Buscar

CCJ0017-WL-D-AMMA-14-Testamenteiro

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

DIREITO CIVIL VI
Aula 14 –
Testamenteiro.
Introdução ao
Inventário.
Inventário Judicial e
Administrativo.
Arrolamento.
Colações. Sonegados.
Impugnação da
Partilha.
DIREITO CIVIL VI
Conteúdo Programático desta aula
1. Testamenteiro. 
2. Introdução ao 
Inventário. 
3. Inventário Judicial e 
Administrativo. 
4. Arrolamento. 
5. Colações. 
6. Sonegados. 
7. Impugnação da 
Partilha.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 3
TESTAMENTEIRO
Art. 1.976. O testador pode nomear um ou mais
testamenteiros, conjuntos ou separados, para lhe
darem cumprimento às disposições de última vontade.
Art. 1.986. Havendo simultaneamente mais de um
testamenteiro, que tenha aceitado o cargo, poderá
cada qual exercê-lo, em falta dos outros; mas todos
ficam solidariamente obrigados a dar conta dos bens
que lhes forem confiados, salvo se cada um tiver, pelo
testamento, funções distintas, e a elas se limitar.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 4
São atribuições do testamenteiro (vide também art. 1.127, CPC):
1- Dar cumprimento às disposições testamentárias, observados
prazos e condições estabelecidos pelo testador.
2- Apresentar em juízo o testamento para serem cumpridas as
formalidades de abertura e publicação, registro e ordem de
cumprimento. Quando necessário, participar da ouvida das
testemunhas (arts. 1.130 e 1.131, CPC).
3- No prazo de 180 dias contados da aceitação da testamentaria
(arts. 1.980 e 1.983, CC e art. 1.135, CPC) dar execução às
disposições testamentárias, se outro prazo ou condição não tiver
sido imposta pelo testador.
4- Prestar contas do que recebeu e despendeu.
5- Requerer o inventário (art. 1.978, CC) e, havendo
determinação do juiz, levá-lo a registro (art. 1.979, CC).
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 5
6- Defender a validade e eficácia do testamento (art.
1.981, CC).
7- Defender a posse dos bens da herança (art. 1.137,
CPC).
8- Exercer suas funções de acordo e no limite das
atribuições e poderes que lhe foram conferidos pelo
testador (art. 1.982, CC).
9- A responsabilidade do testamenteiro perdura
enquanto perdurar a execução do testamento (art.
1.980, CC).
10- Após a assunção da função o testamenteiro só
poderá deixar de exercê-la por justa causa e o
afastamento dependerá de decisão judicial (art. 1.141,
CPC). O testamenteiro, no entanto, pode ser removido
a pedido dos demais herdeiros em pedido devidamente
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 6
DO INVENTÁRIO
Art. 982 CPC- Havendo testamento ou interessado
incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial; se todos
forem capazes e concordes, poderá fazer-se o
inventário e a partilha por escritura pública, a qual
constituirá título hábil para o registro imobiliário.
§ 1º O tabelião somente lavrará a escritura pública se
todas as partes interessadas estiverem assistidas por
advogado comum ou advogados de cada uma delas ou
por defensor público, cuja qualificação e assinatura
constarão do ato notarial.
§ 2º A escritura e demais atos notariais serão gratuitos
àqueles que se declararem pobres sob as penas da lei.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 7
Art. 983 CPC- O processo de inventário e partilha deve
ser aberto dentro de 60 (sessenta) dias a contar da
abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze)
meses subseqüentes, podendo o juiz prorrogar tais
prazos, de ofício ou a requerimento de parte.
Art. 985 CPC - Até que o inventariante preste o
compromisso (Art. 990, parágrafo único), continuará o
espólio na posse do administrador provisório.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 8
Bens que não precisam ser inventariados
1- Levantamento de pequenas quantias – o
procedimento a ser utilizado é o de alvará judicial (art.
1.793, CC)
2- Levantamento de FTGS, PIS/PASEP, cadernetas de
poupança; restituição de tributos. Poderão ser
levantados administrativamente pelos dependentes do
‘de cujus’, desde que não existam outros bens que
devam ser inventariados (Leis n. 6.858/1980 e n.
8.213/1981 e art. 1.037, CPC). Se não há dependentes
habilitados, poderão os sucessores realizar o
levantamento mediante alvará judicial (Súmula 161,
STJ) ou escritura pública de inventário e partilha.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 9
3- Seguro de vida e previdência privada pelo beneficiário da
apólice (art. 792, CC).
