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Slide Aula 8 Educação Profissional

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: TEORIA E 
PRÁTICA
Aula 8- A POLÍTICA DE A EDUCAÇÃO 
PROFISSIONAL NO GOVERNO LULA
OBJETIVOS E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• Nessa aula abordaremos a política de educação
profissional no Governo Lula, suas principais
propostas e contradições.
Os objetivos desta aula são:
• Distinguir os avanços e recuos políticos
presentes na proposição do Decreto 5.154/04
• Analisar as contradições presentes nas
propostas para a educação profissional do
governo Lula: promessas de integração entre
formação básica e formação específica X
programas focais
INFORMAÇÕES INICIAIS
Serão tomados como base dessa aula dois artigos, 
fundamentais para a análise do período, disponíveis na 
internet:
• FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, 
Marise A política de educação profissional no Governo 
Lula: um percurso histórico controvertido Educação &. 
Sociedade, vol.26, no.92, p.1087-1113, out 2005. 
Disponível em:
• http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi
d=S0101-73302005000300017&lng=pt&nrm=iso
• KUENZER, Acacia Zeneida. A educação profissional nos 
anos 2000: a dimensão subordinada das políticas de 
inclusão. Educação & Sociedade, vol.27, n° 96, p. 877-
910, out 2006. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi
d=S0101-73302006000300012&lng=pt&nrm=iso
INTRODUÇÃO
• O percurso tomado pela política educacional no Governo Lula
representa a disputa entre os setores progressistas e conservadores
da sociedade brasileira pela hegemonia nesse campo. As mudanças
que ocorreram no campo da educação profissional no Brasil no
período revelam que a luta travada pelos setores progressistas para
mudanças mais profundas na educação profissional foi marcada por
conflitos e contradições.
• A principal meta de educação profissional, anunciada pelo Ministério
da Educação ao início do Governo Lula, seria de reconstruí-la como
política pública e corrigir distorções de conceitos e práticas,
decorrentes das medidas adotadas pelo governo anterior.
• Como vimos, o governo FHC, através do Decreto 2.208/97, havia
dissociado a educação profissional da educação básica, aligeirado a
formação técnica em módulos dissociados e estanques, dando um
cunho de treinamento superficial à formação profissional de jovens e
adultos trabalhadores.
A HERANÇA DA POLÍTICA DO GOVERNO FERNANDO 
HENRIQUE CARDOSO
• Além disso, no plano da formulação das políticas, o governo FHC,
formulou o Plano Nacional de Qualificação do Trabalhador
(PLANFOR). O PLANFOR, implementado de 1995 a 2002 pelo MT,
teve como proposta articular as políticas públicas de Emprego,
Trabalho e Renda, tendo como principal fonte de financiamento o
FAT. Tinha como meta qualificar, por meio da oferta de Educação
Profissional, pelo menos, 20% da População Economicamente Ativa
(PEA), o que significou aproximadamente 15 milhões de pessoas
com idade superior aos 16 anos, tendo em vista a inclusão no
mundo do trabalho.
• As avaliações externas mostraram que o PLANFOR, além do mau
uso dos recursos públicos, caracterizou-se pela baixa qualidade e
baixa efetividade social, decorrente de sua precária articulação
com as políticas de geração de emprego e renda, de sua
desarticulação com as políticas de educação, e da ênfase em
cursos de curta duração, focados no desenvolvimento de
habilidades específicas.
A REVOGAÇÃO DO DECRETO 2.208/97
• A regulamentação da educação profissional formulada a
partir da LDB (Lei n. 9.394/96), pelo Decreto n. 2.208/
97 e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino
técnico e o ensino médio estava sendo contestada pelas
forças progressistas da sociedade brasileira. Lutava-se
pela modificação da política, apontando-se para a
necessidade da construção de novas regulamentações,
mais coerentes com a utopia de transformação da
realidade da classe trabalhadora brasileira.
• O Governo Lula, buscou inicialmente corrigir a política de
educação profissional através da revogação do Decreto n.
2.208/97, restabelecendo a possibilidade de integração
curricular dos ensinos médio e técnico, de acordo com o
que dispõe o artigo n. 36 da LDB. Essa era uma correção
relevante, em razão do seu fundamento político e por se
tratar de um compromisso assumido com a sociedade.
A OPÇÃO DOS SETORES PROGRESSISTAS
• Com a eleição de Lula, os setores progressistas defenderam, num
primeiro momento, a criação de um novo decreto que revogasse o
2.208/97, em vez da simples regulamentação dos artigos da LDB
que abordavam a questão da educação profissional, porque
acreditavam que haveria espaço para o aprofundamento dos
debates.
