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Conceitos Básicos sobre o Manejo da Caatinga 2011

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1 
 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE 
MANEJO DA CAATINGA 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
O problema do déficit de madeiras em regiões úmidas, semiáridas e áridas da América 
Latina, principalmente nos países em desenvolvimento, não é recente. Entretanto, nas 
últimas décadas, o problema vem agravando-se e em algumas regiões, a lenha vem 
tornando-se um fator limitante até mesmo, para a cocção de alimentos (SALAZAR, 
1985). 
 
O uso indiscriminado dos recursos florestais, o aumento populacional e a não 
preocupação com a conservação destes recursos, são os principais fatores para o déficit 
de madeiras. Além disso, a falta de tradição no manejo dos recursos florestal associado 
á carência de informações técnicas (desenvolvimento das espécies, produtividade, usos 
etc.) e econômicas (comercialização, custos, demanda atual e futura etc.), não permitem 
o desenvolvimento de técnicas, dirigidas principalmente ao pequeno e médio produtor 
rural contribuindo assim, para a baixa produtividade das formações florestais. 
 
Outros fatores, também contribuem na produtividade destas formações, são: 
 
- Fatores climáticos: limitam a produção biológica; 
 
- Fatores Técnicos: carência de conhecimento sobre as espécies nativas, impedindo sua 
utilização em plantios energéticos e de usos múltiplos; 
 
- Fatores Biólogos: falta de bancos de germoplasma. 
 
Aliado a todos estes fatores, a falta de uma Política Florestal adequada, associada à falta 
de incentivos e créditos limita a disponibilidade de matéria prima florestal e o acesso a 
outros combustíveis, elevando a pressão sobre a cobertura florestal remanescente do 
Nordeste Brasileiro. 
 
- Sistema Produtivo Agropecuário atual 
 
O sistema agropecuário atual encontra-se em profunda contradição, onde, por um lado 
pretende-se conseguir o crescimento com igualdade e por outro lado, adota-se um 
modelo convencional, concentrador e excludente da maioria dos agricultores. 
 
Atualmente, os países em desenvolvimento, passam por um período crítico em que, 
necessitam elevar rapidamente a produção florestal, agrícola e pecuária, melhorando a 
qualidade de seus produtos, redução dos custos, gerando empregos e melhorando a 
qualidade de vida das populações de baixa renda, sem promover a degradação 
ambiental. 
2 
 
Para que isto se torne realidade, existe a necessidade de que ocorra a modernização do 
setor produtivo rural (agrícola, florestal e pastoril), através da difusão e aplicação de 
tecnologias adequadas a cada região, para torna-lo mais produtivo, eficiente, rentável e 
competitivo e compatível com a conservação ambiental. 
 
A situação atual do setor produtivo rural está intimamente relacionada com o 
Planejamento Ambiental de cada propriedade rural. 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
 
SILVICULTURA 
 
É a ciência que trata do estudo das árvores, isoladas ou em povoamentos naturais e/ou 
artificiais, desde sua origem, crescimento e desenvolvimento, passando pela exploração, 
conservação e perpetuação através da reprodução autógena e/ou induzida. 
 
ÁRVORE 
 
Vegetal do Reino Superior, dotado de tecidos diferenciados, formando um sistema 
radicular bem definido, um tronco de consistência lenhosa recoberto por uma casca 
mais ou menos espessa e uma copa constituída de galhos ramos e folhas, com ou sem 
flores e frutos. 
 
FLORESTA 
 
Conjunto de árvores, arbustos e ervas que ocupam uma determinada área. 
É uma comunidade vegetal, dominada por árvores e arbustos, incluindo suas formações 
sucessoras, mesmo quando aquela dominância desaparecer por acidente natural ou ação 
humana. 
 
PAISAGEM 
 
Vista de campo; toda a parte descortinada do lugar a onde estamos; panorama; vista. 
 
Espaço de território que se abrange num lance de vista. 
 
JARDIM 
 
Local onde se cultivam flores e plantas para estudo ou divertimento. 
 
PAISAGISTA 
 
Artista que compõe paisagens com plantas e outros elementos. Pessoa que pinta ou 
descreve paisagem 
 
JARDINAGEM 
 
Cultura de jardins / Arte de cultivar jardins. 
3 
 
ARBORIZAÇÃO URBANA 
 
Entende-se por arborização urbana, toda cobertura vegetal de porte arbóreo existentes 
nas cidades. 
 
MANEJO FLORESTAL 
 
Conjunto de atividades e intervenções planejadas e adaptadas às condições das florestas 
e aos objetivos sociais, econômicos e/ou ecológico do seu aproveitamento, 
possibilitando o seu uso em regime de rendimento sustentável. 
 
AGROSILVICULTURA 
 
Uso racional e determinado da terra, visando à obtenção de produtos agrícolas e 
florestais. 
 
SISTEMAS AGROSILVIPASTORIS 
 
Compreende o manejo integrado da terra visando à exploração sustentável de produtos 
agrícolas, florestais e pecuários. 
 
Planejamento Ambiental 
 
O Planejamento Ambiental preocupa-se principalmente com o estado futuro do solo, 
compatibilizando a conservação dos recursos naturais com o desenvolvimento 
socioeconômico e a melhoria da qualidade e de vida dos produtores rurais. 
 
Envolve conhecimentos sobre a área do estudo (propriedade) como um todo, analisando 
tanto o meio físico como o biológico, desde as formações vegetais existentes, uso atual 
e futuro do solo, áreas degradadas e em processos de degradação. 
 
Geralmente o planejamento ambiental de uma propriedade rural envolve os seguintes 
aspectos: 
 
Diagnóstico Ambiental 
 
São levantamentos e estudos básicos sem os quais não é possível identificar os 
problemas de uma determinada área ou região, nem as causas e consequências destes 
problemas. 
 
O diagnóstico ambiental visa, portanto a identificação de problemas ambientais e 
socioeconômicos, suas causas e consequências e propor soluções para minimizar ou 
sanar estes problemas. 
 
Exemplo: é na fase o diagnostico que se concretiza o Objetivo Principal do 
empreendimento. 
 
O diagnóstico pode ser subdividido em três fases ou etapas: 
 
 
4 
 
 
1ª - Mapeamento 
 
Tem fundamento na necessidade real do conhecimento atualizado do que existiu, o que 
se tem e o que se terá em recursos ambientais para se planejar e manejar as necessidades 
e produções futuras. 
 
O mapeamento pode gerar cartas, mapas, plantas etc. 
 
2ª - Inventário 
 
São sistemas de registro de informações sobre um determinado ecossistema ou área de 
estudo, no qual são correlacionadas informações quantitativas e qualitativas dos 
elementos desse ecossistema ou área de estudo, de acordo com um objetivo pré-fixado, 
tendo como base, técnicas apropriadas e confiáveis (ORJEDA, 1982). 
 
3ª - Análise 
 
È a fase em que se tendo conhecimento das informações obtidas durante o mapeamento 
e inventário, é possível tomar decisões sobre a efetividade de custos, das possíveis 
soluções, manejo, etc. 
 
Planejamento: 
 
È a fase de implementação das decisões tomadas com base no diagnóstico. A ação 
básica na orientação dos trabalhos de planejamento ambiental possibilita a ampliação do 
potencial das áreas economicamente exploráveis, estabelecendo diretrizes, 
procedimentos e critérios, visando à exploração racional dos recursos naturais, 
reabilitação de áreas degradadas e o manejo futuro do solo, para a obtenção da produção 
sustentável e a conservação ambiental. 
 
Elaboração do projeto executivo 
 
 É a etapa final do planejamento ambiental, constando do Relatório Técnico, mais 
Orçamento, mais Cronogramas Físicos e Financeiros, o estabelecimento das Metas a 
serem executadas, Acompanhamento e monitoramentos das atividades planejadas. 
 
A figura 01 mostra um modelo de fluxograma que pode ser seguido na execução do 
planejamento ambiental.5 
 
 
PLANEJAMENTO 
AMBIENTAL 
 
 
Definição dos Objetivos 
 
 
DIAGNÓSTICO 
AMBIENTAL 
 
 
MAPEAMENTO 
Mapa Preliminar 
 
 Meio Físico 
 
 Meio Biológico 
 
 Meio Sócio econômico 
 
Correções 
 
MAPA FINAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INVENTÁRIO 
Estudos e Levantamentos no campo 
 
 Meio Físico 
 
 Meio Biológico 
 
 Meio Sócio econômico 
 
Tabulação de dados 
 
RESULTADOS DO INVENTARIO 
 
 
ANÁLISE 
PLANEJAMENTO/DEFINIÇÃO 
DE TÉCNICAS-DIRETRIZES e 
PROCEDIMENTOS 
 
 
TÉCNICAS DE 
CARÁTER EDÁFICO 
 TÉCNICAS DE 
CARÁTER 
HÍDRICO 
 TÉCNICAS DE 
CARÁTER 
VEGETATIVO 
 
 
ORÇAMENTO 
 
DEFINIÇÃO DE METAS 
 
CRONOGRAMAS FÍSICO E 
FINANCEIRO 
 
PROJETO EXECUTIVO 
 
Figura 01: Fluxograma Genérico das atividades de Planejamento Ambiental 
 
 
6 
 
MANEJO SUSTENTÁVEL DA CAATINGA 
 
É o conjunto de atividades e intervenções planejadas, adaptadas as condições ambientais 
e aos objetivos sociais e econômicos do seu aproveitamento, possibilitando o seu uso 
em regime de rendimento sustentável. 
 
Dentre os vários objetivos e finalidades do manejo racional da caatinga, destacam-se os 
seguintes: 
 
- Manejo visando à produção florestal. 
 
- Manejo Visando à produção Agroflorestal 
 
- Manejo visando à produção silvipastoril 
 
- Manejo visando à produção Agrosilvipastoril 
 
- Manejo visando à recuperação e conservação de solos e água. 
 
- Manejo visando o turismo e recreação. 
 
- Manejo visando a conservação da flora e fauna silvestre, etc. 
 
 
1 - MANEJO VISANDO A PRODUÇÃO FLORESTAL 
 
O manejo visando a produção florestal no Nordeste Semi-árido é muito recente e no 
Estado do Ceará teve início no final da década de 1980/1990, quando foi aprovado pelo 
IBAMA, o primeiro plano de manejo florestal visando à produção sustentável de lenha 
e carvão vegetal. Posteriormente foram sendo implantados outros PMFs em várias 
regiões do estado. 
 
