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CCJ0037-WL-D-AMMA-08-Teoria Geral do Processo Coletivo

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AULA Nº 08 – TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
EMENTA
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
COLETIVO.
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
INTERESSES E DIREITOS INDIVIDUAIS 
HOMOGÊNEOS, COLETIVOS E DIFUSOS
Os interesses sociais são usualmente defendidos nas ações
coletivas, e podem ser:
a) difusos;
b) coletivos;
c) individuais homogêneos.
Os interesses difusos são aqueles em que os titulares são
indeterminados e indetermináveis (ex.: direito ao meio
ambiente e proteção ao patrimônio cultural).
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
INTERESSES E DIREITOS INDIVIDUAIS 
HOMOGÊNEOS, COLETIVOS E DIFUSOS
Os interesses coletivos são aqueles que os titulares são
indeterminados porém determináveis, ligados por uma
mesma relação jurídica básica (ex.: aumento ilegal de
prestações de uma Universidade, uma vez que a ilegalidade
emanada de um único ato será igual para todos). Por fim, os
interesses individuais homogêneos, são aqueles divisíveis e
determináveis, decorrentes de origem comum.
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
INTERESSES E DIREITOS INDIVIDUAIS 
HOMOGÊNEOS, COLETIVOS E DIFUSOS
Para Luís Roberto Barroso: “havendo a divisibilidade
relativamente ao objeto de tais interesses, não fica
excluída a priori a eventualidade de desembocar o processo
na vitória de um ou de alguns e, simultaneamente, na
derrota de outro ou de outros. O fenômeno adquire,
entretanto, dimensão social em razão do grande número de
interessados e de graves repercussões”.
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
INTERESSES E DIREITOS INDIVIDUAIS 
HOMOGÊNEOS, COLETIVOS E DIFUSOS
Exemplo de interesse individual homogêneo: os
compradores de veículos produzidos com o mesmo defeito
em série. O que os liga é o fato de comprarem carros do
mesmo lote produzidos com o defeito em série (a “origem
comum” a que se refere o art. 81, parágrafo único, inciso
III, da Lei nº 8.078/90).
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
AÇÕES COLETIVAS NO CÓDIGO DE 
PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR
Este tema é regulado a partir do art. 91 do CDC. Vale dizer
que o CDC não contempla apenas regras de direito material,
já que também abrange normas de direito processual. Em
realidade, há uma carência grave quanto ao tratamento
reservado ao processo coletivo, já que são diversas leis
esparsas que atualmente regulam este assunto. O
anteprojeto de um Código de Processo Coletivo ou mesmo o
projeto que iria criar uma nova lei para a Ação Civil Pública
não tiveram êxito em sua tramitação perante a Câmara.
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
LEGITIMAÇÃO PARA AS AÇÕES 
COLETIVAS: DO MINISTÉRIO PÚBLICO, 
DOS ENTES POLÍTICOS, DOS ÓRGÃOS 
DA ADMINISTRAÇÃO, DA DEFENSORIA 
PÚBLICA
O tema é regulado no art. 82 do CDC.
O art. 127 da CRFB-88 expressa que “o Ministério Público é
instituição permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, incunbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis”.
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
A legitimação da Defensoria Pública pode ser extraída de
outros diplomas (v.g. art. 5º, inciso II, Lei nº 7.347/85.
Apenas entes coletivos podem propor a demanda coletiva
com base na LACP e CDC. A legitimidade
é concorrente (todos os relacionados na legislação podem
interpor a ação, em separado ou conjuntamente)
e disjuntiva (independe da vontade dos demais). Recorde-
se que háisenção de custos do processo em favor do
substituto processual, salvo nos casos de má-fé, evitando
um desestímulo a litigância coletiva (art. 18 da lei
7.347/85).
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
COMPETÊNCIA PARA AS AÇÕES 
COLETIVAS
A propositura da demanda deve se dar no foro do local do
dano, que terá competência funcional para processar e
julgar a causa (art. 2 LACP), o que aparenta contradição,
pois a previsão de “local do dano” não aparenta se referir
a uma competência funcional. O texto legal foi incisivo na
expressão “absoluta” para rechaçar qualquer tipo de
interpretação no sentido de que a competência na ACP
seria de natureza relativa, impedindo a sua prorrogação
(art. 114 CPC).
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
COMPETÊNCIA PARA AS AÇÕES COLETIVAS
Aliás, isso não é novidade no ordenamento jurídico pátrio
(Ex. Demanda reivindicatória de imóvel, conforme art. 95,
CPC).
O tema também é regulado pelo art. 93 do CDC:
“Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é
competente para a causa a justiça local:
I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano,
quando de âmbito local;
II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal,
para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se
as regras do Código de Processo Civil aos casos de
competência concorrente”.
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
A COISA JULGADA NAS AÇÕES COLETIVAS: EFEITOS
EFEITOS ERGA OMNES NOS DIREITOS DIFUSOS; ULTRA 
PARTES, NOS COLETIVOS E; ERGA OMNES, NOS 
INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
É um tema regulado pelo art. 93 do CDC.
Nos direitos difusos (art. 103, I CDC), está previsto que a
sentença fará efeitos erga omnes (oponível contra todos),
exceto improcedência por insuficiência de provas. Significa
dizer que haverá extensão da coisa julgada além dos limites
das partes, atingindo os outros co-legitimados, que estarão
inibidos de repropor a mesma ação, nos casos de
procedência, bem como de improcedência por infundada a
pretensão (falta de comprovação dos fatos constitutivos do
direito do autor).
