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Faculdade SENAI de Tecnologia “Luiz Adelar Scheuer” - SENAI / FATEC Juiz de Fora - MG Aprendizagem Industrial em Telemarketing Marketing Básico Presidente da FIEMG Robson Braga de Andrade Gestor do SENAI Petrônio Machado Zica Diretor Regional do SENAI e Superintendente de Conhecimento e Tecnologia Alexandre Magno Leão dos Santos Gerente de Educação e Tecnologia Edmar Fernando de Alcântara Elaboração Faculdade SENAI de Tecnologia “Luiz Adelar Scheuer” Unidade Operacional Faculdade SENAI de Tecnologia “Luiz Adelar Scheuer” Juiz de Fora - Minas Gerais AApprreesseennttaaççããoo “Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento”. Peter Drucker O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção, coleta, disseminação e uso da informação. O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e, consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a égide do conceito da competência: “formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da necessidade de educação continuada”. Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de suas escolas à rede mundial de informações - Internet - é tão importante quanto zelar pela produção de material didático. Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos. O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada! Gerência de Educação e Tecnologia “O marketing não é uma batalha de produtos. É uma batalha de percepções”. Al Ries 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .....................................................................................................07 UNIDADE 1 – MARKETING: PRINCIPAIS CONCEITOS .....................................08 1.1 - O QUE É MARKETING? ...................................................................................08 1.2 - A EVOLUÇÃO DO MARKETING .........................................................................08 1.3 - APLICAÇÕES DO MARKETING ..........................................................................09 1.3.1 - MARKETING DIRETO .............................................................................10 1.3.2 - MARKETING DE RELACIONAMENTO .........................................................10 1.3.3 - MARKETING PESSOAL ...........................................................................11 1.3.4 - MARKETING DE SERVIÇOS .....................................................................11 1.3.5 - MARKETING DE SOCIAL .........................................................................13 UNIDADE 2 – PLANEJAMENTO DE MARKETING ..............................................14 2.1 - PESQUISA MERCADOLÓGICA ...........................................................................14 2.2 - SEGMENTAÇÃO DE MERCADO .........................................................................16 2.2.1 - BASES DE SEGMENTAÇÃO ....................................................................16 2.3 - POSICIONAMENTO DE MERCADO .....................................................................18 2.3.1 - ESTRATÉGIAS DE POSICIONAMENTO .....................................................19 2.3.2 - ESCOLHENDO E IMPLANTANDO UMA ESTRATÉGIA DE POSICIONAMENTO ...19 2.3.3 - IDENTIFICANDO POSSÍVEIS VANTAGENS COMPETITIVAS ...........................19 UNIDADE 3 - COMPOSTO DE MARKETING .....................................................22 3.1 - PRODUTO .....................................................................................................22 3.1.1 - ESTRATÉGIAS DO CICLO DE VIDA DO PRODUTO .......................................23 3.2 - PREÇO .........................................................................................................24 3.2.1 - ESTRATÉGIAS DE ADEQUAÇÃO DE PREÇOS ............................................25 3.3 - PROMOÇÃO ..................................................................................................28 3.3.1 - PROPAGANDA .....................................................................................29 3.3.2 - PROMOÇÕES DE VENDAS .....................................................................31 3.3.3 - RELAÇÕES PÚBLICAS ..........................................................................33 3.4 - PRAÇA .........................................................................................................34 3.4.1 - PARA QUE SERVE UM INTERMEDIÁRIO DE MARKETING .............................35 3.4.2 - FUNÇÕES DOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO .................................... 36 6 3.4.3 - NÚMERO DE NÍVEIS DOS CANAIS ...........................................................37 3.4.4 – CANAIS NO SETOR DE SERVIÇOS ..........................................................38 3.4.5 – COMPORTAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO CANAL ......................................38 UNIDADE 4 - COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ....................................39 4.1 - PAPÉIS QUE O CONSUMIDOR DESEMPENHA ......................................................39 4.2 - VALOR PERCEBIDO E SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR .........................................39 UNIDADE 5 – DESAFIOS: GLOBALIZAÇÃO E INTERNET ................................41 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................42 7 INTRODUÇÃO O que significa o termo marketing? Algumas pessoas pensam em marketing apenas como vendas e propagandas. Isso não causa nenhuma surpresa. Afinal, todos os dias somos bombardeados por comerciais de televisão, anúncios em jornais e revistas, campanhas de mala-direta, ofertas na Internet e campanhas de telemarketing. Entretanto, vendas e propaganda constituem apenas a ponta do iceberg do marketing, e mesmo sendo fundamentais, são apenas duas das muitas ferramentas do marketing, e não necessariamente as mais importantes. Neste estudo entenderemos o marketing a partir de sua perspectiva estratégica, pesquisaremos sua amplitude, passando pelo estudo do comportamento do consumidor e os desafios que o dinamismo do mercado impõe às empresas. Nesse sentido lhe convidamos a uma reflexão acerca das mais variadas práticas dos profissionais de marketing, objetivando assim otimizar sua percepção acerca do mercado e seus desafios. 8 UNIDADE 1 - MARKETING: PRINCIPAIS CONCEITOS 1.1 - O que é Marketing? O Marketing deve ser compreendido não só no sentido de vender o produto, mas também de satisfazer as necessidades e desejos do cliente. Um bom profissionalde marketing deve ser capaz de identificar tais demandas, desenvolver produtos de valor superior, definir bem os preços, fazer uma boa distribuição e promoção da mercadoria, apenas dessa forma ele conseguirá ser competitivo no mercado. “O verdadeiro papel do Marketing é administrar a demanda de bens e serviços estimulando o consumo de um bem ou serviço que possua as características intrínsecas, atenda a necessidades e desejos específicos de determinadas pessoas.” (COBRA, 2009) 1.2 - A Evolução do Marketing Marketing é uma palavra em inglês derivada de market, que significa mercado, e é utilizada para expressar a ação voltada para o mercado. Assim, entende-se que a empresa que pratica o marketing tem o mercado como a razão e o foco de suas ações. Embora a história do marketing possa ser dividida em mais partes, podem- se destacar três fases essenciais para compreendermos sua evolução: 9 Era da Produção Era da Venda Era do Marketing Até meados de 1925 as empresas eram orientadas pela produção, pois tudo que era produzido era consumido, não havendo preocupação com a venda. Entre 1925 e o início de 1950, já com as técnicas de produção dominadas, a preocupação passou a ser em escoar a produção excedente. Assim as empresas, com o objetivo de encontrar compradores para seus produtos, passaram a se orientar para vendas. O foco era convencer baseando-se nos benefícios do produto. Após a crise de 1929, as organizações sobreviveram à depressão prestando mais atenção aos anseios do mercado. Trata-se de um novo modelo de mercado onde a geração de novos consumidores após a década de 50, com novas demandas e exigências, estimulou a competitividade entre as empresas, exigindo uma preocupação destas em fazer pesquisas, traçar estratégias e se adequar às demandas específicas dos consumidores. O dinamismo do mercado contemporâneo exige uma atenção constante das empresas em acompanhar e se adaptar às novas necessidades e exigências do consumidor. E mais do que isso, o Marketing hoje está posicionado em realizar desejos não apenas com produtos adequados, mas também se atentando a um modelo de produção que considere os impactos sociais e ambientais. 