• Pensavam que um novo decreto seria um dispositivo transitório
que que iria garantir a pluralidade de ações, mas também abriria
espaços para uma maior mobilização da sociedade civil em torno
do assunto. O que se pretendia era a (re)construção dos
fundamentos da formação dos trabalhadores para uma concepção
emancipatória. Acreditava-se que a mobilização da sociedade
pela defesa do ensino médio unitário e politécnico, promoveria
um fortalecimento das forças progressistas para a disputa por uma
transformação mais estrutural da educação brasileira, levando a
uma revisão profunda e orgânica da atual LDB.
O DECRETO 5.154/04
• O Decreto mantem as diretrizes curriculares nacionais definidas
pelo Conselho Nacional de Educação, estabelece que a educação
profissional deverá ser organizada por áreas profissionais, e deverá
ser desenvolvida por meio de cursos e programas de: capacitação,
aperfeiçoamento, especialização e atualização, em todos os níveis
de escolaridade. Estes cursos poderão ser ofertados segundo
itinerários formativos e englobam os níveis de:
1. formação inicial e continuada de trabalhadores – Estes cursos
deverão estar articulados preferencialmente, com os cursos de
educação de jovens e adultos, objetivando a qualificação para o
trabalho e a elevação do nível de escolaridade do trabalhador
2. educação profissional técnica de nível médio – Estes cursos
serão desenvolvidos de forma articulada com o ensino médio,
podendo ocorrer de forma integrada, concomitante ou
subseqüente (para quem já tenha concluído) ao ensino médio.
3. educação profissional tecnológica de graduação e de pós-
graduação
A MANUTENÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES 
NACIONAIS
• A manutenção das Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio e para a Educação Profissional,
após a edição do novo decreto, dá continuidade à
política curricular do governo anterior, marcada pela
ênfase no individualismo e na formação por
competências voltadas para a empregabilidade.
Reforça-se o viés adequacionista da educação aos
princípios neoliberais.
• O CNE, ao ratificar as diretrizes curriculares para o
Ensino Médio e para a Educação Profissional, anteriores
ao Decreto n. 5.154/2004, acaba por referendar a
independência entre formação média e profissional, na
medida em que estabelece que podem ser ministradas
como partes autônomas, embora integrantes do mesmo
curso.
O RETORNO À FRAGMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS
• Após um ano de vigência do Decreto n. 5.154/2004, a
mobilização da sociedade civil esperada não ocorreu. O
que se viu foi o inverso. De uma política consistente de
integração entre educação básica e profissional, passou-
se à fragmentação.
• De fato, em julho de 2004, três dias após o Decreto n.
5.154/2004, foi anunciado um novo programa, o Escola
de Fábrica, com um modelo restrito à aprendizagem
profissional.
• Se o novo decreto restabelece a possibilidade do ensino
integrado entre educação geral e formação específica, o
novo programa colocava sob a tutela da lógica
empresarial a formação dos jovens excluídos do mercado
de trabalho e que não tiveram acesso à educação
regular.AS REFORMAS PARCIAIS E A POLÍTICA FRAGMENTADA
• Apesar das declarações favoráveis à integração do ensino
médio, após o Decreto, o governo conduz sua política
para o terreno das reformas parciais. De acordo com os
setores progressistas, esperava-se que após a Lei
5.154/04 houvesse uma reforma integral do ensino
médio, o que significaria uma revisão da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional na perspectiva da
implantação de uma educação laica, gratuita, de
qualidade, politécnica e de formação omnilateral.
• Mas a política de educação profissional do governo Lula
se processou mediante programas focais, a exemplo dos
seguintes: Escola de Fábrica, PROEJA, PROJOVEM.
A POLÍTICA
• Além do PROJOVEM e do PROEJA, existem outros vários projetos
distribuídos entre ministérios, secretarias, secretarias especiais,
alguns deles com seus respectivos conselhos, vinculados ao Plano
Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego.
