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Trabalho de História do Brasil III

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO
 
 
 
 
 
Bluna Brasil Machado - matrícula: 20172331015
Cheila Farias Faustino- matrícula: 20172331851
Gabriela de Souza Gonçalves – matrícula: 20131331001
Isabella Teixeira- matrícula:20141312026
Pamela Gomes Silva - matrícula: 20111332040
Suzana S. Lima Branco - matrícula: 20172331850
 
 
 
 
 
 
ERA VARGAS: ESTADO NOVO E REDEMOCRATIZAÇÃO NO BRASIL
 
 
 
 
 
 
 Rio de Janeiro
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO
 
 
 
 
 
Bluna Brasil - matrícula:
Cheila Farias Faustino- matrícula: 20172331851
Gabriela de Souza Gonçalves – matrícula: 20131331001
Isabella Teixeira- matrícula:20141312026
Pamela Gomes Silva - matrícula: 20111332040
Suzana S. Lima Branco - matrícula: 20172331850
 
 
 
 
 
 
ERA VARGAS: ESTADO NOVO E REDEMOCRATIZAÇÃO NO BRASIL
 
 
 
Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina História do Brasil III dos cursos de Biblioteconomia e História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro ministrado pelo professor Joaquim Justino dos Santos.
 
 
 
Rio de Janeiro
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………..………....…...p. 3
2 O FENÔMENO POPULISTA……………………………………………………….....p. 3 
3 NACIONALISMO E QUESTÃO SOCIAL………………………………………..…..p. 4
4 OPÇÃO NACIONALISTA………………………………………………………….….p. 5
5 CRISE TOTALITÁRIA E LIBERALISMO…………………………………....……..p. 6
5.1 Manifesto dos mineiros……………………………………………………………….....p. 7
6 PERMANÊNCIAS DO ESTADO NOVO NO SEGUNDO GOVERNO VARGAS………………………………………………………………………………….….p. 8
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS……….…………………………………………….......p. 10
 REFERÊNCIAS………….………………………………………………………...…..p.11
 
1 INTRODUÇÃO
	O presente trabalho trata do governo de Getúlio Vargas no Brasil, conhecido como Era Vargas, especificamente do período do Estado Novo (1937-1945) e de seu segundo governo (1951-1954), a partir do texto de Mendonça (2003). Faz uma abordagem política e econômica, cujo objetivo principal é analisar práticas políticas e econômicas que Vargas implementou nos anos em que esteve no poder. Para a compreensão do tema, tem como objetivos específicos compreender o populismo de Vargas; problematizar as práticas nacionalistas e identificar a conjuntura e implicações da crise do Estado Novo e do fim da Era Vargas. 
Enfatiza os seguintes pontos: o populismo, enquanto fenômeno sócio-político; o nacionalismo e as relações do Estado com as questões sociais; a opção nacionalista problematizada por Mendonça (2003) o fim do Estado Novo e o Liberalismo, com um comentário sobre o “Manifesto do mineiros” e finaliza com as permanências do Estado Novo no segundo governo Vargas. 
2 O FENÔMENO POPULISTA
 	O ‘populismo’ aparece em estudos e trabalhos, a partir dos anos 1950 no Brasil, enquanto conceito de um fenômeno sócio-político. Este fenômeno é detectado nos anos 1930 como uma prática política em boa parte da América Latina, mais expressamente em nações dirigidas por governos corruptos e violentos, bem como exercido sobre uma população enfraquecida politicamente e com baixa escolaridade. Com isso, o conceito é formado para identificar movimentos hegemônicos capitaneados pela presença de um líder carismático que restringem as relações políticas das diversas classes sociais mais desfavorecidas (em geral, denominada massas), cooptando-as em aparelhos estatais bem centralizados, que, por conseguinte, convergem forças para realização de um projeto muitas das vezes nacionalista.
 	No Brasil, o termo é usado para indicar mais especificamente o período varguista: o arranjo de poder que subsistiu ao longo dos anos 1930 e 1940 conciliando forças liberais, proletárias e industriais para manutenção do Estado. De acordo com Mendonça (2003), Getúlio Vargas, para consolidar seu poder com as classes trabalhadoras, precisou realizar com estas, um “pacto populista”, isto é, “a oportunidade de acesso ao emprego urbano, à condição de consumidores e à participação eleitoral. Os limites da manipulação esbarravam aí” (MENDONÇA, 2003, p. 47). Além da abertura política para maior participação pública dos trabalhadores, Vargas promulgou a CLT (Consolidação das Leis Trabalhista), que reuniu algumas das muitas reivindicações dos sindicatos e dos movimentos operários. Contudo, o esforço de modernizar as relações de trabalho e de encaminhar uma política de assistências às famílias proletárias se encontrava dentro de um grande projeto de desenvolvimento nacional e público.
 	Nesse sentido, o populismo varguista foi extremamente importante para a transição política no final do período do Estado Novo porque, sem essa forte ligação entre setores patronais, sindicatos e a(s) massa(s), os esquemas e as práticas institucionais do governo não permaneceriam em novo regime. O que quer dizer, ao fim e ao cabo, que a redemocratização no Brasil após a Era Vargas foi posta para que os dispositivos de controle governamental continuassem a operar.
 	O sentido da Era Vargas não é outro senão o empreendimento de uma nação enxuta socialmente - enquanto cidadãos – e um Estado altaneiro quanto às potências econômicas e comerciais.
 
