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Parasitologia 2

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Universidade do Sul de Santa Catarina 
 
Fernanda M Botelho 
 
Parasitologia 
 
Filariose 
As filárias são nematóides heteroxenos (dois hospedeiros) que parasitam os sistemas 
circulatório sanguíneo e linfático e tecidos conjuntivo e muscular. As fêmeas adultas 
são vivíparas; copulam e produzem embriões (microfilárias) que são infectantes para o 
inseto vetor, hospedeiro intermediário, no qual por maturação atingem o estagio 
infectante. 
Wuchereria bancrofti está distribuída em toda a região tropical da Ásia, África, China, 
no Pacífico e em áreas isoladas das Américas. No Brasil, o principal vetor é o 
pernilongo doméstico, Culex. 
No ciclo vital ocorre reprodução sexuada do nematóide adulto no homem, hospedeiro 
definitivo, e a fêmea vivípara libera microfilárias (larva de primeiro estágio). As 
microfilárias se movem pelo sistema circulatório e se depositam em arteríolas do 
pulmão durante o dia, ganhando a circulação periférica durante a noite (forma periódica 
noturna), quando o mosquito vetor se encontra mais ativo. Uma vez que as microfilárias 
tenham sido ingeridas pelo mosquito Culex, elas perfuram a parede do estômago do 
mosquito e dirigem-se ao tórax, onde sofrem maturação (estágios de larva 2 e 3) até o 
estágio infectante. As larvas infectantes migram para a bainha da probóscide (lábios) do 
inseto, que ao picar o homem penetram na corrente sanguínea, vão para os vasos 
linfáticos e iniciam sua longa migração até chegarem aos locais de permanência 
definitiva. Desenvolvem-se até se tornarem adultos, quando acasalam e produzem novas 
microfilárias. Esse período é longo (cerca de um ano). 
Após a infecção por larvas de estágio 3, ocorre um período de resposta imune ao 
parasita. A maioria das alterações relacionadas a infecções não são determinadas pelo 
próprio nematóide, mas sim pela reação imune a sua presença. A alteração mais comum 
é a lesão em vasos linfáticos (linfangite). Resultam em inflamações (desencadeados 
pela morte do verme adulto) da área afetada, usualmente extremidades do corpo e febre. 
Podem ocorrer linfoedemas, conhecidos como elefantíase. Há fibrose (endurecimento e 
espessamento) e hipertrofia (inchaço exagerado) das áreas com edemas linfáticos, 
provocando deformações. 
Metade dos indivíduos infectados em zonas endêmicas desenvolvem a forma 
assintomática da doença, embora apresentem microfilárias no sangue e sejam portadores 
sãos. 
A prevenção é o tratamento dos infectados para eliminar a microfilária do sangue, 
educação comunitária de técnicas simples de higiene para pacientes que apresentam 
linfoedema, evitando infecções bacterianas e o desenvolvimento de formas mais graves 
da moléstia e combate ao inseto transmissor. 
 