1.3 - Aplicações do Marketing Vejamos algumas das várias formas em que o marketing se aplica, que surgem a partir da evolução das práticas empresariais e da dinâmica econômica, social, cultural, política e tecnológica mundial. 10 1.3.1 - Marketing Direto Surgido inicialmente na década de 1960 e praticado a princípio por grandes lojas norte-americanas através da oferta de seus produtos por meio do envio de catálogos impressos pelo correio, para milhões de domicílios, os programas de marketing direto utilizavam listas de clientes e catálogos enviados pelo correio (mala direta), solicitando uma resposta direta do cliente, que resultava, em geral, na venda por telefone (televendas). Também eram utilizados cupons de desconto distribuídos por anúncios em jornais e revistas, em folhetos, nas lojas ou porta a porta. Com a evolução da informática e dos meios de telecomunicação, na década de 1980, surgiram os sistemas de gerenciamento de banco de dados, que registram e tratam um grande número de informações, coletadas em tempo real, sobre os eventos da empresa, bem como os contatos e eventos de relacionamento com os clientes. 1.3.2 - Marketing de relacionamento É um conceito surgido na década de 1990 como uma evolução do marketing direto, motivado por pesquisas que indicavam que conquistar um novo cliente custava, em média, cinco vezes mais que reter um cliente. É definido como uma estratégia que visa criar, conquistar e fidelizar clientes por meio de uma relação duradoura baseada em confiança, colaboração, compromisso, parceria, investimentos e benefícios mútuos, a fim de resultar na otimização do retorno para a empresa e seus clientes. Para isso a empresa também precisa estabelecer relacionamentos mutuamente satisfatórios de longo prazo com partes-chave como fornecedores, distribuidores, funcionários, dentre outros, o que se denomina Rede de Marketing. Um estágio mais avançado do marketing de relacionamento, é conceituado de marketing uma a um, em que cada cliente é tratado individualmente e a oferta da empresa é totalmente customizada para o mesmo. 11 1.3.3 - Marketing pessoal Outra aplicação muito difundida no ambiente empresarial é o Marketing pessoal, em que um indivíduo modifica seu comportamento e sua forma de agir, visando um melhor posicionamento no mercado profissional. Para isso o individuo precisa desenvolver técnicas para poder divulgar sua imagem, sua competência e utilizar seus contatos para chegar onde quer. O profissional deve entender o que o mercado de trabalho precisa, para que ele possa se adaptar, estudar, evoluir neste sentido. E assim o profissional precisa começar a se divulgar, entre seus conhecidos, clientes e outros. No entanto uma questão que vale ressaltar é que o Marketing pessoal precisa ser feito na base da verdade, ética e valores do ambiente onde você quer atuar. Não adianta criar um personagem, visando conseguir um emprego, pois ao descobrirem que você não tem a capacidade que demonstrou, certamente irá perder o emprego e qualquer possibilidade de indicação posterior. 1.3.4 - Marketing de Serviços As pessoas geralmente satisfazem suas necessidades e desejos com produtos. Em função de sua complexidade o conceito de produto não se limita a objetos físicos. Na verdade, qualquer coisa capaz de satisfazer uma necessidade pode ser chamada de produto. Além dos bens tangíveis, podemos considerar como produto os serviços – atividades ou benefícios oferecidos para a venda, os quais são essencialmente intangíveis e não resultam na posse de nada. Em muitos casos fica difícil distinguir a diferença entre bens e serviços, pela quantidade que cada um incorpora do outro. Em geral, os bens sempre têm algum tipo de serviço incorporado, bem como alguns serviços têm uma quantidade razoável de bens incorporados. Assim, define-se bens ou serviços em função da predominância de um em relação ao outro. 12 A idéia de que produtos contêm elementos de ambos: bens e serviços em graus variados possibilita a especificação de diferentes categorias de produtos como: � Bem tangível – sabão, creme dental, sal. � Bem tangível associado a serviços – GM ao oferecer serviços associados à venda de automóveis. � Híbrida – a oferta consiste tanto de bens como de serviços, como restaurantes e supermercados � Serviço principal associado a bens – companhias aéreas ao oferecer viagens em que a operação requer um bem extremamente caro (aeronave), mas o item principal é o serviço. � Serviço puro – essencialmente intangível como psicoterapia, massagem e palestras. Os serviços apresentam quatro características principais e que influenciam a elaboração de programas de marketing para as empresas de serviço. São elas: Intangibilidade: expressa a noção de que não tem substância física e por isso não pode ser tocado, armazenado, transportado. Inseparabilidade: de um modo geral, os serviços são produzidos e consumidos simultaneamente, por isso, o prestador de um serviço pode se confundir com o próprio serviço prestado. Variabilidade: pelo fato de dependerem de quem os fornece, além de onde e quando são fornecidos, os serviços são altamente variáveis. Perecibilidade: expressa a noção de que um serviço não pode ser feito com antecedência e armazenado. A produção do serviço e seu consumo se dão praticamente no mesmo momento. 13 1.3.5 - Marketing Social Trata-se da aplicação dosconceitos de marketing na implantação e controle de programas que buscam aumentar a aceitabilidade das idéias sociais e que envolvem considerações acerca desde o design do produto até a comunicação do mesmo. O Marketing Social tem ganhado cada vez mais importância, na medida em que empresas e instituições se conscientizam da necessidade de comprometer-se com a comunidade, em contrapartida ao apoio que esta lhes empresta, comprando seus produtos, disponibilizando-lhe mão-de-obra e, muitas vezes, oferecendo-lhe benefícios para a sua instalação e funcionamento (como a isenção de impostos). 14 UNIDADE 2 - PLANEJAMENTO DE MARKETING As definições de marketing são variadas no entendimento das pessoas. Para muitas, marketing é propaganda, para outras é a arte de vender bem, para outras é até coisa de políticos em época de eleições, e assim por diante. Na verdade marketing é tudo isso e muito mais. Para compreendermos melhor, marketing é um processo que envolve tanto o planejamento quanto a execução do programa de colocar bens ou serviços à disposição de possíveis compradores. No estágio do planejamento, muitas decisões precisam ser tomadas: � Que mercado deve ser trabalhado? � Que produto deve ser oferecido ao mercado? � Quem deve comercializá-lo? � Que intermediários devem ser envolvidos na distribuição? � Como deve ser promovido o produto? � Que preço deve ser praticado? O planejamento deve ser realizado passo a passo. Desde a análise do cenário ambiental até a análise do portfólio de produtos da empresa em relação à concorrência. Vejamos cada um desses passos: � Analisar o cenário da empresa visando ao planejamento estratégico. � Estimar a demanda de mercado para os principais produtos. � Determinar potencial de mercado para cada produto. � Prever as vendas para cada linha de produtos. � Determinar os níveis de preços a partir do custo dos valores praticados pela concorrência e do preço que o mercado considera justo. � Estudar o ciclo de vida do produto. � Analisar o portfólio de produtos de empresas em face da concorrência. 