motivos para estudar Metodologia Científica. Vamos ver alguns deles:
Porque o conhecimento científico não existe sem método, sem uma linguagem específica, ou um rigor próprio;
Porque o maior desafio da Instituições de Ensino Superior está em desenvolver a postura de um pesquisador ao longo do processo educacional;
Porque é preciso desenvolver a autonomia do pensamento, muito presente no meio acadêmico. No exercício profissional, o sucesso está intimamente relacionado à capacidade de planejar e de organizar o pensamento, muitas vezes adquirida por meio da busca do conhecimento, através das práticas de leitura e da participação das atividades acadêmicas.
	Ao ler as definições sugeridas para Metodologia Científica podemos perceber que todas mencionam a palavra conhecimento (capacidade de conhecer).
E pra você...
O que significa conhecer?
	Significa incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer.
Qual o valor do conhecimento para a vida humana?
	É o resultado das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana.
Pensou a respeito? Então, vamos lá...
	O conhecimento pode ser obtido de diversos modos, através do método científico, das hipóteses, das leis e teorias científicas, bem como por meio da pesquisa científica e da elaboração de trabalhos acadêmicos.
	Há muitas maneiras de estudar a realidade...
	No mundo acadêmico os modos de conhecer são classificados em:
	• Senso comum ou conhecimento empírico;
	• Conhecimento Científico;
	• Conhecimento Filosófico;
	• Discurso Religioso ou Conhecimento teológico.
“O conhecimento científico se apresenta como um conhecimento rigoroso que busca investigar os fenômenos. Surgiu da mais legítima necessidade humana – a de compreender as relações universais, prever acontecimentos e, em particular, intervir na natureza”. (Aranha, Martins, 2003)
	Esta citação justifica a necessidade da ciência de provar uma criação do empirismo – do senso comum.
“A filosofia que se coloca ao serviço da liberdade, de todas as liberdades,... pelas análises que ela opera e pelas ações que desencadeia, as instituições repressivas e simplificadoras (da vida)”. (Aranha, Martins, 2003, p. 91)
	Em Filosofia não estudamos dados ou fatos puramente exteriores, mas pensamentos. Portanto, o conhecimento filosófico não é um conhecimento ordinário, empírico, prático, mas uma interioridade.
“Quando falamos hoje em várias religiões, estamos pensando em um sentido muito diferente daquele compreendido pelos antigos. Refletimos sobre um sistema completo, constituído por um conjunto de afirmações especulativas, atos ou rituais que interferem diretamente na conduta moral do ser humano” (Lalande, 1993).
	As proposições do discurso religioso ou conhecimento teológico não podem ser verificadas, mas decorrem da fé, da crença de um conhecimento revelado. Há um sobrenatural como fundamento último que legitima o conhecimento e exigi a adeção sem qualquer dúvida.
“O senso comum é o conjunto de concepções geralmente aceitas como verdadeiras em determinado meio social. Repetidas irrefletidamente no cotidiano, algumas dessas noções escondem ideias falsas, parciais ou preconceituosas”. (Cotrim, 2000, p. 47 – 48).
	Os ditados populares nada mais são do que concepções criadas pela população e aceita como verdadeiras, mesmo sem comprovação. Por isso, fazem parte do senso comum – conhecimento empírico. 
	Segundo Odília Fachin (2006, p. 13.)...
“Este conhecimento é produto do intelecto do ser humano, o qual recai sobre a fé. (...) De modo geral, tal conhecimento apresenta respostas para as questões que o ser humano não pode responder com os demais conhecimentos, pois envolve uma aceitação, ou não como consequência da fé.”
	Conforme disse Odília Fachin, a fé é algo que interfere na vida de cada um, mas nem todos acreditam que as realizações podem ser adquiridas por meio dela. Por isso, o conhecimento quando teológico não pode ser comprovado por outra ciência.	
O conhecimento pode ser:	
O senso comum:
	Aquilo que assimilamos por tradição. Ideias que nos ajudam a interpretar a vida e a julgar certas situações.
	 Na verdade, estamos mergulhados no senso comum, que geralmente se apresenta como um saber ingênuo, fragmentado e por vezes conservador.
	O senso comum pode ser caracterizado em:
Espontâneo: Primário, simples e elementar. Nasce da tentativa do homem resolver seus problemas no dia a dia;
 
Ametódico: Porque não possui um método, ou seja, um procedimento, uma técnica;
Empírico: Se baseia na experiência cotidiana comum;
Ingênuo ou acrítico: Não é crítico, não se coloca como problema e não se questiona enquanto saber;
Subjetivo: É relativo ao sujeito do conhecimento. É formado por juízos pessoais a respeito das coisas, ocorrendo o envolvimento emocional e valorativo de quem observa.
O Conhecimento Científico está estritamente ligado a Ciência. Mas afinal, o que é Ciência?
	Ciência é um saber racional e objetivo, que se atém aos fatos podendo transcendê-los. Depende da investigação metódicao que a torna analítica e requer exatidão e clareza na busca e aplicação de leis, podendo se usar de predições úteis, porém verificáveis.
Quais as características do conhecimento científico?
	- Saber racional que obedece a regras, leis, princípios e se contrapõe ao saber ilusório, às emoções e às crenças; 
	- Saber lógico e sistemático porque as ideias formam uma ordem coerente; 
	- Saber verificável e metódico, pois é passível de exame para ter sua pretensão confirmada ou não. Para tanto segue uma técnica, um procedimento.
ATENÇÃO:
	No mundo acadêmico, fazer ciência é importante porque nos permite alterar a natureza e a nós mesmos. É da academia que saem o maior número de cientistas-pesquisadores.
Você sabe o que significa a palavra religião?
	Enquanto o conhecimento científico se fundamenta na evidência dos fatos observáveis e a Filosofia na lógica de seus enunciados, o conhecimento teológico se preocupa com a revelação divina
	O conhecimento teológico ou religioso passa necessariamente por representações abstratas que influenciam as ações no mundo da vida, bem como conferem sentido às angústias e inquietações da consciência. Neste ponto não só representa uma explicação sobre a origem de todas as coisas como desvela o modo de determinada cultura entender e interpretar a sua própria existência.
O que podemos entender por Filosofia?
	Segundo Maria Lúcia Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins dizem que: 
“A filosofia é um modo de pensar que acompanha o ser humano na tarefa de compreender o mundo e agir sobre ele. Mais que postura teórica, é uma atitude diante da vida, tanto nas condições corriqueiras como nas situações-limites que exigem decisões cruciais.” (ARANHA; MARTINS, 2003, p. 81)
	Agora veja como essas autoras caracterizam o conhecimento filosófico:
Radical: Originada do Latin radix, radicis significa raiz e, no sentido figurado, “fundamento”, “base”. 
Radical: porque busca explicitar os conceitos que estão na base do pensar e do agir. Investiga as raízes, os princípios que orientam nossa existência;
Rigorosa: O conhecimento filosófico pode ser rigoroso, pois o filósofo deve dispor de um método a fim de proceder com rigor na investigação. 
		São vários métodos para proceder a investigações e desenvolver um pensamento rigoroso, fundamentado, coerente e expresso numa linguagem também rigorosa. Os conceitos devem ser claramente definidos.
Saber de Conjunto:
		Significa que a filosofia é globalizante porque, ao examinar, observa os diversos aspectos de um problema e por visar o todo, ela se torna interdisciplinar.
ATENÇÃO:
Conclui-se então, que o conhecimento filosófico…
“...nos permite ter mais de uma dimensão (...). É a filosofia que dá o distanciamento para a avaliação dos fundamentos dos atos humanos e dos fins a que eles se destinam. (...) Portanto, a filosofia é a possibilidade de transcendência humana, ou seja, a capacidade de superar a situação dada e não escolhida. (...) A filosofia impede a estagnação.”  
(ARANHA; MARTINS, 2003, p. 91.)
AULA 02
Conhecimento.
	É um processo dinâmico, inacabado e em constante transformação e adaptação.
	Depois de estudarmos os diferentes tipos de conhecimento, podemos destacar que o conhecimento científico se caracteriza como racional, sistemático e metódico. 
	Quando pensamos em conhecimento racional, estamos tomando como ponto de partida a possibilidade de pensar a realidade, formulando indagações sobre o mundo e sobre a nossa própria existência, a fim de encontrarmos algumas respostas que se aproximem da realidade.
	Quem está com a razão?
- Vamos lá, tenho certeza de que vocês sabem como é o Universo.
- Bom, a Terra fica aqui no centro, seguida pela Lua, depois vem Mercúrio, depois vem Vênus e depois o Sol é claro! Depois disso vem Marte, Júpter e depois Saturno… eu acho.
- Então a Terra é o centro do Universo e os planetas giram ao redor dela.
- É claro! Aristóteles disse isso.
- Aristóteles era um homem brilhante, mas nem sempre estava certo, por exemplo…
-… ele também dizia que um objeto pesado caía mais rápido do que um mais leve. Você acredita nisso?
- Acredito, a menos que prove o contrário.
- Não, não é assim… Aristóteles era apenas um homem!
- Professor Galileu, o que está fazendo é muito perigoso! É perigoso dizer que Aristóteles errou…
-...é como dizer que a Igreja e a Bíblia estão erradas!
- São apenas ideias de um homem, e algumas dessas ideias estão erradas…
- Mas muitos dos seus ensinamentos foram absorvidos pela Bíblia…
- São doutrinas sagradas!
- Atenção! Se Aristóteles estava certo, esta bola de 10kg deverá cair mais rápido e chegar primeiro ao chão, muito antes desta bola de 1kg.
- Cuidado! Vou jogá-la e não quero acertá-los.
	Cinquenta anos depois, Issac Newton inspirou-se nele para desenvolver a teoria da gravitação, que mais tarde deu origem à teoria da relatividade de Einstein.
	Galileu foi realmente o Pai da Física e da Astronomia moderna. Porém, mais do que isso, ele se atreveu a pensar o impensável e a defender o indefensável. Galileo atreveu-se a dizer a verdade.
“É certamente prejudicial para as almas tornar uma heresia acreditar no que é provado”. - Galileu Galilei
Identifica-se na história de Galileu Galilei:
A Razão:
	O termo racional vem da palavra razão e pode ter várias acepções como: razão humana, razão particular, razão universal, razão divina etc. Cada adjetivo adicionado ao termo altera o sentido do conceito razão. 
	Pressupondo que razão e intelecto se equiparam e considerando a ideia de razão como uma faculdade humana, podemos nos questionar: 
	E racionalidade? O que é?
	A Racionalidade liga-se à ideia de racional, compreendendo dessa maneira que o ser humano é um ser racional, que os meios que utilizam são racionais, que o mundo é racional, ou seja, acreditamos que o ser humano e o mundo são inteligíveis, suscetíveis de serem entendidos.
	Galileu, por exemplo, acredita que o homem e o mundo são inteligíveis e suscetíveis de entendimento ao tentar refutar uma das ideias de Aristóteles.
O Sistemático:
	O termo sistemático liga-se à ideia de sistema, que denota o sentido de um todo organizado, interconectado em suas partes.  
	Uma pesquisa, por exemplo, segue um método sistemático porque é um processo de construção do conhecimento a partir de objetivos gerais e específicos que visam alcançar algum fim. Cada etapa da pesquisa dever estar interconectada formando um sistema coerente de procedimentos e ideias, constituindo, assim, um todo organizado.
	Pode-se notar que a intenção de Galileu era remontar um cenário, dentro de um sistema, que desmistificasse os feitos de Aristóteles baseado nos fatos. 
	É interessante observar que, ao falarmos em termos como racional e sistema, nos vinculamos ao sentido de método.
O Método:
	A palavra método vem do grego μέθοδος (méthodos) ― caminho para chegar a um fim. Nossos dicionários definem método como o conjunto de procedimentos para atingir um objetivo, ou seja, uma maneira ordenada e sistemática de agir.
	Assim fez Galileu, de maneira ordenada, provando que Aristóteles estava errado através da queda das esferas.
	Portanto, Metodologia é um conjunto de métodos. Por isso, nos acostumamos a dizer que uma pessoa é metódica quando segue um método de trabalho ou quando se preocupa com os detalhes.
O que é o Método Científico?
	“Trata-se de um conjunto de procedimentos por intermédio dos quais se propõe problemas científicos e colocam-se à prova as hipóteses científicas.” (BUNGE apud LAKATOS, 2000, p. 44).
	O método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. 
	Na maioria das disciplinas científicas, o método científico consiste em juntar evidências observáveis, empíricas (baseadas apenas na experiência) e mensuráveis e analisá-las com o uso da lógica. 
	Isso acontece no experimento em que se torna observável a mudança do estado da água de sólido para líquido e depois para gasoso por meio docalor do fogo. Usou-se, então, a lógica aplicada à ciência, como defendem muitos autores.
	No sentido literal, a Metodologia representa o estudo dos métodos e, especialmente, do método da ciência, que se supõe universal. 
	Mas você já analisou por que o método é tão importante? 
 
