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CASOS CONCRETOS 1~16 AV23

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CC1 )? Reflexos da decisão do STF que acolheu a socioafetividade e a multiparentalidade? Às portas da primavera o Supremo Tribunal Federal aprovou uma relevante tese sobre direito de família, delineando alguns contornos da parentalidade no atual cenário jurídico brasileiro. A manifestação do STF contribui para a tradução contemporânea das categorias da filiação e parentesco, sendo um paradigmático leading case na temática. O tema de Repercussão Geral 622, de Relatoria do Ministro Luiz Fux, envolvia a análise de uma eventual?prevalência da paternidade socioafetiva em detrimento da paternidade biológica?. Ao deliberar sobre o mérito da questão, o STF optou por não afirmar nenhum a prevalência entre as referidas modalidades de vínculo parental, apontando para a possibilidade de coexistência de ambas as paternidades. Esses noveis conflitos familiares refletem alguns dos desafios que as múltiplas relações interpessoais apresentam aos juristas. No complexo, fragmentado e líquido cenário da atualidade, a possibilidade de pluralidade de vínculos parentais é uma realidade fática que exige uma acomodação jurídica. A tese aprovada em repercussão geral Ao apreciar a temática subjacente à referida repercussão geral o plenário do Supremo Tribunal Federal, por maioria, houve por bem em aprovar uma diretriz que servirá de parâmetro para casos semelhantes. A tese aprova da tem o seguinte teor:?A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios". O texto foi proposto pelo Min. Relator Luiz Fux, tendo sido aprovado por ampla maioria, restando vencidos apenas os Ministros Dias Toffoli e Marco Aurélio, que discordavam parcialmente da redação final sugerida. A tese é explícita em afirmar a possibilidade de cumulação de uma paternidade socioafetiva concomitantemente com um a paternidade biológica, mantendo-se ambas em determina do caso concreto, admitindo, com isso, a possibilidade da existência jurídica de dois pais. Ao prever expressam ente a possibilidade jurídica da pluralidade de vínculos familiares nossa Corte Suprema consagra um importante avanço: o reconhecimento da multiparentalidade, um dos novíssimos temas do direito de família. (fonte: Site do IBDFAM, 26/09/2016, retirado http://www.conjur.com.br/2016-set-25/processo-familiar-reflexos-decisao-stf-acolher-socio afetividade-multiparentalidade) Pergunta-se: Da análise do artigo acima citado, conforme os princípios do Direito de Família, quais as bases da família que estão sendo valorizadas? Conceitue os referidos princípios citados, justificando com base na lei em vigor. 
R= Leandro em conta o teor da decisão, entende-se que não só o vinculo biológico mas também a socioafetividade. Repercute no plano jurídico do direito de família produzindo efeitos no plano pessoal, social e patrimonial. Ademais a responsabilidade solidária dos pais em relação aos filhos é estendida da mesma forma na paternidade consanguínea e também socioafetiva. Assim sendo compreende-se a família na sua dimensão ampliada sem haver prevalência da relação biológica frente aos vínculos de afeto levando em consideração o princípio da mínima intervenção do estado na família a liberdade de constituir o núcleo familiar e ainda assim a dignidade humana com o valor principal. 
Semana 2 – Caso Concreto: Camila quando completou 18 anos de idade, descobriu ser irmã de Gabriel, 16 anos, filho de um relacionamento extraconjugal de seu pai com Eleonor. Gabriel por diversas vezes tentou se aproximar de Camila, que se nega a manter qualquer contato com ele afirmando não ser ele seu parente, pois não possuem qualquer grau de parentesco entre si. Camila tem razão? Explique.
Resposta: Não, pois é irmão unilateral De acordo com o código Civil atitude de Camila é considerada discriminatória já que a legislação não prevê diferença nos direitos de filhos concebidos dentro ou fora do casamento. Filiação é a relação de parentesco em primeiro grau e em linha reta e o direito a filiação foi positivada no art. 227, §6º da CF que consagra a igualdade jurídica entre os filhos. O formato tradicional de família cedeu lugar aos novos reclamos da sociedade e aos dispositivos constitucionais, as relações são muito mais de igualdade e de respeito mutuo, sendo o traço fundamental a lealdade e afetividade.