15 2.1 - Pesquisa mercadológica A pesquisa de mercado é entendida por muitos autores como o esforço planejado e organizado para obter informações que facilitem o processo de decisão do mercado. E também, como a elaboração, a coleta, o registro e a análise de todos os dados relevantes à situação específica de marketing de um determinado produto. O processo de pesquisa de mercado envolve as cinco etapas a seguir: Os métodos de pesquisa mais usuais são a qualitativa - os dados qualitativos são coletados para aprofundar conhecimento acerca de algumas coisas que não podem ser observadas e medidas diretamente. E a quantitativa quando a pesquisa pode ser conduzida de maneira a propiciar um correto dimensionamento das respostas em relação ao tamanho do universo. Alguns dos vários tipos de coleta de dados mais utilizados são: Internet, correios, telefone e entrevista pessoal. 2.2 - Segmentação de mercado Os mercados consistem em compradores, que diferem de várias formas - quanto aos desejos, recursos, atitudes de compra. Como os compradores têm necessidades e desejos próprios, tudo funciona como se cada um deles fosse um mercado potencial em separado. Portanto, a forma ideal seria o vendedor planejar um programa de marketing para cada cliente e individualização de seus produtos e programas de marketing para satisfazer a cada cliente específico. Contudo, a maioria das empresas lida com grande número de pequenos clientes. Por isso não vale a pena uma segmentação tão específica, a maioria das Apresentação dos resultados Análise das informações Coleta de informações Desenvolvi- mento do plano de pesquisa Definição do problema e objetivos da pesquisa 16 empresas busca dividir os compradores em classes que diferem entre si quanto às suas necessidades de produtos e repostas de compra. 2.2.1- Bases para segmentação: Não há uma maneira única de segmentar um mercado. Os profissionais de marketing testam e combinam diversas variáveis, para encontrar a melhor forma de visualizar seu mercado em particular. Dentre as principais variáveis se destacam: geográficas, demográficas, psicográficas e comportamentais. � Segmentação Geográfica: A segmentação geográfica requer uma divisão do mercado em diferentes unidades geográficas, como: estados, países, municípios, cidades ou bairros. Uma empresa pode decidir operar em uma área, em todas, ou dar atenção especial para uma em particular. A tendência hoje é de regionalização dos programas de marketing. � Segmentação Demográfica: A segmentação demográfica consiste na divisão do mercado em diferentes grupos, com base em variáveis como: idade, sexo, tamanho da família, ciclo de vida familiar, renda, ocupação, nível de instrução, religião, raça, etc. Os fatores demográficos são as bases mais comuns para a segmentação dos mercados, pois as necessidades, desejos e índice de uso dos consumidores em geral variam conforme as mudanças geográficas. E também porque elas são mais fáceis de serem avaliadas do que as demais. � Segmentação Psicográfica: A segmentação psicográfica divide os consumidores em diferentes grupos baseados na classe social, no estilo de vida ou nas características de personalidade. Pessoas do mesmo grupo demográfico podem ter perfis psicográficos bem diversos. Pessoas com a mesma renda, mesma idade, e que moram no mesmo lugar podem e geralmente têm comportamentos de compra bem diferentes. 17 � Segmentação Comportamental: A segmentação comportamental divide os compradores em termos do seu conhecimento, atitudes, usos ou resposta a um dado produto. Muitos profissionais de marketing acreditam que as variáveis comportamentais são o melhor ponto de partida para a construção de segmentos de mercado. o Segmentação por ocasião: Os compradores podem ser agrupados conforme as ocasiões em que utilizam ou fazem a compra do produto. Por exemplo: O suco de laranja é muito consumido no café da manhã, porém plantadores de laranja vêm promovendo o suco como uma bebida refrescante para ser tomada depois de atividades físicas ou em dias de calor. o Busca de benefícios: Uma forma eficiente de segmentação é o agrupamento de consumidores conforme os benefícios que eles procuram no produto. Um dos melhores exemplos é no mercado de pasta de dente. Segundo a pesquisa foram constatados quatro segmentos: econômico, medicinal, cosméticos e sabor. Segmentos de benefício Demográficos Comportamentais Psicográficos Marcas favorecidas Economia (preço) Homens Usuários pesados Grande autonomia orientada para o valor Sorriso Medicinal (prevenção de caries). Famílias grandes Usuários pesados Hipocondríacos, conservadores. Sensodine Cosméticos (dentes brancos) Adolescentes, adultos. Fumantes Alta sociabilidade, ativa. Colgate White Sabor Crianças Apreciadores de hortelã Grande auto- envolvimento, hedonistas. Marcas infantis: Tandy. o Condição de usuário: Os mercados podem ser segmentados pela condição do comprador: Usuário, não usuários, usuários em potencial, usuários regulares, eventuais. 18 o Índices de uso: Os mercados podem também ser segmentados em grupos de usuários leves, médios e pesados. Os usuários pesados normalmente correspondem a uma pequena percentagem da vendas total, mas isso pode variar de acordo com o produto. o Grau de lealdade: O mercado muitas vezes é segmentado pela lealdade do consumidor. Existem consumidores totalmente leais a uma marca, parcialmente leais (têmpreferência) e os que não tem lealdade nenhuma. Certos produtos normalmente têm a lealdade de seu cliente, como por exemplo, as marcas de cerveja. Já outros dificilmente alcançarão à lealdade, como casas de show, as pessoas podem ser leais aos músicos e não aos locais onde eles tocam. 2.3 - Posicionamento de mercado Escolhidos os segmentos de mercado em que a empresa vai entrar, é preciso decidir que “posições” ocupar nesses segmentos, a fim de que se consiga estabelecer uma estratégia de marketing eficaz. Posição de um produto é a forma como o produto é definido pelos consumidores quanto aos seus atributos mais importantes, é o lugar que ele ocupa na cabeça dos consumidores, com relação aos produtos concorrentes. Os consumidores vivem sobrecarregados de informações sobre produtos e serviços, por isso acabam “posicionando” o produto na cabeça, os serviços ou as empresas. A posição do produto é o produto de uma complexa mistura de percepções, impressões e sentimentos do consumidor sobre um produto com relação aos concorrentes. O profissional de marketing deve bolar estratégias para posicionar um novo produto da maneira que for interessante. E principalmente traçar estratégias tendo em vista o posicionamento de seu produto na mente do cliente. 