3 NACIONALISMO E QUESTÃO SOCIAL
Mendonça (2003, p. 40) destaca que “a ênfase no caráter nacionalista da política do Estado é uma apropriação ideológica e, como tal, deve ser encarada criticamente, ainda que estivesse presente nas preocupações de alguns setores sociais”. Portanto, o caráter nacionalista do Estado Novo Varguista se configurou como legitimador deste formato de Estado.
O ideal nacionalista brasileiro tomou forma após a Segunda Guerra Mundial e seu objetivo principal era a construção do “bem estar” nacional, no sentido da legitimação dos interesses considerados importantes, como a independência econômica ao manter a industrialização como carro chefe para “substituição de importações” como também os avanços tecnológicos e transição do agrário para o industrial. Nesse sentido, Getulio Vargas instaurou a ditadura do Estado Novo através de um golpe em 1937, sob o pretexto de que existiria uma conspiração comunista denominada Plano Cohen, porém tal ameaça foi um boato formulado por integralistas, sendo seu grande articulador, Plínio Salgado. Com o temor da ameaça comunista, o golpe foi de certa forma apoiado pelas elites e a classe média brasileira.
A ditadura do Estado Novo tinha características nacionalistas e só se concretizou pelo contexto histórico dos anos 1930 e 1940 em que as ideologias e a exaltação dos valores nacionais se mostrava fortalecido em alguns países em que governos autoritários e antidemocráticos dominavam a Europa. O estado-novista, se inspirava nessas ideologias centralizadoras e na concentração e fortalecimento do poder máximo na figura de Getúlio Vargas como o ditador. 
O interesse público e a preservação da economia levam alguns segmentos sociais a se conscientizarem de que a superação da crise econômica adivinha da intervenção do Estado Varguista, de modo que o desenvolvimento da economia estaria relacionado a acontecimentos externos e da valoração do capitalismo, contudo, estes resultam a transformação da economia com a nacionalização de todos os setores ao deixarem de serem subordinados a política estrangeira.
O governo fundamentava o nacionalismo como um projeto salvador do país, ampliando a aliança entre grupos sociais da burguesia, militares e classe operária à margem para a resolução do problema econômico. Logo, a oposição ideológica entre esses grupos sociais se faz presente, ao passo de cada um querer impor sua marca. Nesse contexto heterogêneo a repressão e a cidadania eram reguladas pelo governo em que os direitos eram troca de favores entre o poder e o povo. Getúlio Vargas se transformara num ditador mediador entre alguns segmentos da sociedade com medidas centralizadoras e o exerceu com poderes excepcionais. Dessa forma, para evitar a movimentação político-social,
fechou do congresso, proibindo greves e partidos.	
O controle da classe trabalhadora foi primordial para a construção da nação, para o governo do Estado Novo, pois os movimentos grevistas poderiam atrapalhar o crescimento econômico do país. Como consequência foi elaborado uma nova legislação para barrar a “questão social”, ou seja, o movimento operário. A legislação trabalhista conquistou as massas e o incentivo à industrialização que beneficiava a burguesia industrial, garantindo a homogeneidade entre patrões e empregados com o objetivo maior da construção da Nação. A necessidade era de disciplinar a classe e consolidar a estrutura sindical fortalecendo a figura carismática de Vargas como o pai dos pobres e trabalhadores. 
4 A OPÇÃO NACIONALISTA
 	Mendonça (2003) propõe outros olhares sobre a opção nacionalista da política brasileira, no período de 1930 a 1955. Na realidade, a autora problematiza a visão de que a falta de investimentos significativos externos na economia brasileira foi uma opção política consciente.
 	A autora nega a ligação imediata entre nacionalismo e o fraco investimento de capital estrangeiro, pois a conjuntura pós Crise de 1929, conhecida como Grande Depressão limitara ou privara o mercado internacional de recursos para investir em outros países. Ao contrário, as nações principais priorizaram seus mercados internos, procurando investir em sua própria economia.
 	Os Estados Unidos eram o principal país importador, depois da Grã-Bretanha, e exportador do mundo na década de 1920. Suas importações somavam quase 40% das exportações de matérias-primas e alimentos dos principais países produtores de trigo, algodão, borracha, café, estanho, cobre e seda, segundo Hobsbawn (1995). Esta conjuntura explica porque a Grande Depressão afetou sobremaneira este país, cujas importações e exportações caíram 70%.
 	Outro ponto importante a ser considerado por Mendonça (2003) é sua análise da Segunda Guerra Mundial como contribuinte do não investimento dos países ricos nos países subdesenvolvidos porque os primeiros, no pós-guerra, buscaram reconstruir suas nações prejudicadas pelo conflito. Portanto, a reconstrução dos países europeus era prioridade, não permitindo a busca de novos mercados emergentes. Os países subdesenvolvidos continuaram com a incumbência de exportar matéria-prima.
 	Portanto, não houve uma opção nacionalista consciente, mas a indisponibilidade de recursos internacionais para investimentos, especificamente no Brasil.
 5 A CRISE TOTALITÁRIA E O LIBERALISMO
 