Entende-se por manejo Florestal em regime de rendimento sustentável, o conjunto 
de atividades e intervenções planejadas, adaptadas as condições das florestas e aos 
objetivos sociais e econômicos do seu aproveitamento, visando a produção racional 
de produtos e sub-produos florestais. 
 
O manejo florestal caracteriza-se por conduzir um povoamento florestal para um 
objetivo pré-fixado, aproveitando-se ao máximo os recursos básicos disponíveis no 
solo. 
 
Segundo HOSOKAWA (1972), consiste em regular a densidade em função do 
crescimento, de tal forma que, no final da rotação ocorra a máxima produção. 
 
ROTAÇÃO: 
 
Conceitualmente, pode-se dizer que rotação é o período requerido para o 
estabelecimento, crescimento e exploração da floresta numa condição específica de 
maturidade, ou seja, um período de tempo necessário para produzir árvores de 
determinado porte e qualidade em máximo crescimento. 
7 
 
 
O período de rotação tem estreita relação com a estrutura final de produção, unidade 
operacional e espécie. 
 
Fatores que Determinam a Rotação 
 
 – Tipo do Produto Desejado 
 
 Objetivo da empresa e mercado de demanda 
 
Ex; produção de Lenha - curta rotação 
 Madeira para serraria – rotação mais longa 
 
 Produtividade florestal 
 
A rotação é determinada pela longevidade da espécie e pela 
capacidade produtiva do sítio. 
 – Outros Fatores que Determinam a Rotação 
 
 Produtividade Física 
 
Tem relação com o Incremento Médio Anual (IMA) e Incermento 
Corrente Anual (ICA). 
 
 Fatores Patológicos 
 
A medida em que o povoamento envelhece, diminui a resistência 
da árvore e aumenta a incedência de fatóres patológicos, por 
causa do decréscimo do vigor. 
 
 Fatores Entomológicos 
 
O ataque de insetos varia de acordo com a luminosidade e 
composição do povoamento. 
 
 Fatores Silviculturais 
 
- Dificuldades na regeneração – atraso no ciclo de rotação 
 
- Quanto maior o número de desbaste, (A FREQUÊNCIA DOS 
DESBASTES OU CICLO DE CORTE), educação do fuste e 
poda, visando árvores de excelente qualidade, maior SERÁ O 
ciclo de rotação. 
 
* Fatores Econômicos 
1.1 - PLANEJAMENTO DO MANEJO FLORESTAL 
8 
 
 
1.1.1 - Mapeamento do Uso do Solo e da Cobertura 
Florestal 
 
O mapeamento tem fundamento na necessidade real do conhecimento atualizado do 
que existiu, o que se tem e o que se terá em recursos ambientais para se planejar as 
necessidades e produção futuras. 
 
Metodologia do Mapeamento ( Descrever o material utilizada na confecção dos mapas 
bem como os métodos utilizados para a realização do mesmo). 
 
Produtos: 
 
Mapa preliminar 
 
Mapa Definitivo 
 
A elaboração de mapas nas atividades de manejo florestal é o primeiro passo a ser 
seguido devendo conter no mínimo a área total do projeto; área útil do plantio; locação 
da área de reserva legal; aceiros; estradas; unidades homogêneas de vegetação ( 
tipologias florestais); uso atual dos solos; rede de drenagem; confrontantes; escala; etc. 
 
1.1.2. – Inventário Florestal 
 
Os Inventários Florestais, segundo ORJEDA, 1982, são sistemas de registro de 
informações sobre um determinado povoamento florestal ( ecossistema, bioma, etc.), no 
qual são correlacionadas informações qualitativas e quantitativas dos elementos deste 
povoamento, de acordo com um objetivo pré-fixado.Tem como base, técnicas 
apropriadas e confiáveis. 
 
 Através do inventário florestal procura-se conhecer a população com o objetivo de 
aplicar este conhecimento na identificação e solução de diferentes problemas ambientais 
e sócio-econômicos. 
 
A complexibilidade para a obtenção dessas informações limita a realização dos 
inventários florestais, tanto em tempo como financeiramente, tornando-se viável, 
somente quando se trabalha com pequenas frações da população objeto do estudo e 
posteriormente inferem-se esses conhecimentos para todo o povoamento. 
“A inferência de dados ou informações, obtidas em pequenas frações da população para 
todo o povoamento florestal, pode ser definida como o método em que, conhecendo-se 
os dados dos valores numéricos das características de pequenas áreas, é possível 
estatisticamente, estimar-se os valores numéricos das características do povoamento 
florestal como um todo”. (Orjeda, 1982). 
 
Esta inferência só é possível, através da Aplicação dos Processos da Amostragem 
Florestal. 
 
 
1.1.2.1 – Processos de Amostragem (Métodos) 
9 
 
 
A amostragem florestal tem como unidade básica a “AMOSTRA”, a qual é formada por 
um conjunto de unidades representativas da população objeto do inventário, a partir da 
qual, é possível a comparação de valores desta população. 
 
Para a realização de um inventário florestal (IF), a primeira dificuldade encontrada, é a 
definição do sistema de amostragem que apresente a representatividade da população e 
baixos custos. Na amostragem florestal, os sistemas ou métodos de amostragem mais 
utilizados são: 
 
 * Amostragem Aleatória Simples 
 * Amostragem Aleatória Restrita 
 * Amostragem Aleatória Estratificada e 
 * Amostragem em Duplo Estágio. 
 
– Amostragem Aleatória Simples 
 
Segundo Freesse 1969, a idéia fundamental da amostragem aleatória simples, é escolher 
uma amostra de N unidades, na qual, cada combinação possível das N unidades deve ter 
igual probabilidade de ser escolhida. 
 
A eleição de qualquer unidade deve ser totalmenteindependente da seleção do restante 
das unidades. As unidades da amostra são selecionadas diretamente da população e é 
uma aplicação exata das leis da probabilidade, tendo os resultados uma elevada 
confiabilidade. São imparciais e consistentes. 
 
Observação: Quanto maior o número de unidades na amostra, maior a aproximação do 
valor verdadeiro da população. 
 
– Amostragem Aleatória Restrita 
 
Quando por algum motivo são excluídos de uma amostragem, algum elemento ou 
característica, limitando as informações sobre determinadas variáveis de uma unidade 
de amostra. Na amostragem aleatória restrita a unidade mínima da amostragem é 
dependente de uma prévia restrição imposta à população a ser estudada. 
 
– Amostragem Estratificada 
 
Em populações heterogêneas onde é possível distinguir sub-populações ou estratos mais 
homogêneos, deve-se separar estes estratos ou tipologias florestais. Após a 
estratificação procede-se a amostragem aleatória simples em cada estrato. 
 
– Amostragem em Duplo Estágio 
 
Consiste em primeiro lugar, em selecionar aleatoriamente os locais onde serão 
implantados os conglomerados ou "Unidades Primárias". Em segundo lugar, ocorre a 
demarcação das "Unidades secundarias" ou parcelas, ou seja, consiste na divisão da 
população em um número de unidades do primeiro estágio (primárias), as quais podem 
10 
 
ser subdivididas em um número de unidades do segundo estágio (secundárias). As 
unidades primárias são geralmente pré-definidas em tamanho e forma, assim como as 
subunidades ou unidades secundárias que são alocadas das unidades primárias. A 
amostragem em dois estágios é incluída entre os processos aleatórios restritos, uma vez 
que o segundo estágio de amostragem fica restrito ao primeiro. 
 
1.1.2.2 – Coleta de Informações (dados) 
 
– Metodologia utilizada na coleta de informações 
 
- Material e Equipamentos 
 
(Relacionar todo o material e equipamentos que serão utilizados no inventário florestal). 
 
- Métodologia 
 
(descrição das etapas/atividades para a obtenção das informações quantitativas e 
qualitativas sobre a área do estudo). 
 
1.1.2.3 – Análise dos dados coletados 
 
1.1.2.3.1 -Meio Físico (geologia, geomorfologia, solos, clima, relevo, 
hidrografia / hidologia, etc). 
 
1.1.2.3.2 - Meio Biológico 
 
1.1.2.3.2.1 - Fauna ( Descrição da fauna regional e local) 
 
1.1.2.3.2.2 - Flora ( descrição da Cobertura vegetal e Tipologias Florestais) 
 
 
1.1.3 -Análise Estrutural da Cobertura Florestal 
 
1.1.3.1 - Estrutura Vertical 
 
A estrutura vertical indica o estagio sucessional das espécies no interior da floresta. A 
determinação da existência dos estratos superior, intermediário e inferior permite o 
conhecimento da posição sociológica e da regeneração natural das espécies. A estrutura 
vertical compreende à: 
 
 
 - Composição florística 
 - Posição sociológica 
 - Regeneração natural 
 
 
 
1.1.3.2 - Estrutura Horizontal 
11 
 
 
A identificação da estrutura horizontal de um povoamento florestal, permite quantificar 
a participação de cada espécies em relação às outras e a verificação da distribuição 
espacial dessas espécies. 
 
 - Densidade / Abundância 
 - Dominância 
 - Freqüência 
 - Diversidade de espécies 
 - Índice de Valor de Importância - IVI 
 - índice de Valor de Cobertura - IVC 
 
1.1.3.3 - Composição Volumétrica 
 
A determinação da composição volumétrica é ponto fundamental para o manejo 
florestal. A determinação do volume do povoamento florestal juntamente com o 
Incremento Médio Anual - IMA são fatores determinantes para sustentabilidade e 
exeqüibilidade dos planos de manejo florestal. 
 
1.1.4 - Resultados do Mapeamento e Inventario 
 
1.1.4.1 - Carta/Mapa/Planta Final da Área do Estudo 
 
1.1.4.2 - Relatório Técnico do Inventário 
 
1.1.5 - Planejamento das Operações do Manejo Florestal 
 
1.1.5.1 - Seleção do sistema de exploração (Métodos de 
manejo) 
 
1.1.5.1.1 - Corte Raso em Faixas Alternadas 
 
Esta técnica tem como fundamento, o mapeamento e inventário florestal da vegetação 
objetivo do manejo, a divisão da área em talhões e a divisão de cada talhão em faixas. 
 