19 2.3.1 - Estratégias de posicionamento As estratégias de posicionamento do produto devem seguir os atributos específicos do produto. A Fiat faz propaganda do preço baixo do produto, e a BMW promove a potência e dirigibilidade de seus carros. No verão o Gatorade pode ser posicionado como um produto que repõe os líquidos corporais, e no inverno, como a bebida a ser usada em casos que o médico indique grandes quantidades de líquido. O produto também pode ser posicionado diretamente contra um concorrente. Por exemplo, o Guaraná Antártica posicionou-se como um refrigerante sem cola e mais natural do que a Coca-Cola. O produto também pode ser posicionado com relação a classes diferentes de produtos. Por exemplo, algumas margarinas posicionam-se contra a manteiga, ou contra óleos de cozinha. 2.3.2 - Escolhendo e implantando uma estratégia de posicionamento: Para algumas empresas é fácil escolher sua estratégia de posicionamento. Por exemplo, uma empresa famosa por sua qualidade em certos segmentos procurará manter essa posição em novos segmentos. Muitas vezes, duas empresas estarão perseguirão a mesma posição, e cada uma terá que encontrar meios de distinguir-se, por exemplo, prometendo: “Alta qualidade por um preço inferior” ou “Alta qualidade e a melhor assistência técnica”. Cada empresa deverá criar suas vantagens competitivas únicas. A tarefa de posicionar consiste em três etapas: identificação de um grupo de possíveis vantagens competitivas, selecionar as vantagens competitivas certas, comunicação e apresentação eficientes da posição escolhida. 2.3.3 - Identificando possíveis vantagens competitivas: Os consumidores procuram produtos que lhe ofereçam um maior valor. Portanto a chave para conquistar e manter clientes é compreender suas necessidades. A empresa que se posiciona como fornecedora de valor superior 20 para os mercados-alvo selecionados atraindo-os com preços baixos ou maiores benefícios ganha a vantagem competitiva. No entanto nem todas as empresas têm recursos para obter uma grande vantagem competitiva. Algumas encontram pequenas vantagens que logo são copiadas pelos concorrentes. O segredo é sempre introduzir, uma a uma, novas vantagens potências, se mantendo dessa forma o desequilíbrio com os concorrentes. • Diferenciação por produtos: Alguns produtos são altamente padronizados como: galinhas, aço, aspirina. Portanto há poucas variáveis que podem ser exploradas. Outras empresas oferecem produtos totalmente diferenciáveis como: automóveis, edifícios comerciais e móveis. A empresa pode oferecer várias características padronizadas ou opcionais que seus concorrentes não oferecem. • Diferenciação por serviços: Além da diferenciação pelos produtos físicos, a empresa pode oferecer benefícios em serviços relacionados com os mesmos. Por exemplo: a entrega mais rápida e confiável, instalação gratuita, assistência técnica, serviço de atendimento ao consumidor. Na verdade existe um número quase ilimitado de serviços que podem agregar valor a um produto. • Diferenciação por funcionários: As empresas podem obter grandes vantagens competitivas contratando e treinando funcionários melhores que os de seus concorrentes. Uma empresa que deseja se diferenciar por seus funcionários deve treiná-los e motivá-los constantemente para que estejam sempre dispostos a atender os clientes. • Diferenciação pela imagem: Mesmo quando concorrentes oferecem produtos e serviços semelhantes, os compradores podem perceber uma diferença através da imagem da empresa ou de suas marcas. A imagem de uma marca deve conter uma mensagem singular e distinta. Não é possível implantar uma imagem na cabeça do consumidor da noite para o dia. Muitas empresas fazem 21 propagandas apenas com a intenção de fortalecer sua imagem e não com a intenção de vender um produto específico. 22 Unidade 3 - COMPOSTO DE MARKETING As decisões e ações específicas da função de marketing, que compõem o chamado composto de marketing, também conhecido como marketing mix, referem-se a quatro variáveis: produto, preço, promoção e praça – em outras palavras temos, respectivamente: criação e adequação de produtos, estratégias de preço, distribuição, e promoção dos produtos. Produto: Engloba a identificação de oportunidades de lançamentos de produtos e serviços, a adequação destes às necessidades e desejos dos clientes, a formulação das estratégias de produto e linhas de produto, administração do ciclo de vida dos produtos, entre outras. Preço: As decisões de preço envolvem a seleção da estratégia de preço que gere vantagem competitiva e diferenciação para cada produto ou linha de produto, bem como maximize o retorno para a empresa e para os parceiros do canal de distribuição. Promoção: Envolvem decisões relativas aos investimentos em estratégias e atividades de comunicação (propaganda, marketing direto, relações públicas, publicidade, eventos, seminários) e promoção de vendas (sorteios descontos, brindes, etc). Praça: Constitui a variável distribuição, que se faz através da escolha dos canais de venda e distribuição para que o produto esteja no lugar certo, no momento certo, e o cliente possa realizar a compra e satisfazer a sua necessidade. 3.1 - Produto Devido às rápidas mudanças dos gostos do consumidor, da tecnologia e da concorrência, as empresas têm que manter um fluxo permanente de novos produtos. Desenvolvê-los requer a compra de patentes ou desenvolvimento pelo próprio setor de pesquisa e desenvolvimento da empresa (P&D). Inovações implicam em riscos. Grandes corporações já perderam muito dinheiro com produtos que eram promessas de vendas, mas acabaram sendo um fiasco. Tal fracasso pode ser advindo de vários fatores, tais como a falta de um 23 posicionamento adequado, ou o preço elevado, divulgação ineficiente, dentre outros. Com tantos produtos fracassando as empresas estão interessadas em melhorar suas metodologias de desenvolvimento. Para criar novos produtos de sucesso é preciso compreender os consumidores, mercados e concorrentes e desenvolver produtos que ofereçam valor superior. Por causa de todas essas dificuldades e dos custos do desenvolvimento muitas empresas apenas estendem suas linhas, sem mostrar inovações reais. 3.1.1 - Estratégias do ciclo de vida do produto Depois de lançado, os administradores da empresa esperam que o novo produtodê certo, mas não podem esperar que ele venda para sempre. Toda empresa sabe que há um ciclo de vida do produto. O gráfico abaixo apresenta um modelo de ciclo de vida de um produto: • Introdução: O estágio de introdução começa quando o produto é lançado. Esse estágio leva tempo, e o crescimento das vendas pode ser lento. O produto pode gerar prejuízos à empresa, devido às baixas vendas e os altos custos de distribuição e promoção, entretanto trata-se de uma fase essencial e pode ser a mais importante, já que grande parte dos produtos nunca sai dela. 24 • Crescimento: Se o novo produto satisfaz, passará para o estágio de crescimento. Nesse estágio os compradores tardios começam a seguir a tendência e as vendas começam a crescer de maneira acelerada. É nesse ponto que os concorrentes surgem com produtos similares e a empresa agora terá competição. • Maturidade: Em algum momento há uma desaceleração nas vendas, que se estabilizam, nesse estágio os gastos com propaganda diminuem e o produto já está estabelecido. Essa é a hora de colher os lucros do investimento. • Declínio: As vendas de todas as marcas e produtos declinam com o tempo. O declínio pode ser lento, e às vezes pode ser assustador, podendo advir de forças tecnológicas, mudanças nos gostos dos consumidores e aumento da concorrência. Como vender um produto fraco pode sair caro para empresa, muitas vezes eles são retirados da linha. Em geral, para minimizar as chances de erro e desenvolver produtos adequados à demanda do mercado, a solução é o planejamento eficaz e a correta definição do público-alvo sobre os quais os novos produtos serão desenvolvidos. Outra decisão importante é a quantia de investimento em P&D das empresas, o que é muito difícil de ser definido porque os resultados de novos produtos são muito instáveis, podendo ser sucessos estrondosos ou grandes fracassos. 