	Veja, então, a sua utilidade:
• Ajuda a compreender o processo de investigação;
• Possibilita a demonstração; 
• Disciplina suas ações;
• Ajuda a perceber erros; 
• Auxilia as decisões do cientista.
	O método é, então, um plano de ação, em que a técnica utilizada é o modo ou a maneira de realizar a atividade pretendida, permitindo que o procedimento escolhido ocorra de maneira hábil e, se possível, perfeita.
CURIOSIDADE:
	Você sabia que o método científico pode ser visto como a ISO 9000 da ciência? “Não diz se o produto serve, não diz se o achado científico é importante, apenas diz que o processo de busca seguiu as regras do jogo. A evidência foi corretamente coletada, os procedimentos estatísticos e o tratamento dos dados são apropriados.” (CASTRO, 2006, p.59).
O método científico pode se sustentar em dois procedimentos:
Método Dedutivo:
		O cão estava desolado, o seu sofrimento por amor estava lhe consumindo. Não havia reciprocidade de sentimentos. A cadela nem sabia da sua existência e vivia no seu mundo paralelo. Tudo era triste até o momento em que o cão escutou algo que mudou a sua vida...
		Pesquisas comprovam a existência de coração em todos os mamíferos.
			Todo mamífero tem um coração;
			Todos os cães são mamíferos;
			Logo, todos os cães têm um coração.
				Você observou que todas as premissas e a conclusão – segundo a lógica ― são verdadeiras? 
		Concluir que todos os cães têm coração, ideia presente nas premissas, significa dizer que o argumento dedutivo enuncia uma informação ou ideia já conhecida, ou seja, o método dedutivo tem o propósito de explicar o conteúdo dos enunciados, apresentando uma conclusão inevitável, a partir de dados gerais para dados particulares.
Método Indutivo:
		Durante a manutenção de um poste de energia, o eletricista, ainda novo no ramo, notou que existia uma instalação irregular, feita com cobre, zinco e cobalto e pensou...
			O cobre conduz energia.
			O zinco conduz energia.
			O cobalto conduz energia...
		...Logo, todo metal conduz energia. (Aqui temos dois dados que decorrem da experimentação e do raciocínio alcançado em uma realidade desconhecida e universal “todo metal conduz energia”
		Observe que o Eletricista passa por 3 etapas:
			• Observação dos fenômenos;
			• Descoberta da relação entre eles;
			• Generalização da relação.
Uma crítica ao Método indutivo: 
		David Hume (1711-1776), empirista inglês, investigou o método de indução, colocando o seguinte problema: como podemos transportar uma informação particular (de um fato observado) para uma lei geral? Ou, dizendo de outro modo, como podemos fazer conexões lógicas e necessárias entre as coisas? 
		Sua resposta apontou para a ideia segundo a qual os conhecimentos oriundos da experiência podem ser considerados verdadeiros. 
		Todavia, partindo de tal constatação, não seria possível alcançar as generalizações feitas pelo intelecto, uma vez que não há garantias de veracidade nesse segundo momento, o que significa dizer que nada legitima a passagem de uma experiência singular para um enunciado universal, como acredita o empirismo clássico.
Características que distinguem os argumentos:
	Até aqui estudamos duas abordagens importantes para o método científico: a abordagem dedutiva (dependente da lógica) e a indutiva (dependente da experiência empírica). 
	Se por um lado podemos criticar o método dedutivo por não ampliar o conhecimento, por outro podemos apontar que ele nos traz um conhecimento provável, pois somente um exame de todos os elementos garantiria uma indução perfeita.  
	Neste caso, se algumas induções não se confirmam, deve-se buscar os elementos que resultaram em erro, não abandonando a investigação.
		Assim, encontramos duas características que distinguem os argumentos:
	DEDUTIVO
	INDUTIVO
	Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão será verdadeira.
	Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão será provável.
	Toda a informação contida na conclusão já estava presente nas premissas.
	A conclusão apresenta informação que não estava presente nas premissas.
	