Ancilostomose 
Ancylostoma duodenale e Necator americanus, são as espécies mais importantes como 
agentes etiológicos da ancilostomose humana. Secundariamente, Ancylostoma 
ceylanicum, embora parasita habitualmente cães e gatos, também tem sido incriminado 
como agente de doença humana. Duas outras espécies do gênero Ancylostoma, 
Ancylostoma braziliense e A. caninum, são parasitas intestinais de cães e gatos, podendo 
causar quadros cutâneos quando suas larvas penetram na pele de seres humanos. 
O Ancylostoma duodenale é pior que o Nector americanus, pois possue dentes. 
Os ancilostomídeos possuem um ciclo biológico do tipo monoxêmico, isto é, são 
capazes de completar todas as etapas de seu desenvolvimento sem necessidade de 
hospedeiros intermediários. São, todavia, geo-helmintos, ou seja, possuem fases de seu 
desenvolvimento que devem, necessariamente, ser cumpridas no solo. 
Os ovos de ancilostomídeos, ao serem eliminados com as fezes de seres humanos 
infectados, necessitam encontrar condições apropriadas para seu desenvolvimento no 
solo, como umidade elevada, boa oxigenação e temperatura. Após estas condições, 
forma-se a larva no interior dos ovos (larva rabditóide) que rapidamente eclode, ficando 
livre no solo. A larva rabditóide passa por transformações e torna-se a larva filarióide 
infectante, pois é a forma com capacidade de infectar um novo hospedeiro. 
A infecção ocorre através da penetração da larva na pele ou por sua ingestão por água 
ou alimentos contaminados. 
Após a penetração, as larvas atingem os alvéolos pulmonares, transferindo-se para o 
sistema respiratório, onde amadurece, e migra para o intestino (CICLO DE LOSS). Os 
ancilostomídeos adultos têm por hábitat o intestino delgado, onde se prendem a mucosa 
intestinal por meio de sua cápsula bucal, que provida de dentes, fixa os vermes, 
provocando ferimentos, determinando perde sanguínea. Os vermes sugam sangue, 
causando ANEMIA no hospedeiro, por isso a doença é conhecida popularmente de 
amarelão. 
Há a SÍNDROME DE LOEFFLER, que é uma doença na qual há acúmulo de 
eosinófilos (um tipo de leucócito) no tecido pulmonar, em resposta a uma parasitose. 
Causam sintomas como: bronquite, alveolite, pneumonia, asma.. Ocorre geralmente em 
crianças. 
Pode causar: diminuição do apetite, indigestão, cólica, indisposição, náuseas, vômitos. 
Se o indivíduo se contaminar com a ingestão, NÃO ocorre o ciclo de loss. 
Ancylostoma duodenale: predomina em regiões temperadas 
Necator americanus: predomina em regiões tropicais 
A profilaxia faz-se por: saneamento básico, educação sanitária, suplementação 
alimentar de ferro e proteínas, tratamento anti-helmíntico, uso de calçados, lavar as 
mãos antes das refeições e lavar bem os alimentos ingeridos crus. 
Na Ancylostoma brasiliense e Ancylostoma caninum, o helminto nematódeo causa 
ancilostomose animal e inflamação cutânea no homem (larva migrans). Larvas que 
permanecem vagando entre a epiderme e a derme, não conseguem evoluir para vermes 
adultos porque o homem não é o hospedeiro adequado. Nome técnico = Dermatite 
serpiginosa, nome popular = “bicho geográfico”. Ao chegarem no ambiente através das 
fezes, os ovos tornam-se larvados e, após, liberam as larvas rabditóides. Uma vez no 
solo, a larva rabditóide leva por volta de uma semana para tornar-se filarióide ou 
infectante. Essa penetra a pele dos animais e, acidentalmente a pele do homem. A 
profilaxia é por meio da conscientização da população e principalmente de proprietários 
de cães, evitar acesso dos animais a locais públicos e controle da população de animais 
sem dono. 
 
Esquistossomose 
Os vermes adultos do Schistosoma mansoni vivem no sistema porta de homens e outros 
mamíferos. 
O ciclo do parasito é heteroxênico ( hospedeiro definitivo: vertebrado- homem e 
hospedeiro intermediário: invertebrado- caramujo do gênero Biomphalaria). 
S. mansoni nasce do ovo, do qual sai larva chamada miracídio, que penetra num 
caramujo hospedeiro. Do caramujo saem milhares de cercárias que penetram no homem 
e se transformam em vermes adultos. 
Os vermes adultos, geralmente estão acasalados nos vasos sanguíneos. As fêmeas 
eliminam ovos imaturos, no qual uma parte desses ovos migram para o intestino, onde 
amadurecem. Os ovos contêm o miracídio completamente formado, que são eliminados 
pelas fezes. Quando os ovos maduros atigem a água ocorre a eclosão dos miracídios. Os 
miracídios encontram o caramujo do gênero Biomphalaria, que penetram e se 
transformam em esporocistos primários que produzirão esporocistos secundários. Os 
esporocistos secundários produzirão as cercárias por reprodução assexuada. A cercária 
atinge o meio aquático, que penetrara no hospedeiro definitivo, o homem. O corpo da 
cercária penetra, sua cauda bifurcada é perdida. Após a penetração, as larvas são 
chamadas de esquistossômulos. As larvas são levadas para o coração e depois para os 
pulmões. As carcárias ingeridas com a água, ao chegarem ao estomago, são destruídas.Contudo, aquelas que penetram na mucosa oral conseguem atingir o coração e os 
pulmões. Estes se disseminam pelo organismo, aqueles que atingem o sistema porta do 
fígado permanecem vivos e se transformam em vermes machos e fêmeas. Os vermes se 
acasalam no sistema porta do fígado e migram para o intestino, onde as fêmeas iniciam 
a ovoposição. Os ovos são eliminados pelas fezes. O ciclo evolutivo no homem, 
hospedeiro definitivo, é sexuado. 
Os sintomas são divididos em fases: 
 Fase aguda: manifestações cutâneas (urticárias/reação alérgica), febre. 
 Intestinal: ovos nas fezes cerca de 6 semanas após infecção. Fezes pastosas ou 
diarréia, pode conter muco e sangue. Dores abdominais, febre, cefaléia. 
 Hepatointestinal: sintomas intestinais, dor no fígado, hepatomegalia, lesões 
hepáticas. 
 Hepatoesplênica compesada: má digestão, emagrecimento, hemorragias, fezes 
melena. 
A profilaxia baseia-se em medidas de saneamento básico, utilizar a água não 
contaminada para fim doméstico - ferver a água, evitar banhos, pescaria, natação e 
lavagem de roupa em rios, lagoas, córregos e outras coleções de água, utilizar 
equipamentos de proteção no trabalho em contato com água suspeita /contaminadas. 
 
