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ANESTÉSICOS LOCAIS São bloqueadores da neurotransmissão A anestesia geral leva à inconsciência; sem contrações musculares e sem dor A anestesia local leva à PERDA DA SENSIBILIDADE Antes de administrar o anestésico é importante saber sobre o paciente: peso, gravidez, doença, problema renal, hepático, cardíaco, se faz uso de algum medicamento, etc. Também é necessário levar em consideração o tempo de ação e a latência do início de ação do anestésico. A potência está relacionada com a lipossolubilidade. A cocaína surgiu como anestésico, antidepressivo, anorexígeno, pois inibe a receptação de dopamina (DA). Tem função de analgesia (bloqueia as fibras da dor). Os anestésicos locais podem ser ÉSTERES ou AMIDAS. O éster é rapidamente hidrolisado por colinesterases, perdendo, então, sua ação farmacológica. Por isso são pouco usados clinicamente. Ex: procaína. As amidas não são rapidamente degradadas, mas são metabolizadas. Dessa metabolização surgem as interações farmacológicas. Ex: Lidocaína, etidocaína. (+ potentes usadas na anestesia local) São fármacos que inibem reversivelmente os processos de excitação e condução do impulso nervoco, sem causar inconsciência. A administração é de forma tópica nas fibras nervosas de interesse. (Obs.: a xilocaína é administrada na forma de pomada) *Cuidar, pois dependendo da dose pode induzir paralisia motora* São bloqueadores de fibras da condução da for. O anestésico mais utilizado atualmente é a MEPIVACAÍNA, pois não tem um início tão rápido e dura por 2h30 ~3h. Estimulo (dor) abertura de canais de Na+ Na+ no meio intracelular Meio intracelular positivo platô ([ ] mínima de despolarização) conduz a informação despolarização de membrana Os canais de Na+ fecham para evitar uma excitabilidade. Abrem os canais de K+ (sai da célula), o meio intracelular se torna mais negativo ocorre hiperpolarização. O anestésico local tenta bloquear essa estimulação. Anestésico local bloqueadores de canais de Na+ impedem platô não chega ao limiar sem despolarização sem condução do estimulo doloroso A estrutura química do anestésico local é seletiva para as fibras de dor. (Obs.: Se aumentar muito a concentração, passa a bloquear outras fibras também. toxicidade anestésica) Se é um fármaco depressor do SNC, o efeito adverso do anestésico local vai ser inibir a ativação neuronal sonolência, relaxamento da musculatura, diminuição do batimento cardíaco, do processo respiratório e da motilidade do TGI. Fatores que influenciam na anestesia local: Tamanho molecular: quanto maior, melhor, pois ficam mais presos nos sítios de ligação. O canal de Na+ é uma ptn com uma “porta” por onde passam ínos (Na+). Então, para bloquear o canal tem que ser uma molécula grande. Naturalmente existe um limiar desse tamanho, senão o anestésico não vai atravessar a membrana. A grande maioria dos anestésicos locais é uma base fraca (amida) A procaína é um éster, então ela é + hidrossolúvel só tem ação anestésica se encontrar o canal aberto (se liga e bloqueia o canal) Um anestésico lipossolúvel atravessa a membrana. Ele pode se ligar na entrada (abertura principal do canal; não entra Na+) ou se liga atrás do canal (na “saída”, não sai o Na+. Pois ele pode atravessar a membrana) De uma maneira ou de outra, o influxo de Na+ está bloqueado. Para o anestésico lipossolúvel, o canal não precisa estar aberto. Solubilidade lipídica: atravessam a bainha de mielina. Quanto mais lipossolúvel, maior a potência anestésica. Concentração do anestésico: quanto maior, melhor (dentro da janela terapêutica). pH do meio Qualquer fármaco é ácido ou base fraca. Os anestésicos tem uma peculiaridade: são moléculas hidrofílicas E lipofílicas. Grupo hidrossolúvel---ÉSTER//AMIDA---Grupo lipossolúvel O grupo hidrossolúvel previne a saída do anestésico, evita toxicidade central e o lipossolúvel é responsável pela entrada, ação e potencia anestésica. Na grande maioria das vezes a ptn (canal) é polar. Então a parte hidrossolúvel do anestésico vai fazer com que ele se conecte ao receptor e não saia mais que fique agindo por tempo maior. Quando MAIOR a lipossolubilidade ~ MAIOR a potência ~ atravessa a BHE A parte hidrossolúvel controla o fluxo que atravessa a BHE Substancia hidrossolúvel: polar, com carga. Substancia lipossolúvel: apolar, sem carga. A membrana é lipossolúvel. Então, quanto mais lipossolúvel for o anestésico, maior a afinidade dele pela membrana e vai ser mais absorvido. Quanto mais hidrossolúvel, mais incompatível com a membrana: não entra com facilidade. A latência é o tempo de INÍCIO da ação. Curta: age rapidamente Longa: demora a ação Quando MAIOR a HIDROSSOLUB. ~ MAIOR a latência (demora mais!!) PRINCIPAL quesito da anestesia local! pH normal: 7,4 (em uma infecção o pH diminui) Qualquer fármaco tem um pKa (potencial de ionização) e pode ser ionizado dependendo do meio. Ex1: pKa do fármaco X = 3,5 (fármaco ácido) No momento em que o fármaco X entra em um meio com pH 7,4 ele vai de ionizar. Aumenta o tempo de ação e tem maior latência. Ex2: pKa do fármaco Y = 8 (fármaco alcalino) Quando o fármaco Y