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Universidade Federal de Lavras Departamento de Ciências Exatas - DEX Associação de Resistores Engenharia de Controle e Automação – 22A Bruno Henrique de Bastos Silva – 201221150 Caroline Santos Pereira – 201221158 David Augusto Ribeiro – 201410067 Jéssica Junqueira Benetolo – 201221160 Larissa de Souza Pinto – 201210068 Lavras – MG Julho – 2014 1 Resumo A associação de resistores e muito comum em vários sistemas quando se quer alcançar um nível de resistência em que somente um resistor não e suficiente associados. Neste experimento iremos montar dois circuitos, um com resistências ligadas em serie e outro ligadas em paralelo. Estudaremos as propriedades de resistência, corrente e diferença de potencial aplicadas a cada um dos circuitos fazendo uma comparação entre a teoria e os resultados obtidos pelo experimento a fim de fazer uma analise critica dos conceitos avaliados e dados obtidos. 2 Introdução Para funcionar perfeitamente, os circuitos eletrônicos necessitam de correntes e tensão de polarizações adequadas. Por esse motivo, e necessário estudar o componente que possibilitara essa adequação. Resistor e um componente eletrônico que tem a propriedade da resistência elétrica, sendo elementos de circuito que consomem esta energia, convertendo-a integralmente em energia térmica. E o caso, por exemplo, de um fio metálico. À medida que os elétrons passam pelo fio, as colisões entre os elétrons e os átomos do metal, fazem aumentar a agitação térmica dos átomos. Os resistores têm como função atenuar a corrente elétrica. Os resistores podem estar associado em um circuito em serie ou em paralelo. Da associação em serie temos que a corrente se mantém constante em todo o circuito e a soma do potencial nos resistores equivale a potencia da fonte. Já da associação em paralelo notamos que a corrente se divide igualmente se os resistores forem iguais ou proporcionalmente se eles possuírem valores diferentes e a potencia se mantém constante em todos os pontos. No experimento realizado, montamos e estudamos a física de circuitos elétricos formados por resistores e fontes de tensão. Neste, nos limitamos a analisar circuitos nos quais as cargas se movem sempre no mesmo sentido, conhecidos como circuitos de corrente continua ou circuito CC. Para isso, montamos dois mini protótipos com diferentes distribuições de resistores, um em serie e o outro em paralelo. Sendo assim, neste experimento tivemos como objetivo montar circuitos distintos e verificar as diferentes características que ele apresenta quando submetidos a uma dada tensão. 3. Desenvolvimento 3.1 Metodologia 3.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Resistores são componentes elétricos que têm como principal função converter energia elétrica em energia térmica. Eles apresentam resistência a passagem de corrente elétrica. Os resistores são representados da seguinte forma em circuitos elétricos: Figura 1 – Resistores A resistência de um condutor é definida através da Lei de Ohm, isolando-se a resistência R: 𝑅 = 𝑉 𝑖 Equação 1 – Definição de R Em um circuito elétrico é possível organizar resistores em conjuntos, chamados de associação de resistores. Há três tipos de associação: em série, paralelo