Fasciolíase 
O parasita Fasciola hepática localiza-se nas vias biliares de ovinos principalmente, mas 
também de bovinos, porcinos e acidentalmente no homem. Colocam ovos, que chega no 
intestino com a bili e dali saem para o exterior com as fezes do hospedeiro. Para 
continuar seu desenvolvimento devem cair na água doce. O ovo completa seu 
desenvolvimento e aparece a primeira larva (miracídio). O miracídio nada até encontrar 
o hospedeiro intermediário, um caramujo do gênero Limnaea. No caramujo o miracídio 
transforma-se em esporocito, que depois se formam as cercárias. As cercárias 
abandonam o caramujo e nadam até vegetação aquática, aderindo as suas folhas, 
posteriormente perdem a cauda e se encistam como metacercárias. As metacercárias são 
a forma infectante para os hospedeiros definitivos. Elas contaminam o pasto, verduras 
como o AGRIÃO ou a água, que ao serem ingeridas por animais ou pelo homem ficam 
livre como forma jovem. Assim, atravessam a parede intestinal e penetram no fígado, 
ate licalizarem-se nas vias biliares onde alcançam a forma adulta. 
Grande parte é assintomática, mas pode dar febre, tremores, dor na zona do fígado. 
Deve-se fazer prevenção na infecção humana com o controle do agrião consumido e 
água de beber deve ser protegida contra a poluição fecal do gado. 
 
Ascaridíase 
O ovo fecundado, eliminado nas fezes precisa de uma boa temperatua, umidade e 
oxigenação para completar seu desenvolvimento. Encontrando o ovo condições 
favoráveis ao seu desenvolvimento, desenvolve-se no seu interior a primeira larva, 
rabditóide, que sofre mutação para a segunda e terceira larva rabditóide, que é a larva 
infectante. 
O homem é capaz de infectar-se ao ingerir água ou vegetais crus contaminados com os 
ovos contendo a forma larvária infectante, as crianças que são as mais infectadas, 
podem também contaminar as mãos no solo poluído, levando os ovos a boca através dos 
dedos. 
Os ovos ingeridos atravessam o estomago, e as larvas se liberam no intestino delgado. 
Atravessam a parede do intestino e são levadas ao coração e destes aos pulmões, 
permanecendo nos alvéolos por alguns dias, durante os quais sofrem mudanças (CICLO 
DE LOSS). Chegam a epiglote, sendo deglutidas e voltam ao intestino onde ficam 
adultas. 
Possui dois tipos de ovos: o ovo fértil (fecundado) que nos contamina e o ovo infértil 
(quando tem pouco macho e muita fêmea). 
Na criança fazem a síndrome de Loeffler. 
As larvas fazem lesões hepáticas e pulmonares, manifestações alérgicas, febre, dispnéia, 
bronquite e pneumonia, tosse com muco, catarro sanguinolento/ larvas. 
Os vermes adultos possuem ação ESPOLIADORA (vitamina A e C, proteína, 
carboidrato e lipídio), ação mecânica (OBSTRUCAO principalmente no intestino). 
A profilaxia se faz por meio da educação em saúde, construção de redes de esgoto com 
tratamento e/ou fossas sépticas, tratamento em massa da população parasitada, lavar 
bem frutas /verduras ingeridas cruas e ter bons hábitos de higiene. 
 