Estabelecidos o número de talhões e a “rotação” , determina-se o “ciclo de corte” em 
cada talhão e que normalmente é um período de tempo equivalente à metade do 
estabelecido para a rotação. Explora-se as faixas dentro de um mesmo talhão, 
alternadamente, voltando-se a explorar as faixas remanescentes, no período estabelecido 
pela ROTAÇÃO e pelo CICLO DE CORTE 
 
1.1.5.1.2 - Corte Raso em Talhões Alternados 
 
Esta técnica tem os mesmos fundamentos da anteriormente descrita , não sendo 
necessário o estabelecimento do ciclo de corte. Após determinar-se o número de talhões 
e a rotação, explora-se a cada ano um talhão , havendo a alternância entre talhões. 
 
1.1.5.1.3 -Corte Raso em Talhões Seqüenciados 
12 
 
 
Tem como fundamento, o mapeamento e inventário da cobertura florestal , a divisão da 
área em talhões de acordo com a rotação determinada e a exploração de cada talhão em 
forma sequenciada. 
 
1.1.5.1.4 - Corte Seletivo por Classes de Diâmetro 
 
Esta técnica tem como fundamentos, o mapeamento e o inventario da cobertura 
florestal, a divisão da área em talhões, determinação da rotação , estabelecimento dos 
limites das classes de diâmetros para exploração e a exploração destas árvores no 
interior de cada talhão. 
 
1.1.5.1.5 - Corte Seletivo por Espécies 
 
Tem os mesmos fundamentos descritos anteriormente só que, no lugar de selecionar os 
limites das classes de diâmetros , selecionam-se as espécies que irão ser exploradas em 
cada talhão. 
 
1.1.6 - Equipamentos que serão utilizados na exploração 
 
1.1.7 - Tratos Silviculturas após a exploração 
 
São as operações que visam a melhoria das condições de crescimento da regeneração 
natural após a exploração da floresta, para melhorar a estabilidade biológica. Os tratos 
silviclturais visam: 
 
A proteção da regeneração natural ao ataque de insetos e danos físicos provocados pela 
exploração. 
 
 A seleção das melhores árvores em crescimento e desenvolvimento, eliminando-se as 
espécies desfavoráveis e a concorrência indesejavel de outras espécies. 
 
A educação do fuste através de intervenções rigorosa e criteriosa do controle da 
densidade e atividades de desrama. e 
 
 Melhoria da estética ou do visual do povoamento após a exploração florestal. 
 
Os tratos culturais mais utilizados após as operações da exploração são: 
 
Poda ou Desrama: controle do fuste das árvores através da retirada de galhos. 
 
Desbaste: Controle da densidade dos povoamentos imaturos através de corte parciais, 
com o objetivo de estimular o crescimento da regeneração natural e aumentar a 
produção de madeira utilizável. 
 
 
 
 
1.1.8 – Planejamento da rede de aceiros, estradas e pátios 
13 
 
de estocagem. 
 
O planejamento da rede de estradas, aceiros, carreadores e pátio de estocagem é de 
fundamental importância para a atividade do manejo florestal, em virtude de que estes 
influenciarão diretamente nos custos de implantação, manutenção, colheita, índice de 
aproveitamento de área e custos de conservação de solos que acontecem durante todo o 
período do Plano de Manejo. 
 
1.1.9 – Elaboração do Cronograma físico de exploração 
 
1.1.10 – Orçamento do Projeto 
 
1.1.11 – Elaboração do Projeto Executivo 
 
1.2 – EXPLORAÇÃO FLORESTAL 
 
É o conjunto de atividades executadas na floresta visando a colheita da madeira. 
Compreende o corte ou abate, extração, desgalhamento,descascamento, carregamento e 
transporte. 
 
1.2.1 – Corte ou Abate 
 
O corte pode ser feito manualmente, utilizando-se machados e foices e motoserras ou 
totalmente mecanizada, utilizando-se: 
 
 tratores derrubadores empilhadores “feller buncher” 
 
 tratores derrubadores com cabeçotes processadores “harvesters” 
 
 
A figura 02; mostra o abate de um Pinheiro (araucaria angustifolia). 
 
 
14 
 
 
 Figura 02: Abate de uma árvore com motoserra. 
 
1.2.1.1 – Desgalhamento / traçamento 
 
Desgalhamento: operação que visa a retirada dos galhos remanescente do tronco da 
árvore enquanto o traçamento é a divisão do tronco da árvore abatida em secções 
(toras) menores. 
 
1.2.1.2 – Descascamento 
 
É a retirada do súber da árvore 
 
1.2.1.3 – Extração 
 
As operações de extração podem ser realizadas através do arraste, baldeação ou 
suspensão. Pode ser mecanizada e não mecanizada. A extração é a retirada da madeira 
de dentro da floresta. 
 
A figura 03 mostra duas formas de arraste mecanizado. 
 
15 
 
 
Figura 03: Arraste mecanizado, utilizando-se um trator florestal ou skider e um 
trator de esteiras. 
1.2.1.4 – Carregamento 
 
A operação do carregamento esta liga ao transporte primário, ou seja do local do abate 
para os estaleiros ou pátios de estocagem ou ao transporte principal que visa o 
transporte da madeira dos pátios de estocagem para as unidades de processamento ou 
consumidoras. 
 
O carregamento pode ser manual ou mecanizado. A figura 04 mostra o carregamento 
mecanizado. 
 
16 
 
 
 Figura 04: Carregamento mecanizado 
 
 
1.2.1.5 - Transporte 
 
A operação do transporte esta relacionada ao transporte da madeira da área de 
exploração para o destino final e esta atrelado às leis de transporte de carga vigente no 
Brasil. 
 
2 – MANEJO VISANDO A PRODUÇÃO AGROFLORESTAL 
 
O Manejo Agroflorestal em Regime de Rendimento Sustentável, é qualquer uso 
racional do solo visando a elevação da produção total, combinando culturas agrícolas 
e/ou frutíferas com essências florestais, em forma simultânea ou consecutiva e que, 
aplique práticas de manejo compatíveis com as formas culturais e sócio-econômica de 
vida da população local. 
 
O manejo agroflorestal, segue os mesmos princípios do manejo florestal, acrescido de 
atividades agrícolas. 
 
Pode ser definido, como o conjunto de atividades e intervenções planejadas, adaptadas 
as condições das florestas e aos objetivos sociais e econômicos do aproveitamento 
florestal e agrícola. Visa a produção sustentável de produtos e sub-produtos florestais 
conjuntamente com produtos agrícolas 
 
É o uso racional e determinado da terra, visando a obtenção de produtos agrícolas e 
florestais. 
 
 
17 
 
3 – MANEJO SILVIPASTORIL 
 
São sistemas de uso da terra, nos quais as florestas são manejadas racionalmente, para a 
produção de madeiras e de pastagem . 
 
3.1 - MANEJO DA CAATINGA PARA FINS PASTORIS 
 
ARAÚJO FILHO (1990), vem desenvolvendo estudos sobre a "Manipulação da 
Vegetação lenhosa da Caatinga para Fins Pastoris" e relata que, esta manipulação, 
consiste em toda e qualquer modificação induzida pelo homem, na cobertura florística 
de uma área, visando adequá-la aos objetivos da exploração desejada, seja ela, agrícola 
ou pastoril. Requer o controle seletivo de árvores e arbustos, elevando a disponibilidade 
e melhoria da qualidade da forragem. A escolha do tipo de manipulação, depende 
principalmente do potencial da área em termos de respostas técnicas e econômicas e do 
tipo ou combinações que se deseja criar. 
 
O mesmo autor maneja a caatinga em diferentes níveis de intensidade com relação à 
cobertura vegetal, ou seja: 
 
3.1.1 - Caatinga Nativa 
 
A caatinga nativa, não sofre qualquer tipo de exploração madeireira , permanecendo em 
seu estado natural. Efetua-se estudos somente sobre a capacidade suporte visando a 
alimentação de bovinos, caprinos etc. 
 
3.1.2 - Caatinga Rebaixada 
 
Consta do rebaixamento através de broca manual de espécies lenhosas, com o objetivo 
de elevar a disponibilidade da forragem de árvores e arbustos. Controla-se a altura da 
rebrotação de espécies forrageiras. 
 
3.1.3 - Caatinga Raleada 
 
Neste tipo de intervenção são exploradas comercialmente todas as espécies que não 
produzem forragem , ficando praticamente somente as leguminosas forrageiras , com o 
objetivo de reduzir o sombreamento e densidade de árvores e arbustos indesejáveis, 
elevando a capacidade suporte de pastoreio. 
 
3.1.4 - Caatinga Rebaixada/Raleada 
 
Combinação de rebaixamento com raleamento . é possivelmente a alternativa mais 
adequada para a produção de forragem . 
 
3.1.5 - Caatinga Desmatada 
 
A intervenção é feita através do corte raso da caatinga , ou seja, remoção completa das 
estratos arbóreo e arbustivo. 
 
 
18 
 
3.1.6- Caatinga enriquecida. 
 
Em qualquer um dos níveis de intervenção , pode ocorrer o enriquecimento com 
espécies forrageiras , através de reflorestamento. 
 
Pode-se observar que o objetivo principal da “Manipulação da Vegetação Lenhosa da 
Caatinga” é puramente pastoril , com o aproveitamento da exploração florestal. 
 
4 - SISTEMAS AGROSILVIPASTORIS 
 
Compreende o manejo racional da terra visando a exploração paralela de produtos 
agrícolas, florestais e pastagens. 
 
O manejo agrosilvipastoril é um conjunto de sistemas e práticas de uso da terra que 
envolve uma interação social e economicamente aceitável, de árvores e arbustos com 
culturas agrícolas e/ou animais, em forma seqüencial ou simultânea, de tal maneira que, 
alcance a maior produtividade global em regime de produção sustentável. 
 
Os sistemas agrosivipastoris, também podem contribuir com a melhoria do micro-clima 
e a proteção contra o vento. 
 
