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ESTRONGILOIDÍASE

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ESTRONGILOIDÍASE
Strongyloides stercoralis
CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA
É uma verminose causada pelo nematóide Strongyloides stercoralis que habita o intestino delgado do homem.
A forma parasita deste verme possui corpo cilíndrico, filiforme, esbranquiçada, com as extremidades afiladas. Na porção anterior encontramos a boca com três pequenos lábios. Possui esôfago estreito e cilíndrico (filarióide), e mede de 2 a 3 mm de comprimento.
É predominante em regiões tropicais, pode infectar também cães, gatos e macacos.
TAXONOMIA
Reino: Animalia 
Subreino: Metazoa 
Filo: Nemathelminthes 
Classe: Nematoda 
Ordem: Rhabditorida 
Família: Strongyloididae 
Gênero: Strongyloides 
Espécie: Strongyloides stercoralis
MORFOLOGIA
As fêmeas parasitas são partenogenéticas, podendo haver multiplicação e auto-infestação no mesmo hospedeiro, e produzem larvas que, saindo para o meio externo, dão machos e fêmeas de vida livre. Estas, por sua vez, põem ovos e originam nova geração de larvas.
Fêmea partenogenética: Possui corpo cilíndrico com aspecto filiforme longo; Extremidade anterior arredondada e posterior afilada; Aparelho digestivo simples com boca contendo três lábios; A larva, rabditóide, que é frequentemente libertada ainda no interior do hospedeiro, torna-se a forma evolutiva de fundamental importância no diagnóstico; Fêmea ovovivípara, pois elimina na mucosa intestinal o ovo já larvado.
Fêmea de vida livre: Apresenta cutícula fina e transparente, com finas estriações; Possui aspecto fusiforme, com extremidade anterior arredondada e posterior afilada.
Macho de vida livre: Possui aspecto fusiforme, com extremidade anterior arredondada e posterior recurvada ventralmente; apresentam dois pequenos espículos, auxiliares na cópula, que se deslocam sustentados por uma estrutura quitinizada denominada gubernáculo.
Ovos: São elípticos, de parede fina e transparente, praticamente idênticos aos dos ancilostomídeos; podem ser observados nas fezes de indivíduos com diarréia severa ou após utilização de laxantes.
Larva rabditóide: Apresentam cutícula fina e hialina; nas formas disseminadas, são encontradas na bile, na urina, no escarro, nos líquidos pleural, duodenal e cefalorraquidiano; Se mostram muito ágeis com movimentos ondulatórios, quando visualizadas a fresco.
Larva filaróide: Apresentam cutícula fina e hialina; podem ser vistos no meio ambiente e podem evoluir no interior do hospedeiro, ocasionando os casos de auto-infecção interna; É a forma infectante do parasito (L3), capaz de penetrar pela pele ou pelas mucosas; Porção anterior é ligeiramente afilada e a posterior afina-se gradualmente, terminando em duas pontas, conhecida como cauda entalhada, que a diferencia das larvas filarióides de ancilostomídeos, que é pontiaguda;
MODO DE TRANSMISSÃO
As larvas infectantes (filarioides), presentes no solo, penetram através da pele e chegam aos pulmões, traqueia e epiglote. Após serem deglutidas atingem o trato digestivo onde se transformam em verme adulto. A fêmea libera os ovos larvados que eclodem ainda no intestino, liberando larvas rabditoides (não infectantes), que saem pelas fezes.
No meio externo, as larvas rabditoides podem evoluir para a larva filarioide (forma infectante) ou para adultos de vida livre que ao se acasalarem geram novas formas infectantes. 
Outra forma de infecção, é por meio da transmissão fecal-oral, com a ingestão de água ou alimentos contaminados com larvas infectantes. Além disso, é possível ter a autoinfecção externa e interna. 