Teníase 
Teníase é a infestação intestinal humana por cisticercos adultos do Taenia. As espécies 
Taenia solium e Taenia saginata têm como o homem o único hospedeiro definitivo dos 
vermes adultos. Na fase larvária, Taenia solium parasita habitualmente o porco e a 
Taenia saginata os bovinos. 
O homem ainda pode ser infectado pelos ovos da Taenia solium, produzindo neste caso 
a doença denominada cisticercose, forma grave de parasitismo devido as preferenciais 
localizações das larvas ou cisticercos no sistema nervoso e globo ocular. 
Na fase adulta Taenia solium e Taenia saginata habitam o intestino delgado do homem, 
fixando-se na mucosa duodenal através de ventosas, podendo viver ali por 25 anos no 
caso da T. solium e até 30 anos no caso da T. saginata. 
As características ambientais, culturais e socioeconômicas comuns entre as 
comunidades endêmicas, são o consumo de carnes cruas ou mal cozidas, os métodos 
inadequados de destino das fezes humanas e de manejo dos gados bovino e suíno, sob 
condições que permitem o acesso dos animais a essas fezes. 
O pescoço indiferenciado das tênias dá origem a uma sequência linear de grupos de 
órgãos reprodutores masculinos e femininos, as proglotes ou anéis, que se tornam 
progressivamente mais maduros ao se moverem distalmente. As tênias são 
hermafroditas. 
A T. solium possui uma coroa para fixação, por isso é mais patogênica do qeu a T. 
saginata. 
As proglotes grávidas são eliminadas nas fezes dos humanos. Esta expele grande 
número de ovos quando atinge o meio exterior, contaminando o solo, as pastagens e 
águas. Os ovos também podem ser encontrados nas mãos, roupas, região perianal do 
hospedeiro. 
O porco ou o boi, hospedeiros intermediários, ingerem os ovos que, ao chegarem no 
intestino, liberam a oncosfera. O cisticerco entra na corrente sanguínea e se aloja em 
alguns tecidos do hospedeiro intermediário. Depois de 60 dias passam a ser infectantes 
para o homem, hospedeiro definitivo. 
A ingestão de carne crua ou mal cozida de porco ou de boi contendo cisticercos vivos 
põe em liberdade os escólex, que fixam-se a mucosa e completam o desenvolvimento no 
intestino. Após três meses o homem já pode expulsar os proglotes maduros. 
São frequentemente assintomática até constatar o aparecimento do expulsão de 
proglotes. Causam dor abdominal, náuseas, vômitos, presença de proglotes nas fezes e 
presença de proglotes nas roupas íntimas. 
Cisticercose: ingestão dos ovos da Taenia solium. Os sintomas são: na cisticercose: 
subcutânea, muscular, ocular. Na neurocisticercose (encefalite, meningite 
epilepsia,hidrocefalia, hipertensão intracraniana,distúrbios psiquiátricos). A 
larva(cisticerco) se adere ao seu tecido alvo e começa a crescer, ocorrendo calcificação 
após a sua morte. Na cisticercose ocular, o cisticerco se instala na retina, podendo levar 
a cegueira. 
A profilaxia faz-se por meio de programas amplos de mudanças de hábitos alimentares 
(abolição de carnes cruas ou mal cozidas), modificações nas condições precárias de 
higiene e de vida na população, melhoria da higiene e controle da alimentação dos 
porcos/vaca e controle de abatedouros. 
 
Hidatidose 
A forma adulta do Echinococcus granulosus vive no intestino delgado do cão e outros 
caninos, como lobos (hospedeiro definitivo). Os ovos são eliminados com as defecações 
do cão, contaminando o solo, a água, as verduras, o pasto, de onde são ingeridos por 
hospedeiros intermediários como ovinos e acidentalmente no homem. No intestinodelgado dos animais e do homem, o ovo ingerido libera o embrião hexacanto, que 
penetra na mucosa e através da circulação porta, chega ao fígado. Pode se fixar no 
fígado ou nos pulmões, onde se tranforma em cisto hidático e se aloja nos tecidos. No 
homem pode ser encontrado no cérebro, ossos e rins. 
Quando os cães se alimentam das vísceras desses animais, ingerem o cisto com 
escólexes, que no duodeno desenvaginam-se e se transformam em vermes adultos em 2 
meses. Os vermes adultos vivem no intestino dos cães até morrerem e serem eliminados 
(cerca de 4 meses). 
A forma adulta dá-se no cão e o cisto hidático da-se no hospedeiro intermediário, 
homens ou ovelhas. 
A transmissão no homem é feita ingerindo ovos eliminados pelos cães infectados, pelos 
pêlos repletos de ovos (com crianças) e nos ovinos, caprinos, suínos(HI) é por ingestão 
de ovos das fezes dos cães junto com seus alimentos. 
Muitas pessoas podem ser portadoras de cistos hidáticos durante toda a vida sem buscar 
assistência médica. Como geralmente ocorre na infância, os sintomas podem se 
manifestar só na fase adulta. 
A profilaxia é feia proibindo a alimentação dos cães com vísceras, controle dos 
matadouros, incinerando as vísceras que contenham cistos, realizar tratamento em 
massa de todos os cães em regiões de risco e educação sanitária. 
 
