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MANEJO DAS VACAS LEITEIRAS – REVISÃO DE LITERATURA FERRARI, Priscila Aparecida Penteado E-mail: pri_ferrari27@hotmail.com Acadêmicos do curso de medicina veterinária da FAMED/ACEG – Garça – SP. RICARDO, Hélio Almeida Docente do curso de medicina veterinária da FAMED/ACEG – Garça – SP. E-mail: helioar@zootecnista.com.br RESUMO O manejo tem o objetivo de criá-los, reproduzir e produzir. O fato do animal estar bem alimentado terá condições favoráveis para ter cios regulares e para o produtor obter maior produção de leite, o manejo nutricional é importante para a produção de leite e na reprodução, pois animais mal alimentados estão predispostos a doenças metabólicas, mastite, problemas locomotores, reprodutivos, diminuição da produtividade, entre outros. A alimentação é o item de maior custo dentro do sistema de produção de leite, realizar um manejo alimentar é fornecer os alimentos na quantidade e qualidade adequados. A eficiência reprodutiva de um rebanho também é um dos componentes mais importantes no desempenho econômico de uma propriedade de produção de leite. A intensificação dos sistemas de produção de leite indica que as vacas devem ser cobertas o mais cedo possível após o parto. Deve-se iniciar os cuidados com as bezerras desde o momento do parto, que deve preferencialmente ser acompanhado, para garantir os cuidados higiênicos e sanitários iniciais, como o corte e desinfecção do umbigo além dos cuidados de proteção e higiene das instalações para recebimento das bezerras com boa aeração, penetração de raios solares, sem umidade, ou seja estando relacionado com instalações, cuidados das vacas e dos bezerros, alimentação e ordenha ordenha para resultar em um aumento da produtividade. Palavras Chave: Desempenho, Estro, Produtividade, Reprodução. Tema Central: Medicina Veterinária ABSTRACT The management aims to create them, play and produce. The fact that the animal is well fed will have favorable conditions to have regular turnover and for the producer to obtain higher milk production, nutritional management is important for milk production and reproduction, because poorly fed animals are predisposed to metabolic disorders, mastitis, locomotor problems, reproductive, decreased productivity, among others. Food is the biggest cost item within the system of milk production, make a food management is to provide food in adequate quantity and quality. The reproductive efficiency of a herd is also a major component in the economic performance of a property of milk production. The intensification of production systems indicates that milk cows must be covered as soon as possible after delivery. Should start taking care of the calves from the time of delivery, which should preferably be monitored to ensure the hygienic and health initiatives, such as cutting and umbilical disinfection of care beyond the protection and hygiene facilities for receiving calves with good aeration, penetration of sunlight, moisture-free, that is being related facilities, care of the cows and calves, feeding and milking milking to result in an increase in productivity. Keywords: Performance, Estrus, Productivity, Reproduction. 1. INTRODUCÃO A produção de leite de uma vaca esta altamente relacionada com o seu potencial genético, com o estado nutricional e o manejo a que esta submetida, umas das atividades mais importantes no manejo da vaca em lactação é a ordenha, quando bem conduzida proporcionará uma maior produção de leite. A ordenha deve ser feita em ambiente tranqüilo e higienizado, deve ser rápida e, obedecer ao mesmo horário. O primeiro passo para executar a ordenha manual ou mecânica, é a lavagem do úbere, que alem da limpeza, provoca um alto refluxo desencadeador da descida do leite (DURÃES, 1999). Nos países de clima tropical há diversos sistemas para produção de leite. Dentre eles, destacam-se o intensivo, com rebanhos compostos principalmente por vacas Bos taurus taurus (Holandês, Jersey e Pardo Suíço) de elevada produção leiteira e o sistema extensivo ou a pasto com vacas mestiças de menor produção leiteira oriundas do cruzamento entre Bos taurus taurus (geralmente Holandês) e Bos taurus indicus (principalmente Gir) (SARTORI, 2007). A vaca leiteira para ter um desempenho ideal durante as fases produtiva e reprodutiva deve ter um manejo cercado de cuidados, ainda no útero da mãe. Deve ser obtido através do resultado de um programa de acasalamento utilizando-se