3.2 - Preço As estratégias de preços em geral mudam à medida que o produto atravessa seu ciclo de vida. O estágio inicial é especialmente desafiador. Podemos distinguir entre fixação de preços de um produto que imita produtos existentes e fixação de preços de um produto inovador protegido por patente. No primeiro caso, a 25 empresa enfrenta um problema de posicionamento – deve decidir onde posicionar seu produto diferenciando-o dos concorrentes, em termos de qualidade e preço. Dentre as possíveis estratégias de posicionamento, a empresa pode decidir- se por aplicar uma estratégia de fixação de preços Premium - fabricando um produto de alta qualidade e cobrando um preço alto. No outro extremo, ela pode preferir implementar uma fixação de preços econômica - fabricando um produto de qualidade um pouco inferior e cobrando um preço mais baixo. Essas estratégias podem coexistir no mercado desde que o mesmo comporte dois grandes perfis de consumidores, os que pensam na qualidade e os que pensam no preço. A estratégia baseada no valor é uma forma de atacar a fixação de preços Premium. É como se alguém dissesse: “Nós temos alta qualidade, mas a um preço mais baixo”. Quando isso é realmente verdade, e os compradores realmente preocupados com qualidade acreditam no valor do produto, eles simplesmente compram-no e economizam dinheiro – a não ser que o produto mais caro ofereça mais status. Na estratégia de preço exorbitante, a empresa cobra um preço excessivo com relação à qualidade do produto. Mas a longo prazo, os consumidores se sentirão lesados, deixarão de comprar o produto e farão marketing negativo. 3.2.1 - Estratégias de adequação de preços: Os preços são geralmente adequados de acordo com as várias diferenças entre os consumidores e as mudanças de situações de venda. De forma resumida, cinco estratégias serão citadas: fixação de preços com descontos e abatimentos, fixação de preços segmentada, fixação de preços psicológicos, fixação de preços promocional e fixação de preços por valor. Fixação de Preços com Descontos e Abatimentos: Algumas vezes o preço básico é ajustado para recompensar os consumidores por certas razões, esse ajuste é chamado de desconto ou abatimento, que podem adquirir várias formas: 26 • Desconto à vista: Esses descontos são comuns a muitos setores e ajudam a melhorar a situação de caixa do vendedor, reduzir as inadimplências e os custos de consulta de crédito. • Desconto por volume: Essa redução se torna possível, pois quando se vende em grandes quantidades, ocorre redução de despesas de vendas, de estoque e de transporte. Os descontos incentivam os consumidores a comprar uma quantidade maior de uma só empresa, em vez de comprar de muitas fontes diferentes. • Desconto funcional (ou desconto comercial): Que é oferecido aos membros do canal comercial que desempenham certas funções, como venda, armazenagem e controle. Os fabricantes podem oferecer diferentes descontos funcionais a diferentes canais comerciais em razão de suas diferentes funções, mas devem oferecer os mesmos descontos dentro de cada canal comercial. • Desconto sazonal: Que é uma redução de preço para clientes que adquirem mercadorias ou serviços fora da alta estação. Esses descontos permitem que o vendedor mantenha sua produção estável durante todo o ano. • O abatimento: Que é outro tipo de redução de preço, os abatimentos de troca são reduções no momento da troca de um item usado por um novo. Normalmente essa política é utilizada no mercado de bens duráveis, como na indústria automobilística. Fixação de preços segmentada: Os preços básicos podem ser estipulados de acordo com as diferenças entre clientes, produtos e localizações. Na fixação de preços segmentada, a empresa vende um produto ou serviço por dois ou mais preços, mesmo que a diferença de preço não se baseie em diferenças de custos. Essa fixação de preços pode tomar várias formas: • Fixação de preços por segmento de cliente: Clientes diferentes pagam preços diferentes pelo mesmo produto ou serviço. 27 • Fixação de preços por versão do produto: Diferentes versões de um produto recebem preços diferentes, mas não necessariamente conforme as diferenças de custos. • Fixação de preços por localização: As diferentes localizações têm preços diferentes, embora os custos muitas vezes sejam os mesmos. Fixação de preços psicológicos: Os preços dizem alguma coisa sobre o produto, e muitos consumidores julgam os produtos pelos seus preços. Na fixação de preços psicológica, a psicologia dos preços é levada em conta, e não apenas a economia. Por exemplo, um estudo mostrou que consumidores de carros associam preços mais elevados a carros de superior qualidade, essa associação normalmente ocorre quando o consumidor não tem outras experiências com o produto, ou outra forma de captação de informações precisas sobre o mesmo. Outro aspecto da fixação de preços psicológica são os preços referenciais, que são os preços que os consumidores têm em mente quando procuram um determinado produto. Os preços referenciais podem ser criados a partir dos preços da concorrência, de compras passadas ou de diferentes situações de compra. Os vendedores também podem influenciar no preço referencial do consumidor apresentando os preços elevados sugeridos pelo fabricante, indicando que o produto tinha originalmente um preço muito mais alto, o que estará trabalhando mutuamente com o conceito da qualidade ligada com o alto preço e com o desconto. Pequenas diferenças de preço podem sugerir produtos diferentes. Por exemplo, um produto que custa R$300,00, quando oferecido por R$299,95 pode ser considerado por consumidores como um produto de uma maior qualidade (por estar inserido na linha de produtos que custam aproximadamente R$300,00),ou um preço baixo comparado com os da concorrência, (por estar inserido na faixa dos R$200,00). Fixação de preços promocionais: Nessa fixação de preços, as empresas cobram temporariamente preços mais baixos ou até mesmo preços abaixo do custo. 28 Os supermercados e lojas de departamentos oferecem alguns produtos com ‘preço de isca’ para atrair consumidores, esperando que eles comprem outros itens com margens normais de lucro. Alguns fabricantes oferecem financiamentos a juros baixos, garantias mais longas ou assistência técnica gratuita para reduzirem o ‘preço’. Ou a empresa pode simplesmente oferecer descontos sobre os preços normais para aumentar as vendas e reduzir os estoques. Fixação de preços por valor: A fixação dos preços por valor é a combinação certa de qualidade e bom serviço a um preço justo. Para ocorrer essa fixação, muitas empresas introduzem versões mais baratas de produtos com marcas já estabelecidas no mercado. Em outros casos, essa fixação implica na reestruturação de marcas existentes para oferecer mais qualidade por certo preço ou a mesma qualidade por um preço menor. O preço vem sendo usado como escudo da política de marketing de muitas empresas. Em uma economia onde tudo que se produzia se vendia, o preço era estabelecido unicamente pela intenção de lucro do fabricante. Atualmente o consumidor exerce com prazer seu poder de veto a preços abusivos e às discrepâncias entre preço e qualidade e preço e utilidade/durabilidade. O custo, a concorrência e o consumidor são uma trilogia que se delineia na formulação de uma política de preços. Dessa forma, mais do que um exercício de formulação econométrica, a empresa se depara também com a necessidade de estudos comportamentais para prever a reação do consumidor e do concorrente, na busca por maximizar o valor. Ou seja, o preço precisa ser estabelecido com base no valor do produto no mercado e não apenas com base nos custos de fabricação e distribuição. 