4- Bens que já estão na posse de um ou alguns herdeiros ou
terceiros quando já decorrido prazo para usucapião em favor dos
possuidores (Súmula 237, STF).
5- O bem de família convencional não está sujeito a inventário e
partilha enquanto nele residir cônjuge supérstite ou filho menor.
6- Bens doados conjuntamente a marido e esposa, uma vez que
na ausência de um o bem subiste em sua integralidade para o
outro, conforme previsão do art. 551, CC.
7- Valores existentes em contas conjuntas, uma vez que há
solidariedade entre marido e esposa e qualquer um pode sacar a
totalidade do numerário.
8- Valores e bens existentes em cofres de segurança quando
permitida a utilização e abertura por qualquer um dos
interessados.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 10
9- Quando instituído usufruto vitalício a morte do usufrutuário
consolida a propriedade nas mãos do nu-proprietário,
independente de inventário (art. 1.410, I, CC).
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 11
Inventário negativo
Não há previsão de inventário negativo na legislação
civil e supletiva, no entanto, é prática comum e tem
sido admitida (tanto judicial como
administrativamente) quando há, em situações
extraordinárias (como por exemplo, arts. 1.523, I e III;
1.792, CC), necessidade de se demonstrar a
inexistência de bens a serem inventariados.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 12
Inventário Conjunto
Ainda que o acervo hereditário seja individual, há três situações
que autorizam que se proceda um único inventário (distribuição
por dependência – art. 1.045, CPC) para duas pessoas distintas:
1- Por falecimento do cônjuge supérstite antes do término do
inventário do cônjuge pré-morto (art. 1.043, CPC).”As duas
heranças são inventariadas e partilhadas cumulativamente,
desde que os herdeiros do casal sejam os mesmos. Cabe igual
procedimento quando se tratar de união estável”
2- Por falecimento do herdeiro antes do término do inventário
do parente pré-morto (art. 1.044, CPC). “A exigência é tão só
que o inventário esteja tramitando e o quinhão hereditário do
herdeiro falecido componha seu acervo sucessório”
3- Por Comoriência, embora não haja expressa previsão legal
sobre isso.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 13
Inventariança
Art. 990 - O juiz nomeará inventariante:
I - o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivesse
convivendo com o outro ao tempo da morte deste;
II - o herdeiro que se achar na posse e administração do espólio,
se não houver cônjuge ou companheiro sobrevivente ou estes
não puderem ser nomeados;
III - qualquer herdeiro, nenhum estando na posse e
administração do espólio;
IV - o testamenteiro, se lhe foi confiada a administração do
espólio ou toda a herança estiver distribuída em legados;
V - o inventariante judicial, se houver;
VI - pessoa estranha idônea, onde não houver inventariante
judicial.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 14
Caso Concreto 1
Rui, casado com Amanda em regime de separação de bens
faleceu ‘ab intestato’ em 20 de dezembro de 2008. Rui e
Amanda tinham quatro filhos e o patrimônio deixado pelo ‘de
cujus’ era composto por 3 imóveis em Curitiba, uma casa em
Florianópolis, um carro (todos adquiridos onerosamente na
constância do casamento), saldo de FGTS e valores em conta
conjunta com sua esposa. Deixou também segurode vida em que
indicou como beneficiária sua sobrinha Aline. Pergunta-se:
1- A quem caberá a administração provisória da herança?
Explique sua resposta.
R: Em regra a administração provisória permanece com o
herdeiro que detinha sua posse no momento da abertura da
sucessão (art. 1.797, CC). Supondo que Amanda a detinha, será
dela a administração provisória.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 15
2- Supondo todos capazes, quem deverá ser nomeado inventariante?
Explique sua resposta.
R: Pode ser nomeado o administrador provisório. No entanto, a regra é
que o cônjuge supérstite seja nomeado inventariante, no caso Amanda
(art. 990, CPC).
3- Há bens que não precisam ser inventariados? Explique sua resposta.
R: Apenas o seguro destinado à sobrinha não precisa ser inventariado
(art. 792, CC) e os valores existentes na conta corrente, uma vez que
conjunta (obrigação solidária). Todo o restante precisará ser
inventariado não aplicando as exceções estudadas.
4- Qual o prazo para abertura e finalização do inventário? Supondo que
o cônjuge seja domiciliado na mesma cidade em que você, haverá
multa pela não observância do prazo de abertura do inventário?
R: O prazo para abertura do inventário é de sessenta dias a partir da
abertura da sucessão, devendo ser finalizado em doze meses (art. 983,
CPC).
