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AULA Nº 06 JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II EMENTA JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II A Constituição de 1988, em seu art. 98, I, incumbiu a União (no Distrito Federal e nos Territórios) e os Estados de criarem os Juizados Especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e de infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau. INTRODUÇÃO JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II A competência do Juizado Especial Estadual pode ser em razão do valor (demandas de até quarenta salários mínimos) ou em razão da matéria, nos termos do art. 3o, da Lei no 9.099/95. Não são admitidos procedimentos especiais no Juizado Especial. JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II OPÇÃO PELO SISTEMA DO JUIZADO ESPECIAL É amplamente admitida a possibilidade de o demandante optar em distribuir a sua demanda perante o Juizado Especial Cível ou mesmo perante um Juízo Cível (observado o procedimento sumário). Este entendimento busca favorecer o acesso a Justiça e, ao mesmo tempo, encontra respaldo no art. 3º, par. 3º da Lei nº 9.099/95. JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II PRINCÍPIOS No art. 2º da Lei nº 9.099/95 se encontram os seus princípios orientadores, isto é, oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual, celeridade e busca da conciliação ou transação. Em relação ao princípio da oralidade, deve ser mencionado que o procedimento busca ser eminentemente oral, reduzindo-se ao máximo as peças escritas. O art. 14 da citada Lei confirma esta assertiva, ao mencionar que o pedido do autor pode ser formulado oralmente e reduzido a termo pelo serventuário. Igualmente, também permite o art. 30 que a contestação seja oral e o art. 36 que a prova oral colhida em audiência não será reduzida a escrito. JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II Já o princípio da informalidade, que é outro que merece destaque, admite que as intimações podem ser realizadas sem maiores formalidades, já que pode ser realizado por qualquer outro meio de comunicação (art. 19, Lei nº 9.099/95). Por fim, o princípio da celeridade impõe que seja dada solução ao processo sem muita demora. Por esta razão, aliás, é que a regra é que o recurso inominado (que busca invalidar/reformar a sentença) somente é recebido no efeito devolutivo (exceto para evitar dano irreparável). JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II RECURSOS. Pelo sistema do Juizado Especial, somente são possíveis os embargos de declaração e o recurso inominado da sentença. Também é possível recurso extraordinário da decisão proferida pela Turma Recursal. Não é possível, porém, recorrer das decisões interlocutórias. Em razão disso, a jurisprudência vem admitindo a impetração de mandado de segurança dirigido a Turma Recursal. Mas o tema é polêmico, pois existem precedentes em sentido distinto do próprio STF. JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL Como já visto, a competência do Juizado Especial Estadual pode ser em razão do valor (demandas de até quarenta salários mínimos) ou em razão da matéria, nos termos do art. 3o, da Lei no 9.099/95. A interpretação das regras contidas nesta lei sobre a execução no Juizado Estadual jamais foi pacífica, tendo este panorama ficado ainda mais delicado com o advento da Lei no 11.232/05 e, também, da Lei no 11.382/06, que trouxeram diversas alterações nas execuções, sendo que algumas, em tese, até atenderiam melhor aos princípios norteadores do Juizado (art. 2o, Lei no 9.099/95) do que as suas próprias normas específicas. JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II Caso seja o cumprimento de uma sentença que imponha obrigação de pagar, o seu procedimento se encontra no art. 52 e incisos. Nesta hipótese, haverá processo sincrético, sendo a execução de título judicial considerada como uma segunda etapa. Para o seu início, é imprescindível que o interessado apresente um requerimento (art. 52, inciso IV). Vem sendo permitida a inclusão da multa de 10%, prevista no art. 475-J, o que já foi, inclusive, objeto de pelo menos dois enunciados do FONAJE (Fórum Nacional de Juizado Especial), que são os de nº 97 e nº 105. Em seguida, o executado será intimado, embora atualmente existam dúvidas a respeito de qual meio processual o mesmo poderá se valer para manifestar o seu inconformismo. JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II É que a Lei no 9.099/95 é expressa, em seu art. 52, inciso IX, que nas hipóteses de cumprimento de sentença por obrigação de pagar, o executado se defende por meio de embargos. No CPC, esta defesa seria realizada por meio de impugnação. Caso seja uma execução por quantia certa lastreada em título extrajudicial, o procedimento passa a ser fixado no art. 53 da lei específica. Neste outro rito, haverá necessidade de ser confeccionada uma petição inicial que virá instruída de uma planilha atualizando a dívida. De acordo com a lei específica, somente após a realização da penhora é que será designada audiência de conciliação, ocasião em que os embargos poderão ser oferecidos (art. 53, § 1o). JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II Realmente, uma interpretação literal deste dispositivo especial afastaria a incidência da norma geral prevista no art. 736, que dispensa a penhora para fins de recebimento dos embargos. Mas, pela teoria do diálogo das fontes, o tratamento deveria ser o mesmo, tanto para os embargos apresentados no juízo cível como naqueles do Juizado Especial, pois realmente a norma mais nova (art. 736) estaria mais de acordo com os princípios previstos na Lei no 9.099/95, por possibilitar um maior adiantamento dos atos processuais. No entanto, o tema é bastante delicado e encontra-se longe de estar pacificado. JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II EXERCÍCIOS! JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II 1ª questão. Rodrigo promove o ajuizamento de ação monitória perante o Juizado Especial Cível Estadual. O Juiz, de plano extinguiu o processo sem resolução do mérito por entender incabível essa ação tramitar no JEC, por ausência de previsão no elenco do art. 3º da Lei 9099/95. Indaga-se: Esta demanda pode ser realmente processada ou não e julgada perante este órgão jurisdicional? Explique. JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II 2ª Questão. É correto afirmar que nos Juizados Especiais Estaduais, são cabíveis os seguintes recursos: a) Agravo retido e de instrumento, apelação, embargos infringentes, embargos de declaração, recurso especial e recurso extraordinário; b) Agravo de instrumento, recurso inominado, embargos de declaração e recurso ordinário; c) Recurso inominado, embargos de declaração e recurso extraordinário; d) Recurso inominado, embargos de declaração, recurso especial e recurso extraordinário. JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II Texto elaborado por: Rodolfo Kronemberg Hartmann. Contato: www.rodolfohartmann.com.br.JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS. LEI Nº 9.099/95. DIREITO PROCESSUAL CIVIL II E ACABOU... ATÉ A PRÓXIMA SEMANA COM NOVAS LIÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL II SUGESTÃO DE LEITURA: HARTMANN, RODOLFO KRONEMBERG. CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL, VOLS. I, II, III E IV, ED. IMPETUS. OUTRAS INFORMAÇÕES: WWW.RODOLFOHARTMANN.COM.BR
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