3.3 - Promoção Diversas são as ferramentas que possibilitam a execução de uma estratégia de comunicação em marketing. A propaganda, a promoção de vendas e o merchandising são três dos principais componentes do esforço promocional 29 que, ao lado da força de vendas, dão importantes dimensões ao esforço de marketing para as empresas. Trataremos dos aspectos mais importantes que estão por trás dos bastidores das muitas divulgações que vemos diariamente, a fim de possibilitar uma compreensão mais ampla de todo composto mercadológico. 3.3.1 – Propaganda É qualquer forma paga de apresentação e promoção não-pessoal de idéias, produtos ou serviços, realizada por um patrocinador identificado. Diferentes organizações lidam com a propaganda de formas diversas. Nas empresas pequenas, ela fica geralmente a cargo do departamento de vendas. As empresas grandes criam departamentos de marketing, cuja tarefa é definir orçamentos, trabalhar com as agências de propaganda e cuidar da propaganda de mala direta. Quase todas as empresas usam agências externas de propaganda devido ao seu caráter especialista. Estabelecendo os objetivos O primeiro passo ao desenvolver um programa é estabelecer os objetivos da propaganda. Esses objetivos devem basear-se em decisões anteriores sobre o mercado-alvo, posicionamento e mix de marketing. As estratégias de posicionamento e mix de marketing definem o papel da propaganda no programa total de marketing. O objetivo de propaganda é uma tarefa específica de comunicação a ser realizada para um público-alvo determinado durante um determinado período. Os objetivos de propaganda podem ser classificados por propósitos básicos – informar, persuadir e lembrar. A tabela 16.2 lista exemplos de cada um desses objetivos. Algumas propagandas persuasivas tornam-se propagandas comparativas, nas quais a empresa compara direta ou indiretamente sua marca com outra concorrente. A propaganda de lembrança é importante para produtos maduros, pois mantém os consumidores pensando neles. Os dispendiosos comerciais de 30 televisão da Coca-Cola são planejados para lembrarem os consumidores da sua existência, não para informá-los ou persuadi-los. Tabela 16.2 Possíveis objetivos de propaganda. Informar - Informar o mercado sobre um novo produto. - Descrever os serviços disponíveis - Sugerir novos usos para um produto. - Corrigir falsas impressões. - Informar o mercado sobre mudanças de preço - Construir uma imagem da empresa - Explicar como o produto funciona . Persuadir - Criar preferências de marca. - Persuadir os compradores a comprarem logo - Estimular a troca de marca. - Mudar as percepções do comprador sobre os atributos do produto. Lembrar - Lembrar os compradores de que o produto - Manter o produto lembrado pelos compradores pode ser necessário no futuro próximo. durante a baixa estação. - Lembrar os compradores onde comprar o - Manter o máximo de conscientização do produto. produto. Estratégia de Mensagem O primeiro passo para criar mensagens eficazes de propaganda é decidir que mensagem geral será comunicada aos consumidores – planejar uma estratégia de mensagem. O objetivo da propaganda é fazer com que os consumidores pensem e reajam ao produto ou à empresa de certa maneira, e as pessoas só reagirão se acreditarem que serão beneficiadas com isso. Assim, desenvolver uma estratégia eficaz de mensagem começa com a identificação dos benefícios aos clientes que poderão ser usados como apelo de propaganda. O ideal é que a estratégia da mensagem esteja atrelada diretamente à estratégia de posicionamento mais amplo da empresa. As proposições da estratégia de mensagem tendem a ser descrições simples e diretas de benefícios e posicionamentos que o anunciante deseja enfatizar. Essas proposições devem ser transformadas em propagandas em que irá persuadir os consumidores a comprar ou a acreditar em alguma coisa. Depois o anunciante deverá desenvolver um conceito criativo irresistível – “ou grande idéia” – que dê vida à estratégia da mensagem de uma forma distinta e forte. 31 Execução da Mensagem O impacto da mensagem não depende apenas o que é dito, mas de como é dito. O anunciante tem transformar “a grande idéia” em uma verdadeira propaganda a ser transmitida para atrair a atenção e o interesse do mercado-alvo. Cabe à equipe da criatividade encontrar o melhor estilo, tom, palavras e forma para executar a mensagem. Qualquer mensagem pode ser apresentada em diferentes estilos de execução, como os seguintes: cotidiano de vida da região ou costume do consumidor, estilo de vida melhor, fantasia sobre o produto ou sobre seu uso, atmosfera ou imagem em torno do produto que chame a atenção do público-alvo, conhecimento técnico mostrando a capacidade da empresa de fabricar o produto, comprovação científica, comprovação por testemunho. O anunciante deve usar na propaganda palavras convincentes que prendam a atenção. Por exemplo, os seguintes temas à esquerda teriam muito menos impacto sem a frase criativa à direita: Tema da mensagem Texto criativo - O 7-up não é do tipo coca-cola. - “A bebida não-cola” - A BMW é um carro bem-projetado. - “O máximo em máquina de dirigir” - As meias Hanes duram mais do que - “Quem compra meia barata paga pelos furos” meias mais baratas. 33..33..22 -- PPrroommooççããoo ddee vveennddaass A propaganda é acompanhada de duas outras ferramentas de promoção – promoção de vendas e relação públicas. A promoção de vendas consiste em incentivos de curto prazo que visam a estimular a compra ou venda de um produto ou serviço. Enquanto a propaganda oferece razões para a compra de um produtoou serviço, a promoção de vendas oferece razões para a compra ou venda ser feita imediatamente. A promoção de vendas apresenta uma ampla variedade de ferramentas promocionais planejadas para estimular uma resposta de marketing mais rápida 32 ou mais intensa. Inclui promoção ao consumidor final – amostras, cupons, abatimentos, redução de preços, prêmios, dentre outros. Rápido Crescimento da Promoção de Vendas As ferramentas de promoção de vendas são utilizadas pela maioria das organizações, inclusive fabricante, revendedores, varejistas, associações comerciais e instituições sem fins lucrativos. Hoje, em muitas empresas de produtos de consumo, a promoção de vendas responde por 75% ou mais de todos os gastos de marketing. Os gastos nessa área vêm crescendo anualmente 12%, em comparação com o aumento da propaganda de apenas 7,6%. Vários fatores contribuem para o rápido crescimento da promoção de vendas, especialmente nos mercados de consumo. Fatores esses presentes dentro da empresa como a necessidade de rápida lucratividade, fora da empresa como a presença da concorrência acirrada e outro fator é a ineficiência da propaganda. Propósito da Promoção de vendas Os vendedores usam a promoção de vendas para atrair novos clientes, para recompensar os clientes leais e para aumentar os índices de recompra de usuários ocasionais. A promoção geralmente gera apenas vendas de curto prazo que não podem ser mantidas. As promoções de vendas em geral são usadas juntamente com a propaganda ou a venda pessoal. Normalmente, as promoções ao consumidor final devem ser anunciadas e justificam anúncios com mais entusiasmo e poder de atração. As promoções ao canal e as promoções para a força de vendas apóiam o processo de venda pessoal da empresa. Ferramentas de promoção ao consumidor final As principais ferramentas de promoção de vendas ao consumidor final são amostras, cupons, devoluções em dinheiro ou abatimentos, pacotes promocionais, prêmios, brindes de propaganda, recompensas por preferência e demonstrações no ponto de compra, concursos, sorteios e jogos. 