Himenolepíase 
Himenolepíase é a infestação intestinal pelos estádios adulto e larvado de Hymenolepis 
nana, a “tênia anã”, parasita habitual do homem e que difere de todas as outras tênias 
humanas por ser capaz de completar seu ciclo biológico em um único hospedeiro. 
Outra espécie do gênero, a Hymenolepis diminuta, conhecia como tênia do rato, pode 
infestar o homem, mas é referida como rara. 
Os ovos ingeridos pelo hospedeiro, liberam as oncosferas no duodeno, que invadem a 
mucosa e entram nos canais linfáticos do jejuno, onde cada oncosfera desenvolve uma 
larva cisticercóide. Os cisticercóides emergem para o intestino delgado, onde prende-se. 
No intestino (jejuno), as larvas invadem a mucosa e assumem a forma de larva 
cisticercóide; passam a maturar sexualmente e a formar proglotes. Os proglotes, 
contendo ovos, são eliminados nas fezes. 
 O parasitismo humano prolongado está relacionado a processos de auto-infecção. O 
mecanismo de reinfecção externa geralmente ocorre quando os hospedeiros, 
principalmente as crianças devido ao prurido anal se coçam e depois levam as mãos a 
boca ingerindo os ovos. 
A larva cisticercóide é semelhante a um cisticerco, porém ao invés de vesícula, possui 
uma cauda. 
As proglotes grávidas se separam do estróbilo, liberando inúmeros ovos ainda no 
intestino. 
A transmissão habitual é por ingestão de ovos, mas pode ocorrer também por ingestão 
de insetos infectados. 
Por vezes, o estágio cisticercóide desenvolve-se em besouros e estes podem-se 
ingeridos por humanos e camundongos em grãos e farinha contaminados. 
Ciclo evolutivo : Monoxênico e Heteroxênco 
Transmissão: no ciclo Monoxênico – Ingestão de ovos presentes nas mãos ou em 
alimentos contaminados. No ciclo Heteroxênico - Ingestão de insetos que contem no seu 
interior as larvas Cisticercóides. 
Os sintomas são: sintomas intestinais : dores abdominais e diarréia periódica, sintomas 
de ordem geral : cefaléia, irritação, agitação durante o sono. 
A H. nana é pior pois possui a coroa. 
A profilaxia faz-se por meio do tratamento dos portadores, cuidados na higiene pessoal 
e contaminação de alimentos e água. 
 
Tricuríase 
A pessoa ingere ovos com larvas do Trichuris trichiura. Esses ovos embrionados 
liberam as larvas no intestino delgado.As larvas migram para o ceco até virar adulto. 
Os verme pode viver no organismo humano por 5 a 8 anos. 
Ovos viáveis durante vários meses ou anos em solo úmido / quente, (infecciosos quando 
desenvolve a larva no seu interior). 
Como os ovos são muito resistentes no meio ambiente, podem ser disseminados pelo 
vento, água e contaminar alimentos. 
A transmissão dá-se por meio da Ingestão de ovos infectantes através da água e 
alimentos contaminados. Poeira e insetos (moscas e baratas) podem veicular 
mecanicamente os ovos infectantes, 
Os ovos são encontrados no esgoto. No solo estão em estado embrionário. Os ovos 
podem contaminar hortas que são fertilizadas com o adubo de esgoto contaminado. Os 
manipuladores de alimentos infectados podem contaminar os alimentos. 
Dá o PROLAPSO RETAL (devido a irritabilidade nas terminações nervosas do reto e 
ceco) e diarréia (mudanças no peristaltismo). 
A profilaxia faz-se o tratamento do solo, tratamento de doentes, educação sanitária, 
higiene pessoal e tratamento da água. 
É mais comum em crianças. 
 
 
 
Toxocaríase 
 
As fêmeas do Toxocara canis são capazes de produzir grandes quantidades de ovos. Em 
condições apropriadas (solo úmido, presença de oxigênio, temperatura ambiente) 
formam-se larvas no interior desses ovos que, tornam-se infectantes. 
Cães são os hospedeiros naturais do Toxocara canis. 
Devido às dificuldades de diagnóstico, não se pode conhecer com certeza a frequência 
da infecção larvar no homem. Os pacientes que sofrem de invasão ocular são os que 
mais buscam a assistência médica, mas é possível que para cada caso oftálmico existam 
vários com infecções larvares em outros órgãos, tais como o coração, fígado, pulmões e 
cérebro. 
Ovos vão para o intestino (eclosão da larva). Esta vai para acorrente sanguínea, fígado, 
rins,pulmões, coração, medula óssea, músculos estriados,olhos. As larvas migram pelos 
tecidos sem sofrer transformação. 
Infecção autolimitante, duração: 6-18 meses 
Assintomática (infecções leves): eosinofilia persistente. Forma Clássica (LMV): febre, 
hepatomegalia e sintomas respiratórios, eosinofilia crônica (50%). Forma Ocular 
(LMO): formação de granulomas e comprometimento visual (unilateral). 
Larva migrans ocular: Uma ou mais larvas se localizam no olho, causando granuloma 
na retina. 
A prevenção deve ser feita tratando os cães parasitados, higiene pessoal, saneamento 
básico, impedimento de cães”dentro do possível “ nos locais de grande frequência de 
crianças(praças,parques praias,outros). 
 