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, ocasionou na Europa a queda dos regimes totalitários, mudando drasticamente o cenário mundial, seja no âmbito ideológico ou no contexto econômico. Os países “Aliados” conduziriam a partir de então, os acontecimentos que iriam influenciar economicamente todo o mundo.
No Brasil, o regime do Estado Novo introduzido por Vagas continha claramente características ditatoriais, como a criação de departamentos que visavam a manutenção e o fortalecimento do seu poder, como exemplo, o DIP (Departamento de Imprensa e propaganda) para controlar rádios e jornais. De fato Vargas se identificava com os ideais totalitários dos regimes fascistas da Europa, outorgando em 1937 a constituição “Polaca” com leis de inspiração fascistas, entretanto por tais aspirações o governo do Estado Novo sentiria todos os reflexos dos eventos ocorridos no pós-guerra.
A queda da ditadura estado-novista foi avaliada levando em conta fatores de ordem externa e interna. No primeiro caso, a Segunda Guerra Mundial gerou contradições expressivas, uma vez que o Brasil lutou lado a lado com as forças aliadas para o fim do conflito. Já nas mobilizações que influenciaram internamente para a queda do Estado Novo pela sociedade brasileira, observa-se que o “Manifesto dos Mineiros” se tornou um marco da defesa de ideais de “redemocratização” no país.
De certo a onda de liberalismo emergente no imediato pós-guerra, desencadeou uma polarização intensa na oposição ideológica entre liberalismo democrático e o fascismo, colaborando para a queda de qualquer outro regime político que lembrasse os moldes fascistas europeus. Isso atuou fortemente na decisão que renúncia de Vargas do poder.
Economicamente, o quadro da globalização estava em transformação, e o neoliberalismo correspondia ao estabelecimento do bloco capitalista sobre o mercado mundial. Nesse caso, restaurando os princípios de políticas econômicas que enalteciam o fim de qualquer protecionismo, e também a volta de um livre-cambismo nas trocas internacionais, consagrados em encontros como a Conferência de Bretton Woods realizada em 1945.
É importante lembrar que existia uma pressão significativa em um nível internacional contra modelos de desenvolvimento econômico baseados em soluções de tipo nacionalista contendo forte intervencionismo protecionista por parte do Estado, como era o caso do Brasil. Esse liberalismo também determinaria justificativas para os interesses das potências hegemônicas em exportar capitais para os países de Terceiro Mundo. Assim o neoliberalismo serviu em sua conjuntura como força ao movimento político em oposição ao Estado Novo. 
5.1 Manifesto dos mineiros
Devido à insatisfação da população com o regime ditatorial de Getúlio Vargas, em 1943, membros da elite intelectual mineira publicaram o “Manifesto dos mineiros”. O texto teve grande relevância contra a ditadura de Getúlio Vargas, pois foi o primeiro ato escrito e formalizado contra o governo. Outro fator importante para o sucesso do manifesto foram as assinaturas de pessoas conhecidas pela população, o que provocou grande aceitação entre o povo.
Apesar do manifesto possuir grande significado histórico contra o governo de Getúlio Vargas, não teve êxito, pois sofreu represália imediata de Vargas. Como os integrantes do manifesto eram respeitados pelo povo, o governo decidiu responder ao manifesto com ações brandas para não despertar insatisfação da população. Os integrantes foram destituídos dos seus cargos públicos ou perderam seus empregos.
6 PERMANÊNCIAS DO ESTADO NOVO NO SEGUNDO GOVERNO VARGAS