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 16
Sobre a função de testamenteiro, assinale a alternativa correta:
a) Pode ser nomeado testamenteiro o cônjuge daquele que
redigiu o testamento a rogo.
b) O testador pode sempre à sua escolha conceder a posse e a
administração da herança ao testamenteiro.
c) O testamenteiro exerce um ‘munus publico’, por isso, é
obrigado a aceitar o exercício das funções.
d) Havendo vários testamenteiros nomeados sucessivamente
todos serão considerados solidários.
e) O testamenteiro que não seja herdeiro ou legatário tem
direito à remuneração que é chamada vintena. A
remuneração pode ser fixada pelo testador ou pelo juiz, e,
neste último caso, variará entre 1% a 5% da herança líquida.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 17
INVENTÁRIO JUDICIAL (solene)
Art. 982 - Havendo testamento ou interessado incapaz,
proceder-se-á ao inventário judicial; se todos forem
capazes e concordes, poderá fazer-se o inventário e a
partilha por escritura pública, a qual constituirá título
hábil para o registro imobiliário.
§ 1º O tabelião somente lavrará a escritura pública se
todas as partes interessadas estiverem assistidas por
advogado comum ou advogados de cada uma delas ou
por defensor público, cuja qualificação e assinatura
constarão do ato notarial.
§ 2º A escritura e demais atos notariais serão gratuitos
àqueles que se declararem pobres sob as penas da lei.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 18
Competência (relativa):
Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do
falecido.
Art. 96 CPC- O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil,
é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o
cumprimento de disposições de última vontade e todas as ações
em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no
estrangeiro.
Parágrafo único - É, porém, competente o foro:
I - da situação dos bens, se o autor da herança não possuía
domicílio certo;
II - do lugar em que ocorreu o óbito se o autor da herança não
tinha domicílio certo e possuía bens em lugares diferentes.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 19
Valor da Causa e Custas processuais e taxas judiciárias
Art. 259 - O valor da causa constará sempre da petição inicial e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma do principal, da pena e dos
juros vencidos até a propositura da ação;
II - havendo cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma
dos valores de todos eles;
III - sendo alternativos os pedidos, o de maior valor;
IV - se houver também pedido subsidiário, o valor do pedido principal;
V - quando o litígio tiver por objeto a existência, validade,
cumprimento, modificação ou rescisão de negócio jurídico, o valor do
contrato;
VI - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais,
pedidas pelo autor;
VII - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, a
estimativa oficial para lançamento do imposto.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 20
Valoração dos Bens
Art. 1.000 - Concluídas as citações, abrir-se-á vista às partes, em
cartório e pelo prazo comum de 10 (dez) dias, para dizerem
sobre as primeiras declarações. Cabe à parte:
I - argüir erros e omissões;
II - reclamar contra a nomeação do inventariante;
III - contestar a qualidade de quem foi incluído no título de
herdeiro.
Parágrafo único - Julgando procedente a impugnação referida no
nº I, o juiz mandará retificar as primeiras declarações. Se
acolher o pedido, de que trata o nº II, nomeará outro
inventariante, observada a preferência legal. Verificando que a
disputa sobre a qualidade de herdeiro, a que alude o nº III,
constitui matéria de alta indagação, remeterá a parte para os
meios ordinários e sobrestará, até o julgamento da ação, na
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 21
entrega do quinhão que na partilha couber ao herdeiro admitido.
Art. 1.002 - A Fazenda Pública, no prazo de 20 (vinte) dias, após
a vista de que trata o Art. 1.000, informará ao juízo, de acordo
com os dados que constam de seu cadastro imobiliário, o valor
dos bens de raiz descritos nas primeiras declarações.
Art. 1.003 - Findo o prazo do Art. 1.000, sem impugnação ou
decidida a que houver sido oposta, o juiz nomeará um perito
para avaliar os bens do espólio, se não houver na comarca
avaliador judicial.
Parágrafo único - No caso previsto no Art. 993, parágrafo único,
o juiz nomeará um contador para levantar o balanço ou apurar
os haveres.
Assistência judiciária gratuita: a concessão está condicionada
ao valor do acervo sucessório e não à condições econômicas dos
herdeiros.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 22
Primeiras declarações:
“Essas primeiras declarações, pela amplitude dos
elementos que dela devem constar por expressa
previsão legal, representam a peça processual na qual,
em linhas gerais, é promovida a identificação e
individualização de todo o acervo hereditário, com a
especificação detalhada e completa dos bens, direitos
e obrigações, com a respectiva situação jurídica (valor,
pendência de algum litígio etc.), e a identificação
também completa de todos os sucessores, sejam eles
legítimos ou instituídos, demonstrando a causa de sua
convocação, tudo devidamente acompanhado da
documentação pertinente”
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 23
Últimas Declarações
Art. 1.011 CPC - Aceito o laudo ou resolvidas as
impugnações suscitadas a seu respeito lavrar-se-á em
seguida o termo de últimas declarações, no qual o
inventariante poderá emendar, aditar ou completar as
primeiras.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 24
ITCMD: (art. 1.013, CPC), imposto que incidirá sobre o monte-
mor (valor total dos bens a serem partilhados).