Helmintos emergentes 
 
 Estrongiloidíase 
Estrongiloidíase é a infecção causada pelo verme do Strongyloides stercoralis. 
Este parasito apresenta um ciclo evolutivo com uma fase de vida livre e outra fase 
intestinal representada pela fêmea parasita. 
Fêmea parasita partenogenética: é considerada ovovivípara, pois os ovos expulsos 
contêm uma larva no seu interior. 
No interior dos ovos encontram-se as larvas rabditóides. Em sua maioria, embrionados 
no momento da postura. 
As larvas filarióides são encontradas no meio externo (fezes e solo) e é a larva 
infectante. 
As fêmeas parasitas partenogenéticas têm como habitat as vilosidades do duedeno e 
jejuno, local aonde depositam seu ovos . Os ovos são postos já embrionados e a lara 
rabditóide sofre no meio externo modificações que resultam no desenvolvimento do 
ciclo direto ou indireto. 
O ciclo evolutivo do Strongyloides stercoralis compreende uma fase no hospedeiro 
humano (ciclo parasitário ou direto) e uma fase no meio externo (ciclo indireto ou de 
vida livre). 
Ciclo direto: após atravessar a pele, circulação venosa e linfática do hospedeiro, as 
larvas filarioides alcançam os pulmões e fazerm o CICLO DE LOSS. Transformam-se 
em fêmeas adultas no intestino delgado. Em seguida inicia-se a oviposição pela fêmea 
parasita partenogenetica. Obs: as fêmeas partenogenéticas colocam ovos, esses saem nas 
fezes, viram larva rabditóides e precisam de oxigênio para virar as filarioides, que se 
transformam nas partenogenéticas. 
Ciclo indireto: as larvas rabditóides,oriundas da fêmea parasita partenogenetica, sofrem 
transformações e se diferenciam em machos e fêmeas sexualmente maduros. Após a 
pseudofertilização, a fêmea produz ovos que originam larvas rabditóides. Estas podem 
se transformar em larvas filarioides, repetindo o ciclo direto. Obs: machos e fêmeas de 
vida livre cruzam, formam ovos que vira rabditóide e precisam do oxigênio para virar 
filarioides e depois viram partogenéticas. 
Tem caráter oportunista. 
Quando ingeridas com a água, não fazem ciclo de loss. 
Aparece principalmente em pacientes que fizeram transplante e aidéticos. 
O medicamento só mata a larva adulta. 
A profilaxia precisa de atenção aos hábitos higiênicos ( infecção durante anos no 
indivíduo / auto-infecção), engenharia sanitária, uso de calçados, melhoria da 
alimentação nas camadas menos favorecidas da população. 
 
 Angiostrongilíase 
Rato é o hospedeiro definitivo e a lesma o hospedeiro intermediário(Sarasinula 
linguaeformis). 
Ratos infectados eliminam formas imaturas do verme em suas fezes. Lesmas e 
caramujos infectam-se por ingestão de fezes de ratos contaminados. Formas jovens do 
parasita maturam-se nos caramujos e lemas, mas não se tornam vermes adultos. O ciclo 
de vida do parasita completa-se quando ratos infectados comem lesmas e caramujos 
infectados, e assim, os vermes imaturos tornam-se então adultos. São dois tipos de 
parasitas, Angiostrongylus cantonensis que atinge o SNC podendo causar envolvimento 
de meninge e Angiostrongylus costaricensis, causando doença abdominal. 
Hospedeiro vertebrado: comer vegetais/ frutas onde os moluscos deixaram a secreção 
mucosa e larvas através da água. Homens em geral se infectam pela ingestão de 
larvas(parede do intestino). 
No tratamento não uso de anti-helmínticos: risco de migração errática, agravamento das 
lesões com a morte dos parasitos. Indicação cirúrgica aos quadros de abdome agudo 
(perfuração intestinal). 
Deve-se fazer a lavagem adequada de verduras e frutas consumidas cruas 
 
 Lagochilascaríase 
Lagochilascaris minor é patogênica ao homem. 
A transmissão é feita pela ingestão de larvas encistadas nos músculos/outros tecidos de 
animais silvestres. 
O ciclo do parasito não é bem conhecido. 
Hospedeiros (carnívoros silvestres) possui o verme no sistema digestivo/respiratório) 
onde fêmeas depositam ovos e eliminam junto com as fezes.Quando ingeridos por 
hospedeiros intermediários(provável roedores silvestres) infectariam esses 
animais.Evoluindo para larvas encistadas (músculos/tecido subcutâneo). 
Hospedeiros definitivos ao comer esses animais seriam infectados. 
Inicialmente aparece uma endurecida e mal definida da pele. Lesão cresce e estende-se 
ás regiões ou aprofundar-se para: vias digestivas superiores e vias aéreas. A pele: rompe 
e sai material purulento, vermes, larvas, ovos. 
Paralisia facial e zumbido no ouvido. 
A prevenção se faz pelo cozimento da carne de qualquer espécie de caça (roedores 
especificamente) e evitar consumo direto de águas de superfície(zonas florestais). 
 