e mista. Na associação em série, os resistores estão ligados um após o outro e uma diferença de potencial é aplicada a extremidade da ligação. Assim, a mesma corrente percorre todas as resistências. Figura 2 – Resistências em série Essas resistências podem ser associadas, de forma que apenas uma resistência equivalente possa ser utilizada no circuito, isto é: 𝑅𝑒𝑞 = 𝑅𝑗 𝑛 𝑗=1 Equação 2 – Resistência equivalente em série Na associação em paralelo, as resistências estão ligadas de forma que todos os seus terminais recebem a mesma diferença de potencial e as correntes já não são as mesmas entre os resistores. Figura 3 – Resistências em paralelo Essas resistências também podem ser agrupadas de modo que apenas uma resistência equivalente seja utilizada no circuito, ou seja: 1 𝑅𝑒𝑞 = 1 𝑅𝑗 𝑛 𝑗=1 Equação 3 – Resistência equivalente em paralelo Por último, há a associação mista de resistores, onde há a presença de resistores em série e em paralelo. Da mesma forma que os anteriores, resistores em associações mistas também podem ser reduzidos em um circuito a um resistor equivalente, utilizando as fórmulas já descritas acima. Figura 4 – Resistores em associação mista 3.2 METODOLOGIA 3.2.1 MATERIAIS 1 Fonte de corrente contínua; 1Protoboard; 3 Fios conectores; Fios jumpers; 1 Resistor de 384 ohms; 1 Resistor de 1K ohms; 1 Multímetro. 3.2.2 PROCEDIMENTOS Primeiramente, ligou-se a fonte à protoboard e ao multímetro. Logo em seguida, montou-se um circuito com os resistores em associação em série. Alternando a tensão na fonte em 0,5 V, anotou-se todas as correntes observadas até 4 V. Com os dados devidamente anotados, desligou-se a fonte. Figura 5 – Circuito com resistores em série O circuito de resistores em série foi desfeito e logo foi montado um circuito com resistores em paralelo. A fonte foi ligada novamente e, mais uma vez, variando a tensão em 0,5 V, anotou-se todas as correntes observadas até 4 V. Com todos os dados devidamente anotados, a fonte foi desligada, o circuito foi desfeito e todos os materiais foram guardados em seus lugares. Figura 6 – Circuito com resistores em paralelo 4 Resultados e Análises Inicialmente foram calculados as resistências equivalentes para os sistemas em paralelo e em série. Sistema em série: 𝑅𝑒𝑞 = 1000 + 384 = 1384 Ω Calculando o erro da resistência equivalente temos ∆𝑅𝑒𝑞 = ∆𝑅1 + ∆𝑅2 ∆𝑅𝑒𝑞 = 50 + 19,2 = 69 Ω O que significa que a resistência equivalente é (1384 ± 69) Ω, ou seja, uma tolerância de aproximadamente 5% Sistema em paralelo: 1 𝑅𝑒𝑞 = 1 1000 + 1 384 = 277 Ω Calculando o erro da resistência equivalente temos ∆𝑅𝑒𝑞 = (𝑅2 2) (∆𝑅1) + 𝑅1 2 (∆𝑅2) (𝑅1 + 𝑅2)2 ∆𝑅𝑒𝑞 = 3842 50 +(1000 2 )(19,2) (1000 +384 )2 = 14 Ω O que significa que a resistência equivalente é (277 ± 14) Ω, ou seja, uma tolerância de aproximadamente 5%. Para cada um dos sistemas foi medido o valor de corrente com a variação da tensão de 0,5 V. Estes valores anotados nas tabelas 1 e 2. Tabela 1 – Corrente em função da tensão para o sistema em série Tensão (V) Corrente (mA) 0.5 0.43 1.0 0.73 1.5 1.12 2.0 1.50 2.5 1.81 3.0 2.20 3.5 2.58 4.0 2.59 Tabela 2 – Corrente em função da tensão para o sistema em paralelo Tensão (V) Corrente (mA) 0.5 2.03 1.0 3.45 1.5 5.27 2.0 7.06 2.5 8.35 3.0 10.21 3.5 12.12 4.0 13.65 A partir destas tabelas foi possível construir os gráficos 1 e 2 e fazendo a regressão linear foi calculado as resistência equivalente para cada um dos casos. 