Súmula 112, STF:
“o imposto de transmissão ‘causa mortis’ é devido pela alíquota
vigente ao tempo da abertura da sucessão”.
ITBI: o ITBI incidirá sobre o valor dos bens imóveis que na
partilha forem atribuídos ao cônjuge sobrevivente, a qualquer
herdeiro, ao legatário ou ao cessionário, desde que ultrapassem
a cota da meação ou quinhão hereditário.
Pagamento das dívidas:
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às
forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso,
salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor
dos bens herdados.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 25
Sentença:
Art. 1.027. Passada em julgadoa sentença mencionada no artigo
antecedente, receberá o herdeiro os bens que Ihe tocarem e um
formal de partilha, do qual constarão as seguintes peças:
I - termo de inventariante e título de herdeiros;
II - avaliação dos bens que constituíram o quinhão do herdeiro;
III - pagamento do quinhão hereditário;
IV - quitação dos impostos;
V - sentença.
Parágrafo único. O formal de partilha poderá ser substituído por
certidão do pagamento do quinhão hereditário, quando este não
exceder 5 (cinco) vezes o salário mínimo vigente na sede do
juízo; caso em que se transcreverá nela a sentença de partilha
transitada em julgado.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 26
Sobrepartilha
Art. 1.040 - Ficam sujeitos à sobrepartilha os bens:
I - sonegados;
II - da herança que se descobrirem depois da partilha;
III - litigiosos, assim como os de liquidação difícil ou
morosa;
IV - situados em lugar remoto da sede do juízo onde se
processa o inventário.
Parágrafo único - Os bens mencionados nos nºs. III e IV
deste artigo serão reservados à sobrepartilha sob a
guarda e administração do mesmo ou de diverso
inventariante, a aprazimento da maioria dos herdeiros.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 27
INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL OU ADMINISTRATIVO
Art. 2.022 CPC. Ficam sujeitos a sobrepartilha os bens
sonegados e quaisquer outros bens da herança de que
se tiver ciência após a partilha.
ARROLAMENTO
“O arrolamento é um instituto autônomo e não um rito
procedimental do processo de inventário. Trata-se de
procedimento de jurisdição voluntária que reduz atos e
simplifica prazos. Visando a rapidez e a economia processual, é
a forma simplificada de inventário partilha. Não dispensa
intervenção judicial, em face dos interesses de terceiros na
liquidação da herança, mas agiliza o procedimento, com sua
abreviação, em casos especiais”
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 28
Caso Concreto 1
(OAB-PR – 2º. Exame 2005) Quando Gregor Samsa
acordou de sonhos intranqüilos, percebeu que seu
casamento havia se transformado em um tormento
monstruoso. Por isso, no dia 12 de dezembro de 2004,
deixou o lar conjugal, onde continuaram residindo sua
esposa Leni e seus quatro filhos. Ocorre que, em 12 de
janeiro de 2005, um mês depois de sua separação de
fato, Gregor veio a falecer, deixando quatro filhos,
todos havidos durante o casamento: Franz, Kafka,
Frieda e Klamm. Na data do falecimento de Gregor, o
patrimônio deste consistia exclusivamente em: 1) um
apartamento na Rua do Castelo, no valor de R$
100.000,00 – calculado na data do
falecimento e adquirido por meio de contrato de
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 29
1) um apartamento na Rua do Castelo, no valor de R$
100.000,00 – calculado na data do falecimento e
adquirido por meio de contrato de compra e venda
em 15 de dezembro de 1999;
2) uma grande área de terras na cidade de K, no valor
de R$ 100.000,00 – calculado na data do falecimento
e adquirido antes do casamento com Leni, ambos os
bens registrados em nome de Gregor. Na data do
falecimento não havia qualquer bem adquirido em
nome de Leni. Sabendo que Gregor e Leni eram
casados pelo regime de comunhão universal de
bens, e supondo que o falecido não deixou qualquer
dívida e que se enterro foi pago por meio do
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 30
funeral, responda:
a) à luz do Código Civil brasileiro, Leni é herdeira de
Gregor Samsa? Por quê (a fundamentação deverá
contemplar expressamente o(s) artigo(s) do Código
Civil sobre a matéria)?