 
Enterobíase 
Ciclo monoxêmico: ovos ingeridos sofrem a ação do suco gástrico e duodenal, 
libertando as larvas que se dirigem ao ceco, fixam e evoluem até o estágio adulto. Os 
vermes adultos ficam no intestino grosso e após a cópula o macho é eliminado. As 
fêmeas fecundadas não fazem oviposição no intestino. Parasito se desprende do ceco e é 
arrastado para a região anal e perianal, onde se fixa e libera grande quantidade de ovos. 
O sintoma característico da enterobíase é o prurido anal, que se exacerba no período 
noturno devido à movimentação do parasito pelo calor do leito, produnzindo um quadro 
de irritabilidade e insônia. Mucosa congesta, c/ muco/ ovos/ fêmeas. Ato de coçar: 
infecção bacteriana secundária, perda de sono, nervosismo. 
Nas mulheres, o verme pode migrar da região anal para a genital, ocasionando: prurido 
vulvar, corrimento vaginal e eventualmente infecção do trato urinário. 
Profilaxia: não sacudir roupa de dormir e de cama usada pelo hospedeiro, mas enrolar e 
ferver, tratamento de todas as pessoas parasitadas do ambiente coletivo (se um na 
família tem, é muito possível todos os membros terem). 
 
Candidíase 
É uma infecção aguda ou crônica, causada por diversas espécies do gênero Candida, 
principalmente C. albicans, C. tropicalis, C. krusei e C. glabrata 
A candidíase é uma infecção causada por fungos e o mais comum é 
denominado Candida Albicans. Pode ocorrer em qualquer parte da pele humana, mas 
afeta com mais frequência a parte interna da boca e os órgãos genitais. 
Afeta tanto homens quanto mulheres, mas os bebês que nascem de parto normal de mãe 
infectada também podem ser afetados. 
Uma outra manifestação desta doença é a candidíase intestinal. Ela ocorre em pessoas 
com o sistema imunológico comprometido e pode se disseminar por todo o corpo, 
sendo chamada de candidíase sistêmica. 
Os sintomas da candidíase variam, dependendo do tecido infectado. Na infecção da 
boca, as características são placas cremosas, brancas e dolorosas. 
É também conhecida como estomatite por Candida ou sapinho oral. 
Forma mais comum: pseudomembranosa, caracterizada por placas brancas e forma 
atrófica, que se apresenta como placas vermelhas lisas, sobre o palato duro ou mole. 
 Queilite angular 
Conhecia como boqueira. 
Ferida que ocorre devido a um processo inflamatório no ângulo da boca. As lesões 
podem ser uni ou bilaterais. Idosos são os mais acometidos, mas a boqueira pode 
também ocorrer em jovens e crianças. 
O acúmulo de saliva no canto da boca parece ser o principal fator desencadeante, 
facilitando a maceração da pele, formação de fissuras e contaminação da ferida por 
bactérias ou fungos 
Situações de risco: processo natural do envelhecimento, que provoca a queda da pele 
nos cantos da boca, favorecendo o acúmulo de saliva nesta região, ausência de dentes, 
que altera o angulação da boca, provocando efeito semelhante ao envelhecimento, uso 
de dentaduras mal adaptadas, uso de aparelhos odontológicos, candidíase oral e má 
higiene oral. 
Pacientes com deficiência do sistema imune: pacientes com HIV, câncer, diabetes 
mellitus e transplantados de órgãos. 
Ocorre através de contato com secreções originadas da boca, pele, vagina e dejetos de 
portadores ou doentes. A transmissão vertical se dá da mãe para o recém-nascido, 
durante o parto. Pode ocorrer disseminação endógena. 
Paracoccidioidomicose 
É uma micose profunda, de curso geralmente crônico, causada pelo Paracoccidioides 
brasiliensis. Maioria dos casos ocorre em indivíduos do sexo masculino, com idades 
entre 30-50. Trabalhadores rurais de regiões tropicais da América Central e do Sul. 
O principal modo de transmissão é por via pulmonar. Neste caso, ocorre a inalação da 
fase filamentosa do fungo. Também pode haver contaminação através de ferimentos 
cutâneos e nas mucosas, sendo, entretanto, um evento raro. O solo e poeira 
contaminados com elementos fúngicos em sua fase filamentosa, normalmente em meio 
rural, são considerados reservatórios. 
Maioria das vezes, a infecção pelo P. brasiliensis não acarreta lesões perceptíveis, 
sendo assintomática. Na doença as manifestações estão associadas a um ou mais órgãos, 
dependentes das lesões fúngicas em atividade ou de suas sequelas. 
Caracteriza-se por apresentar comprometimento: pulmonar, lesões ulceradas de pele, 
mucosas (oral, nasal, gastrointestinal), disseminações para qualquer órgão visceral. 
Na cavidade oral, local frequentemente acometido, é observada com frequência uma 
estomatite, conhecida como “estomatite moriforme de Aguiar-Pupo”. Lesões 
avermelhadas, puntiformes, localizadas no palato da paciente. 
As gengivas e tecidos periodontaispodem ser afetados, com dores, ulcerações e 
hemorragias. 
 