Semana 3 – Caso Concreto: Luana tem 14 anos de idade e há seis meses, com o consentimento expresso de ambos os pais, reside com Danilo (17 anos), seu namorado há quase dois anos. Ambos resolveram que é hora de casar e seus pais não se opõe ao casamento por entenderem que ambos já compreendem quais são as obrigações matrimoniais. Ao dar entrada no processo de habilitação para o casamento foram informados pelo oficial que seria necessário o procedimento de suprimento judicial da idade. Feito o procedimento os nubentes tiveram negado o pedido, pois, segundo o juiz da Vara de Registros Públicos, o casamento não preenche os pressupostos estabelecidos em lei para o casamento de quem não atingiu a idade núbil. Explique para os nubentes quais são esses pressupostos e que recurso seria cabível visando a autorização.
Resposta: Os pressupostos são: Maioridade Civil, Idade Núbil (entre 16 e 18 anos), com autorização dos pais ou gravidez. O recurso cabível seria comprovar maturidade para viver em matrimônio, através de reconsideração. Art. 1550, CC
Caso concreto: Leonardo e Ana após passarem por todo o processo de habilitação para o casamento e de posse do certificado de habilitação, agendam, perante o oficial do registro, dia, hora e local para a celebração do casamento. No dia, hora e local indicados, os nubentes, as testemunhas e a autoridade celebrante competente comparecem pessoalmente. Iniciada a cerimônia, a autoridade celebrante ouve os nubentes que expressamente declaram sua vontade de contraírem o matrimônio por livre e espontânea vontade. Após a manifestação dos nubentes, inesperadamente a autoridade celebrante sofre um mal súbito que lhe retira a vida imediatamente. Diante do exposto, responda, de forma justificada, o que se pede a seguir: 
a) Em razão do ocorrido, o casamento poderia ser retomado em continuidade por outro oficial que se fizesse presente? 
Resp. O casamento uma vez interrompido não deve retomar imediatamente, antes de completar 24 horas da sua paralização, desde que a causa da sua interrupção seja imputável a um ou a ambos os nubentes, na forma do artigo 1.538, CC, o que não ocorreu na hipótese, uma vez que se deu em razão da morte do celebrante.
b) Leonardo e Ana podem ser considerados casados?
Resp. Segundo a doutrina dominante o casamento não pode ser considerado celebrado porque para tanto, após a manifestação de vontade do nubentes, é necessário a declaração da autoridade celebrante (art,1.535, CC), o que não ocorreu no caso.
Semana 4 – Caso Concreto: Quando eu tinha 18 anos minha mãe se casou com João, então com 50 anos. Por dois anos foram casados e felizes, mas minha mãe acabou morrendo em 2006 em virtude de um câncer de mama tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida em pouquíssimos meses. Eu tinha um relacionamento muito bom com João e, após superarmos a morte prematura da minha mãe acabamos descobrindo que tínhamos muita coisa em comum. Resultado, começamos a namorar em 2008 e, em 2009 resolvemos casar. Fizemos todo o procedimento de habilitação para o casamento e, naquele mesmo ano, casamo-nos. Neste mês, no entanto, fomos surpreendidos por uma ação de anulação do casamento proposta pelo Ministério Público que afirma que a lei proíbe o nosso casamento em virtude do parentesco. Amo João e depois de tantos anos juntos não posso acreditar que nosso casamento esteja sendo questionado. O Ministério Público tem legitimidade para propor essa ação? Justifique suas explicações à cliente em no máximo dez linhas.
Resposta: Sim, o M. P. tem legitimidade para propor a ação, com base no Art. 1521, CC.
Depois de tanto tempo já casados este pedido não estariaprescrito?
Resposta: Este pedido não prescreve, pois este casamento seria considerado nulo.
Nunca tive nenhum um vínculo de parentesco com João, como esse fato pode estar sendo alegado?
Resposta: É causa de impedimento o casamento dos ascendentes natural ou civil, que é o caso de João, que é padrasto e ela enteada pois na linha reta sucessória é infinita e os laços de enteado não se rompem nem com divórcio e nem com a morte.