o reprodutor na monta natural ou a inseminação artificial com grau de sangue de acordo com a exploração que pretende-se implementar na propriedade. Após esta escolha, deve-se dar uma atenção aos cuidados sanitários exigidos logo após o nascimento, a alimentação e o local onde este animal será recolhido. Esta futura vaca que pretende-se utilizar para a exploração leiteira, deverá ser acompanhada de escrita zootécnica para que se tenha o registro produtivo e reprodutivo durante a sua vida útil, pois estas anotações irão informar até quando o produtor poderá manter esta fêmea no rebanho em face de sua produção (NETO, 2006). O incremento na produção nacional de leite nos últimos 30 anos, de 5 bilhões de litros/ano em 1960, para cerca de 14 bilhões de litros de leite se deveu, principalmente, pelo aumento no número de vacas ordenhadas (81%) e não pelo aumento na produtividade. Um baixo desempenho reprodutivo determina menor produção de leite e de terneiros, incremento nas despesas de manutenção com vacas secas, maiores taxas de descarte e maior número de doses de sêmen por concepção (LEITE, 2001). Novilhas taurinas leiteiras (principalmente holandesas), quando manejadas adequadamente, podem atingir a puberdade com menos de um ano de idade. Nesta fase, elas já devem estar pesando acima de 300 kg de peso vivo e estarem aptas a entrarem em um programa reprodutivo (SARTORI, 2007). A eficiência reprodutiva de um rebanho é um dos componentes mais importantes na performance econômica de uma propriedade de produção de leite. A intensificação dos sistemas de produção de leite indica que as vacas devem ser cobertas o mais cedo possível após o parto (LEITE, 2001). Há necessidade de um estábulo adequado à ordenha manual ou mecânica, com piso impermeável, água corrente e cochos para o fornecimento de ração. Deve-se construir um ou mais cochos no caminho que leva aos pastos das vacas, destinados ao fornecimento de volumosos e concentrado principalmente na seca, pois na seca a pastagem contribui com poucos nutrientes. A utilização de concentrados nas águas dependerá do potencial das pastagens (SARTORI, 2007). O presente trabalho teve o objetivo de desenvolver uma revisão de literatura sobre o manejo das vacas leiras expondo seus lados positivos e negativos. 2. CONTEÚDO As práticas voltadas para manter a sanidade do rebanho consistem basicamente de cuidados dispensados às vacas gestantes, ao parto, aos recém nascidos, na prevenção contra as principais doenças infecto-contagiosa e no controle de endoparasitos e ectoparasitos (SARTORI, 2007). Devem-se iniciar os cuidados com as bezerras desde o momento do parto, que deve preferencialmente ser acompanhado, para garantir os cuidados higiênicos e sanitários iniciais, como o corte e desinfecção do umbigo além dos cuidados de proteção e higiene das instalações para recebimento das bezerras constando de bezerreiros com boa aeração, penetração de raios solares, limpos, sem umidade e com divisórias para separação dos animais por faixa etária que auxiliam no aumento da resistência orgânica (DURÃES, 1999). É importante a utilização de aguadas de boa qualidade e cochos com mistura mineral para que a partir dos 15 dias de idade os animaisjá tenham acesso a mineralização (NETO, 2006). Para que haja aumento do lucro do empreendimento, o controle preventivo deve se iniciar desde o nascimento com a limpeza da cria, corte e desinfecção do umbigo e administração do colostro nas primeiras 24 horas após o nascimento, o que protegerá este organismo que ainda se encontra sem as defesas imunológicas estabelecidas (SARTORI, 2007). Outro cuidado refere-se as vacinações contra: paratifo dos bezerros, na vaca no 8º mês de gestação e nos bezerros com 15 dias e 30 dias após o nascimento; febre aftosa, desde o primeiro mês de vida e posteriormente de 6 em 6 meses; brucelose, dose única entre 3 a 8 meses; clostridioses, em regiões endêmicas; e raiva, também em casos de surtos (NETO, 2006). As doenças causam pelo menos tantas perdas quanto os erros de manejo. Como o controle da mastite nos rebanhos leiteiros tem sempre consistido de vigilância, para que o status da mastite no rebanho possa ser avaliado; e a aplicação de técnicas preventivas, para reduzir a taxa de infecção dos quartos (RADOSTITS, 1986). O controle da mastite é quase que inteiramente uma matéria de reduzir as perdas da produção leiteira e o prematuro descarte de valiosas vacas. Características de um bom programa de controle