entra no meio com pH 7,4 ele NÃO sofre uma ionização acentuada. Quanto maior for a diferença entre o pKa do fármaco e o pH do meio, mais fácil vai ser de ionizar! Quanto maior a diferença de cargas, maior a ionização maior o tempo de latência! (demora mais) O potencial de ionização é a TENDENCIA A SE IONIZAR. Todos os fármacos vão se ionizar nesse meio (pH 7,4). O que diferencia é a proporção de fármaco ionizado para fármaco na forma molecular. A latência de ação da lidocaína é maior quando uma pessoa está com alguma infecção, pois nesses casos há uma diminuição do pH e, consequentemente, mais fármaco vai ficar na forma ionizada. O problema de usar um anestésico mais ácido é que ele é rapidamente degradado. Então por mais que a ação comece mais rapidamente, ela também vai terminar mais rapidamente. A melhor maneira é: administra-se uma quantidade, espera alguns minutos, se não aconteceu nada e a pessoa ainda está sentindo dor, administra um pouco mais. Criança e idoso: metade da ampola / adulto: 1 ampola completa Associação com vasoconstritor: Diminui a absorção anestésica e aumenta o tempo de meia vida. Anestésico local tem um tempo de meia-vida em média de 2h, 2h30. A lidocaína tem um tempo de meia-vida de +/- 1h. Para utiliza-lo em um procedimento cirúrgico mais longo, associa ela a um vasoconstritor. Associação com vasoconstritor ~ diminui o diâmetro do vaso ~ diminui absorção ~ diminui toxicidade Por que diminui a toxicidade? Mesmo que fique mais tempo agindo no organismo, diminui a toxicidade porque aumenta o tempo de absorção. Ex: 5mg de lidocaína para ser absorvida em 5min sem vasoconstritor ou 5mg para ser absorvida em 30min com vasoconstritor. Para o fármaco ser tóxico ele tem que ser absorvido. A associação com vasoconstritor promove: o Diminuição do fluxo sanguíneo o Aumento do tempo da anestesia o Diminuição da toxicidade Ex: epinafrina, adrenalina, efedrina SN autônomo simpático NA contrai o musculo cardíaco aumenta batimento, PA, arritmia. A associação com vasoconstritor só é feita quando não houver outra alternativa (quando não tem fármaco com meia vida maior) Essa associação só é benéfica quando o paciente é saudável, sem nenhum problema físico, cardíaco, metabólico. O efeito toxico do anestésico local é diminuído quando associado ao vasoconstritor, mas existe efeito toxico do vasoconstritor, que é um risco quando o paciente tem alguma doença metabólica, se está de dieta (pois os batimentos cardíacos estãodiminuídos e o metabolismo também pode causar taquicardia reflexa). Antidepressivos e BDZ interação farmacológica com o anestésico Ésteres são rapidamente hidrolisados pela colinesterase plasmática. Amidas não são hidrolisadas, mas são metabolizadas. Os metabólitos são responsáveis pela interação farmacológica: interagem com outros depressores do SNC (álcool, BDZ, barbitúricos, anticonvulsivantes, antipsicóticos, etc) Quando mais hidrossolúvel, menor a capacidade de penetrar no SNC Potencia anestésica: relacionada com a lipossolubilidade Mais lipossolúvel ~ melhor p/ entrar ~ mais potente Aumentar muito a solubilidade não é bom pois fica mais fácil para atravessar a BHE o Bupivacaína: tem uma potência muito alta e tem efeitos tóxicos centrais Latência de ação: relacionado com a ionização tempo para início da ação Quanto menor a capacidade de ionização ~ menor a potencia ~ início RÁPIDO Duração da ação: relacionado com a ligação à ptns. Quanto maior o nº de fármaco ligado à ptn ~ maior a meia vida. A ligação à ptns diminui a excreção pois armazena o fármaco. Associação farmacológica: o Com bicarbonato o Com outros fármacos: lidocaína + mepivacaína (ou outro) para aumentar a meia vida o Com vasoconstritores: epinefrina, NA, felinefrina, felipressina (não é NECESSÁRIO) Não usar em quem tem angina, problemas cardíacos, hipertensão, infarto, cirurgias recentes. A felipressina é um derivado da vasopressina. É o único que não tem efeito cardíaco tão acentuado, mas não é utilizado porque causa problemas renais e hepáticos e é mais cara. Efeitos adversos: aparecem quando aumenta muito a concentração o Cardiovasculares: diminui a frequência cardíaca; colapso cardíaco. o SNC: ansiedade, tremores, euforia, agitação, convulsão, depressão respiratória. o Reações alérgicas. São fármacos depressores. Se atravessa a BHE, bloqueia canais de Na+, o que leva a uma diminuição de batimentos cardíacos, diminuição da frequência respiratória e diminuição da motilidade TGI. Contra indicada a associação com fármacos depressores do SNC (em horários diferentes não tem problema) Administração de anestésico local: 1º passo: Lidocaína 3%: de 1000ml – 3g 100ml – 3000mg 1ml – 30 mg Cada tubete de lidocaína tem 1,8ml de lidocaína 3% 1ml – 30mg 1,8 ml 54mg em um tubete! Mepivacaina 2%: de 1000ml – 2g 1ml 20mg um tubete de 1,8ml tem 36mg de mepivacaína 2º passo: Dosagem máxima por peso corpóreo Mepivacaína: pode utilizar 4,4 mg/Kg Ex: 4,4mg x 65kg= 286 mg (concentração máxima) 3º passo: Quantidade de tubetes 1 tubete de mepivacaína tem 36mg 286 mg corresponde a 7,94 tubetes NO MÁXIMO!
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