Semana 6 – Caso Concreto: Um agricultor do interior do Estado, ‘humilde e ingênuo’, casou-se há dois meses com bonita moça da cidade que havia conhecido numa das feiras de domingo. Após alguns meses de namoro, casaram-se pelo regime de comunhão universal de bens (sugerido pela própria moça). Mas, apenas um mês depois do casamento a moça saiu de casa, alegando que o marido lhe negava constantemente dinheiro para comprar roupas e sapatos. Neste mês que moraram juntos, chegou ao ponto da moça só manter relações sexuais com seu marido se este lhe desse dinheiro após o ato! O agricultor, chateado com toda essa situação, conversando com algumas pessoas descobriu que a moça tinha casado com ele única e exclusivamente por interesse econômico, tinha ela interesse (declarado) não só no dinheiro do marido, como principalmente, em ficar com parte da chácara do agricultor que era conhecida na região por ser produtora de ótimos produtos artesanais como queijos e geleias. Evidenciado o mero interesse econômico no casamento, pode o agricultor pedir sua anulação? Justifique sua resposta em no máximo cinco linhas e na resposta indique o prazo para a propositura da ação.
Resposta: Pode sim ser anulado o casamento,o prazo para anulação do casamento e de 3 anos conforme art 1,560,III CC, pois o casamento e o modo que se unifica o amor entre as partes e com isso seja reconhecida como entidade familiar a partir da eficácia da união, conforme art. 1.556 (quanto a eficácia) e 1.557, I e do Código Civil: “O casamento contraído sob a égide do mero interesse patrimonial caracteriza erro essencial de pessoa, suscetível, portanto, de ser anulado”
Semana 7 – Caso Concreto: Thiago e Deise se casaram em maio deste ano, mas no processo de habilitação esqueceram de informar que Thiago adotaria o sobrenome de Deise. Realizado e registrado o casamento Thiago ainda pode pedir a inclusão do sobrenome da esposa? Em caso afirmativo, como deveria ele proceder? Explique sua resposta em no máximo cinco linhas.
Resposta: Sim, conforme Art. 1565 § 1, CC, esquecido o pedido durante o procedimento de habilitação, o acréscimo pode ser requerido a qualquer tempo, por meio da ação de retificação de nome (Art. 57 e 109 da lei 6015/73), desde que demonstre que o casal ainda está junto e que haja concordância do outro conjuge.
Caso Concreto 08: Aline e Carlos são casados pelo regime legal desde 2005 e durante o casamento constituíram considerável patrimônio. Decidem dissolver o casamento mas entram em litígio por conta da partilha de bens do casamento. O casal adquiriu durante o casamento dois imóveis e dois automóveis, mas o primeiro imóvel foi adquirido com o produto da venda de um terreno que pertencia a Carlos antes do casamento mas tal fato não restou consignado no título aquisitivo do imóvel. Aline alega que o bem terá que ser igualmente dividido e Carlos alega que o bem deverá ter seu valor proporcionalmente dividido, abatendo-se do valor total o correspondente ao que ele integralizou em decorrência da venda do referido terreno. Analise a questão sob a ótica das regras aplicáveis ao regime de bens, informado justificadamente a quem assiste razão.
RESPOSTA: No caso exposto, percebe-se que os cônjuges não estabeleceram em pacto pré-nupcial o regime de bens em que se daria o casamento, visto isso, verifica-se que houve omissão quanto a escolha do regime apropriado aos consortes, devendo, pois, o vínculo matrimonial ter como regência o regime parcial de bens, este estabelecido por lei (regime legal), quando aduz que os bens adquiridos antes da constância/celebração do casamento não são comunicáveis, não são considerados bens comuns do casal. Estabelecendo, assim, a separação dos bens passados e comunhão quanto aos bens futuros, que serão adquiridos no decorrer do casamento.
Caso Concreto 09: Lucas e Juliana casaram-se no Brasil em 2010 e, logo após o casamento, Lucas recebeu irrecusável oferta de emprego que levou o casal a ir morar na Espanha. Passados três anos, o casal percebeu que entre eles não há mais amor e decidiram se divorciar. O casal não possui filhos e lhe pergunta: para se divorciarem precisam vir ao Brasil ou podem fazer o pedido na Espanha mesmo?