da mastite. Não fornecer leite mastítico a bezerras, especialmente se esses animais ficam agrupados em conjunto; Ordenhar em uma sala de ordenha fácil de limpar e desinfetar (SARTORI, 2007). Usar apenas a ordenhadeira mecânica mais eficiente, evitando as características que predispõem à mastite. Fazer a manutenção adequada da ordenhadeira mecânica, com verificações semestrais, efetuadas por um técnico qualificado, que também substitua as partes desgastadas. Garantir uma técnica de ordenha satisfatória e delicada (DURÃES, 1999). Evitar as condições ambientais que resultem em congelamento, umidade, presença de lamino ubre e greta mentos, rachaduras e abrasões dos tetos. Nos animais estabulados, assegure-se que as camas sejam o menos possível focos de infecção. Dar constante atenção à manutenção do bom estado sanitário da pele dos tetos. Garantir um efetivo banho por emersão dos tetos após cada ordenha, e após o tratamento no esgotamento. Jatear os copos dos tetos após cada vaca, ou fazer a desinfecção química ou térmica, se isso for possível (RADOSTITS, 1986). O controle das parasitoses, no caso dos endoparasitos, através de vermifugações em bezerros em aleitamento a partir dos 2 a 3 meses de idade devem ser vermifugados a cada 60 ou 90 dias. Após o desmame procede-se a vermifugação estratégica em abril ou maio, julho, agosto ou setembro e se necessário mais uma vermifugação em dezembro. O controle dos ectoparasitos se dá por meio de banhos periódicos com carrapaticidas. No caso da brucelose e tuberculose deverá ser implantado o Programa do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA, que consiste na certificação das propriedades leiteiras tornando as livres para a brucelose e a tuberculose (NETTO, 2006). As propriedades de baixa tecnologia utilizam um mínimo de instalações. Mão de obra, vacas, higiene, instalações são deficientes e de má qualidade (LUCCE, 1997). A presença do bezerro ao pé da mãe, no momento da ordenha, piora as condições de higiene, inviabiliza a criação mais técnica dos recém-nascidos, e o arraçoamento mais adequado das mães impede o bom manejo reprodutivo, mas exige menos mão de obra, sendo um processo popular (DURÃES, 1999). Por muitos anos utilizou-se estábulo convencional para vacas de leite, onde elas ficavam contidas para manejo, alimentação tanto de volumosos como de concentrados e ordenhas. Hoje esse procedimento esta abandonado; o que se deseja, é um local pequeno, que aloje apenas os animais que estão sendo ordenhados minimizando os custos com edificações (LUCCE, 1997). Ao pensar em confinamento, a primeira preocupação será obter boa produção agrícola. Capins como as variedades do elefante podem ser usadas, mas pelo menos parte do volumoso suculento deve ser constituída por silagem de milho. Cerca de metade da produção de milho de uma propriedade leiteira é consumida por animais que se encontra em lactação (DURÃES, 1999). O confinamento exige investimento em maquinas e instalações: por isso não se pode dar ao luxo de trabalhar com animais de baixa produção (LUCCE, 1997). Os sistemas de confinamento basicamente podem ser divididos: Sistema de piquetes em currais: geralmente os piquetes são recobertos por um gramado (como a Paspalum notatum) sendo que as vacas pouco ingerem essa gramínea. O ideal é que o terreno seja inclinado ligeiramente para permitir escoamento das águas da chuva. Os piquetes devem apresentar áreas de repouso sombreadas: os cochos de alimentação serão construídos em suas alas mais altas e menos compridas (DURÃES, 1999). Confinamento livre, com área de repouso coletivo. O piso é de cama sobre a terra ou areia e a área deverá no mínimo variar e 4,00 m quadrados a 5,75 m quadrados/vaca, sendo essas instalações mais caras, por serem totalmente cobertas. O eixo maior da construção terá o sentido leste-oeste, traçado durante o auge do verão. Confinamento livre tipo “free-stall” onde o descanso dos animais é feito em “cubículos” de livre acesso. A área reduz-se para 2,8 m quadrados/vaca; o piso das áreas de movimentação dos animais é concretado, e o dos cubículos tem cama, sendo elevados do chão. A cama mantida seca e limpa é de primordial importância para o sucesso do sistema (LUCCE, 1997). Os corredores de alimentação terão 3,05 m a 3,86 m, e os de circulação de 2,44 m a 3,05 m de largura. A cama tem por finalidade manter o local de repouso das fêmeas seco e macio. Para o descanso dos animais, serão utilizados capim seco inteiro ou