𝐴 = 𝑛( 𝑉 I) − ( 𝐼) 𝑉 𝑛 𝑉² − ( 𝑉)² Gráfico 1 – Corrente X Tensão para as resistências em série Gráfico 2 – Corrente X Tensão para as resistências em paralelo 0 1 2 3 4 5 0,43 0,73 1,12 1,5 1,81 2,2 2,58 2,89 Tensão (V) Corrente (mA) Corrente x Tensão 0 1 2 3 4 5 2,03 3,45 5,27 7,06 8,35 10,21 12,12 13,65 Tensão (V) Corrente (mA) Corrente x Tensão Sistema em série: 𝐼𝑉 = 0,5 𝑥 0,43 + 1 𝑥 0,73 + 1,5 𝑥 1,12 + 2 𝑥 1,5 + 2,5 𝑥 1,81 + 3 𝑥 2,20 + 3,5 𝑥2,58 + 4 𝑥 2,89 𝑥 10−3 𝐼𝑉 = 3,73 𝑥 10−3 ( 𝐼) = 0,43 + 0,73 + 1,12 + 1,50 + 1,81 + 2,20 + 2,58 + 2,89 𝑥 10−3 = 1,33 𝑥 10−3 𝑉 = 0,5 + 1 + 1,5 + 2 + 2,5 + 3 + 3,5 + 4 = 18 𝑉² = 0,5 2 + 1 2 + 1,5 2 + 2 ² + 2,5 2 + 3 ² + 3,5 ² + 4 2 = 51 𝐴 = 1398 Sabendo que o A representa o coeficiente angular da reta que no caso deste experimento é a resistência equivalente, pode-se concluir que o valor obtido experimentalmente está muito próximo do valor teórico. Isso pode ser observado pelo cálculo do erro percentual mostrado a seguir 𝐸% = |1398 − 1384| 1398 ∗ 100 = 1% Sistema em paralelo: 𝐼𝑉 = 0,5 𝑥 2,03 + 1 𝑥 3,45 + 1,5 𝑥 5,27 + 2 𝑥 7,06 + 2,5 𝑥 8,35 + 3 𝑥 10,21 + 3,5 𝑥 12,12 + 4 𝑥 13,65 𝑥 10−3 𝐼𝑉 = 0,175 ( 𝐼) = 2,03 + 3,45 + 5,27 + 7,06 + 8,35 + 10,21 + 12,12 + 13,65 𝑥 10−3 = 0,06 𝑉 = 0,5 + 1 + 1,5 + 2 + 2,5 + 3 + 3,5 + 4 = 18 𝑉² = 0,5 2 + 1 2 + 1,5 2 + 2 ² + 2,5 2 + 3 ² + 3,5 ² + 4 2 = 51 𝐴 = 298 Neste caso o valor obtido experimentalmente não está muito próximo do valor teórico, o que pode ser causado por diversos fatores tais como erro na medição, equipamento com defeito, etc. Essa discrepância entre os valores pode ser observado no seguinte cálculo. 𝐸% = |298 − 277| 298 ∗ 100 = 7% 5 Considerações Finais Após a realização do estudo do procedimento experimental realizado no laboratório e teoria, podemos a comprovar as seguintes características. Na organização dos resistores montados em serie pode-se observar que: a soma das tensões nos componentes e igual a tensão total aplicada no circuito; a resistência total e igual a soma das resistências de seus componentes; o valor da corrente e o mesmo em todos os pontos do circuito. Na organização em paralelo, constata-se que: a soma da intensidade da corrente em diferentes pontos equivale a corrente total aplicada no sistema; todos os componentes suportam a mesma voltagem. Quanto aos erros de medida das grandezas calculadas, se deve ao fato de prováveis erros de medição, pois as ferramentas não nos garante um alto grau de certeza em relação as medidas observadas. Mas para um estudo rápido e uma analise breve, as medidas nos dão uma base empírica com resultados satisfatórios de acordo com a teoria. 6 Bibliografia HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos da Física. Vol 3: Eletromagnetismo. 9 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física 3: Eletromagnetismo. 12 ed. São Paulo: Addison Wesley, 2009. Só Física. Disponível em: < http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.sofisica.com.br%2Fco nteudos%2FEletromagnetismo%2FEletrodinamica%2Fresistores.php&h=wAQH MMWyP > Acessado em 18 jul.2014
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