			No método dedutivo, partimos de uma ideia geral para uma especifica. Já no método indutivo, partimos de experiências específicas para alcançarmos uma regra geral.
		No caso da marca da aliança, por exemplo, podemos se basear apenas em premissas verdadeiras:
	• Noivos usam aliança na mão direita;
	• A aliança deixa marcar no dedo;
	• A moça tem uma marca de aliança na mão direita;
	• Logo, a moça é noiva... ou, pelo menos, foi, conforme visto no vídeo.
		Famosa afirmação de Holmes de que a mente humana é um sótão vazio, sendo necessário armazenar nele os objetos que escolhemos. E na sua visão, um tolo o entope com todo tipo de bobagem que encontra.
DOYLE, Arthur Conan. Um estudo em Vermelho. São Paulo: Melhoramentos, 2008, pp.33-39.
Vejamos um caso interessante de um método indutivo:
	Um pesquisador decide estudar determinada planta. Ele parte de conhecimentos prévios sobre o objeto escolhido.  
	Em certo momento ele percebe que as folhas cobertas por pelos (tricomas) não foram atacadas por lagartas de borboletas. Fato que ocorre frequentemente com as folhas sem pelos. (etapa: observação dos fenômenos) 
	O pesquisador, então, faz o seguinte questionamento: é possível afirmar que a presença de pelos nas folhas da planta dificulta a predação? (etapa: generalização da relação)  
	Em seguida, apresenta a hipótese: a presença de pelos em folhas de plantas dificulta a predação por lagartas de borboletas. (etapa: descoberta da relação entre eles)   
	Neste ponto, o cientista realiza a testagem de sua hipótese. Separa algumas folhas com pelos e outras sem pelos e verifica a predação para observar a hipótese formulada.
Método hipotético-dedutivo:
	Karl Popper (1922-1996) criticou o método indutivo e lançou as bases do método chamado hipotético-dedutivo que consiste na construção de hipóteses, cujas predições devem se submeter ao critério da falseabilidade.
	Popper dizia que qualquer enunciado que só tenha termos observacionais poderia dizer mais do que se pode ver.
	Como assim?
	Exemplo de enunciado básico, que só conta com termos observacionais e singulares.
	“Um copo com água”.
	Se você provar o conteúdo do copo e sentir um gosto amargo, estará bebendo água? Não.
	E se o conteúdo do vaso for resfriado e  se congelar a 10 graus abaixo de zero, ele continuará sendo água? Não.
	Quando dizemos que algo é água, estamos assumindo:
• Que congela a 0 grau;
• Que ferve a 98 graus;
• Que não tem cor, nem cheiro, nem gosto; e
• Que essas características não mudam com o tempo.
	O que esse exemplo quer dizer? 
	Quer dizer que, se o cientista seguir rigorosamente cada fase desse método e, ao final, constatar que sua hipótese deve ser refutada, como no caso do líquido do copo que deixa de ser água, poderá encontrar argumentos científicos suficientes para formular críticas às teorias existentes e seus paradigmas. Essas teorias foram consideradas como ponto de partida para novas pesquisas.
	Toda hipótese contém uma predição, ou seja, uma suposição e precisa passar pelo falseamento. O cientista testará sua hipótese, analisará os resultados para alcançar a confirmação de sua suposição ou refutá-la. Se a hipótese não for corroborada, poderá, a partir dos dados obtidos, construir nova hipótese.
ATENÇÃO: 
		As hipóteses científicas não podem ser vistas como verdades absolutas, mas, sim, como explicações plausíveis.
Hipótese: 
	Do grego hypothesis, suposição, pergunta ou conjectura que orienta a investigação por antecipar características prováveis. Podemos usar o termo no sentido de leis, teorias ou postulados.
Falseabilidade:
	A falseabilidade de uma teoria éo critério de cientificidade. Isto significa dizer que a verdade de uma teoria será mantida até que seja negada. Essa condição de poder ser negada é o que confere o status de científica a uma determinada teoria.
O conceito de falseabilidade
	Na obra O mundo assombrado pelos demônios, temos uma passagem que pode nos mostrar a ideia de falseável (já que o que não pode ser falseável, não pode ser considerado científico).
	Existem argumentos que não são falseáveis e que podem legitimar qualquer coisa, como se estivéssemos diante de uma verdade.
	Veja a história a ser contada:
“O dragão na minha garagem”
― Na minha garagem tem um dragão que cospe fogo!
― Fala sério! Deixa eu ver, então.
― Cadê o dragão?
― Tá ali. Mas eu esqueci de dizer que ele é invisível.
Vou pegar esse mentiroso:
― Faz o seguinte: espalha farinha no chão que a gente vai ver as pegadas do
dragão.
― Boa ideia, mas meu dragão flutua no ar.
― Então, vamos espalhar tinta no dragão para que o contorno dele fique pintado!
― Se não há como refutar a minha afirmação, por que você não acredita?
― Alegações que não podem ser testadas e afirmações imunes a refutações não possuem caráter verídico.
	Nessa história, fica fácil perceber o que é falseabilidade ao perceber que a todo teste físico que um propõe, o outro encontra um argumento para refutar a tentativa de comprovação.
Processo do Conhecimeno:
- Observação;
- Perguntas;
- Hipóteses;
- Experimentação;
- Conclusões;
- Documentação;
- Desenvolvimento ou descobrimentos;
- Novas perguntas;
- Continuar aprendendo.
AULA 03
Metodologia aplicada à pesquisa
Resumo do vídeo 01:
Desenvolver pesquisa e produzir conhecimento são competências da vida acadêmica e profissional. Aprender a pesquisar é dos principais objetivos da vida acadêmica. Observar a realidade e refletir sobre os problemas, a fim de produzir resultados satisfatórios.
Da Pesquisa:
Você sabia... ...que os brasileiros adoram reality shows? 
Ficou comprovado que 2687 brasileiros adoram reality shows. E a maioria dos telespectadores dos chamados “shows da vida” são mulheres entre 18 e 35 anos. 
O texto acima nos dá margem para alguns questionamentos:
• De onde ou de quem parte a motivação para saber a relação entre brasileiros e reality shows? 
• Como é feito esse levantamento? 
Como vimos nas aulas passadas, tudo surge do conhecimento que se tem e do desejo e/ou necessidade de desvendar e provar coisas novas. E é da sede de conhecimento que nascem as pesquisas. 
Essas pesquisas começam com ideias, ou seja, experiências individuais, teorias, observações de fatos, leitura de artigos etc. No exemplo anterior, por exemplo, dissemos que brasileiros adoram reality shows e indagamos:
De onde ou de quem parte a motivação para saber a relação entre brasileiros e reality shows ? 
Já pensou que a motivação para essa pesquisa pode partir das próprias emissoras interessadas no tipo de programa que atrai mais os telespectadores ou mesmo da área de humanas interessada em saber a influência desses programas na vida das pessoas? São muitos os tipos de interesse nesses dados. 
Como é feito esse levantamento ? 
Como mostra o site Web2engagebrasil, ele é feito através de um painel online, em que os telespectadores preenchem suas considerações. Assim, o levantamento desses da os serve para comprovar a adoração dos brasileiros pelo estilo de programa em questão. 
Então dizemos que pesquisa é... 
... uma atividade voltada para a solução de problemas por meio dos processos do método científico. 
Segundo Eva Maria Lakatos (1992 , p. 43), a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais . Significa muito mais do que apenas procurar a verdade: é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos. 
Podemos, assim, indicar três elementos que caracterizam a pesquisa: 
O levantamento de algum problema;
A solução à qual se chega;
Os meios escolhidos para chegar a essa solução, como os instrumentos científicos e os procedimentos adequados. 
EXEMPLO: 
Pesquisa revela que custo para cultivar morango orgânico é menor do que o do convencional:
Dados foram coletados em duas propriedades, localizadas nos municípios de Atibaia e de Monte Alegre do Sul, no Estado de São Paulo.
Um estudo realizado por pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) e da Embrapa apontou que o custo de produção do morango orgânico (R$ 18.967,04) é inferior ao custo do cultivo convencional (R$ 22.010,76), quando com parados em uma escala de 10 mil plantas. (levantamento do problema - Porque o custo do cultivo convencional é maior que o do orgânico?). 
Os pesquisadores coletaram dados em duas propriedades, localizadas nos municípios de Atibaia e de Monte Alegre do Sul, no Estado de São Paulo.
O morango orgânico tem uma produção média de 787 gramas por planta, com o custo de R$1,90 e índice de lucratividade de 60,74%. Já no cultivo convencional, a produção média foi de 871 gramas por planta e custo médio de R$1,93, com índice de lucratividade de 49,46%. (Meios escolhidos para chegar a conclusão - coleta de dados em duas propriedades do município de Atibaia). 
Nos cálculos do custo de produção foram incluídos mão de obra de duas pessoas, colheita, embalagem e limpeza do cultivo, além de gastos com os insumos próprios para o cultivo. Segundo os pesquisadores, uma das soluções para diminuir os custos em ambos o s sistemas é a produção de embalagens mais econômicas, ou ainda a aquisição de mudas de empresas certificadas, que ofereçam um preço melhor. (Solução a qual se chega - diminuir os custos com a produção de embalagens mais econômicas). GOVERNO DO ESTADO D E SÃO PAULO.
Começamos a refletir sobre pesquisa e agora chegou a hora de defini-la: 
 	A pesquisa... 
• é uma atividade essencial da ciência; 
• possibilita uma aproximação e o entendimento da realidade investigada; 
• é um processo permanentemente inacabado; 
• fornece informações para uma intervenção no real. 
E quanto ao termo pesquisa científica, do que se trata? 
É um tipo de pesquisa que objetiva contribuir para o desenvolvimento do conhecimento humano em todas as áreas, sendo sistematicamente planejada e executada segundo critérios rigorosos de processamento das informações. 
Uma pesquisa será considerada científica, se for objeto de investigação planejada, desenvolvida e redigida conforme as normas metodológicas consagradas pela ciência. (Tem por base procedimentos racionais e sistemáticos, ou seja, é a atividade cientifica pela qual se descobre a realidade). 
De acordo com Antônio Carlos Gil, duas são as razões para se fazer uma pesquisa: 
As razões de ordem intelectual: 
Que decorrem do desejo de conhecer, comuns nas dissertações de mestrado, nas monografias, nos artigos e nos trabalhos de conclusão de curso, em que a pesquisa é voltada para fins de conhecimento.
As razões de ordem prática: 
Como próprio título diz, vem do desejo de conhecer com vistas a fazer algo, que muitas vezes pode vir a ser útil e beneficiar a própria sociedade. 
Quanto ao Pesquisador:. 
É importante destacar que a possibilidade de êxito na tarefa de pesquisa depende das razões e motivações do pesquisador.
Ações e atitudes que devem ser incorporadas ao Pesquisador ou a pessoa que estiver no papel de pesquisador (exemplo: estudantes que estão escrevendo trabalhos acadêmicos)
Curiosidade, criatividade, integridade intelectual, atitude autocorretiva, sensibilidade social, imaginação disciplinada, perseverança, paciência e confiança na experiência.
Fazer pesquisa não é uma tarefa fácil é preciso ter planejamento e considerar aspectos como classificação, abordagem, objetivo e procedimentos, pois estes delimitam a busca do que se pretende pesquisar. 
Classificação da pesquisa: 
Está relacionada à sua natureza, ou seja, àquilo que compõe a essênciada pesquisa: 
Pesquisa Pura: 
Conhecida também por básica ou teórica, que objetiva gerar novos conhecimentos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. 
Envolve verdades e interesses universais. É motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador. 
Exemplo: A origem do universo. 
 