O ano de 1945 simbolizou o processo de “redemocratização” no Brasil, representando o fim do regime autoritário do Estado Novo. Esse novo momento político se destacou na História do país como um curto período de democracia entre dois regimes ditatoriais (Estado Novo e Ditadura Civil Militar). Também foi marcado pela permanência de grupos associados ao Estado Novo no poder, segundo Mendonça (2003). Determinadas estruturas permitiram que esses grupos não perdessem a sua hegemonia, apesar da nova configuração política. 
O Código Eleitoral de 1945, pode ser percebido como um dos dispositivos políticos que permitiu que tal grupo associado a Getúlio Vargas permanecesse no poder. Este código eleitoral foi elaborado ainda nos meses finais do Estado Novo, estabelecendo as estruturas que instituiriam o novo regime democrático. Determinadas diretrizes presentes neste documento, como a exigência de bases nacionais para o registro de um partido, e a instituição de que resquícios das eleições partidárias favorecessem o partido com mais votos, privilegiaram os grupos que estiveram associados ao regime anterior e que já possuíam bases políticas estruturadas, de acordo com Mendonça (2003).
Outra característica da transição política de 1945, foi que mesmo após a “redemocratização”, o poder político continuou centralizado nas mãos do Executivo. 
A UDN, que se instituíra o partido de oposição ao Estado Novo, manteria uma participação restrita na política, representado a oposição aos grupos que continuaram no poder. A ação política do partido se limitaria, sobretudo, a tentativas de golpe político e a crítica moralista contra a corrupção, segundo Mendonça (2003). Tal partido se estabeleceu como o defensor do liberalismo econômico e do capital estrangeiro, se opondo às políticas de intervenção do estado na economia. Somente no ano de 1960 que a UDN alcançaria
o poder com a eleição de Jânio Quadros.
Mendonça (2003) afirma que neste momento de “redemocratização” ainda se conservariam as políticas populistas. De acordo com a ideia de “pacto populista”, caberia ao governo a tarefa de conciliar o crescimento industrial com o reconhecimento de alguns dos interesses da classe popular. A nova dificuldade enfrentada pelos políticos populistas era conseguir conciliar os interesses da classe popular e da classe dominante em um cenário democrático.
Em 1951, Getúlio Vargas voltou a ocupar o cargo de presidente, desta vez, eleito por meio da disputa eleitoral. Vargas instituiu, novamente, uma política econômica de perfil nacionalista retornando ao modelo da “industrialização restringida”. Tal política econômica adotada por Vargas era marcada pelo intervencionismo do estado e pela recusa aos investimentos estrangeiros, exceto quando imprescindíveis, segundo Mendonça (2003). Dois empreendimentos do governo se destacaram nesse período, a criação da Petrobrás e do BNDE (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico).
Mendonça (2003) analisa que, nesse período se estabeleceu o embate entre duas concepções diferentes de desenvolvimento econômico e industrial. Uma entendia a associação do Estado com o capital estrangeiro como algo necessário para o desenvolvimento econômico do país. A outra apoiava um capitalismo de bases nacionais, se opondo aos investimentos vindos de fora.
De acordo com a autora, a opção por uma economia primordialmente nacionalista já se via condenada pelas contradições presentes no modelo da “industrialização restringida” porque o desenvolvimento da indústria dependia da capacidade de importar gerada pelo setor agrário-exportador, ficando a modernização tecnológica limitada pelo modelo da “substituição de importações”. Em 1953 a desvalorização internacional do preço do café apontou para a fragilidade da economia brasileira.
