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Pós Estácio TRABALHOS Reformas Processuais Penais

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-Graduação em Direito Penal e Processo Penal
Fichamento de Estudo de Caso
Priscila Tereza de Carvalho Ribeiro de Paula
As reformas processuais penais
 Tutor: Prof.
Belo Horizonte
2017
Estudo de Caso:
A Defesa do Réu e sua substituição técnica – efeitos 
REFERÊNCIA:
A análise de caso a ser realizada é referente ao caso de um réu, denunciado pela prática dos crimes previstos no art. 157 §2 I e II, do CP, apresentou inicialmente a defesa devidamente realizada por advogado constituído nos autos, o qual apresentou três testemunhas, porém no curso do processo, foi realizado a substituição técnica e no momento da audiência de instrução e julgamento o novo advogado constituído pretendia substituir as testemunhas por outras três, o qual foi protestado pelo Ministério Público ao argumento de que o prazo para realizar o mesmo seria na resposta a acusação e não foi apresentado quaisquer justificativas para a substituição das testemunhas inicialmente elencadas.
Conforme o caso apresentado, são diversos os pontos a serem analisados, desde a possibilidade de substituição técnica, o momento que a mesma ocorre, quais são os atos que podem ser novamente praticados, bem como a possibilidade ou não da substituição das testemunhas e um ponto destacado na proposta da realização desta resenha critica, da aplicação analógica do Novo CPC na substituição técnica.
A substituição no processo penal é seriamente tratada, sendo até mesmo penalizada conforme exclusiva do Código de Processo Penal, em que somente pode destituir após devidamente justificado sob pena ao advogado, além do mais, a necessidade e até mesmo exigência constitucional de defesa técnica no processo trazem a importância do mesmo e de seus atos praticados.
Necessário se faz a observação quanto aos atos processuais já realizados e o momento da substituição do mesmo, como propõe a teoria geral do processo, os atos são realizados ao seu tempo sem a possibilidade de se retroagir, mesmo com um advogado novo que observe falhas na defesa apresentada anteriormente, estes atos devem ser realizados de acordo com as regras e formalidades previamente traçadas, e para tal o advogado possui ciência do que seria o melhor para seu cliente, daí advém a problemática de substituição de defesa técnica, em como alterar a pessoa do advogado sem alterar sua defesa em si, os atos já praticados buscavam uma diretriz, seja amenizar a pena, seja substituir a pena ou até mesmo inocentar, a substituição da defesa técnica deve-se atentar não somente para os atos futuros como também para os atos que foram realizados e tomaram certas diretrizes, como o caso em que elencou as testemunhas, devendo entender o porque de tal fato.
	Quanto a substituição de testemunhas no processo penal, a mesma havia uma previsão legal diferente antes da mudança trazida pela lei 11.719/08, em que determina que a substituição decorre se não for encontrada qualquer das testemunhas, caso o pedido não fruste o disposto nos arts. 41 e 395, mas ainda assim aplica-se a substituição com a interpretação subsidiária do art. 408 do Código de Processo Civil, em que a testemunha tenha falecido, ou esteja enferma ou mudado de residência e não encontrada pelo oficial de justiça.
	Contudo, o Novo Código de Processo Civil revogou tal previsão, ficando em aberto quaisquer previsão legislativa a respeito da substituição de testemunhas, assim deve-se ir no sentido dos princípios do contraditório e da ampla defesa, no qual o a parte tem direito constitucional a prova, na medida que não se pode faltar qualquer ato probatório que leve ao convencimento do fato real ao juiz, para uma prestação jurisdicional efetiva e justa. 
	Deve-se lembrar também que o testemunho sendo uma forma tão importante de defesa, o magistrado possui a possibilidade de convocar de ofício, testemunhas que considere relevantes para busca da verdade real, na havendo como negar às partes direito de substituição de testemunhas não encontradas, desde que existentes e arroladas tempestivamente, observada também aquelas em que foram realizadas com o cunho procrastinatório. 
Mas o que deve ser lembrado aqui é que o que se busca no processo penal não é somente a padronização e acolhimento das regras processuais, mas também a verdade real, e se para alcançar tal verdade seria necessário a mudança das testemunhas, sendo embasadas de forma fundamentada a sua necessidade e acolhida o pedido pelo juiz sem oposição do Ministério Público que poderia se manifestar, nada contra a realização do mesmo, desde que presentes os prazos e requisitos necessários a um julgamento justo, o que parece ao mesmo ver neste caso esquecido em contraposição a formalidades e procedimentos rígidos.

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