Pesquisa aplicada: 
É aquela que objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos. 
Envolve verdades e interesses locais. 
Exemplo: A busca de uma vacina contra a AIDS. 
Abordagem da pesquisa: 
Quanto à abordagem, a pesquisa pode ser dividida em: 
	Qualitativa: 
Neste enfoque não há medição numérica, como nas descrições. 
Seu propósito está em reconsiderar ou reconstruir a realidade observada. Assim, considera a existência de uma relação dinâmica entre mundo real e o sujeito. 
É descritiva e utiliza o método indutivo. 
O processo é o foco principal.
A ênfase está em compreender o fenômeno e não em medi-lo. 
	Quantitativa: 
Neste tipo de pesquisa temos a coleta e a análise de dados para dar conta das questões que envolvem a pesquisa. 
Ela utiliza métodos estatísticos e traduz em números, opiniões e informações para classificá-los e organizá-los.
Ler: Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão? 
 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-37722006000200010&script=sci_arttext 
Objetivo da pesquisa: 
Descritiva: 
Que tem como objetivo principal descrever as características de algum fenômeno observado, descobrir a frequência com que ocorre, sua relação e sua conexão com outros fenômenos. 
Esta modalidade é típica das ciências humanas e sociais.
Neste tipo de pesquisa, o estudante deve observar, registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos variáveis, sem manipulá-los. 
Exemplos:
Características de um grupo social;
Nível de atendimento de determinada empresa prestadora de serviço; 
Levantamento de opiniões, atitudes e crenças de um segmento da sociedade;
Pesquisas eleitorais que apontam a preferência político-partidária de determinados grupos etc.
Exploratória:
É considerada o passo inicial de qualquer pesquisa. 
Trata-se de uma observação, ou seja, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade, com o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou viabilizar a construção de uma hipótese. 
Neste modelo temos a possibilidade do aprimoramento de ideias. Geralmente, neste tipo de pesquisa, há o levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que experimentaram situações que estejam sendo pesquisadas e análise de exemplos. 
A pesquisa bibliográfica e o estudo de caso são exemplos de pesquisas exploratórias. 
Explicativa: 
Aqui o objeto é identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. 
Neste modelo temos um efetivo aprofundamento de conhecimentos, porque se busca entender ou explicar as razões das coisas ― fato que amplia o entendimento. 
Nada impede que uma pesquisa explicativa seja a continuação de uma pesquisa descritiva ou exploratória. 
Nas ciências naturais, por exemplo, utiliza-se o método experimental. Nas ciências sociais utilizam-se outros métodos, tais como o fenomenológico e dialético, além de exigir elevado grau de controle.
Procedimentos da pesquisa: 
Os procedimentos estão relacionados à maneira de agir, ao modo de fazer a pesquisa: 
Pesquisa bibliográfica: 
É uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho. 
Consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa. 
Levando em consideração que bibliografia é o conjunto dos livros escritos sobre determinado assunto, por autores conhecidos e identificados ou anônimos, a pesquisa bibliográfica é o exame de uma bibliografia para levantamento e análise do que já se produziu sobre o assunto que assumimos como tema da pesquisa científica. 
Há dois tipos de fontes: 
Primárias: 
Quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão. 
Secundárias: 
Quando os eventos foram observados e reportados por outras pessoas e não diretamente pelo investigador. 
Neste caso, os dados exigem cuidadosa e objetiva análise a fim de avaliar sua autenticidade e relevância. 
Pesquisa documental: 
Trata-se de uma pesquisa realizada através de certos documentos como: documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos etc.
Para Antônio Carlos Gil (1991), a pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica, mas possui uma diferença: 
“A diferença está no fato de a bibliográfica utilizar fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto. A documental utiliza materiais que não receberam o tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados.” 
Pesquisa de campo: 
É a investigação empírica, isto é baseada na experiência, realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. 
Pode incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e observações. 
Segundo Antônio Joaquim Severino, na pesquisa de campo “o objeto é abordado em seu próprio meio”. A coleta de dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sendo assim diretamente observados.” (2007, p. 123) 
Pesquisa histórica: 
Você já reparou que os filmes de época exigem um estudo histórico prévio? 
Assista ao trailer do filme 300 de Esparta e perceba os detalhes que foram levantados através da pesquisa histórica. 
Pesquisa comparada: 
A pesquisa comparada procura estabelecer semelhanças e diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de relações entre os elementos que são comparados. 
Um bom exemplo de pesquisa comparativa está nos levantamentos sobre os aparelhos tipo smartphones, sempre realizados quando há lançamentos de novos modelos e tecnologias.
Estudo de caso: 
É o estudo restrito a uma ou poucas unidades entendidas, como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão, uma comunidade ou um país. 
O Estudo de Caso constitui-se em uma metodologia de ensino participativa, voltada para o envolvimento do aluno. 
Há Estudos de Casos, por exemplo, que apresentam situações em que empresas e pessoas reais precisam tomar decisões sobre um determinado dilema. A condução do método envolve um processo de discussão, em que alunos devem se colocar no lugar do tomador de decisão, gerar e avaliar alternativas para o problema, e propor um curso de ação. 
Amplie os seus estudos sobre Estudo de Caso.Ler: http://metodologiadapesquisa.blogspot.com.br/2008/06/o-design-do-
estudo-de-caso.html 
Conecte-se com moderação:
Com a globalização, a internet se tornou uma grande fonte de pesquisa. Nela encontramos muitas informações através dos sites de busca. 
Por isso, ao se fazer a opção de utilizar a internet como fonte de pesquisa é importante se preocupar em buscar informações apenas em sites confiáveis. 
As informações extraídas da internet podem ajudar muito na elaboração da pesquisa. Contudo, é preciso ter atenção quanto à propriedade intelectual do material que se está utilizando. (Em qualquer situação é importante respeitar as regras de utilização das informações disponíveis). Nunca utilize informações de outros sem fazer referência à fonte. 
Além disso, observe se as informações postadas na Web são verdadeiras e revise o texto, adaptando o conteúdo para o público do seu trabalho. 
Assistir: dicas de pesquisa na internet 
 http://www.youtube.com/watch?v=-AgTZ-5Zfj4 
AULA 04
Diferentes técnicas de estudo
É importante reconhecer a leitura como principal fonte de matéria-prima para o desenvolvimento do conhecimento.
A leitura e as atividades acadêmicas:
Acostumamo-nos a ouvir que as tecnologias invadiram nossa experiência cotidiana, não é mesmo? 
Muitos acreditamque os jovens se afastaram da leitura em razão de um suposto excesso de tecnologias. Esse afastamento, consequentemente, teria provocado um empobrecimento da linguagem. 
Há quem diga também que não tem paciência para ler um livro, que ver um filme é muito melhor. Ou, ainda, saem com frases do tipo: “o que não tenho é tempo!” Será que isso é verdade? Ou estamos diante de alguém que não criou o hábito de ler? 
É natural não termos tempo para certas coisas. Ninguém tem tempo, no final das contas, mas todos querem saber tudo, não é? 
Vamos descobrir nesta aula que a leitura não foi deixada de lado e que ela é o primeiro passo para colocar em prática as técnicas de estudo e desenvolver as atividades acadêmicas.
 
Segundo a galera que entende... 
“A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede”. 
Carlos Drummond de Andrade.
 
“A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê demais e usa o cérebro de menos adquire a preguiça de pensar”. 
Albert Einstein.
 
“A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados”. 
René Descartes. 
 
“A leitura traz ao homem plenitude, ao discurso segurança e à escrita exatidão”. 
Francis Bacon. 
 