Entende-se pelo termo "Sistemas Agrosilvipastoris", qualquer uso múltiplo das 
terras, que : 
 
- Tenha relações complementares entre árvores e essências agrícolas, e onde se produza 
uma combinação entre alimentos, frutos, forragem, lenha e matéria orgânica, como 
adubo, etc.; 
 
- Utiliza eficientemente a luz solar, a umidade e os nutrientes, comparando-o com a 
produção individual agrícola ou florestal, reduz e previne a degradação do solo, 
evitando a erosão; lixiviação; enchentes ou efeitos de uma insolação excessiva. 
 
Os sistemas agrosilvipastoris, implicam no manejo sustentado da terra ,elevando a 
produção total, combinando plantas agrícolas, frutíferas e florestais em forma 
simultânea ou consecutiva e que, aplica práticas de manejo compatíveis com as formas 
culturais de vida da população local. 
 
4.1 - OBJETIVOS DOS SISTEMAS AGROSILVIPASTORIS 
 
Segundo OLIVEIRA (1986), os objetivos dos sistemas agrosilvipastoris são: 
 
4.1.1 -SATISFAZER AS NECESSIDADES BÁSICAS DA 
POPULAÇÃO RURAL, MEDIANTE: 
 
- O abastecimento com alimentos 
 
- O abastecimento de energia para a cocção, calefação, motores. 
 
- O abastecimento com madeiras para a construção rural, cercas, ferramentas. 
19 
 
 
- Produção de forragem. 
 
4.1.2 -ELABORAR E MANTER SISTEMAS ECOLÓGICOS 
ESTÁVEIS E PRODUTIVOS PARA: 
 
- Preservar as condições vitais do lugar: 
 
- Elevar a produtividade geral; 
 
- Melhorar as condições de crescimento das plantas culturais; 
 
- Melhorar e/ou reabilitar o solo, com florestas entre períodos de cultivo agrícolas; 
 
- Proteção do homem, de animais domésticos e plantas, contra a insolação excessiva e 
chuvas fortes. 
 
4.1.3 -DIMINUIR O USO DE ADUBOS E PESTICIDAS POR: 
 
- Rotação sustentada do materialorgânico; 
 
- Conservação da fertilidade pela rotação natural da biomassa; 
 
- Combate biológico de agentes daninhos. 
 
4.1.4 - MELHORAR AS CONDIÇÕES SOCIAIS E 
ECONÔMICOS DA POPULAÇÃO RURAL ATRAVÉS DE: 
 
- Elevar a possibilidade de empregos diretos e indiretos; 
 
- Melhorar a infra-estrutura rural; 
 
- Produzir e comercializar produtos naturais; 
 
- Favorecer a produção e elaboração de materiais primários de origem vegetal e animal, 
para o uso local ou regional; 
 
- Respeitar as experiências e opiniões locais nas decisões sobre os sistemas de culturas 
tradicionais. 
 
Os sistemas florestais, agroflorestais ou agrosilvipastoris, possuem atributos 
semelhantes: 
 
Componentes: os elementos físicos, biológicos e sócio-econômicos; 
 
Limites: Bordas físicas desse sistemas: 
 
Entradas ( energia solar, mão de obra, insumos etc). Constituem a energia ou matéria 
trocada entre os ecossistemas; 
20 
 
Saidas ( produtos florestais, alimentos, produtos animais), constituem a energia ou 
matéria trocada entre sistemas. 
 
Interações: relações entre os componentes do sistema 
 
Hierarquia; Indica a posição do sistema com relação a outros sistemas. 
 
 
5. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO MANEJO FLORESTAL 
 
O manejo florestal tem como base os seguintes aspectos: 
 
 
- Sítio 
 
- Densidade 
 
- Crescimento 
 
5.1 - SÍTIO 
 
Cada sítio expressa a capacidade bio-edafo-climática, de uma determinada área, para o 
crescimento da floresta ou qualquer outra formação florística. A sondagem e o 
mapeamento dos sítios florestais. tem como objetivo principal, identificar e selecionar 
áreas que possuem características semelhantes, no que se refere ao crescimento das 
árvores. 
 
Para o manejo de um povoamento florestal, de cada sítio, devem ser obtidas 
informações, que permitam indicar diferentes estratos, bem como, o tratamento 
adequado ao manejo. 
 
5.1.1 - AVALIAÇÃO DOS SÍTIOS FLORESTAIS 
 
O primeiro problema na avaliação de um sítio florestal, é analisar vários indicadores, os 
quais sejam definíeis e mensuráveis com facilidade. Estes indicadores podem ser: 
 
5.1.1.1 - O Solo 
 
O solo é compativelmente estável e tem grande influência e controle no crescimento 
vegetal. 
A correlação do sítio com a classificação dos tipos de solos pode não ser conclusiva, 
uma vez que, a qualidade do sítio depende mais da espessura, estrutura, textura e 
umidade do solo do que do tipo de solo. 
 
A capacidade produtiva das terras florestais, variam tremendamente conforme a 
qualidade do sítio, e esta qualidade pode ser modificada, através de tratamentos do solo 
(calagem, sub-solagem, adubação química, etc.), controle da vegetação secundária e 
densidade vegetativa geral (raleio, desbaste, erradicação etc). 
 
21 
 
5.1.1.2 - A Vegetação 
 
A aparência da vegetação, informa parcialmente sobre a qualidade do sítio. A vegetação 
baixa, que compreende as gramíneas, ervas, samambaias, arbustos e árvores pequenas, 
são muitas vezes, indicadoras da qualidade dos sítios (SALOMÃO, 1986). 
Não se deve comparar vegetações de várias idades nas avaliações de sítios florestais. 
 
5.1.1.3 - Crescimento Em Altura 
 
De todas as medidas indiretas, as que são baseadas no crescimento em altura, são as 
mais práticas e satisfatórias, como indicadoras da qualidade dos sítios. 
 
 O crescimento em altura das árvores dominantes, é muito mais sensível as variações do 
sítio, do que, as correlacionadas com a densidade e a composição florística. 
 
Entretanto, o crescimento em altura é muito influenciado pela densidade. 
 
 Na prática, é aconselhável, relacionar a altura total com a idade e fatores que afetam o 
crescimento. 
 
5.1.2 – CLASSIFICAÇÃO DOS SITIO FLORESTAIS 
 
 Geralmente, os sítios de acordo com sua qualidade, são classificados em: 
 
 - Sítios de boa qualidade: crescimento rápido e incrementos elevados; 
 
 - Sítio de média qualidade: crescimento e incrementos moderados; 
 
 - Sítios pobres ou de baixa qualidade: crescimento lento e baixos incrementos. 
 
 
5.2 – DENSIDADE 
 
Indica o número de árvores em relação a uma unidade de área, ou seja, o número de 
indivíduos de certa espécie por unidade de área. 
 
 Indica também, o número de árvores de um povoamento florestal em relação ao 
número desejável para um ótimo crescimento e o seu manejo. Portanto, melhorar a 
densidade e mante-la a um nível desejável, é um dos maiores objetivos do manejo 
florestal. 
 
Um determinado sítio tem sempre um potencial finito para a produção de biomassa, 
para cada espécie ou associações. A utilização total da capacidade produtiva do solo, 
condições de umidade, temperatura e outros componentes do sítio, possibilitam o 
crescimento da biomassa florestal, até um certo ponto, na unidade de tempo. 
 
Pode-se conduzir um povoamento, através do controle da densidade, para a obtenção de 
poucas árvores de grandes dimensões, ou muitas árvores pequenas, conforme o objetivo 
do manejo, mas o crescimento total é limitado pelo potencial produtivo de cada sítio. 
22 
 
A densidade tem enorme influência sobre o crescimento Florestal , uma vez que 
determina o nível de concorrência entre as árvores do povoamento. 
 
5.2.1 – AVALIAÇÃO DA DENSIDADE 
 
A densidade Florestal, indica o número de árvores de um povoamento florestal em 
relação ao número desejável para um ótimo crescimento e manejo. 
 
A densidade florestal, é quase sempre expressa em percentagem ou um índice, em 
relação ao padrão. 
 
 Costuma-se avaliar a densidade real de um povoamento em relação à máxima 
densidade. 
 
Medidas da densidade florestal são usadas como o grau de ocupação de um terreno ou 
para indicar a quantidade de madeira de uma área. 
 
A densidade , normalmente é considerada como uma medida quantitativa do 
povoamento florestal, em termos de abundância e área basal 
 
 A densidade pode ser avaliada através: 
 
- Da área basal; 
 
- Do volume; 
 
- Do número e distribuição das árvores; 
 
- Da cobertura das copas. 
 
5.2.1.1 - Área Basal 
 
É considerada como uma medição direta mais eficaz da densidade, por ser consistente e 
de fácil determinação. A área basal em povoamentos de densidade completa, sofre 
incrementos rápidos na idade jovem, e que tendem a estagnar na maturidade. 
 
Através da área basal, pode-se estabelecer a dominância de uma determinada espécie 
sobre as demais espécies do povoamento florestal. 
 
A dominância é definida como a taxa de ocupação do ambiente pelos indivíduos de 
uma espécie, ou seja , o grau de influência que uma determinada espécie exerce sobre a 
comunidade. 
 
Geralmente refere-se ao espaço ocupado por uma determinada espécie. 
 
A Área Basal é calculada da seguinte forma; 
 
 
 AB/ha = £ AT / ha , onde 
 
23 
 
 AB = Área Basal 
 £ = Somatório 
 AT = Área Transversal de cada individual de uma 
 determinada espécies 
 AT = II D
2
 / 4 e 
 
 II = 3,14.15.16 
 
 D
2
 = DAP elevado ao quadrado 
 
5.2.1.2 – Volume 
 
A capacidade de produção de uma área, pode ser avaliada em volume por unidade de 
área, a uma idade específica, ou qualquer outra unidade que se produza por área e por 
ano. 
O volume real de um povoamento florestal, deve ser comparado como uma norma 
padrão, com o volume dos povoamentos com densidade completa, para cada espécie ou 
sítio. 
 
O volume pode estabelecer a dominância de uma espécie em relação a outras espécies. 
 
Em termos práticos, o volume de um povoamentoflorestal e o seu crescimento durante 
um período definido, é sempre afetado por vários fatores que não sejam o sítio em si, 
tais como : 
 
- Densidade; 
 
- Explorações anteriores; 
 
- Competição de espécies; 
 
- Clima (precipitação). 
 