• Com o objetivo de viabilizar cada um desses projetos, são
estabelecidas parcerias entre a Secretaria-Geral da República,
ministérios, governos estaduais, municipais e outros órgãos federais,
entidades da Sociedade Civil, empresas públicas e privadas, sempre
prevalecendo a primazia do repasse dos recursos ao setor privado,
por meio das redes ou franquias sociais. E, de modo geral, eles são
muito parecidos, com pequenas especificidades, não justificando
tamanha fragmentação de ações e pulverização de recursos. Como
resultado, reproduzem-se estruturas, espaços e recursos, financeiros
e humanos, para os mesmos fins, configurando-se uma clara
estratégia populista de eficácia discutível. (KUENZER, 2002)
O PNQ
• Esses programas integram a “nova” proposta de política pública de
Educação Profissional do governo Lula, expressa no Plano Nacional
de Qualificação (PNQ), para o período 2003/2007, que, nos
documentos oficiais, apresenta três grandes objetivos: inclusão
social e redução das desigualdades sociais; crescimento com
geração de trabalho, emprego e renda, ambientalmente sustentável
e redutor das desigualdades regionais; e promoção e expansão da
cidadania e fortalecimento da democracia.
• A nova proposta apresenta as seguintes concepções: o
reconhecimento da Educação Profissional como direito, como
política pública e como espaço de negociação política; exigência de
integração entre educação básica e profissional, para o que a
duração média dos cursos deveria passar a ser estendida para 200
horas; reconhecimento dos saberes socialmente produzidos pelos
trabalhadores; a integração das Políticas Públicas de Emprego,
Trabalho e Renda entre si e destas com relação às Políticas Publicas
de Educação e Desenvolvimento; transparência e controle no uso
dos recursos públicos (PNQ, 2003/2007).
ANALISANDO CRITICAMENTE OS PROGRAMAS 
IMPLEMENTADOS
• A análise do PNQ evidencia a existência de um avanço conceitual
significativo com relação ao PLANFOR. É possível afirmar que os
programas trazem, no plano conceitual, as marcas progressistas do
Partido dos Trabalhadores, do Governo Lula. Entretanto, quando se
analisa a operacionalidade dos programas, é possível concluir que
se trata de uma política de corte neoliberal. Presos às propostas
neoliberais, os programas integram uma política focalizada de
inserção social.
• Implementa-se, na maior parte dos casos, um trabalho pedagógico
empobrecido, despido de articulação teórica e de compromisso
político. O currículo não traduz uma real integração entre as
dimensões da educação formal, da educação profissional e da
cidadania, nem propicia práticas interdisciplinares. Os programas
acabam por adotar uma racionalidade instrumental, considerando
o processo formativo em uma dimensão restrita, distanciando-se,
nesta perspectiva, de uma formação de cunho emancipatório.
Estão, portanto, longe de promover uma proposta educativa que
integre ciência, conhecimento, cultura e trabalho, revelando-se
incapazes de formar sujeitos autônomos e protagonistas de
cidadania ativa.
ANALISANDO CRITICAMENTE OS PROGRAMAS 
IMPLEMENTADOS
• Em nome de uma proposta de educação para a inclusão
social, os projetos trazem um amálgama de: a)
qualificação social entendida como ação comunitária,
b) aprendizagem de fragmentos do trabalho no espaço
produtivo entendida como conhecimento científico-
tecnológico, c) domínio de algumas ferramentas da
informática e das linguagens entendido como
capacidade de trabalho intelectual, d) discussão sobre
algumas dimensões da cidadania entendida como
capacidade de intervenção social. Embora estes
elementos sejam fundamentais para a educação dos
trabalhadores, a forma superficial e aligeirada, na
maioria das vezes descolada da educação básica de
qualidade, reveste as propostas de caráter formalista e
demagógico. (KUENZER, 2002)
ANALISANDO CRITICAMENTE OS PROGRAMAS 
IMPLEMENTADOS
• Os projetos não fazem referência à implementação de
procedimentos pedagógicos que assegurem o
desenvolvimento das competências complexas que
caracterizam o trabalho intelectual. Em particular as
que assegurem o exercício da crítica, da criação, da
participação política ou do acesso aos conhecimentos
necessários para enfrentar os desafios de uma sociedade
cada vez mais excludente. Para atuar nessa sociedade, é
fundamental o domínio de conhecimentos científicos,
tecnológicos e sócio-históricos, com vistas à formação de
um profissional com autonomia intelectual e ética. Ao
contrário, vários dos projetos analisados, embora
sutilmente, negam esta necessidade. (KUENZER, 2002)
ANALISANDO CRITICAMENTE OS PROGRAMAS 
IMPLEMENTADOS
• Embora as mudanças ocorridas no mundo do trabalho passem a
exigir ampliação da educação básica, à qual se integre formação
profissional de natureza tecnológica, fundada no domínio
intelectual da técnica como relação entre conhecimentos e
competências cognitivas complexas, o que se vem oferecendo aos
trabalhadores se resume à reprodução do conhecimento tácito.