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
Nesse caso (art. 103, III CDC), haverá efeito erga omnes,
se procedente o pedido, o que reflete o transporte da coisa
julgada in utilibus (em benefício) para as demandas
individuais em trâmites que versem sobre o tema,
verificada a opção do autor individual pela suspensão do seu
processo (art. 104 CDC), além daqueles titulares individuais
que permaneceram inertes (não ajuizaram demanda
individual concomitantemente à demanda coletiva).
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
APROVEITAMENTO DA COISA JULGADA 
FAVORÁVEL DA AÇÃO COLETIVA NAS 
AÇÕES INDIVIDUAIS
Observe-se que os particulares sempre poderão pleitear
judicialmente eventuais danos surgidos em suas relações
intersubjetivas (art. 104 CDC). Isso poderá se dar, inclusive,
na hipótese de prévio insucesso da demanda coletiva que
verse sobre direitos difusos e coletivos stricto sensu (art.
103, § 1º CDC), apesar da coisa julgada erga omnes no caso
de improcedência por infundada pretensão (art. 103, I e II
CDC). Igualmente, quando haja anterior improcedência de
demanda coletiva sobre direitos individuais homogêneos,
não haverá extensão aos indivíduos (art. 103, III CDC).
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
CONDENAÇÃO GENÉRICA
Tenha-se em mente que a tutela coletiva dos direitos
individuais homogêneos possui algumas características
fundamentais:
1) a repartição da atividade cognitiva em 2 fases, uma de
conhecimento (na ação coletiva propriamente dita,
relacionadas ao núcleo de homogeneidade dos direitos
tutelados), e uma de execução (juízo específico sobre as
situações individuais de cada lesado);
2) legitimação ativa por substituição processual na primeira
fase, e, na segunda, através do regime comum de
representação;
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
CONDENAÇÃO GENÉRICA
3) a sentença condenatória terá natureza genérica (art. 95
CDC), sem identificar o beneficiário,nem o prejuízo,
limitando-se ao núcleo de homogeneidade dos direitos
individuais, para fixar a responsabilidade do réu pelos danos
causados, que serão apurados, individualmente (quantum
debeatur), em liquidação de sentença (art. 97 CDC) –
a divisibilidade, característica dos direitos individuais
homogêneos, na verdade, somente se manifestará na
liquidação e execução da sentença coletiva.
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
LITISPENDÊNCIA
A litispendência no processo civil tradicional decorre da
identidade entre os elementos identificadores da ação (art.
301, §§ CPC). Diferentemente, se apenas a causa de pedir
ou o pedido forem idênticos, será hipótese de conexão, que
se resolve pela prevenção (art. 2, par. único LACP).
Nas causas coletivas, há previsão de inúmeros co-
legitimados legalmente autorizados a atuar na defesa do
mesmo direito, cuja titularidade pertence a um único
sujeito de direito: a coletividade. Os autores agem, assim,
em substituição processual, não importando quem está
“capitaneando” o litígio.
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
LITISPENDÊNCIA
Haverá, pois, litispendência se outro legitimado ingressar
com ação já proposta por um legitimado, com a identidade
de pedido, causa de pedir e interessados. Com efeito, a
identidade formal das partes é irrelevante para a
configuração da litispendência coletiva.
Jurisprudência STJ – REsp 925.278/RJ, DJ 19/06/08: “(..)
Nas ações coletivas, para efeito de aferição de
litispendência, a identidade de partes deverá ser apreciada
sob a ótica dos beneficiários dos efeitos da sentença, e não
apenas pelo simples exame das partes que figuram no pólo
ativo da demanda. Precedente do STJ. (..)”.
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
ÔNUS SUCUMBENCIAIS
Recorde-se que há isenção de custos do processo em favor
do substituto processual, salvo nos casos de má-fé, evitando
um desestímulo a litigância coletiva (art. 18 da lei
7.347/85).
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
EXERCÍCIOS!
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
1ª questão: Sindicato dos servidores públicos do Estado do
Rio de Janeiro promoveu, na qualidade de substituto
processual e, portanto, legitimado extraordinário, Ação
Coletiva em face daquele ente federativo. A demanda foi
julgada procedente. Antônio, servidor público concursado do
Estado do Rio de Janeiro, promoveu a execução individual
da sentença proferida. Não houve oferecimento de
embargos à execução por parte do Estado do Rio de Janeiro.
Indaga-se: Pode o magistrado condenar o Estado do Rio de
Janeiro ao pagamento de honorários advocatícios ainda que
não embargada a execução? Fundamente.
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
2ª questão. Assinale a alternativa correta sobre legitimação
pra a propositura da ação civil pública:
a) a Defensoria Pública é parte legítima para ajuizar ação
civil pública;
b) o cidadão não possui legitimidade para ajuizar ação
popular;
c) o Ministério Público possui legitimidade para ajuizar ação
popular;
d) a ação civil pública somente pode ser deflagrada por
associação sem fins lucrativos.
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
Texto elaborado por:
Rodolfo Kronemberg Hartmann.
Contato: www.rodolfohartmann.com.br.
TEORIA GERAL DO PROCESSO COLETIVO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
E ACABOU... ATÉ A PRÓXIMA SEMANA COM NOVAS 
LIÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
SUGESTÃO DE LEITURA: HARTMANN, RODOLFO KRONEMBERG. CURSO 
DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL, VOLS. I, II, III E IV, ED. IMPETUS.
OUTRAS INFORMAÇÕES: WWW.RODOLFOHARTMANN.COM.BR

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