33 Amostra: são ofertas de uma certa quantidade de um produto a ser experimentando. Algumas amostras são gratuitas, outras têm um preço que apenas cobre o curto de produção. A amostra pode ser entregue de diversas formas; correios, lojas, porta em porta, veiculadas a outros produtos ou fazendo parte de uma propaganda. Cupons: são certificados que garantem aos compradores um desconto na compra de produtos específicos. As ofertas de devolução de dinheiro: são semelhantes aos cupons, só que a redução ocorre depois da compra, e não no ponto de venda varejista. O consumidor envia um “comprovante de compra” para o fabricante, que desenvolve por um correio parte do dinheiro pago. Brindes e propaganda: são artigos úteis com nome do anunciante impresso, oferecidos como presente aos consumidores. Os brindes típicos são canetas, calendário, chaveiros, bonés e camisetas. As promoções de ponto de venda: incluem demonstrações que ocorrem no ponto de compra ou de venda. Concursos, sorteios, e jogos: proporcionam aos consumidores a chance de ganhar alguma coisa – dinheiro, viagens ou produtos – por sorte ou por um esforço extra. 3.3.3. - Relações Públicas Outra importante ferramenta de promoção em massa são as relações públicas (RP) – construção de um bom relacionamento com os vários públicos da empresa através de uma publicidade favorável, uma boa “imagem corporativa”, e o controle de boatos histórias e eventos desfavoráveis. 34 Apesar de sua força potencial, em geral as relações públicas são consideradas “filhas adotivas” do marketing devido a seus usos limitados e muitos espalhados. O departamento de relações públicas localiza-se na matriz da empresa, e sua equipe está sempre tão ocupada com vários públicos – acionistas, funcionários, legisladores, líderes comunitários – que seus programas de apoio aos objetivos de marketing do produto podem chegar a ser ignorados. Principais ferramentas de relações públicas Os profissionais de relações públicas usam várias ferramentas; uma das mais importantes é a notícia. Eles descobrem ou criam notícias favoráveis sobre a empresa e seus produtos ou pessoais. Às vezes as histórias ocorrem naturalmente; outras vezes a equipe de RP pode sugerir eventos ou atividades que gerem notícias. Outras ferramentas são: Discursos: que criam publicidade para um produto ou uma empresa. Eventos especiais: que vão de coletivas de imprensa, reportagens, grandes inaugurações e exibições com fogos de artifícios, anúncios colocados em balões e espetáculos com artistas famosos com o objetivo de despertar o interesse dos públicos-alvo. Materiais escritos: para atingir e influenciar seus mercados-alvo. Materiais audiovisuais: ferramenta de comunicação muito utilizada. Materiais de identidade corporativa: cria uma identidade da empresa que o público reconheça imediatamente. Serviços de utilidade pública: traz credibilidade à empresa. 3.4 - Praça A escolha dos canais ou vias de distribuição é uma importante decisão estratégica em marketing. A decisão pode ser feita em conjunto com outros elementos do composto de marketing ao levar em conta o produto ou serviço, sua natureza, suas características e respectiva promoção de vendas e o preço. O canal ou via de distribuição é um composto de um número de organizações ou de indivíduos que se encarregam de levar o produto ou serviço 35 ao local onde o comprador potencial se encontra, em tempo e momento convenientes a esses compradores e em condições de transferir a posse. A maioria dos fabricantes e produtores utiliza intermediários para levar seus produtos ou serviços até o consumidor final ou organizacional. Esse processo é formado por um conjunto de organizações interdependentes, que é chamado de canais de distribuição. 3.4.1- Para que serve um intermediário de marketing? Muitos empresários têm duvida em utilizar o serviço de um intermediário ou não, pois de certa forma estará transferindo algum controle sobre a forma como os produtos são vendidos e para quem serão vendidos. Mas é importante frisar que os intermediários são necessários devido à sua grande capacidade em tornar os bens acessíveis aos mercados-alvo. Através de seus contatos, experiências, especialização e escala operacional, eles geralmente oferecem às empresas mais do que elas podem render por conta própria. A. Número de contatos sem um distribuidor B. Número de contatos com um distribuidor F x C = 3 x 3 =9 F + C = 3 + 3 = 6 F = Fabricante C = Consumidor D=Distribuidor FIG. 13.1 Como um intermediário reduz o número de transações do canal de distribuição. 36 A Fig.13.1 mostra como o uso de intermediários proporciona economias. A parte A mostra três clientes, o que requer nove contatos diferentes. A parte B mostra os três fabricantes operando através de um distribuidor (intermediário), que contata os três clientes. Esse sistema requer apenas seis contatos. Dessa forma, os intermediários reduzem o volume de trabalho tanto dos fabricantes quanto dos clientes. Do ponto de vista do sistema econômico, o principal papel do intermediário de marketing é transformar o que é produzido nas fábricas em produto final, ou seja, os fabricantes produzem uma dada variedade de produtos em grandes quantidades e os intermediários compram grandes quantidades dos fabricantes e dividem-nas nas quantidades menores e mais variadas, adequando às necessidades dos consumidores, portanto, eles têm um papel importante no ajustamento entre oferta e demanda. 3.4.2 -Funções dos canais de Distribuição O canal de distribuição faz a ligação entre o produto e o consumidor, superando as principais lacunas de tempo, lugar e posse que separam os bens e serviços daqueles que desejam utilizá-los. Os membros do canal de marketing desempenham muitas funções-chave. Alguns ajudam a completar transações na medida em que se envolvem com: Informação: coletar e distribuir informações proporcionais pela pesquisa e pela inteligência de marketing sobre os atores e forças do ambiente de marketing necessárias para planejar e para facilitar a troca. Promoção: desenvolver e distribuir comunicações persuasivas sobre uma oferta. Contato: encontrar e comunicar-se com compradores potenciais. Adaptação: molecular e adaptar a oferta às necessidades do comprador, inclusive atividades como fabricação, montagem e embalagem. Negociação: chegar a um acordo sobre preço e outras condições da oferta para que a propriedade ou posse possa ser transferida. Todas essas funções apresentam três pontos em comum: elas gastam rapidamente recursos, quando estes são escassos, em geral podem ser mais bem executadas por especialistas, e podem ser trocadas entre membros do canal. Quando o fabricante as executa, seus custos sobem e seus preços tendem 37 a subir. Ao mesmo tempo, quando algumas dessas funções são transferidas para intermediários, os custos e os preços do fabricante podem baixar, mas os intermediários têm de cobrar mais para cobrir as despesas do seu trabalho. 3.4.3 - Número de níveis dos canais Os canais de distribuição podem ser descritos pelo numero de níveis envolvidos. Nível de canal é a tarefa realizada pelo intermediário para tornar os produtos acessíveis ao consumidor. Canais de marketing de consumo Canal 1: Canal 2: Canal 3: Canal 4: A figura a cima mostra vários canais de distribuição de bens de consumo com diferentes extensões. O canal 1, chamado canal de marketing direto, não tem níveis intermediários, ou seja, consiste em uma venda do fabricante para o consumidor final. Por exemplo, uma fabrica de roupas que vende seu produto através da internet. Os canais restantes são canais de marketing indireto. O canal 2 tem um nível intermediário. Nos mercados de consumo, esse nível é sempre um varejista. Por exemplo, os fabricantes de televisão que vende suas mercadorias para as Casas Bahia que atingi o consumidor final. 