A crise econômica foi controlada por meio da emissão de papel moeda e do mecanismo de inflação. A inflação dos preços contribuiu para o descontentamento das camadas populares urbanas apontando para o esgotamento do “pacto populista”. Os círculos políticos associados aos investimentos estrangeiros se opunham às políticas varguistas de proteção ao trabalhador defendendo medidas austeras de estabilidade financeira e social. Aqueles que eram dependentes da compra de produtos importados reclamavam a inviabilidade do modelo econômico, mesmo a classe industrial, principal grupo favorecida por tal modelo, se viu obrigada a denunciar seu desgaste.
A abertura da economia para os investimentos estrangeiros foi a solução encontrada para resolver o problema econômico gerado pelo modelo de “substituição de importações”. A implementação desse novo modelo de economia contribuiria para o aumento da dependência econômica do país. O governo de Juscelino Kubitschek assinalou essa nova trajetória da economia brasileira. 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	O Estado Novo instaurado por Vargas promoveu uma vertente econômica nacionalista no Brasil, influenciada, em parte, pela conjuntura externa, em virtude das consequências da Grande Depressão e Segunda Guerra. Estes dois eventos limitaram os investimentos dos países ricos em nações periféricas, como o Brasil. Por outro lado, o caráter nacionalista foi forjado pela característica política de Vargas enquanto um líder populista, que fez do Estado um intermediador e conciliador dos conflitos entre a burguesia e o proletariado, que passou a controlar os trabalhadores por meio da ação dos sindicatos, de maior participação política e da criação das leis trabalhistas. 
O regime ditatorial do Estado Novo sofreu a instabilidade que gerou seu fim em função das contradições decorrentes da participação do Brasil na Segunda Guerra ao lado das potências Aliadas, gerando insatisfações internas. Dentre estas, vale a pena ressaltar o “Manifesto dos mineiros” que, apesar da represália do Estado contra seus signatários, representou o descontentamento de uma parte importante da elite brasileira com o governo, em um documento formalizado.
Porém, o fim do estado Novo não significou a ruptura de suas estruturas, haja vista as permanências identificadas no segundo governo de Vargas, a saber: perpetuação de grupos favorecidos no poder, a concentração de poderes pelo poder Executivo, a manutenção de políticas populistas e da política econômica nacionalista.
 
 
REFERÊNCIAS:
ALVES, V. C. O Brasil e a Segunda Guerra Mundial: História de um envolvimento forçado. Rio de Janeiro: PUC; São Paulo: Loyola, 2002.
ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 2004.
HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX. 1914-1991. São Paulo: Cia das Letras, 1995.
MANIFESTO dos mineiros. Wikipedia: a enciclopédia livre. Disponível em: 
< https://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesto_dos_Mineiros>. Acesso em: 1 dez. 2017.
MANIFESTO dos mineiros. Verbete. FGV/CPDOC. Disponível em: <http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/manifesto-dos-mineiros>. Acesso em: 1 dez. 2017.
MENDONÇA, S. R. de. A conjuntura política no pós-45. Capítulo 1. In: Estado e economia no Brasil: opções de desenvolvimento. Rio de Janeiro: Graal, 2003.
MENDONÇA, S. R. de A. Nação e nacionalismo: uma discussão. Capítulo 3. In: Estado e economia no Brasil: opções de desenvolvimento. Rio de Janeiro: Graal, 2003.

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