RESPOSTA: Conforme a lei 12.874/13 que modificou a LICC, possibilita a realização de divórcio consensual através de autoridade consulares brasileiros, onde o casal deve estar sendo assistido por seus advogados, trata-se de um divórcio cartórial ou administrativo. 
Uma vez que o casal ainda não está separado de fato e que existem bens a partilhar, podem eles pedir o divórcio extrajudicialmente? Explique suas respostas em no máximo seis linhas.
RESPOSTA: Resposta: Podem sim, conforme LEI Nº 11.441/07 o Art. 982 da lei 5869/73, passou a vigorar com a seguinte redação: … se todos forem capazes e concordes, poderá fazer-se o inventário e a partilha por escritura pública, a qual constituirá título hábil para o registro imobiliário. O Art. 1.031 … A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, será homologada de plano pelo juiz, mediante a prova da quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas. E o Art. 1.124-A: … o divórcio consensual, não havendo filhos menores ou incapazes do casal, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia § 1o A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para o registro civil e o registro de imóveis.
Caso Concreto 10: Maria e João constituíram união estável a partir de julho de 2010 mas não formalizaram através de contrato escrito para regular as relações patrimoniais decorrentes da aludida entidade familiar. Maria era divorciada e João apenas separado de fato de sua esposa Janaína. Em maio de 2015, Maria recebeu R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) de herança de seu tio e com este valor adquiriu em julho de 2015 um imóvel em Saquarema – Rio de Janeiro, fazendo constar na escritura a origem do valor pago pelo imóvel, bem como consta na sua declaração de imposto de renda. Em fevereiro de 2017, João e Maria se separam dissolvendo assim a união estável. João procura um advogado indagando se tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Maria em Saquarema em julho de 2015. Qual a orientação correta a ser dada a João. Responda justificadamente.
RESPOSTA: Na falta de contrato escrito dispondo de forma diversa união estável é regida pelo regime da comunhão parcial de bens e desta forma somente os bens adquiridos onerosamente durante a união seriam objeto de patrimônio comum e consequentemente meação. Como a aquisição do imóvel se deu em decorrência do que Maria recebeu a título gratuito, estaria excluída da comunicação patrimonial com João. Além do que, Maria fez constar a sub-rogação do valor da herança. Logo, João não terá qualquer direito a meação do imóvel de Saquarema. 
CASO CONCRETO 11: Roberto e Marcela, divorciados, são os pais de João. Quando João completou 18 anos, Roberto, que se encontrava desempregado, de imediato parou de pagar pensão alimentícia sem prévia autorização judicial. A conduta praticada por Roberto foi por ele justificada sob o argumento de que cessa automaticamente o dever de assistência dos pais em relação aos filhos quando estes atingem a maioridade. João, que necessita da prestação alimentícia é estudante cursando o primeiro período da graduação em Direito, procura advogado para saber se a conduta e os argumentos utilizados por Roberto procedem e qual seria a medida cabível a ser aplicada. Qual a orientação correta a ser dada no casoconcreto? Justifique sua resposta.
RESPOSTA: Não assiste qualquer razão a Roberto, tendo em vista a patente necessidade que ainda dispõe o seu filho, agora estudante universitário, e que tal circunstância trará ainda mais encargos e responsabilidades a este. Portanto, a vista do dever recíproco de amparo e de já ser consolidado nos tribunais pátrios o entendimento sobre a permanência da obrigação alimentar até a idade de 24 anos, quando o filho se dedica aos estudos, sobretudo quando é universitário, não deve ser obstada a prestação alimentar, devendo, pois, no caso em tela, ser iniciada a ação de cobrança de alimentos (Art. 528 e seguintes do CPC). Cabe relatar o que dispõe a súmula nº 358 do STJ, quando aduz acerca do cancelamento da pensão alimentícia de filho que atingira a maior idade está sujeita à decisão judicial, garantida aqui o contraditório.