 
5.2.1.3 – Número e Distribuição de Árvores 
 
Apesar do número total de árvores por unidade de área ( N / ha = DENSIDADE) ser 
uma medição lógica e simples, o seu uso oferece dificuldades na prática, uma vez que, o 
número de árvores não diz respeito ao tamanho das mesmas mas, afeta a densidade do 
povoamento (AB E VOL.). 
 
 Como por exemplo: 
 
Um povoamento com 5.000 arvores/ha, não diz nada, mas, se 
associarmos a um parâmetro dendrométrico, pode expressar a 
capacidade de um sítio, como veremos a seguir: 
 
Se associarmos, estas 5.000 árvores/ha a idade, pode representar 
uma densidade baixa aos dois anos e uma densidade elevada aos 
dez anos de idade. 
24 
 
5.2.1.4 – Cobertura de Copas 
 
É a medida da projeção total do corpo da árvore, ou seja, a proporção da área de terra 
coberta pela projeção horizontal das copas, que expressa uma densidade relativa. A 
densidade de copa indica a área ocupada pelas copas. 
 
O diâmetro das copas, número de copas e altura das árvores, podem ser determinados 
diretamente no campo, ou através de fotografias aéreas, sendo possível, estimar-se a 
área basal, volume e consequentemente a densidade. 
Devido as dificuldades em se determinar os valores da projeção horizontal da copa das 
árvores, utiliza-se a área transversal do tronco das árvores, uma vez que existe uma 
estrita correlação entre a área transversal de uma árvore com projeção de sua copa. 
 
5.2.2 – DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DESEJÁVEL 
 
Tem sido apontado que, um determinado sítio florestal, produz uma certa quantidade de 
biomassa florestal. O trabalho do silvicultor, é portanto, procurar o máximo crescimento 
para os produtos florestais. 
 
 Pesquisas demonstram que, o total aproveitamento de um sítio, ocorre sob considerável 
manejo da densidade. Quando este povoamento é pouco denso, deve-se completar a 
densidade, quando é muito denso, realiza-se cortes programados. 
 
5.3 – CRESCIMENTO FLORESTAL 
 
O estudo do crescimento e a produção de árvores isoladas e em povoamentos florestais, 
é de suma importância nos trabalhos silviculturais, introdução de espécies e manejo 
florestal. 
 
Só é possível manejar-se um povoamento florestal, quando se conhece o seu 
crescimento e a sua produção. 
 
 Quando queremos manejar uma floresta indefinidamente, torna-se necessário que, a 
exploração seja efetuada somente sobre o estoque que cresceu em um determinado 
período de tempo, caso contrário, chegar-se-á facilmente ao esgotamento desta floresta. 
 
 
5.3.1 – FATORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO DAS 
ESSÊNCIAS FLORESTAIS 
 
A biomassa florestal, é produzida no processo biológico de crescimento, disto decorre 
que o crescimento e a produção de um determinado povoamento florestal são 
influenciados, pela característica genética de cada espécie, pelo sítio, por fatores 
climáticos, pela idade e pela densidade. 
 
Os principais fatores externos que determinam o crescimento florestal são : a luz, a 
temperatura, a água, os nutrientes e CO2 . A disponibilidade destes elementos para cada 
árvore depende da densidade do povoamento. Então o crescimento é diretamente 
influenciado pela densidade, da seguinte maneira: 
25 
 
5.3.1.1- Luz 
 
A quantidade de luz que chega à terra, depende de vários fatores, tais como : altitude, 
nebulosidade , relevo do terreno etc. 
 
 Da luminosidade que consegue chegar a um povoamento florestal, grande parte da luz é 
reduzida pela reflexão, absorção e transmissão. 
 
O processo formativo é frequentemente determinado pelo comprimento relativo do 
período de luz ao qual as árvores estão expostas (fotoperíodo). 
 
Dias longos > produção vegetativa > desenvolvimento radicular > suprimento de 
nutrientes e água. 
 
De certo modo, é requerida uma elevada intensidade de luz para que ocorra a 
fotossíntese, porem em certos casos, a fotossíntese pode ser realizada com baixa 
intensidade de luz. 
 
A diminuição da quantidade de luz em um povoamento florestal depende da estrutura 
do mesmo, das espécies e da densidade. 
 
Esta redução de luz no povoamento, influencia a luminosidade disponível para cada 
árvores na parte mais baixa da copa e isto limita a fotossíntese, causando a morte dos 
galhos mais baixos, como também o desenvolvimento da regeneração natural. 
 
5.3.1.2 - Temperatura 
 
A temperatura no interior da mata está correlacionada com a quantidade de luz que 
penetra no povoamento florestal. 
 
Povoamentos abertos > quantidade de luz chega ao solo, aquecendo mais rapidamente 
sua superfície. 
 
5.3.1.3 - Água 
 
A quantidade de água disponível para cada árvore em um povoamento florestal, 
depende da intensidade das chuvas , do tipo de solo, da espécie e da densidade. 
 
Quanto maior a densidade de árvores, menor a quantidade de água disponível para cada 
elemento do povoamento. 
 
5.3.1.4 - Nutrientes 
 
A disponibilidade de nutrientes, depende da qualidade do solo, como também do 
desenvolvimento do sistema radicular . 
 
A densidade do povoamento influencia no desenvolvimento radicular. Podemos 
observar que os efeitos destes fatores que influencia o crescimento florestal, estão 
intercorrelacionados e não podem ser observados isoladamente. 
26 
 
5.3.2 - OUTROS FATORES QUE TAMBÉM INTERFEREM 
NO CRESCIMENTO FLORESTAL 
 
O crescimento das árvores é influenciado também pela capacidade genética de cada 
espécie, inteirada com o ambiente (sítio) em que vegetam e com a idade do 
povoamento. 
 
5.3.2.1 – Características genéticas de cada espécie 
 
Para cada espécie florestal existe um padrão genético que determina a forma de seu 
crescimento. Existem espécies de rápido crescimento, médio crescimento e lento 
crescimento. Para cada grupo destas espécies o sítio não irá interferir diretamente no seu 
ritmo de crescimento. 
 
 Exemplo : em um mesmo sítio em que ocorram espécies de rápido crescimento e 
espécies de lento crescimento, a qualidade do sítio não irá modificar o ritmo de 
crescimento das duas espécies. 
 
5.3.2.2 -Sítio 
 
A qualidade do sítio interfere diretamente no crescimento e na produção florestal de 
uma determinada espécie, como veremos a seguir: 
 
O visgueiro (Parkia sp), na Floresta Nacional do Araripe, apresenta uma taxa de 
crescimento diferenciada entre Mata Úmida, o Cerradão e o Carrasco, embora que o 
solo seja o mesmo. 
 
Neste caso , a umidade é quem determina o ritmo de crescimento. 
 
5.3.2.3 - Fatores Climáticos 
 
Fatores climáticos, como secas, geadas etc., influenciam diretamente no crescimento 
dos povoamentos florestais. 
 
5.3.2.4 - Idade 
 
Quanto mais velho o povoamento florestal, menor o seu rítimo de crescimento. 
 
5.3.3 – AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO FLORESTAL 
 
O conhecimento do crescimento e a densidade florestal, é muito importante para quem 
vai manejar uma floresta, principalmente, se o objetivo for a produção em regime de 
rendimento sustentado. 
 
Neste tipo de manejo, são explorados periodicamente volumes iguais aos crescidos, sem 
interromper o ciclo de produção e sem exaurir o solo. 
 
A medição da madeira compreende a determinação do volume de troncos, pilhas, 
árvores em pé e de povoamentos florestais. 
27 
 
 Conhecer o volume das árvores de um povoamento florestal e seu incremento, é 
essencial para a elaboração e condução de planos de exploração, ordenamento emanejo 
florestal. 
 
O crescimento Florestal pode ser avaliado através dos Incrementos das árvores do 
povoamento em diâmetro e altura das árvores, Área Basal e Volume do Povoamento. 
 
5.3.3.1 - AVALIAÇÃO DO VOLUME 
 
O volume da árvore pode ser obtido de duas formas: 
 
5.3.3.1.1 - Medições de Árvores Abatidas 
 
Considerando que o tronco de uma árvore, é constituído por pequenos corpos 
geométricos, quanto menor o comprimento da seção, menor a alteração de sua forma. 
Então, dividindo-se o tronco da árvore em pequenos pedaços ( toretes ) com 1,0 m de 
comprimento, podemos calcular o volume de cada pedaço e a somatória dos volumes 
individuais, será o volume real desta árvore. 
 
 
 Então, Vol = £ Vi, onde : 
 
 Vol = Volume Real da árvore abatida 
 £ = Somatório 
 Vi = Volumes individuais de cada pedaço 
 Mas : Vi = ( AT ) x L , 
 
 Onde : 
 
 AT = Área Transversal de cada torete e 
 AT = II .( D)
2
 / 4 
 II = 3,14.15.16 
 D
 
= Diâmetro elevado ao quadrado 
 L = comprimento de cada torete 
 
No tocante à medição deste diâmetro, dois pesquisadores estudando o mesmo caso, 
divergiram no tocante a onde medir o diâmetro. Se nas extremidades de cada pedaço, 
visando o calculo da médias das áreas transversais (Ats) nas extremidades de cada torete 
ou se no meio de cada pedaço de madeira. 
 
Por isto, o cálculo do volume de árvores abatidas pode ser efetuada pelos métodos de 
Smallian ou de Huber, como veremos a seguir: 
 
 
5.3.3.1.1.1 - Método de Smallian 
 
1- Derruba-se a árvore e corta-se seu tronco e galhadas em pedaços de 1,0 m cada um. 
 
2- Mede-se todos os diâmetros em cada extremidade de cada pedaço de mateira. 
28 
 
 
 Exemplo : D0 - diâmetro na extremidade mais grossa 
 D1 - diâmetro na extremidade mais fina 
 
3 - Calcula-se as áreas transversais em cada extremidade, obtendo-se a área transversal 
média de cada torete de madeira. Multiplica-se este resultado por seu comprimento, 
obtendo-se o volume real de cada pedaço de madeira. 
 
 Vi = [ (At0 + At1 ) / 2 ] . L 
 
4 - A soma dos volumes individuais irá fornecer o volume real da árvore. 
 