“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever ― inclusive a sua própria história”. 
Bill Gates 
 
“(...) que a importância de uma coisa [leitura] não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc”. 
 
“Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós”. 
Manoel de Barros 
 
Durante a leitura, experimentamos um mundo totalmente novo ou melhoramos o nosso. 
E isso é muito gratificante, não é mesmo? 
Saber ler de maneira eficiente nos ajuda a descobrir novos caminhos, fertiliza a inteligência, nos ajuda a compreender a vida e a viver melhor ao lado do outro. 
Uma mente fertilizada tem mais chance diante da crise. Tudo bem que agora não é necessário adquirir um livro para ler um bom texto, já que as mídias eletrônicas possibilitam a leitura em telas. 
Porém, mesmo com essa tecnologia, as principais fontes de pesquisa e conhecimento ainda são os bons e velhos livros, principalmente no meio acadêmico. 
Por isso, vamos começar com a escolha deles. 
Para enriquecer seu conhecimento leia o texto extraído da obra Como e porque ler os clássicos universais desde cedo, em que Ana Maria Machado apresenta a importância da leitura. (PDF TELA6). 
O que você faz quando chega numa livraria? 
Vamos ver um passo a passo de como escolher um livro...
Título: 
Observe o título e o subtítulo, se houver. Na maioria das vezes, ele indica o assunto e, às vezes, até a intenção do autor;
 
Orelha (capa): 
Se o livro apresentar “orelhas”, faça a leitura da informação trazida nelas. 
Na que acompanha a capa, geralmente encontramos uma apreciação da obra feita por alguém de prestígio. 
Ficha Catalográfica: 
Em seguida, leia a ficha catalográfica e verifique as qualificações da obra e do autor. Atente-se para a data da publicação e certifique-se de que é a versão mais atualizada.
A ficha de catalogação para publicação, ou Ficha Catalográfica, tem suas origens nas fichas de papel dos catálogos de consulta de acervo de bibliotecas. As fichas eram criadas em cópias para serem colocadas nos livros e nos catálogos em gavetas. 
Havia tantas fichas quanto houvesse catálogos de busca: por título, por autor, por assunto. Convenções de padronização determinaram regras diversas, tal como qual entrada deve ser a primária ou como referir – se às informações da obra na ficha. 
A Biblioteconomia é a área responsável por esse tipo de informação. No Brasil, a entidade mais frequentemente associada à catalogação é a Câmara Brasileira do Livro, CBL, em um serviço totalmente online.
Sumário:
Verifique o sumário. Nesta parte você encontrará uma divisão em tópicos de como o livro foi organizado.
Muitas vezes é ele que nos dá a dica de que o livro traz exatamente o assunto que estamos pesquisando.
Prefácio:
Se possível, leia a introdução ou o prefácio, se houver. Neste, o autor apresenta a metodologia usada e os objetivos do trabalho realizado ou até mesmo um resumo do livro.
Orelha (contracapa):
É comum encontramos informações sobre o autor do livro e suas obras publicadas.
Contracapa:
A contracapa ajuda muito na nossa escolha. Ela costuma conter um texto de apresentação, a sinopse, ou mesmo um trecho do livro, dando uma espécie de amostra do que vamos encontrar nele.
Agora a leitura nos levará às técnicas de estudo:
Bem, já sabemos a importância da leitura, já sabemos identificar as partes do livro que nos ajudam a escolhê-lo, agora vamos aprender algumas técnicas de estudo, baseadas obviamente na leitura, que nos ajudarão a organizar as ideias encontradas nos textos e, melhor ainda, nos ajudarão a recuperar essas ideias quando mais precisarmos delas.
A pesquisa bibliográfica é a etapa fundamental do trabalho científico? É ela que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho.
Pois bem, essa é a fase que consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas ao que se pretende estudar. 
O fichamento, por exemplo, configura um aperfeiçoamento da pesquisa bibliográfica, porque contém comentários pessoais sobre a leitura e algumas citações-chave. Ou seja, trata-se de uma técnica de estudo que ajuda na organização do conhecimento. 
Agora, você terá a oportunidade de conhecer, através do Banco Internacional de objetos educacionais do MEC, tudo sobre fichamento. 
Vamos lá?
Fichamento: quando utilizar e como elaborar:
Quando utilizar os fichamentos:
O fichamento é uma prática de redação que ajuda organizar estudos e pesquisas de forma mais efetiva. Agrega em suas características o resumo do documento ou texto consultado, sua referência, sua localização física e metodologia de arquivamento para posterior recuperação de todas estas informações.
O fichamento é um meio de desenvolver as técnicas de redação como resumo e resenha dependendo de sua finalidade. Auxilia a treinar a elaboração de referências, redação científica (resumo e resenha), identificação de assuntos, pesquisa em centros de informação e bibliotecas e práticas de arquivamento. 
Os fichamentos feitos em meio acadêmico e em sala de aula, não necessitam da metodologia para armazenamento, sendo assim não precisam conter o local da obra (a não ser que seja pedido) e o espaço para identificação da ficha. 
As técnicas empregadas para o fichamento científico utilizado em meio acadêmico é muito semelhante à redação de resumos e resenhas científicas.
Já os fichamentos para fins de pesquisa e estudo levam mais em consideração identificar o assunto do que foi fichado logo no início da ficha, assim como seu código de armazenamento que pode ser numérico, alfabético ou alfanumérico e a localização física da obra original.
O meio mais utilizado para armazenagem das fichas é em papel, porém existem programas que auxiliam na confecção e armazenagem eletrônica de fichamentos. Neste módulo não vamos focar no meio físico utilizado para a armazenagem do fichamento e sim nas suas técnicas e regras de elaboração. 
Para diferenciar as regras de um fichamento científico e o utilizado para estudo e pesquisas veremos como elaborar a redação de cada um e como estruturar a apresentação e disposição das informações em um fichamento.
É importante na prática de fichamentos seguir os conselhos de Medeiros (2000) que diz:
"... a prática eficaz do fichamento assusta o estudante que depara pela primeira vez com a metodologia; a prática contínua, no entanto, poderá levá-lo a alterar ponto de vista e julgamento, fazendo-o perceber que o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo futuro, quando precisarescrever sobre determinado assunto. Não se recomenda, porém o armazenamento de assuntos pelos quais não se tem nenhum interesse." (MEDEIROS, 2000, p. 97).
Como elaborar fichamentos:
Elaboração do texto:
A montagem e elaboração do texto de um fichamento dependerão do seu tipo. Para cada tipo de fichamento é necessário empregar diferentes regras devido a suas características. 
O fichamento inicia com a escolha do seu tipo que pode ser: de transcrição ou citação, de resumo ou conteúdo e de comentário ou crítico. 
Após escolher o tipo de fichamento deve- se inserir o assunto geral do fichamento e caso deseje o assunto mais específico também de forma que facilite o aprendizado e a localização posterior do livro ou documento. 
Identificado o tipo de fichamento e os assuntos da ficha é inserida a referência bibliográfica. As regras para elaboração de referências se encontram na norma NBR/ABNT 6023 (2002). Basicamente os itens que compõem a referência bibliográfica são:
 
Autor:
Título:
Local da edição: 
Editora:
Data e número de páginas: 
Fichamento de resumos ou conteúdo:
Utiliza as mesmas regras para início de uma ficha: tipo, assunto geral, assunto específico e referência. Seu texto utiliza as mesmas regras e normas de um resumo que podem ser revisadas no módulo Resumo: quando utilizar e como elaborar. 
É uma síntese das ideias principais contidas numa obra, quando o pesquisador elabora a síntese com suas próprias palavras, não sendo necessário seguir a estrutura da obra.
Fichamento de comentário ou crítico:
Utiliza as mesmas regras para início de uma ficha: tipo, assunto geral, assunto específico e referência. Seu texto utiliza as mesmas regras e normas de um resumo que podem ser revisadas no módulo de resenha: quando utilizar e como elaborar. 
Terminado o texto do fichamento, caso a finalidade deste seja para estudo ou pesquisa utiliza a identificação da ficha que pode ser alfabético, numérico ou alfanumérico, conforme facilitar a busca posterior pelas fichas. 
Geralmente os fichamentos acadêmicos não necessitam da identificação de tipo, assunto geral e assunto específico. O tipo de fichamento mais utilizado em sala de aula é o de comentário ou crítico. 	
Para averiguar o modo correto em que estes elementos são dispostos na referencia e possíveis informações adicionais, deve ser consultada a norma NBR/ABNT 6023 (2002). 
Fichamento de transcrição ou citação:
Utilizam-se no início e no final do texto as aspas, pois o fichamento de transcrição é a passagem do texto original diretamente para a ficha. 
Segundo Medeiros (2000) de três formas é realizado o fichamento de transcrição que são os seguintes: 
Fichamento de transcrição sem cortes; 
Fichamento de transcrição com corte intermediário de algumas palavras (utiliza reticências "..." para indicar a omissão das palavras); 
Fichamento de transcrição com corte de parágrafo intermediário (utiliza um traço contínuo, ou pontilhados para indicar a omissão dos parágrafos).
Estrutura do Documento:
	Transcrição “tipo de fichamento”
Cabeçalho
	Redação “assunto geral”
Cabeçalho
	Cabeçalho
	Técnicas de Fichamento “assunto específico” Cabeçalho
	Medeiros, J. B. Redação Científica... “referência bibliográfica”
	“espaço para classificar a ficha letras maiúsculas, números e alfanuméricos”
	“texto”
	Biblioteca Victor Hugo “local onde se encontra a obra”
	 Dados da Instituição - Cabeçalho
	Dados do Aluno - Cabeçalho
	“referência bibliográfica”
	“texto” 	
	“texto”
	“texto”
	“texto”
Tipos de fichamentos: diferenças:
	Itens que compõem o fichamento
	Transcrição ou citação (a)
	Resumo ou conteúdo (b)
	Comentário ou crítico (c)
	Utiliza referência norma NBR/ABNT/6023.
	Todos os tipos de fichamento devem utilizar a norma ABNT/NBR 6023 para elaboração de referência, pois é o correto uso em textos científicos e para treino ao elaborar outros tipos de trabalhos acadêmicos.
	Apresenta aspectos semelhantes ao de resumo.
	