Kuenzer (2002), ao analisar as novas demandas de Educação
Profissional derivadas das mudanças na base técnica, com a
crescente utilização da base microeletrônica, que exigem cada vez
mais domínio das categorias referentes ao trabalho intelectual em
contraposição à centralidade do conhecimento tácito, típica do
taylorismo/fordismo, afirma que:
• (...) causa espanto (...) ao tempo em que as pesquisas levem a
estas constatações, que as políticas públicas em vigor para todos
os níveis de ensino proponham como tarefa à escola o
desenvolvimento de competências entendidas como capacidades
de realizar tarefas práticas, desvalorizando, e mesmo declarando
desnecessário, o conhecimento científico.
OS RESULTADOS DA POLÍTICA
• Com a profusão de programas criados, foram abertos
muitos canais de repasse de recursos para o setor
privado, sob a coordenação de diferentes ministérios e
da Secretaria-Geral da Presidência da República. Há o
repasse de parte das funções do Estado para a
sociedade civil, acompanhado do repasse de recursos,
que acabam por fugir do controles públicos da União.
• Os programas, do Governo FHC e do Governo Lula, não
se diferenciam no que diz respeito à concepção das
relações entre Estado e Sociedade Civil, que passam a
se dar por meio de parcerias entre o setor público e o
setor privado. Há, portanto, a continuidade de uma
realidade que se generalizou no governo FHC e que,
embora negada no plano do discurso, fortalece-se no
Governo Lula: o repasse de recursos públicos para o
setor privado, por intermédio de parcerias justificadas
pela "impossibilidade" do Estado cumprir suas funções.
OS RESULTADOS DA POLÍTICA
• Assim, do ponto de vista do repasse de recursos públicos para a
iniciativa privada, no Governo Lula não houve avanços no sentido da
publicização,permanecendo, e de modo mais intenso, a mesma
lógica: o repasse de parte das funções do Estado, e dos recursos para
a sua execução, para o setor privado, sob a alegação da eficácia e da
ampliação da capacidade de atendimento, a ser operacionalizada
pelas parcerias com instituições privadas.
• Sob o discurso da parceria entre o Estado, a Sociedade Civil e o setor
empresarial, a partir do entendimento de que as organizações da
Sociedade Civil tendem a obter melhores resultados entre o público
jovem em situação de vulnerabilidade social, e que essas instituições
são capazes de chegar a lugares onde o Estado não chega estão sendo
carreados recursos para o setor comunitário realizar a função do
Estado no tocante à Educação Profissional, sem que haja indicações,
por parte das avaliações dos programas, de que os projetos estão
atingindo suas finalidades.
OS RESULTADOS DA POLÍTICA
• De modo geral, a oferta gratuita, pelos setores público e
comunitário, é quantitativamente insignificante e pouco aderente
às demandas dos excluídos. Os resultados não evidenciam outra
possibilidade de inclusão senão por intermédio da realização de
trabalhos precarizados e predominantemente eventuais.
• As pesquisas mostram a falta de efetividade social dos programas
que vêm sendo desenvolvidos, que se revestem de caráter
fragmentado, assistencialista e compensatório, sem que se
configurem de fato como política pública. Não é de estranhar,
portanto, a reivindicação feita pelos gestores públicos da Educação
Profissional, para que esses inúmeros projetos que fragmentam as
ações e os recursos, atribuindo a execução ao setor privado, sejam
substituídos por uma política de Estado que contemple, de forma
orgânica, o financiamento e a gestão pública, comprometidos com
o bom uso dos recursos públicos, a ser assegurado pelos controles
públicos da União.
CONCLUSÃO
• Não obstante toda a expectativa em contrário, a vitória
das forças conservadoras tem feito predominar a
manutenção de princípios e práticas que orientaram as
reformas no Governo Fernando Henrique Cardoso.
• O Governo Lula, também no campo da educação
profissional, assumiu apenas marginalmente, o projeto
discutido com as forças progressistas no período pré-
eleitoral
• Conclui-se que, embora o PNQ apresente avanço
conceitual, os programas e projetos que dele se
derivaram propõem outra concepção epistemológica,
que privilegia a prática em detrimento da teoria, as
relações sociais sobre as práticas educativas
intencionais e sistematizadas, o relativismo sobre o
realismo.

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