 Então : Vol = £ Vi , e 
 
Vol = V1 + V2 + V3 +......+ VN , mas 
 
 Vi = [ (At0 + At1 ) / 2 ] . L , então 
Vol = {[( At0 + At1 ) / 2 ] . L1} + {[( At1 + At2 ) / 2 ] L2} + .....+ 
 {[(Atn – 1 + Atn) / 2 ] Ln}. 
5.3.3.1.1.2 -Método de Huber 
 
1 - Derruba-se a árvore e procede-se da mesma maneira anteriormente descrita. 
 
2 - Mede-se o diâmetro no meio de cada torete de 1,0 m de comprimento. 
 
3 - Calcula-se a área transversal de cada torete e multiplica-se por seu comprimento 
obtendo-se o volume real de cada pedaço de madeira. 
 
 Ati = II D
2
 / 4 
 
 Vi = ( Ati ) L 
4 - O volume real será obtido pela somatória de todos os volumes individuais. 
 
 Vol = £ Vi , então 
 
 Vol = (At1 . L1 ) + ( At2 . L2 ) + ......+ ( AtN . LN ) 
 
5.3.3.1.2. - Estimativa do Volume de árvores em Pé: 
 
 V = G . H . Ff 
 
 V =  . D² . H . Ff 
 4 
onde: 
 
V = Volume 
 = 3,141516 
G= Área Transversal medida à 1,30m do solo 
29 
 
H = Altura Total da árvore 
D = Diâmetro tomado a 1,30m em relação ao solo (elevado ao 
quadrado ) 
Ff = Fator de Correção da Forma da árvore (Ff = Vol. cilíndrico / 
Vol. Real) 
 
5.3.4 – AVALIAÇÃO DOS INCREMENTOS 
 
A produção líquida de um povoamento florestal, resulta do crescimento das árvores, em 
tamanho, volume e peso. Dois conceitos não podem ser confundidos, o de Crescimento 
e o de Incremento. 
 
Crescimento, é o ato de crescer e Incremento, é o aumento das dimensões de uma árvore 
ou povoamento florestal, devido ao crescimento em um determinado período. O 
incremento pode ser avaliado seguindo suas variações de ano a ano. 
 
5.3.4.1 - Incremento Anual (I.A.) 
 
Expressa o que a árvore cresceu em um ano , ou seja , num intervalo de tempo entre um 
ano e outro. 
 
 Exemplo : IA = Volume em 1998 - Volume em 1997 
 
5.3.4.2 - Incremento Médio Anual (I.M.A) 
 
Expressa a média do crescimento anual da árvore , tomando-se como base o 
crescimento total e a idade da arvore. 
 
 IMA = Cn 
 N 
 onde : Cn , é o crescimento nos N anos e 
 
 N , Idade , ou n
0 
 de anos 
 
Exemplo : um reflorestamento implantado em 1990 , tem em 1998 , um volume médio 
por hectare (ha) igual a 36,00 m
3
, então o seu IMA foi : 
 
 IMA = 36,00 = 4,5 m
3
 / ha / ano 
 8 anos 
 
5.3.4.3 - Incremento Periódico Anual (I.P.A.) 
 
Expressa o que a árvore cresceu em média , em um determinado período. 
 
 IPA = Volume em 1998 - Volume em 1995 
 3 anos 
 
O incremento, pode explicar a capacidade de um sítio florestal, distinguindo-se os 
seguintes incrementos: 
30 
 
 
- Incremento em altura 
 
- Incremento em Diâmetros 
 
- Incrementos em Área Basal 
 
- Incremento em Volume 
 
 
6. SISTEMAS BÁSICOS DE EXPLORAÇÃO E 
RENDIMENTOS 
 
 
Uma floresta manejada de forma adequada, deve ser explorada regularmente, ou seja, 
deve proporcionar anualmente um rendimento regular e igual, o qual terá que ser 
equivalente à produção normal da floresta (TAYLOR, 1979 ). 
 
A exploração torna-se possível, quando baseada no controle do material lenhoso em 
crescimento e no Incremento Médio Anual (IMA) relacionados às condições da floresta. 
 
 O modelo de exploração pode ser expresso em função do: 
 
 
- Controle de Áreas 
 
- Controle de Rendimentos 
 
- Controle de Classes 
 
6.1 - CONTROLE DE ÁREAS 
 
Geralmente, aplicados em florestas reguladas, onde ocorre a uniformidade do meio 
físico. Segundo TAYLOR (1969), um dos exemplos mais simples, é fornecido por 
reflorestamentos destinados à exploração de lenha, onde, através do manejo florestal por 
"Talhadia Simples", a área total é dividida em vários talhões, de acordo com a rotação 
programada, explorando-se um único talhão a cada ano. 
 
O controle de áreas para povoamentos heterogêneos nunca manejados, portanto, 
desuniformes, constituídos de espécies com várias idades, a produtividade não deve ser 
considerada, uma vez que, não se conhece esta produtividade. Considera-se somente a 
produção do momento e estima-se a rotação para o novo povoamento através da 
estimativa do Incremento Médio Anual (IMA). 
 
Para a estimativa do IMA, utiliza-se de pesquisas no local, através de entrevistas com 
mateiros experimentados que moram na área a bastante tempo. 
 
Não havendo variações nas condições do meio e produção semelhante, os talhões 
podem ter áreas iguais. A área de exploração anual (X), pode ser obtida pela simples 
31 
 
divisão da área total (A) pelo número de anos da rotação. 
 
 X = A / R 
 
 Vantagens do Modelo de Exploração: 
 
- É simples e direto. 
 
- Identificação exata da área a ser explorada. 
 
- Obtêm-se uma floresta completamente regulada após um período de rotação. 
 
 Desvantagens do Modelo de Exploração: 
 
 Utilizando-se uma produção média por hectare, ocorrerá que, determinados talhões não 
atendam à demanda programada e outros talhões apresentem excesso de produção. 
 
6.2 - CONTROLE DE RENDIMENTOS OU DE INTENSIDADE 
 
De acordo com TAYLOR (1969), dois modelos para o calculodo controle de 
rendimento em volume, tem sido empregados nas florestas tropicais e sub-tropicais: 
 
 Modelo de Von Mantel: Y = 2V / R 
 
Onde: 
Y = Produção anual real da floresta 
V = Volume do material lenhoso em crescimento 
R = Rotação 
 
 Modelo de Smithies: Y = 2V / R- X 
 
Onde: 
 
X = Idade correspondente à classe mínima de tamanho considerado. 
 
 
 Usos e Limitações do Controle de Rendimentos: 
 
O controle de rendimento volumétrico é mais utilizado como guia apropriado para o 
início de cortes nas florestas em vias de regulação. 
 
Permite uma rápida aproximação de corte útil, mesmo com escassez de dados sobre o 
aproveitamento, mas de forma rudimentar. 
É de uso imediato. 
 
Não delimita a área de corte anual. 
 
6.3 - CONTROLE DE CLASSES 
 
Segundo TAYLOR (1969), o método introduzido por Brandis, para determinar o 
32 
 
rendimento anual admissível nas florestas, depende da distribuição do material lenhoso 
em crescimento por classe de desenvolvimento, até um limite mínimo e do tempo médio 
consumido para, que uma árvore da segunda mais elevada classe de desenvolvimento, 
adentra à primeira. 
 
Uma porcentagem de mortalidade, deve ser calculada ou estimada, como uma 
concessão às de cada classe de desenvolvimento até o final do período. Normalmente 
o controle de classe é usado para as florestas tropicais altas, onde a distribuição das 
classes podem ser admitidas como normal. O rendimento é calculado, como o número 
de árvores da classe "I", dividido pelo tempo necessário para que as árvores da classe 
"II" integrem a classe "I". 
 
7. MÉTODOS CLÁSSICOS DE MANEJO FLORESTAL 
 
O manejo florestal abrange todas as operações culturais que são a aplicadas a uma 
floresta no decorrer de sua vida. Essas operações têm por objetivos: 
 
- A forma e intensidade da exploração; 
 
- O sucesso da regeneração natural das espécies desejadas; 
 
- O tratamento adequado das árvores; 
 
- A atenção devida ao solo; 
 
- A criação de condições ótimas para a regeneração (TAYLOR, 1969). 
 
7.1 - PRINCÍPIOS BÁSICOS SOBRE REGENERAÇÃO 
NATURAL 
 
Para que ocorra o sucesso da regeneração natural, nas operações de manejo florestal em 
regime de rendimento sustentável devem ser observados alguns princípios básicos 
sobre o processo de regeneração natural. 
 
(Inoue,1979), define a Regeneração Natural como sendo o processo autógeno de 
perpetuação das espécies vegetais . É uma forma de reconstituir ou perpetuar 
povoamentos florestais através da disseminação natural de semente e da produção 
vegetativa autógena (rebrotação). 
 
A regeneração natural visa a produção sustentável e a conservação dos elementos de 
produção de uma floresta. 
 
Relata que a propagação pela regeneração natural requer: 
 O conhecimento da auto-ecologia das espécies, principalmente quanto à produção e 
disseminação das sementes, germinação e exigências eco-fisiológicas da fase juvenil 
das árvores; e 
 
Da aplicação de algumas técnicas de regeneração. 
 
33 
 
7.1.1 - CONHECIMENTOS ELEMENTARES SOBRE A AUTO-
ECOLOGIA DAS ESPÉCIES FLORESTAIS. 
 
 7.1.1.1 - Periodicidade e Intensidade de Frutificação 
 
O conhecimento da periodicidade e da intensidade de frutificação permite estabelecer 
com certa precisão a época dos tratamentos prévios do povoamento maduro, antes do 
corte de regeneração, como por exemplo: 
 
 Existem espécies que não frutificam todos os anos; outras frutificam intensamente em 
um ano e no ano seguinte a produção de sementes é muito pequena , determinando uma 
certa periodicidade de frutificação. 
 
7.1.1.2 - Dormência das sementes 
 
Existem espécies que apresentam dormência em suas sementes, necessitando de um 
longo período para germinarem naturalmente, como é o caso do pequizeiro (Caryocar 
coriaceum Wittm.) que exige um tempo médio de 18 meses para ocorrer a germinação 
de suas sementes. O conhecimento da dormência das sementes é muito importante no 
estabelecimento da regeneração natural. 
 