	Utiliza das técnicas dos textos científicos de resumo e resenha para sua confecção.
	
	Apresenta aspas do início ao término do texto.
	Seu texto é transferido sem modificações por isso é necessário utilizar as aspas.
	
	
	Analisa, com opinião de quem elaborou um livro ou documento.
	
	
	Como o nome já indica transpõe comentários e críticas.
	Utiliza as mesmas recomendações para a composição dos textos de resumo.
	
	Como o nome já diz, este é o tipo de fichamento que traz aspectos semelhantes a um resumo.
	
ATENÇÃO:
Toda resenha deverá conter um resumo da obra e um juízo crítico a respeito dos argumentos do autor. Nesse sentido, a diferença entre resumo e resenha está justamente nesta parte do texto em que se elabora uma crítica.
O fichamento de leitura ajuda na construção de análises textuais como os resumos e resenhas. 
Vamos agora conhecer um pouco mais sobre essas análises que diversificam a atividade de estudo e propiciam informações e novos conhecimentos.
Resenha:
Segundo apontam Lakatos e Marconi (1996, p. 211), a resenha apresenta um conteúdo crítico sobre determinada obra. Sua importância está em desenvolver a capacidade de proferir juízos críticos sobre a leitura:
Resenha (...) é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo e na crítica, formulando, o resenhista, um conceito sobre o valor do livro. (...) a resenha em geral é feita por cientistas que, além do conhecimento sobre o assunto, têm capacidade de juízo crítico. Também pode ser feita por estudantes; neste caso, como um exercício de compreensão e crítica. Para iniciar-se nesse tipo de trabalho, a maneira mais prática seria começar por resenhas de capítulos.
Etapas para elaborar uma resenha:
Situar as ideias do autor no contexto geral de seu próprio pensamento;
Situar o autor em um contexto mais amplo, mostrando o sentido de sua perspectiva e destacando os pontos importantes ou originais de seu pensamento;
Desvelar os pressupostos (aquilo que se supõe antecipadamente; pressuposição, conjectura, suposição.)  que aparecem e que justificam a posição assumida pelo autor;
Comparar as ideias do texto com ideias afins;
Crítica: formular um juízo crítico, uma avaliação, uma tomada de posição.
O que uma resenha deve conter?  
Referência da obra;
Informações sobre o autor; 
Nome do resenhista e titulação; 
Perspectiva teórica da obra;
Breve síntese e principais argumentos do autor;
Reflexão crítica da obra.
No caso da técnica de estudo da resenha, elaboramos uma análise interpretativa (tomar uma posição própria a respeito das ideias enunciadas).
Como você já percebeu, o resenhista precisa ter conhecimentos na área. Você deve iniciar-se na prática, começando pela elaboração de resumos para, pouco a pouco, adquirir habilidades para vir a elaborar uma resenha.  
Resumo:
É uma síntese sob forma de redação do fichamento de leitura, buscando compreender o sentido do texto. Uma apresentação sucinta e ordenada das ideias centrais do texto lido, sem a utilização de citação (SANTOS; MOLINA; DIAS, 2007, p. 105).
Dentro do campo científico, a técnica de resumo pode ser:
Parte de um trabalho científico:
Produção seguida de palavras-chaves, que faz parte dos elementos pré-textuais de trabalho técnico científico e que deve estar em língua vernácula e língua estrangeira.
Um trabalho acadêmico:
Não tem número definido de palavras, deve apresentar um cabeçalho (nome da IES, curso, período, turma, disciplina, professor, aluno) e constar a referência completa da obra estudada.
Quando elaboramos um resumo, produzimos uma análise temática do texto lido. É o momento da compreensão do texto, entendendo as ideias do autor. 
Segundo Severino (2007), ao elaborar um resumo, o leitor deve fazer as seguintes perguntas: 
Qual é o tema?  
Qual a perspectiva da abordagem? 
Como o assunto foi problematizado?
Como o autor responde ao problema? 
Que posição assume? 
Que ideia defende? 
O que quer demonstrar? 
Como o autor comprova sua tese?
Na análisetemática percebemos o raciocínio do autor e sua argumentação. O resumo de um texto é a síntese do raciocínio do autor e não a mera redução de parágrafos.
Um bom resumo não deve conter frases do texto original, cuidando para que todas as ideias principais do autor sejam ditas, com o uso das palavras de quem escreve o resumo.
Um resumo não é apenas um apanhado de frases soltas, portanto deve trazer o argumento daquilo que se está resumindo, apresentando as ideias de forma lógica, procurando revelar uma relação entre elas;
Texto:
De acordo com João Bosco Medeiros, 2003, p. 137 “o texto é um tecido verbal estruturado de tal forma que as ideias formam um todo coeso, uno, coerente. A imagem do tecido contribui para esclarecer que não se trata de feixe de fios (frases soltas), mas de fios entrelaçados (frases que se inter-relacionam)”.
EXEMPLO:
Valsa Para Bruno Stein é um filme poético, sobre relacionamentos de três gerações vivendo na mesma casa e a redescoberta do amor por duas pessoas que julgavam isto parte do passado.
Bruno Stein sente-se no fim da vida. O tempo passou e ele já não consegue mais se integrar à família. As netas o ignoram, a mulher não representa muito para ele, o filho está sempre viajando e a presença perturbadora da nora Valéria.
Ele tenta se envolver com o trabalho na olaria, com as esculturas, mas nada mais o motiva. Até que um súbito encontro lhe desperta novamente a vontade de viver. Mas junto para um protestante fervoroso como ele, existe o peso de padrões morais e religiosos. 
Bruno e Valéria se apaixonam. Ao mesmo tempo que descobrem esta paixão, lutam com todas as forças para sufocá-la. Valsa Para Bruno Stein é a história do drama de um homem que tem que decidir entre o redescobrir da vida e a rigidez moral de toda sua existência.
O texto conta a história de um personagem de filme. Observe que não existe nenhuma opinião no sentido crítico, somente a transcrição do que acontece durante a trajetória cinematográfica. 
É uma apresentação sucinta e ordenada das ideias centrais. Por isso, temos neste caso um resumo.
Como vimos lá no início da aula, muitos acreditam que os jovens não leem mais por causa dos avanços tecnológicos e isso teria causando um empobrecimento da linguagem.
Acreditam também que essa preguiça esteja afetando a qualidade dos trabalhos acadêmicos devido ao uso excessivo de obras de terceiros sem as devidas referências, já que é muito mais fácil “copiar e colar” do que criar. E, convenhamos, quem não lê não escreve bem e prefere “roubar” as palavras dos outros. 
É óbvio que a tecnologia ajuda na busca de informações. Porém, quando encontramos o que queremos, o nosso problema está apenas parcialmente resolvido, pois é preciso saber apresentar suas descobertas.
Será por meio das técnicas de estudo vistas nesta aula — fichamento, resumo e resenha — que você terá meios para desenvolver um texto que apresente as ideias pesquisadas para seus possíveis leitores.
AULA 05
Planejamento e Tipos de trabalho científico.
Você sabe por onde começar um trabalho acadêmico?
A primeira fase de qualquer trabalho de pesquisa é a definição do que será estudado. 
Se o tema da pesquisa não for estabelecido pelo professor, você terá liberdade para fazê-lo. Porém, você deve ter cautela ao escolher o assunto que pretende investigar, porque essa flexibilidade pode te colocar em uma enrascada. 
Pensamos logo em escolher um tema de nosso interesse pelo nosso gosto, não é mesmo? Algo sobre o qual queremos saber mais e achamos atraente. Mas isso pode não ser nada produtivo.
Ao escolher um tema, devemos levar em consideração, por exemplo, se há uma bibliografia considerável sobre o assunto, se esta é fácil de ser encontrada, se estamos seguros para desenvolver os argumentos etc.
Não podemos escolher algo sobre o qual não conseguiremos falar, não é verdade? Isso, sem dúvida, comprometerá o desenvolvimento do trabalho.
Antes de iniciar uma pesquisa você deverá seguir os seguintes passos:
Escolha do tema: 
O que vou pesquisar?
A inspiração para o tema pode vir de um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. 
A vivência diária, as questões polêmicas, reflexão, leituras, debates, discussões também nos servem como fontes de assuntos.
Originalidade:
Precisa ser original? 
A originalidade não é pré-requisito. Você pode pesquisar um tema mesmo que este não seja inédito. 
Revisão de Literatura: 
Se o tema não é inédito, quem já pesquisou algo semelhante? 
É importante saber quem já pesquisou o assunto escolhido e que contribuição deu para o seu desenvolvimento/conclusão.
Para isso, procure trabalhos semelhantes ou idênticos e pesquise publicações na área. 
Depois liste os argumentos e veja quais textos você poderá utilizar para apoiar suas ideias. Essa revisão da literatura o ajudará até mesmo a organizar a estrutura do trabalho.
Justificativa: 
Por que estudar esse tema? 
Que vantagens e benefícios a pesquisa proporcionará? 
Qual a importância profissional e cultural da pesquisa?
As respostas dessas questões são as razões que o levarão a estudar o tema escolhido.
Formulação do problema: levantamento das questões norteadoras. 
Que questões estou disposto a responder? 
Deve-se definir claramente o problema, apresentá-lo no formato de perguntas e delimitá-lo em termos de tempo e espaço.
Determinação de objetivos:
O que pretendo alcançar com a pesquisa? 	
É importante formular um único objetivo geral que apresente o propósito da pesquisa. 
Os objetivos específicos representam a divisão do objetivo geral em outros menores.
EXEMPLO:
Tema: Liderança autoritária e a motivação. 
Problematização: Como a liderança autoritária pode comprometer a motivação dos funcionários da Empresa XYZ? 
Objetivo Geral: Investigar como o estilo de liderança autoritária compromete a motivação dos funcionários na Empresa XYZ. 
Objetivos específicos: 
Definir o conceito de liderança autoritária;
Descrever alguns exemplos de liderança autoritária na Empresa XYZ;
Definir o conceito de motivação;
Analisar a relação entre liderança e motivação nas organizações. 
Você percebeu que os objetivos específicos desdobram o objetivo geral da pesquisa? Que estão inseridos nesse contexto maior? 
Você observou também que o objetivo geral expressa exatamente o que se pretende provar a partir da problematização do tema?
 