Semana 12 – Caso Concreto: Dra. Ana Carolina, Jorge é meu enteado desde que tinha mais ou menos dois anos de idade. Sua mãe faleceu no parto e desde pequeno sempre cuidei dele como se fosse meu filho. Temos um relacionamento muito próximo e agora que ele já possui 19 anos gostaríamos de documentar nosso parentesco. Consultei outro advogado que disse-me que a única opção para reconhecê-lo como filho seria realizar a adoção, o que implicaria, automaticamente na retirada do nome da mãe biológica dele da certidão de nascimento. Mas não é isso que queremos. Quero ser reconhecida como a mãe afetiva de Jorge, sem que isso implique necessariamente a exclusão da mãe biológica em respeito à sua memória. Não há nenhuma outra alternativa para a nossa situação? O que você aconselharia à sua cliente? Explique sua resposta em até dez linhas.
Resposta: Os tribunais brasileiros estão aceitando a coexistência da maternidade sócio-afetiva e biológica. De fato, a lei não preve a possibilidade de vículo pluri ou multiparental, no entanto, o reconhecimento de novos modelos familiares e a valorização dos vínculos afetivos, permite sustentar a coexistência da maternidade biológica e a sócio-afetiva.
Caso Concreto 13: (X Exame OAB) Luzia sempre desconfiou que seu neto Ricardo, fruto do casamento do seu filho Antônio com e Josefa, não era filho biológico de Antônio, ante as características físicas por ele exibidas. Vindo Antonio a falecer, Luzia pretende ajuizar uma ação negatória de paternidade. A respeito do fato apresentado, responda aos seguintes itens. a. Tem Luzia legitimidade para propor a referida ação? 
RESPOSTA: NÃO, POIS A AÇÃO E PERSONALÍSSIMA.
b. Caso Antonio tivesse proposto a ação negatória e falecido no curso do processo, poderia Luzia prosseguir com a demanda? Qual o instituto processual aplicável ao caso?
RESPOSTA: SIM, CONFORME AR.1055 E 1056, CPC E ART. 43 DO CC
Caso concreto 14: Josefa encontra-se separada de fato de Carlos, pai de seu filho, com quem manteve uma união estável por cinco anos. Hoje o menor conta com 4 anos de idade e começa a manifestar comportamento arredio ao convívio com o genitor e seus familiares. Por outro lado, por diversas vezes o pai tenta exercer a convivência com o filho mas é surpreendido pela informação dada por Josefa de que ela e o filho já tinham compromisso e por isso não poderá deixa-lo encontrar com a criança. Diante dos fatos narrados pergunta-se: 
Seria possível identificar indícios da prática de atos de alienação parental? Justifique.
RESPOSTA: Sim, está nítido o indício da alienação parental sofrida por Carlos, por decorrência das atitudes da sua ex-companheira Josefa. Que por reiterados momentos obsta o pai de ver o filho, incorrendo, por então no que dispõe o artigo 2º da lei 12.318/10 que regula a aplicação das medidas aplicáveis a quem comete alienação parental.
Constatado a prática da alienação parental, quais seriam as medidas cabíveis a serem determinadas pelo juízo para evitar efeitos mais danosos aos interesses do menor? Justifique.
RESPOSTA: Uma vez constatada a alienação parental, o magistrado, a requerimento ou mesmo de ofício, poderá determinar com máxima brevidade, medidas provisórias necessárias para que se preserve a integridade física e psicológica do atingido, seja ele criança ou adolescente, assegurando sempre que possível à convivência com o genitor afim de que se efetive a reaproximação entre ambos.
Caso Concreto 15: Dr. André, tenho um débito com um banco resultante de utilização do limite da conta corrente. Não consegui saldar essas dívidas e agora no processo de execução fui informado que o Banco requereu a penhora do imóvel em que residem minha ex-esposa com meus filhos de 12 e 14 anos. O imóvel é de minha propriedade exclusiva, mas há mais de cinco anos é utilizado para residência de meus filhos. Vivo em outro imóvel, também de minha propriedade, no qual mantenho minha nova família. Vou perder um destes dois imóveis? O que farei? Explique a resposta ao seu cliente em no máximo cinco linhas.
RESPOSTA: Embora André tenha dois imóveis, ambos são considerados seus Bens de Família, pois utilizados par a residência própria e residência de seus filhos (Família, em sentido amplo) ainda menores. A jurisprudência do STJ entende ser possível ampliar o conceito de Bem de Família para atingir dois imóveis do devedor nessas situações, resguardando-se o direito fundamental à moradia e à dignidade da pessoa humana.

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