7.1.1.3 - Forma de Disseminação das Sementes. 
 
O estudo sobre a morfologia dos órgãos reprodutores, permite se conhecer a 
intensidade, distância e eficiência da disseminação. 
 
7.1.1.4 - Tolerância 
 
É um dos fatores mais importantes da regeneração natural. Existem espécies que não 
suportam o sombreamento (intolerantes ; heliófilas ou pioneiras), outras , em pelo 
menos uma fase de suas vidas necessitam de sombreamento para se desenvolverem 
(tolerantes) . 
 
A tolerância das espécies florestais é o ponto de partida para se estabelecer a 
composição e a estrutura do novo povoamento. 
 
7.1.1.5 - Rebrotação ( Produção Vegetativa Autógena ) 
 
É a capacidade de algumas espécies florestais, em regenerar-se a partir de células 
somáticas, onde as plantas regeneradas reproduzem todas as características genéticas de 
sua progenitora. 
 
A facilidade de regeneração e a tolerância à sombra de algumas espécies vegetais, 
conduzem a dominância do povoamento florestal. 
 
Espécies de elevado valor comercial, geralmente por serem madeira duras possuem um 
ritimo de crescimento muito lento e que leva desvantagem em competir com as de 
rápido crescimento, daí a sua ocorrência esparsa. 
 
34 
 
A grande maioria dos Métodos Clássicos de Manejo Florestal, baseiam-se em princípio, 
na condução da regeneração natural por sementes e ou por rebrotação de cepas . 
 
Dentre os principais Métodos Clássicos de Manejo Florestal podem ser destacados os 
seguintes : 
 
7.2 – MÉTODOS CLÁSSICOS 
 
7.2.1 – MÉTODOS DE EXPLORAÇÃO FLORESTAL A CÉU 
ABERTO OU PLENA ABERTURA 
 
7.2.1.1 - Talhadia Simples 
 
Neste método a regeneração do povoamento florestal ocorre a céu aberto, através da 
germinação de sementes dissipadas pelas árvores e pela fauna e da rebrotação das 
cepas. A exploração é feita em “corte raso”. É indicado para a produção de pequenos 
postes e de madeiras para combustíveis, de curta rotação. Taylor 1969. 
 
* Derivações 
 
7.2.1.1 - Talhadia em Faixas Alternadas 
 
 * Procedimento 
 
a - Realização do Mapeamento da Cobertura Florestal e Inventário Florestal 
 
O mapeamento da cobertura vegetal , tem por objetivo o conhecimento das tipologias 
florestais existentes , e sua localização no terreno e em planta , bem como dividir a área 
a ser explorada em talhões , de acordo com uma rotação pré-determinada. 
 
O inventário florestal tem por finalidade o conhecimento da estrutura horizontal do 
povoamento florestal a explorar (Área Basal , volume etc.), estrutura vertical ( 
distribuição sociológica das árvores através de suas altura , distribuição espacial, de 
cada espécie etc.) e composição florística ( listagem das espécies, famílias etc.) das 
tipologias florestais identificadas durante o mapeamento, bem como , elaborar a 
estimativa do Volume Médio, Incremento Médio Anual ( IMA) e estabelecer a Rotação 
e o Ciclo de Corte. 
 
b - Determinação da direção predominante dos ventos, a forma e época da disseminação 
das sementes e a distância de disseminação, visando estabelecer a largura das faixas a 
serem exploradas. 
 
c - Exploração em corte raso das faixas selecionadas. 
 
d - Exploração das faixas remanescentes. 
 
 
 
35 
 
7.2.1.2 – Talhadia Simples em Talhões Alternados. 
 
 * Procedimento 
 
a - Realização do mapeamento e o inventário da cobertura florestal 
 
b - Exploração em corte raso do primeiro talhão selecionado. 
 
c - Exploração dos talhões remanescentes de forma alternada até que se complete o ciclo 
de corte 
 
7.2.1.3 – Talhadia Simples emTalhões Seqüenciados 
 
 * Procedimentos 
 
a - Realização do mapeamento e o inventário da cobertura florestal 
 
b - Exploração em corte raso do primeiro talhão selecionado. 
 
c - Exploração dos talhões remanescentes de forma seqüenciada até que se complete o 
ciclo de corte 
 
7.2.2 – MÉTODOS DE EXPLORAÇÂO SOB COBERTURA 
 
7.2.2.1 -Talhadia Composto ou Alto Fuste ou Sob 
Cobertura 
 
È aplicado em florestas de porte elevado e pode ser subdividido em três tratamentos: 
 
7.2.2.1.1 – Alto Fuste Regular com Regeneração por Corte 
Único 
 
As árvores são exploradas quando atingem a idade da rotação. A área é explorada em 
“corte raso”, com exceção das árvores de grande desenvolvimento. A regeneração se 
processa naturalmente por sementes e artificialmente por semeadura direta no campo ou 
ainda por plantio de mudas. 
 
7.2.2.1.2 - Árvores Porta Sementes 
 
É muito semelhante ao talhadia composto ou alto fuste, diferenciando-se na seleção 
das espécies que ficarão como árvores porta sementes 
 
 * Procedimentos 
 
a - Mapeamento e Inventário Florestal 
 
b - Marcação das Árvores Matrizes ou Porta Sementes 
 
36 
 
c - Exploração em corte raso de todas as árvores com exceção das porta sementes. 
 
d - Exploração das árvores porta sementes 
 
 Após o estabelecimento da regeneração natural e com o incremento das espécies 
selecionadas deve ser efetuadas a exploração das árvores porta sementes. 
 
7.2.2.1.3 - Alto Fuste com Regeneração por Cortes 
Progressivos ou Sob Cobertura Uniforme: 
 
Neste método a regeneração ocorre sobre o abrigo das árvores do antigo povoamento. 
 
Aproxima-se ao processo sucessional das florestas naturais, onde as espécies heliófilas 
preenchem rapidamente as clareiras, dando condições ao desenvolvimento das espécies 
tolerantes em uma fase posterior. Favorece a regeneração natural sob o dossel formado 
pelos indivíduos remanescentes, que servem como proteção e fonte de sementes. 
 
 Esta técnica é indicada para a exploração de florestas naturais heterogêneas inequiânea 
 
 * Procedimentos 
 
a - Corte Preparatório: 
 
Visa favorecer as condições de disseminação e Germinação de sementes das espécies 
desejáveis. 
 
Quando as árvores se aproximam do período de rotação, algumas são exploradas, para 
favorecer a disseminação de sementes. Esta exploração favorece a penetração da 
radiação solar até o solo, de modo que as mudas existentes e as emergentes possam se 
desenvolver. 
 
b - Corte de Regeneração: 
 
Visa estabelecer a regeneração natural emergente. Após alguns anos, a vegetação 
existente será renovada gradativamente em uma série de explorações secundárias, 
favorecendo o desenvolvimento das mudas e da regeneração natural mais elevada, das 
espécies desejáveis. 
 
c - Corte de Remoção: 
 
Visa elevar a luminosidade para as espécies desejáveis, com a exploração econômica de 
madeiras. A remoção final da vegetação arbórea é realizada em corte final, favorecendo 
a uma maior penetração de luminosidade, assegurando o desenvolvimento da 
regeneração natural, sem contudo deixar o solo exposto. Isto requer maiores cuidados na 
exploração e implica que, os custos da exploração irão depender do número de 
operações. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
37 
 
 - Regeneração Natural mais segura que nos métodos descritos anteriormente. 
 
 - Maior fonte de sementes. 
 
 - Requer maiores cuidados na exploração , para não danificar as mudas da 
 regeneração natural. 
 
 - Custos operacionais de exploração, dependem do número de operações. 
 
 - Menor exposição do solo a processos erosivos. 
 
7.2.2.2 – Método Jardinado ou de Seleção 
 
É aplicado a florestas irregulares, onde existem em uma mesma área, árvores com todas 
as idades em distribuição espacial totalmente irregular. 
 
A forma de manejar este povoamento em regime de rendimento sustentável, seria a 
exploração seletiva, onde só serão retiradas árvores que atingirem a idade e o porte de 
exploração econômica. 
 
Requer um trabalho periódico na floresta durante os quais, as árvores são marcadas e 
exploradas ao mesmo tempo em que são realizadas as operações silviculturais de 
melhoramento. 
 
A floresta é dividida em tantas parcelas (talhões) quanto forem os anos do ciclo de 
rotação e as operações anuais seguirão pela ordem, as parcelas. 
 
 Procedimentos: 
 
Seleção e marcação das espécies comercializáveis, acima de um DAP pré-fixado ; 
 
Corte das árvores selecionadas, inclusive as doentes, defeituosas e mortas ; 
 
Operações destinadas a auxiliar a regeneração natural ( limpezas, raleio, desbaste)etc. 
 
A possibilidade de qualquer outra operação silvicultural está condicionada à 
disponibilidade de recursos financeiros para executá-las. 
 
Observações : 
 
O ciclo de corte (rotação ) situa-se entre os 10 e 20 anos 
 
A determinação da rotação é influenciada por dois fatores fundamentais: 
 
O primeiro esta relacionado à concentração de cortes. Quanto mais longo o ciclo de 
corte, menor a área de exploração anual. (os cortes serão mais pesados e mais 
concentrados ). 
 
O segundo depende da intensidade desejada para as operações silviculturais, as quais 
serão mais intensas com ciclo de cortes ( rotações ) mais curtos 
38 
 
7.2.2.3 – Método Tropical de Alto Fuste 
 
Este método transformar a floresta natural heterogênea em floresta homogênea “pauci” 
espécies “equiâneas”, de elevado rendimento. 
Favorece a regeneração natural da floresta, sob a proteção da vegetação primitiva, a 
qual é explorada após o estabelecimento da nova geração, de modo que, as classes de 
idade, permanecerão confinadas dentro das áreas exploradas e não espalhadas por toda a 
floresta. 
Este método é desenvolvido para ser executado em quatro fases 
 
A - Fase Inicial – Abertura inicial das copas. 
 
Esta atividade é realizada no 1º e 2º ano e esta dividida em duas operações : 
 
I - Eliminação das plantas trepadeiras (cipós) e espécies indesejáveis. 
 