Por meio da pesquisa e da dedicação você delimitará facilmente tanto o objetivo geral quanto os específicos.
Planejar e pesquisar são o lema: 
Seguindo os passos que acabamos de analisar fica fácil perceber como é importante fazer um planejamento do trabalho, não é mesmo?
Então, antes de iniciar qualquer trabalho acadêmico, dedique-se ao planejamento, procure traçar o caminho mais eficiente para ficar claro o que se pretende com ele. 
Esse planejamento o ajudará a encontrar um tema interessante e sem obstáculos que comprometam a sua pesquisa. Assim, você caminhará com mais segurança ao realizar o trabalho, aumentando inclusive as chances de terminá-lo no prazo sem passar apertos, já que tem uma boa ideia de quanto tempo precisará dedicar a cada fase da pesquisa. Vale o esforço! 
O planejamento ainda contribui para a escolha de um tema que pode levar seu trabalho a ter uma aplicação prática. O que é uma bela recompensa, não é mesmo?  
Prepare-se bem e você economizará tempo mais tarde e não terá a chance de escolher um tema improdutivo. Tenha certeza!
Problematizar, eis a questão! 
Depois de escolhido o tema, deve-se pensar no problema a ser estudado. 
Sabemos que o mais comum ao ouvirmos a palavra problema é pensarmos em obstáculo, contratempo, situação difícil, conflito, não é? 
Mas, no nosso caso, o problema é científico e significa assunto controverso, isto é, refletir sobre um assunto que ainda não foi satisfatoriamente respondido, em qualquer campo de conhecimento. 
Este problema, então, faz de um tema um objeto de pesquisas científicas ou discussões acadêmicas, em qualquer domínio do conhecimento.A clareza na formulação do problema científico refletirá na formulação dos objetivos e, consequentemente, no sucesso de sua pesquisa.
Por que elaborar problemas científicos?
Problematizar consiste em formular questões sobre o tema, ou seja, apresentar um questionamento que envolve o tema da pesquisa.  
É preciso esclarecer, portanto, que não se trata de uma simples pergunta, mas de um enunciado construído pela observação e investigação a partir de leituras aprofundadas sobre o tema escolhido. 
Essa tarefa envolve habilidades do pesquisador, o domínio do assunto, bem como a bibliografia disponível. 
Então vejamos:
Problema de Engenharia:
Como fazer algo de maneira eficiente?
Exemplos:
“Como fazer para melhorar os transportes urbanos?”
“Como aumentar a produtividade no trabalho?”
Problema de Valor:
Aqueles que indagam se algo é bom ou mau, desejável ou indesejável, certo ou errado, melhor ou pior, se algo deve ou não ser feito. 
Exemplos:
 		“Os pais devem dar palmadas nos filhos?”
“Qual a melhor técnica para a propaganda?”
Problema Científico:
Um problema é considerado de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis, podem ser observadas e manipuladas.
O termo variável é o dos mais empregados na linguagem dos pesquisadores. Seu objetivo é o de conferir maior precisão aos enunciados científicos, sejam hipóteses, teorias, leis, princípios ou generalizações. O conceito de variável refere-se a tudo aquilo que pode assumir diferentes valores ou diferentes aspectos, segundo os casos particulares ou as circunstâncias (GIL, 2002, p.36).
Exemplos: 
“Em que medida a escolaridade determina a preferência político-partidária?” 
Aqui temos duas variáveis relacionando-se: 
Variável 1: Escolaridade; 
Variável 2: Preferência político-partidária.
As variáveis podem ser de três tipos: 
Independente:
Variável que influencia, determina ou afeta outra variável, dando a condição ou a causa para certo resultado, efeito ou consequência. 
Exemplo: 
“Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua perna esticará”. 
Dependente:
Consiste nos valores a serem explicados ou descobertos, em virtude de serem influenciados, determinados ou afetados pela variável independente.
Exemplo: 
“Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua perna esticará”. 
Interveniente:
É aquela que em uma sequência causal se coloca entre a variável independente e a dependente, tendo como função ampliar, diminuir ou anular a influência de uma sobre a outra.  
Exemplo: 
“A liderança autoritária influencia na motivação dos colaboradores.”
Cada problema científico formulado conta com duas variáveis.
Exemplos de variáveis:
“Os alunos de Administração são mais conservadores do que os de Ciência Sociais.”
	Variável 1: Curso.
	Variável 2: Conservadorismo.
A variável relacionada ao Curso é independente em relação à variável relacionada ao Conservadorismo. Por isso, é mais importante. 
Conservadorismo, por sua vez, é uma variável dependente da primeira (Curso). Sendo, assim, menos importante.
“A classe social da mãe influencia no tempo de amamentação dos filhos”.
	Variável 1: classe social.
	Variável 2: tempo de amamentação.
A variável relacionada à Classe social é independente em relação à variável relacionada ao Tempo de amamentação. Por isso, é mais importante. 
Tempo de amamentação, por sua vez, é uma variável dependente da primeira (Classe social). Sendo, assim, menos importante.
A pesquisa científica não pode dar respostas a questões de engenharia ou de valor porque tais dados não são passíveis de verificação. Nesse sentido, o problema deve ser claro e preciso, ou seja, não deve ser formulado de maneira vaga e os termos usados devem ser adequados.  
O problema deve ser delimitado a uma dimensão viável, o que significa dizer que a delimitação do problema deve estar relacionada aos meios disponíveis para investigação.
Dos problemas às hipóteses: 
Ao seguirmos a ordem das razões, podemos afirmar que a formulação de uma hipótese de pesquisa decorre da problematização. 
As hipóteses são as possíveis respostas encontradas para o problema formulado.  
A problematização requer possibilidades de respostas, que compõem alternativas que devem ser consideradas e examinadas.
Exemplo:
Tema: mortalidade infantil: 
Problematização: 
Em que medida o fenômeno da mortalidade infantil está relacionado à desnutrição da criança?
Você percebeu que o pesquisador ao constatar a relação entre as variáveis (mortalidade infantil e desnutrição) formulou uma hipótese?
Tipos de trabalhos acadêmicos mais comuns:
Relatório:
O Relatório é a parte final de uma pesquisa. Seu objetivo consiste em dar ao leitor o resultado completo do estudo, apresentando fatos, dados, procedimentos utilizados, resultados obtidos, chegando a certas conclusões e recomendações (RAMPAZZO, 2005).
Estruturação:
Elementos Pré-textuais:
São aqueles que antecedem o texto com informações que ajudam na identificação e utilização do trabalho.
Elementos Textuais:
É a parte do trabalho em que é exposta a matéria, fomando o corpo do trabalho.
Elementos Pós-textuais:
São os elementos que completam o trabalho e que figuram após a exposição do conteúdo, compondo a última parte deste.
	Elementos
Pré-textuais
	Elementos Textuais
	Elementos
Pós-textuais
	Capa 
Folha de rosto
	Introdução: escolha do assunto, delimitação, justificativa e objetivos; Revisão da bibliografia: apresentação da pesquisa bibliográfica sobre o assunto; Metodologia: procedimentos empregados para obtenção dos dados; Conclusão: análise e interpretação dos dados.
	Lista de referências usadas no texto. As referências devem ser elaboradas conforme as normas da ABNT.
Comunicação Científica ou Paper:
Segundo a ABNT (1989), paper é um pequeno artigo científico elaborado sobre determinado tema ou resultados de um projeto de pesquisa. É utilizado nas comunicações em congressos e reuniões científicas, sujeitos à sua aceitação por julgamento. 
A finalidade de um paper é formar um problema, estudá-lo, adequar hipóteses, cotejar dados, prover uma metodologia própria e, finalmente, concluir ou eventualmente recomendar.
Por ser bastante técnico, o paper pode conter fórmulas, gráficos, citações e pés de página, anexos, adendos e referências. 
A última coisa que se destaca neste tipo de trabalho é a opinião do autor. Por isso, em um paper, o julgamento de quem o escreveu é velado e tem a aparência imparcial e distante, não deixando transparecer tão claramente as crenças e as preferências do escritor.
Conforme Carmo-Neto (1996), os dados de um paper são geralmente experimentais, mensuráveis objetivamente. Mesmos os mais intuitivos ou hipotéticos sempre imprimem certo aspecto científico e quase sempre são formados a partir de uma metodologia própria para aquele fim.
Seminário:
É um procedimento didático que consiste em levar o aluno a pesquisar a respeito de um tema, a fim de apresentá-lo e discuti-lo cientificamente. 
 