Leishmaniose 
Leishmaniose tegumentar americana entende-se as enfermidades causadas por varias 
espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acometem a pele e/ou mucosa do 
homem e de diferentes espécies de animais silvestres e domésticos. São transmitidas 
entre os animais e o homem pela picada das fêmeas dos insetos do gênero Lutzomyia e 
Phlebotomus, conhecidos popularmente como mosquito-palha. 
Os flebótomos vetores são insetos. Quatro a cindo dias após a infecção por amastigotas 
de Leishmania, estas se transformam em promastigotas e migram para o tubo digestivo 
do inseto. Ao picar outro animal, há a inoculação das formas promastigotas, que são 
englobadas por macrófagos do hospedeiro. O patógeno diminui de tamanho, perde o 
flagelo e volta a forma amastigota. Multiplicando-se e podendo infectar outros 
macrófagos. 
Tipos de infecção no homem: Leishmaniose visceral e cutâneo-mucosa/úlcera de 
Bauru/ferida brava. 
Leishmaniose visceral: Parasitam células do sistema fagocítico monocitário. 
Macrófagos, célula de fígado,baço e medula óssea. Espectro clínico que vai das formas 
assintomáticas á doença grave com letalidade de 95% nos casos não tratados. Nota: 
áreas endêmicas a proporção é de 1 caso sintomático para cada 6 assintomáticos. 
Enfermidade infecciosa generalizada com: febre, hepatoesplenomegalia acentuada, 
perda de peso e anemia. 
Leishmaniose cutânea: Lesões ulcerosas indolores ,únicas ou múltiplas(forma cutâneo 
simples). Lesões cutâneo-mucosas(forma cutâneo-mucosa afetam regiões nasofaríngeas. 
Ocorre primariamente em mamíferos (pequenos roedores,preguiça tamanduás,gambás e 
outros). A infecção nestes animais reservatórios tende a ser benigna, assintomática e 
inaparente. O homem e os animais domésticos podem funcionar como reservatórios. 
Profilaxia: Afastar abrigos de animais domésticos, usar repelentes ou fumacês, eliminar 
cães doentes e tratar pessoas doentes. 
 
 
 
Toxoplasmose 
 
O Toxoplasma gondii é um protozoário parasita intestinal de felinos. 
O oocisto é a forma infectante produzida no intestino do gato. Felinos em geral são o 
hospedeiro definitivo do T. gondii, sendo que os hospedeiros intermediários são 
mamíferos e aves, geralmente presas dos hospedeiros definitivos. Nos felinos ocorre a 
produção e eliminação dos oocistos (ovos) e perpetuação da doença, uma vez que 
somente neles ocorre a reprodução sexuada do parasito, (hospedeiros definitivos). Eles 
ingerem os cistos que estão nos tecidos dos animais, principalmente dos ratos e pássaros, 
após essa ingestão passam a eliminar nas fezes os oocistos não esporulados. Estes no 
ambiente, através de condições ideais de temperatura, pressão, oxigenação e umidade 
levam de 1 a 5 dias para se esporular e se tornar infectante. 
Hospedeiro intermediário: Mamíferos (carneiro, cabra, porco, HOMEM) 
Pode ser encontrado em vários tecidos e células (exceto hc) e líquidos orgânicos. 
Hospedeiro definitivo: Felídeos não-imunes. Células do epitélio intestinal (formas do 
ciclo sexuado). 
Fase aguda: disseminação do parasita via linfa ou sangue circulante. 
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA OU PRÉ-NATAL: 1º TRIMESTRE: aborto 
2º TRIMESTRE: aborto ou nascimento prematuro (normal ou c/ anomalias graves) 
3º TRIMESTRE: nasce normal e apresenta anomalias dias, semanas ou meses mais 
tarde: Comprometimento ganglionar generalizado, hepatoesplenomegalia, miocardite e 
lesões oculares. 
Desde formas benignas ou assintomáticas (maioria) até a morte : Ganglionar ou febril – 
mais freqüente, comprometimento ganglionar generalizado ou não, com febre alta 
Ocular – taquizoitos ou cistos na retina, cegueira parcial ou total, cura por cicatrização 
Cerebroespinhal ou Meningoencefálica – freqüente nos casos de AIDS 
Profilaxia: evitar o consumo de carnes cruas ou mal cozidas, evitar manipular terra ou 
fazer serviços de jardinagem sem uso de luvas, evitar comer alimentos crus ou mal 
lavados, evitar contato com gatos filhotes de procedência ignorada, tratar a gestante que 
apresentar conversão sorológica, lavar bem as mãos e utensílios de cozinha com água 
morna, após o contato com carne crua, trocar caixa de areia dos gatos diariamente, não 
alimentar o gato com carne crua ou parcialmente cozida, manter o gato dentro de casa 
para que evitem o hábito de caça.

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