R: Não, Leni não é herdeira, uma vez que o inciso I do
artigo 1.829, CC exclui expressamente o direito
sucessório do cônjuge sobrevivente, em concorrência
com os descendentes do ‘de cujus’, quando casado com
este sob o regime de comunhão universal de bens;
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 31
b) Calcule o valor do quinhão (em reais) que caberá a
cada um dos herdeiros.
R: Tendo em vista que metade do patrimônio total de
Gregor consiste na meação a que Leni faz jus por conta
do regime de comunhão universal de bens, o valor a
partilhar a título de herança é de 100 mil reais, donde
se conclui que cada filho de Gregor tem direito a um
quinhão no valor de 25 mil reais.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 32
Sobre o inventário é correto afirmar que:
a) O valor da causa no inventário judicial deve ser indicado levando-se
em conta todo o patrimônio ativo e passivo do ‘de cujus’.
b) As cláusulas de inalienabilidade ou impenhorabilidade impostas pelo
‘de cujus’ inibem a constrição dos bens para pagar aos encargos do
espólio, uma vez que incidem sobre os bens recebidos pelos herdeiros.
c) Tanto no inventário judicial como no arrolamento é necessária a
indicação de inventariante conforme a ordem preferencial indicada na
lei, bem como, se exigirá suas primeiras declarações.
d) Mesmo que os imóveis não estejam registrados em nome do ‘de
cujus’ no Registro de Imóveis, mas se lhe pertenciam e se estavam
em sua posse no momento em que morreu, deverão ser descritos no
inventário. art. 993, CPC
e) Ainda que haja testamento, mas havendo consenso de todos os
herdeiros e interessados, pode ser realizado inventário administrativo.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 33
COLAÇÃO
Art. 2.002. Os descendentes que concorrerem à sucessão do
ascendente comum são obrigados, para igualar as legítimas, a
conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob
pena de sonegação.
Parágrafo único. Para cálculo da legítima, o valor dos bens
conferidos será computado na parte indisponível, sem aumentar
a disponível.
Art. 2.006. A dispensa da colação pode ser outorgada pelo
doador em testamento, ou no próprio título de liberalidade.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 34
SONEGADOS
Sonegado (de ‘sub-negare’ = quem sonega nega por baixo,
dissimuladamente) é tudo aquilo que deveria ter sido partilhado,
mas que foi dolosamente omitido na descrição dos bens
apresentada pelo inventariante; ou cuja colação foi omitida; ou
que não foi restituído pelo beneficiado com a liberalidade
IMPUGNAÇÃO DA PARTILHA
Art. 2.023. Julgada a partilha, fica o direito de cada um
dos herdeiros circunscrito aos bens do seu quinhão.
Art. 2.027. A partilha, uma vez feita e julgada, só é
anulável pelos vícios e defeitos que invalidam, em
geral, os negócios jurídicos.
Parágrafo único. Extingue-se em um ano o direito de
anular a partilha.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 35
Caso Concreto 1
João faleceu deixando um patrimônio de 1 milhão e três
herdeiros. A um desses herdeiros (Jonas) foi doado em vida um
bem no valor de 625.000. No entanto, no momento do
falecimento de João seu patrimônio era de 375.000. Pergunta-
se:
a) Houve excesso de liberalidade? Explique sua resposta. A
doação invadiu em 125.000 a parte disponível uma vez que
existem herdeiros necessários cuja legítima é protegida.
b) Jonas deve trazer o bem à colação no processo de inventário?
Explique sua resposta. O bem deve ser trazido à colação. No
entanto, como a legítima de cada um seria de 125.000 não
será necessário promover a redução da doação,
permanecendo em poder do donatário (art. 2007, §3o., CC).
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 36
Não constitui hipótese de sonegação da herança:
a) Apresentar testamento falso.
b) Ocultar créditos existentes em conta conjunta.
c) Não descrever bens que se achem em poder do cônjuge
supérstite.
d) Extraviar títulos representativos de dívidas.
e) Simular aquisição de bens do ‘de cujus’.
Constitui causa de nulidade da partilha:
a) A preterição de herdeiro legítimo desconhecido no momento
da realização da partilha.
b) Ter sido a partilha aceita pelo herdeiroque agiu em erro
substancial.
c) Incapacidade absoluta do herdeiro que com a partilha
anuiu sem o necessário representante.
d) Aquela que confere meação indevida à viúva que era apenas
usufrutuária dos bens indicados e partilhados.
DIREITO CIVIL VI
22 de julho de 2014Tema da Apresentação 37

Outros materiais