Poderá funcionar com um só grupo ou dividir-se em subgrupos, dedicando cada um deles ao estudo de aspectos particulares de um mesmo tema ou temas diferentes de uma disciplina.  
Cada integrante terá uma tarefa individualizada.  
Neste caso, a exposição poderá ficar a cargo de um representante do grupo ou poderá haver a apresentação de cada integrante individualmente. 
Para a dinâmica desta atividade em grupo, Eva Maria Lakatos (2004) sugere que o trabalho seja organizado com os seguintes participantes:
	Coordenador
	É representado pelo professor. É ele que propõe os temas, indica a bibliografia inicial, estabelece a agenda de trabalho e fixa a duração das apresentações.
	Organizador
	É representado por um integrante do grupo. Este ficará responsável pelas reuniões, coordenará as etapas da pesquisa e poderá designar tarefas para cada componente do grupo.
	Relator
	É o componente responsável pela exposição dos resultados dos estudos do grupo, porém não é o único a falarem sala de aula.
	Secretário
	É representado pelo integrante designado pelo professor para anotar as conclusões finais, após os debates.
	Comentadores
	São os escolhidos pelo professor para o aprofundamento crítico do tema. Devem estudar com antecedência o tema a ser apresentado com o intuito de fazer críticas adequadas à exposição, antes da discussão e por ocasião do debate com os demais participantes.
	Debatedores
	São todos os alunos da classe. Participam fazendo perguntas, pedindo esclarecimentos, colocando objeções, reforçando argumentos ou dando alguma contribuição.
Anteprojeto de Pesquisa:
Trata-se de um documento temático que apresenta de maneira concisa o conteúdo de um projeto de pesquisa. É um estudo preparatório, esboço ou conjunto dos estudos preliminares, que irá constituir, depois das necessárias alterações, as diretrizes básicas do projeto definitivo. Um anteprojeto de pesquisa divide-se em:
	Elementos
Pré-textuais
	Elementos Textuais
	Elementos
Pós-textuais
	Folha de rosto
Sumário
Atenção:
A capa é opcional.
	Introdução: enunciar e delimitar o tema; objetivo geral; justificativa do estudo e bibliografia disponível; Metodologia: elaborar o esquema de trabalho: coleta e tratamento de dados e método de pesquisa adotado; Embasamento Teórico: é a parte da pesquisa em que o estudante apresenta os autores que serão utilizados na pesquisa e seus principais conceitos; Cronograma: se refere às etapas da pesquisa e ao lapso de tempo que cada uma exige.
	Lista de referências. As referências devem ser elaboradas conforme as normas da ABNT.
Projeto de Pesquisa:
Apresenta os pontos principais que revelam a definição de um problema, a revisão sucinta da bibliografia e a metodologia. Assim, a primeira parte apresenta a introdução, o objetivo, a justificativa, as questões norteadoras ou hipóteses do estudo. Já a segunda parte contempla a metodologia, indicando o tipo de pesquisa que será desenvolvida e os instrumentos a serem utilizados. Um projeto de pesquisa divide-se em:
	Elementos
Pré-textuais
	Elementos Textuais
	Elementos
Pós-textuais
	Capa 
Folha de rosto Sumário Resumo Lista de abreviaturas
	Introdução: enunciar e delimitar o tema; objetivo geral; justificativa do estudo e bibliografia disponível. 
Divide-se em: 
• Considerações iniciais; 
• Problematização (questão norteadora); 
• Objetivos; 
• Justificativa. 
Embasamento Teórico: é a parte da pesquisa em que o estudante apresenta os autores que serão utilizados na pesquisa e seus principais conceitos; Metodologia: elaborar o esquema de trabalho ― coleta e tratamento de dados e método de pesquisa adotado; Cronograma: se refere às etapas da pesquisa e ao lapso de tempo que cada uma exige. 
	Lista de referências Glossário (opcional) Apêndice (opcional) 
Anexos 
(opcional) 
Índice 
(opcional)
Artigo Científico:
É um pequeno estudo que trata de uma questão científica e destina-se a publicações em revistas ou periódicos. Difere-se da monografia pela sua reduzida dimensão e conteúdo (RAMPAZZO, 2005).  
O artigo também deve ser estruturado em três partes (NBR 6022): elementos pré-textuais; textuais e pós-textuais. 
	Elementos
Pré-textuais
	Elementos Textuais
	Elementos
Pós-textuais
	Capa Título – termo ou expressão que indica o conteúdo do artigo;
 
Autoria – nome do autor, acompanhado de breve currículo (mesmo que seja para informar a condição de formando);
 
Resumo - parágrafo que sintetiza os objetivos pretendidos, a metodologia empregada, resultados e conclusões;
 
Palavras-chave - termos indicativos do conteúdo do artigo.
	O corpo do artigo é estruturado em:
 
Introdução – expõe o problema investigado, a finalidade do artigo e a metodologia utilizada para alcançar a finalidade;
 
Desenvolvimento – trata a matéria de forma abrangente e objetiva;
 
Conclusão – destaca os resultados obtidos.
	Lista de referências usadas no texto. 
 
As referências devem ser elaboradas conforme as normas da ABNT.
Observação: 
Em artigos científicos evita-se o uso de notas de rodapé, anexos e apêndices. Devem-se evitar, também, citações diretas longas.
Monografia:
Segundo Geller (2011), monografia, no sentido etimológico, significa “dissertação a respeito de um assunto único”, pois monos (mono) significa “um só” e graphein (grafia) significa “escrever”. 
A monografia é um trabalho científico que se caracteriza pela especificação, ou seja, a redução da abordagem a um só assunto, a um só problema.
Portanto, monografia é um trabalho com tratamento escrito de um tema específico que resulte de interpretação científica com a finalidade de apresentar uma contribuição relevante ou original à ciência.
Subtítulos de monografia:
	TCC
	Significa “Trabalho de Conclusão de Curso”. Trata-se de um documento que representa o resultado de um estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido e elaborado sob a coordenação de um orientador.
	Dissertação
	É um tipo de trabalho apresentado no final do curso de pós-graduação stricto sensu, visando obter o título de mestre. Este tipo de trabalho acadêmico requer defesa pública. Como estudo teórico, de natureza reflexiva, a dissertação requer sistematização, ordenação e interpretação dos dados. (RAMPAZZO, 2005)
	Tese
	É o trabalho científico, escrito, original, sobre um tema específico, cuja contribuição amplia os conhecimentos do tema escolhido. Representa, portanto, um avanço na área científica em que se situa. Possui a mesma estrutura da monografia e da dissertação, mas distingue-se no que concerne à profundidade, à originalidade, extensão e objetividade (RAMPAZZO, 2005). Também é um tipo trabalho apresentado no final do curso de pós-graduação stricto sensu e confere ao seu escritor o título de doutor.
Dica importante: 
	Após delimitar o tema, procure ler o que os autores falam sobre ele e anote como eles problematizaram esse tema. 
	Observe como levantaram questões norteadoras da pesquisa, bem como responderam a essas questões formuladas. 
	Isso o ajudará a formular a questão que será respondida no seu trabalho. 
	E, lembre-se, é muito importante ter consciência do tipo de trabalho que se pretende escrever e sua função para obter sucesso na apresentação de suas pesquisas.

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