Deve ser realizada no período das chuvas. Este corte assegura uma maior penetração da 
luz, melhor arejamento e facilidade de acesso. 
 
II - Eliminação das espécies indesejáveis dos degraus inferiores é efetuada pelo 
envenenamento ou anelamento das árvores. 
 
No ano seguinte, durante o período seco, ocorrerá um segundo envenenamento 
/anelamento das árvores indesejáveis de portes mais elevados (Dossel Intermediário). 
 
B ) Operações de Limpeza 
 
Efetuadas do segundo ao quinto ano. Visa eliminar a concorrência da vegetação 
indesejável e ao mesmo tempo, corte das bifurcações (poda ) que podem ocorrer nas 
espécies desejáveis. 
 
C ) Exploração 
 
Após os cinco anos de favorecimento da regeneração, a área de corte será explorada. 
Esta exploração só deve ocorrer nas árvores do dossel superior, ocorrendo o 
envenenamento / anelamento das espécies indesejáveis. 
 
D ) Tratamentos Pós Exploração. 
 
Ocorre entre o 7º ao 10º ano, e consiste na condução da rebrotação das árvores 
provenientes da regeneração natural danificadas durante a operação de exploração. 
 
A partir do 10º ano podem ser aplicadas técnicas silviculturais que possam beneficiar o 
desenvolvimento da regeneração. 
 
7.2.2.4 - Sistema Malaio de Exploração 
 
Difere do Método Tropical de Alto Fuste, pelo fato da regeneração não ocorrer 
39 
 
realmente sob um alto fuste do tipo clássico. 
 
É Indicado para o manejo extensivo de florestas naturais, convertendo-as em florestas 
homogêneas uniformes. Isto deve ocorrer em prazo mínimo de 12 anos. 
 
Procedimentos:Dezoito (18) meses antes da exploração, realiza-se um inventário 
florestal para verificar a quantidade de espécies desejáveis. 
 
Se o número de árvores das espécies desejáveis atingir a um índice 
igual ou superior à 40% do total das espécies, considera-se como 
suficiente. 
 
A exploração das árvores desejáveis é efetuada um ano após a uma 
boa produção de sementes e ao envenenamento / anelamento das 
árvores indesejáveis . Isto deve ocorrer em um período máximo de 1,0 a 
2,0 anos após o inventário florestal. 
Entre o terceiro e quinto ano, são efetuadas quantas limpezas forem 
necessárias. 
 
No sexto ano será efetuada novo inventário para verificar o 
comportamento da regeneração natural. 
 
Entre o sexto e o décimo ano, realiza-se operações culturais. 
 
No décimo ano, realiza-se um novo inventário florestal para determinar 
o rítimo de crescimento e os tratamentos que devem ser efetuados (corte 
de trepadeiras, envenenamento / anelamento de espécie indesejáveis 
etc. 
 
Se tudo corre bem, a partir do décimo segundo ano, após um novo 
inventário inicia-se um novo ciclo de exploração. 
 
7.2.2.5 - Método para Florestas Naturais sob Regime de 
Exploração Extensivo. 
 
Procedimentos : 
 
a - Levantamento das Espécies Desejáveis 
 
Durante o inventário florestal levanta-se a quantidade de espécies desejáveis , 
observando-se sua regeneração natural. Se a regeneração for boa ( em torno de 40%), 
prossegue-se com o processo marcando-se de 10 a 20% das árvores com um (DAP) pré-
fixado. 
 
b - Amostragem da Produção de Sementes das Espécies Desejáveis. 
 
Através de um processo simplificado de amostragem na área a ser explorada, efetua-se 
40 
 
um levantamento da produção de sementes. 
 
c - Exploração das espécies Desejáveis. 
 
Após um ano de boa produção de sementes, executa-se a exploração das espécies 
comercializáveis e eliminação das espécies indesejáveis. 
 
d - Tratos Silviculturais 
 
Dois anos após a exploração se for necessário, efetua-se operações de limpeza e 
controle de densidade. 
 
COMENTÁRIOS : 
 
O solo nunca fica exposto 
 
Após o estabelecimento da rotação programada o estrato superior fica formado por 
indivíduos equiâneos de espécies valiosas. 
 
8.0 - FUNÇÕES DAS FLORESTAS 
 
Como funções das florestas, comenta-se sobre os produtos e feitos que estas podem 
oferecer ou exercer sobre determinados ecossistemas, destacando-se as seguintes: 
 
8.1 - Funções Ecológicas ou de Proteção 
 
São as influências ou relações benéficas que as florestas exercem sobre o ambiente em 
que vivemos, assegurando condições naturais de vida para a sociedade.As florestas 
podem influenciar diretamente ou indiretamente sobre: 
 
8.1.1 - O Clima 
 
O efeito das florestas em relação ao clima, pode ser localizado, atuando sobre: 
 
- A radiação solar: A radiação solar tem menos efeito sobre o aquecimento do ar e do 
solo, no interior da floresta do que fora dela; 
 
- As Chuvas: É provável que uma combinação de fatores podem elevar localmente a 
pluviosidade. A floresta tem influência direta sobre o ciclo hidrológico local e regional. 
 
- Umidade Relativa: No interior da floresta a umidade relativa, é muito mais elevada do 
que em seu exterior. 
 
- Os Ventos: A floresta promove a proteção contra a violência dos ventos e 
ressecamento dos solos. 
 
8.1.2 - A Manutenção da Fertilidade dos Solos 
 
Geralmente, as árvores possuem um sistema radicular bem desenvolvido, retirando das 
41 
 
camadas mais profundas do solo, nutrientes, que são translocados pela seiva para a 
parte aérea destes vegetais. Com a queda de folhas, galhos e troncos sobre o solo, inicia-
se o processo de decomposição desta matéria orgânica, colocando em disponibilidades 
nutrientes minerais, retirados dos horizontes sub-superficiais. 
 
8.1.3 - Proteção da Vida Silvestre. 
 
 As florestas servem como abrigo e refúgio para a fauna silvestre. 
 
8.1.4 - Proteção e Manutenção de Recursos Hídricos 
 
- Efeito Esponja: 
 
A camada de galhos secos, folhas (serrapilheira) e matéria orgânica sobre o solo, 
contribuem para uma maior infiltração de água no solo . A destruição da vegetação, da 
serrapilheira e matéria orgânica do sobre o solo, irá causar uma diminuição no 
abastecimento dos lençóis d’água subterrâneos, devido a maior dificuldade na 
infiltração de água e o maior escorrimento superficial. 
 
- Mata Ciliar: 
 
A preservação da mata ciliar é muito importante, uma vez que a vegetação e a matéria 
orgânica acumulada sobre a superfície do solo impede o escorrimento superficial da 
água, facilita a infiltração e controla a vazão de córregos, rios e fontes, evitando o 
assoreamento dos mesmos. 
 
- Controle da Erosão: 
 
As modificações na cobertura vegetal podem acarretar a elevação do escorrimento 
superficial e a conseqüente erosão laminar acelerada em primeiro momento, até o 
surgimento das vossorocas. A vegetação é a melhor proteção que o solo, pode ter. 
 
8.2 - FUNÇÕES ECONÔMICAS DAS FLORESTAS 
 
Consideram-se como funções econômicas das florestas, os produtos, sub-produtos e 
serviços que estas podem oferecer ao homem, destacando-se as 
seguintes(BRASIL,1986 ): 
 
8.2.1 - Função Área 
 
 A existência da floresta, implica na ocupação ou restrições do uso de sua área 
para outros fins concorrentes, como no caso da agricultura, pecuária, infra-estrutura 
viária, cidades, represas, etc. 
 
8.2.2 - Produção de Bens 
 
Diversos produtos originados nas florestas, sempre foram elementos básicos da vida 
humana e de sua economia. Dentre estes produtos podemos destacar os seguintes : 
42 
 
 
- Produtos Madeireiros: lenha, material para construção, carvão vegetal, etc. 
 
- Produtos não Madeireiros: alimentos, remédios, biocídas, etc. 
 
8.2.3 - Rendimentos e Salários 
 
A atividade produtiva em uma floresta, envolve um proprietário, arrendatários, 
prestadores de serviços, trabalhadores, etc, gerando empregos e salários, de forma 
direta. Indiretamente os recursos florestal, por ser fonte de energia de muitas indústrias, 
contribuem para a geração de milhares de empregos em cerâmicas, olarias, siderúrgicas, 
padarias, etc. 
 
8.2.4 - Capital 
 
O estoque florestal e seu incremento, é o maior capital da floresta. 
 
8.3 - FUNÇÕES SOCIAIS E CULTURAIS 
 
8.3.1 - Lazer e Recreação 
 
8.3.2 - Educação Ambiental 
 
 
9 – ARBORIZAÇÃO URBANA 
 
 
9.1 - INTRODUÇÃO / DEFINIÇÕES 
 
Entende-se por arborização urbana, toda cobertura vegetal de porte arboreo existentes 
nas cidades. 
A arborização urbana, está relacionada ao elementos vegetais arbóreos encontrados 
dentro de uma cidade, vila etc. 
 
9.1.1 - Espaço Urbano 
 
É formado basicamente pelas áreas edificadas como : 
 
Casas 
Comércio e indústrias 
Sistema viário 
Áreas destinadas a circulação da população. 
 
9.1.2 -Espaço Livre 
 
São as áreas livres de edificações como: 
43 
 
 
Praças 
Quintais 
 
OBS: os espaços livres se contrapõem ao espaço construido. 
 
O ESPAÇO LIVRE PODE SER DIVIDIDO EM : 
 
9.1.2 - De uso público, com acesso livre da população: 
 
Parques 
Praças 
Cemitérios 
Unidades de conservação. 
 
9.1.3 - espaços livres potencialmente coletivos 
 
Universidades 
Escolas 
Igrejas 
 
9.1.4 - Áreas livres privadas 
 
Jardins 
Quintais 
 
Os espaços livres, ainda podem ser classificados em : 
 
9.1.5 – Áreas Verdes, onde predominam a vegetação arbórea : 
 
Praças 
Jardins públicos 
Parques urbanos 
Canteiros centrais de avenidas, trevos, rotatorias etc. 
 
Obs: as

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