38 O canal 3 contém dois níveis intermediários, um atacadista e um varejista. Esse canal geralmente é utilizado por pequenos fabricantes de medicamentos, ferragens e outros produtos. O canal 4 contém três níveis intermediários. Na indústria de carne empacotada, por exemplo, os atravessadores na maioria das vezes compram dos atacadistas e vendem para os varejistas menores, que em geral não são servidos pelos grandes atacadistas. Há também canais de distribuição com mais níveis, mais são bem menos freqüentes. Do ponto de vista do produtor, quanto maior o número de níveis, menor o seu controle e maior a complexidade do canal. 3.4.4 - Canais no setor de serviços O conceito de canais de distribuição não se limita à distribuição de bens físicos: os prestadores de serviços e produtores de idéias também enfrentam o problema de tornar sua produção disponível às populações-alvo. No setor privado, as lojas de departamento, hotéis, bancos, e outros prestadores de serviço tentam colocar seus pontos de venda em localidades convenientes para os clientes-alvo, ou seja, de fácil acesso e com um nível adequado de conforto de acordo com o tipo de cliente. Um exemplo seria a criação de um estacionamento exclusivo para os clientes da loja. Não muito diferente, o setor público desenvolve mecanismos para distribuir as organizações e agências de serviço de forma que atinja a sociedade de forma ampla. 3.4.5 - Comportamento e organização do canal Os canais de distribuição são mais do que uma mera coleção de empresas ligadas por vários fluxos. São sistemas comportamentais nos quais as pessoas e empresas interagem para atingirem objetivos individuais, empresariais e do próprio canal. Alguns sistemas de canais consistem apenas em interação informal entre empresa pouco organizada: outros consistem em interação formal guiada por fortes estruturas organizacionais. Além disso, os sistemas de canais não ficam parados, estão sempre evoluindo. Canais de distribuição consistem em empresas diferentes que se juntam para um objetivo comum. Cada membro do canal depende dos demais. 39 UNIDADE 4 - COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Para se trabalhar as estratégias de Marketing de um determinado bem ou serviço é preciso conhecer detalhadamente seu consumidor, a fim de que se compreendam as suas necessidades e as circunstâncias que envolvem uma compra, e assim o Marketing possa trabalhar com fatores e características que lhes forneçam informações que possam potencializar a compra de um determinado produto, satisfazendo não só a necessidade do consumidor mas também criando novos desejos. 4.1 - Papéis que o consumidor desempenha Há basicamente três papéis que o consumidor desempenha no processo de compra e que precisam ser compreendidos e analisados. São eles: Comprador: é a pessoa que efetivamente realiza a compra. Pagador: é o que efetivamente paga, mas não necessariamente compra ou consome. Usuário: a pessoa que usa ou consome o bem ou serviço, mas não necessariamente realiza a compra. Para Kotler, a tomada de decisão de compra é mais ampla, vai do iniciador (pessoa que sugere a idéia de comprar) do processo de compra, passando pelo influenciador (pessoa cujo ponto de vista ou conselho influencia na decisão) e pelo decisor (quem decide sobre os componentes de compra) antes da compra efetivamente. 4.2- Valor percebido e satisfação do consumidor A base de uma decisão de compra está apoiada na noção de quanto valor agrega um produto para o consumidor. O valor que o consumidor percebe de um produto pode ser representado pela equação: VALOR PERCEBIDO = BENEFÍCIOS – SACRIFÍCIOS CUSTO 40 A diferença entre benefícios e sacrifícios estabelece uma relação de ganho ou perda na mente do consumidor. O benefício representando à quantidade de prêmio que se obtém ao comprar um bem ou serviço. E o sacrifício representa o esforço que o consumidor realiza para obter um bem ou utilizar um serviço. O valor percebido de um produto descende do equilíbrio entre os benefícios proporcionados e os sacrifícios exigidos na aquisição do produto. E se isto não ocorre, acontece uma relação insatisfatória para o cliente com o produto. “A satisfação consiste na sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação do desempenho (ou resultado) percebido de um produto em relação às expectativas do comprador.” (Kotler) 41 UNIDADE 5 - DESAFIOS: GLOBALIZAÇÃO E INTERNET As distâncias entre os continentes e países encurtam rapidamente e a integração entre os mercados é constante e cada vez maior. O mercado vem se tornando um só, o global. Produtos desenvolvidos em determinados países – hambúrgueres McDonald’s, Coca-Cola, calças Levi’s, BMWs alemãs – conquistaram o mundo e são consumidos por brasileiros, australianos, japoneses. O comércio internacional está explodindo! Muitas empresas encontram mais oportunidades em mercados internacionais, do que nos internos. E como conseqüência, a concorrência vem de onde menos se esperava - de fora - e veio para ficar. As empresas que demorarem a incorporar a internacionalização correrão o risco de não entrarem em mercadosem crescimento e com grandes oportunidades e ficarão à margem do maior mercado mundial, o global. Mas ao mesmo tempo que é inevitável a adequação a este novo perfil de mercado global, esta reestruturação requer cuidado e atenção, pois os riscos crescem proporcionalmente. Vivemos numa era, por muitos, denominada Revolução tecnológica ou da informação. A tecnologia está cada vez mais presente em nosso cotidiano e a Internet tornou-se um dos principais meios de comunicação e conseqüentemente de mídia. Diante desse cenário, a maneira de fazer negócios está mudando em todo mundo. É nesse contexto de revolução tecnológica que surge, em escala crescente, a economia digital. O principal direcionador deste crescimento tem sido a Internet. A Internet está se tornando não apenas um mercado global, com inúmeras transações financeiras internacionais, grande volume comercial, mas também significado de comunicação e distribuição de informação mais eficiente e com maiores audiências. Um bom indicador do poder da Internet é o número de computadores conectados à Internet que, em 1983 era de 300, hoje são cerca de 395 milhões espalhados por todo mundo. Outro é o total de usuários de Internet em todo o mundo passou de um bilhão de pessoas em 2005 e se estime que alcance dois bilhões até 2011. 42 Atualmente, as pessoas podem ler jornais, assistir a programas de televisão, escutar rádio pela Internet. Esse veículo tem conseguido aglutinar outras formas de comunicação e prender seus usuários muitas vezes apenas com sua utilização. Esta questão passa a ser considerada por uma empresa na hora de escolher o tipo de comunicação de seu produto. Se o público-alvo tem o hábito de acessar a Internet e utilizar estas mídias através dela, aí pode estar uma vantagem na hora de uma empresa veicular campanhas de um produto. 43 BIBLIOGRAFIA KOTLER, Philip. Administração de Marketing: A edição do novo milênio. 10ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000 KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 9ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003 COBRA, Marcos. Administração de Marketing no Brasil. 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009 COBRA, Marcos. Marketing Básico: uma perspectiva brasileira. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1997
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