picado, areia, palhada de milho moída, casca de amendoim ou arroz, secagem grosseira, ou pó de serra. Os cochos comedouros devem ter espaço suficiente para comportar o número de animais presentes no lote. O fundo dos comedouros deve ficar no mesmo nível das patas dianteiras do animal ou no Maximo 5 cm acima. Muitos usam apenas uma vala de concreto no chão, com caimento de 1% no comprimento, para evitar empoçamento de água de chuva, o que é importante principalmente quando não se empregam coberturas. As cercas ficam entre as vacas e o cocho, e deverão ter balizas oblíquas, evitando que os animais, levantando a cabeça rapidamente, desperdicem alimentos (DOMINGUES, 1961). Outro ponto a ser considerado é o esterco que se acumula nos sistemas de confinamento, e que pode ser trabalhado, ou imediatamente colocado em culturas (DURÃES, 1999). No manejo de animais confinados, a detecção do cio é fator de suma importância: no uso dos piquetes, com 100 m quadrados/vaca, há facilidade de inspeção com a liberdade e espaço para os animais demonstrarem cio; mas quando o espaço é limitado, fica mais difícil essa observação. Em pisos de concreto as vacas evitam a monta, temendo escorregar. Há maior demonstração de cio no período noturno, e a iluminação dos confinamentos cobertos é necessária para executar observações (LUCCE, 1997) Um dado considerado frequentemente é o da necessidade de cobrir os comedouros ou as alas de alimentação. Sombreamento em áreas de descanso deverá sempre estar presente, mas preferivelmente longe de comedouros, evitando concentrações excessivas de animais junto ao mesmo (DURÃES, 1999). A alimentação deve ser farta o ano todo tanto na época seca como na época chuvosa. A suplementação alimentar através da utilização de volumosos ou concentrados devem acompanhar a dieta da vaca leiteira. A condição corporal da vaca é muito importante, e ela deve parir numacondição corporal muito boa para que possa apresentar cio e ser acasalada dentro de um período de serviço curto, ou seja, entre os 90 a 120 dias pós parto. A vaca deve parir gorda, porque ela enfrentará o estresse do parto, da lactação e muitas vezes a mudança da alimentação, portanto a não observação de todas estas práticas condicionam o animal para que este não venha apresentar um bom desempenho reprodutivo (NETTO, 2006). Ao adquirir uma vaca para o rebanho devem-se escolher animais que tenham as seguintes características: Aptidão leiteira, Docilidade, Úbere bem desenvolvido, assim como os vasos sanguíneos existentes. Ausência de mamite. Os quatro quartos devem ser sadios, pois um quarto com mamite é sempre um foco de infecção. Somente adquirir o animal após a realização dos exames sanitários (DOMINGUES, 1961). 3. CONCLUSÃO O programa de manejo das vacas esta relacionado com instalações, cuidados com as vacas, alimentação, ordenha que terá o objetivo de dar boas condições fisiológicas e nutricionais à vaca e, para responder ao seu potencial genético, assim terá um aumento da produção de leite e um bom desempenho reprodutivo visando um maior lucro para o produtor. 4. REFERÊNCIAS DOMINGUES, Octávio. O gado nos trópicos. Editada pelo instituto de zootecnia, projeto ETA n.27, Rio de Janeiro, Brasil, capitulo V - Comportamento do gado leiteiro, pg. 79 - 96 1961. DURÃES, Macus Cordeiro; MARTINEZ, Mario Luiz; VALENTE, José. 1 Simposio Brasileiro de Melhoramento Genético de Bovino Leiteiro nos Trópicos. Editora Embrapa, 2 palestra, 3 capitulo pg. 104 -106, 1999 LEITE, Tisa Echevarria; MORAES, José Carlos Ferrugem; PIMENTEL, Cláudio Alves. Eficiência Produtiva e Reprodutiva em Vacas Leiteiras. Revista Ciência Rural Santa Maria, Departamento de Patologia Animal, Universidade Federal de Pelotas, v.31, n.3, pg. 467 – 472, 2001. LUCCI, Carlos de Sousa. Nutriçao e Manejo de Bovinos Leiteiros. Capitulo 6, pg. 109 - 113, 1 Edição brasileira , Editora Manole Ltda, São Paulo, SP, 1997. NETTO, Francelino Goulart da Silva; BRITO Luciana Gatto; FIGUEIRÓ, Marivaldo Rodrigues. Manejo da vaca leiteira. Revista comunicado técnico 318, Porto Velho, RO, Novembro, 2006. RODOSTITS, O; BLOOD, D, C. Manual de Controle da Saúde e Produção dos Animais. São Paulo – SP, Editora Manole, pg. 102 a132, 1986. SARTORI, Roberto. Manejo Reprodutivo da Fêmea Leiteira. Revista Reprodução Animal, Belo Horizonte, v.31, n.2, pg. 153 - 159 abr./jun. 2007. Disponível em: http://www.cbra.org.br/pages/publicacoes/rbra/download/153.pdf. .
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