A autoinfecção externa ocorre quando as larvas presentes em resíduos de fezes na região anal e perianal penetram no indivíduo pela mucosa retal. Já a autoinfecção interna ocorre no próprio intestino do indivíduo infectado, quando fatores intestinais propiciam a transformação das larvas e permitem a invasão direta da mucosa. O período de incubação entre a penetração através do tegumento e o surgimento de larvas não infectantes nas fezes ocorre no prazo de 14 a 28 dias. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
As principais manifestações clínicas são dor abdominal, diarréia e urticária, com eosinofilia, dentre outras
Pele:alergia recorrente, erupções eritematosas, papulosas e pruriginosas no local de penetração da larva. 
Migração de larvas:sintomas primários pulmonares; pneumonia brônquica verminosa. 
Intestino:dor abdominal, diarréia e constipação, vômitos, perda de peso, anemia variável, eosinofilia, perda protéica enteropática. 
Freqüentemente assintomática em infecções leves; em geral, não há lesões extensas; intestino edematoso e congesto em infecções pesadas.
DIAGNÓSTICO
Laboratorial
O diagnóstico dessa helmintose se dá pela identificação das larvas nas amostras fecais. Entretanto, como na maioria dos casos o número de larvas é pequeno e a eliminação delas é baixa e irregular, o diagnóstico da estrongiloidíase por exames parasitológicos torna-se muito limitado.
Dependendo do número de amostras de fezes a sensibilidade do exame parasitológico varia de 30%, 50%, até 100%, respectivamente quando analisadas uma, três ou sete amostras.
As principais técnicas para realização do exame parasitológico são o examedireto utilizando solução salina e lugol, os métodos de concentração de larvas como o Baermann-Moraes e o de sedimentação, a cultura em placa de Agar, e o método de Harada-Mori.
Nos quadros de estrongiloidíase disseminada, é possível encontrar as larvas em fluídos corpóreos, como em lavados broncoalveolares, escarro, fluido cérebro-espinhal e aspirados duodenais.
Diagnóstico diferencial
Dependendo da fase clínica da infecção, as principais doenças que compõem odiagnóstico diferencial são outras parasitoses como a ascaridíase, giardíase eancilostomíase; ou outras doenças como a pneumonia, urticária, colecistite, pancreatite e eosinofilia pulmonar tropical.
TRATAMENTO
O tratamento pode ser feito com as seguintes drogas: Tiabendazol, Ivermectina ou Albendazol.
O tiabendazol é a droga mais utilizada no tratamento dessa helmintose e suaeficácia é superior a 90%. Os efeitos colaterais são: sonolência, cefaleia, náuseas, vômitos, diarreia, tonturas e erupções cutâneas que desaparecem com a suspensão do tratamento.
Já a ivermectina tem uma eficácia acima de 80%. Os efeitos colaterais mais frequentes são: diarreia, anorexia e prurido. Recomenda-se o uso da ivermectina para as crianças acima de 5 anos ou peso superior a 15kg.
PROFILAXIA
Para consolidar os resultados de um bom programa de controle, é necessário mudar o comportamento da população em relação à educação sanitária de forma a reduzir a poluição do meio e a reinfecção dos habitantes, em cada domicílio. Alguns hábitos devem ser implantados profilaticamente por crianças e adultos que delas cuidam, tais como uso de instalações sanitárias adequadas por todos os moradores da residência; lavagem cuidadosa de frutas e legumes, antes de consumi-los crus; proteção dos alimentos contra poeiras, insetos e outros animais que possam ser vetores mecânicos de ovos de helmintos, bem como a proscrição da matéria fecal humana como adubo.
REFERÊNCIAS 
1. NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Atheneu Rio, 2011.
2. ESTRONGILOIDÍASE. Disponível em: <http://biomedicinaunic.blogspot.com.br/2010/11/estrongiloidiase.html>. Acesso em: 12 ago. 2017. 
3. ESTRONGILOIDÍASE: Doenças infeciosas. Disponível em: <http://ftp.medicina.ufmg.br/observaped/artigos_infecciosas/Estrongiloidiase_22_08_2014.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2017.

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