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Resumo de matéria de Prevenção e Combate á Tortura

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A impunidade em casos de tortura praticados por agente públicos contra presos no sistema penitenciário brasileiro se tornou regra e não exceção, afirmou o Amerigo Incalcaterra, representante da ACNUDH (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos). O clima de impunidade nas prisões brasileiras, aumenta a violação de direitos humanos nas prisões, e o acesso ao índice de tortura de pessoas privadas de liberdade não estão disponíveis aos brasileiros. O SPT (Subcomitê sobre a Prevenção da Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos e Degradantes) da ONU entregou ao governo brasileiro um relatório sobre as violações de direitos e torturas praticados em presídios brasileiros, e identificarem a gravidade dos casos e possibilidade de novas rebeliões. 
 Foi estipulado um prazo para que o governo brasileiro apresentasse quais medidas serão tomadas para implantar as recomendações, onde teriam seis meses para prestar contas das ações. As informações implantadas no relatório e as visitas aos presídios do Brasil, apontam que a prática de tortura é frequente e generalizada desde o momento da detenção, durante interrogatórios e em presídios. Especialista adotaram propostas para o combater a tortura no Brasil, tais como a revisão de salários da força policial, capacitação profissional em direitos humanos, investigação de mortes por agente estatais, e entre outros. 
 O subcomitê encontrou nos presídios visitados superlotação endêmica, más condições de detenção, falta de assistência médica aos presos, falta de acesso á educação, violência entre detentos e falta de supervisão dos presos. Foram concluídos os relatos de detentos sujeitando á facções criminosas com grande controle, e outros detentos serem levados á tortura com tratamento vergonhoso durante apreensões onde envolve uso de choques elétricos, balas de borracha e sufocamento, e constatados que são frequentes e justificados como objetivo de obter confissões, pagamentos ou uma forma de castigo. Os dados estão sempre aumentando a casa ano, onde pode-se concluir que existe falta de esforço em documentar, investigar e aplicar penas aos delitos de tortura, levando á ser contra as disposições da Convenção contra a Tortura e outros tratamentos e penas cruéis, da qual o Brasil tem fechado os olhos para os assassinatos dentro dos presídios. 
 A falta de investigação ás violações frequentes dos direitos humanos, só contribuem para o aumento de crimes organizados dentro da cadeia, a violência e ao ciclo de impunidade em relação a essa prática. A ONU recomenda ás autoridades brasileiras, um maior compromisso político, e capacidade de enfrentar a crise prisional através de políticas e legislações aos níveis de padrão internacional. O SPT oferece um guia para a formulação de tais políticas, para o auxílio brasileiro tomar as devidas providências
 O Brasil tem um sistema de combate e prevenção á tortura que inclui o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate á Tortura, que foi reconhecido como um avanço pelos representantes da SPT. Alguns estados já estabeleceram o sistema de combate e outros estados que não incluíram, devem estabelecer o mesmo tipo de mecanismo. Não basta apenas criar o órgão, eles devem ser implantados e efetivados de forma correta onde as autoridades devem garantir o autocontrole operacional e com recursos adequados, para que o trabalho fiscal possa ter impacto válido e necessário para a evolução, e melhoramento, do sistema penitenciário do Brasil.

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