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aula 1 pena iii

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Plano de Aula: CRIMES CONTRA A PESSOA. CRIMES CONTRA A VIDA I. 
DIREITO PENAL III - CCJ0110 
Título 
CRIMES CONTRA A PESSOA. CRIMES CONTRA A VIDA I. 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
1 
Tema 
CRIMES CONTRA A PESSOA. CRIMES CONTRA A VIDA I. Homicídio. (ART.121, do Código Penal) 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
Identificar o bem jurídico-penal vida, extrauterina e intrauterina, para fins de respectiva 
tipificação da conduta típica, ilícita e culpável. 
Aplicar, nos casos concretos apresentados, a incidência de conflito aparente de normas 
ou concurso de crimes com os demais crimes contra a pessoa. 
Analisar as principais figuras típicas do delito de homicídio. 
Estrutura do Conteúdo 
 
Antes da aula, não esqueça de ler : 
Os artigos. 121, do Código Penal, art. 302, da lei n.9503/1997 (Código de Trânsito 
Brasileiro) e 1º, da lei n.8072/1990 (Lei de Crimes Hediondos), 1º,§3º, da lei 
n.9455/1997 (Lei de Tortura). 
Verbete de Súmula n. 18, do Superior Tribunal de Justiça, disponível em: 
www.stj.jus.br. 
Verbete de Súmula n. 162 do Supremo Tribunal Federal, disponível em: www.stf.jus.br; 
 
ESTRUTURA DE CONTEÚDO DESTA AULA: 
1. Homicídio .art. 121, do Código Penal. 
1.1. Bem jurídico tutelado. Considerações gerais sobre o início e término da vida 
extrauterina. 
1.2. Análise da figura típica: Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Classificação 
doutrinária. Consumação e tentativa. 
1.3. Desistência voluntária e arrependimento eficaz no delito de homicídio. 
1.4. Crime impossível e o delito de homicídio. 
1.5. Concurso de pessoas e o delito de homicídio. 
2. Figuras típicas 
2.1. O homicídio simples.- art.121, caput, do Código Penal. 
- A atividade típica de grupo de extermínio e o homicídio simples. 
2.2. Homicídio Privilegiado. art.121, §1º, do Código Penal. 
a) Motivo de relevante valor moral. 
b) Motivo de relevante valor social. 
c) Sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima. 
- Privilégio: causa de diminuição de pena: controvérsia - obrigatoriedade ou 
facultatividade. Verbete de Súmula n. 162 do Supremo Tribunal Federal. 
2 3. Homicídio Qualificado. art.121, §2º, do Código Penal. 
a) Natureza jurídica e incidência da Lei n. 8072/1990 (Lei de Crimes Hediondos) ? 
consectários. 
b) Motivos qualificadores determinantes. 
c) Meios e modos de execução qualificadores. A interpretação analógica no delito de 
homicídio qualificado. 
d) Fins qualificadores .conexão. 
e) Comunicabilidade das qualificadoras no caso de concurso de pessoas. 
f) Confronto entre o delito de homicídio qualificado pelo emprego de tortura e o delito 
de tortura previsto no art. 1°, §3° da Lei n. 9455/1997. Possibilidade conflito aparente 
de normas e concurso de crimes. 
g) Concurso entre o homicídio privilegiado e o qualificado. Controvérsia: incidência da 
Lei n. 8072/1990 .Lei de Crimes Hediondos. 
2.4. Homicídio Culposo art.121, §3º, do Código Penal. 
a) Análise dos elementos normativos caracterizadores do crime culposo. 
b) Distinção de dolo eventual e culpa consciente no homicídio. 
c) O instituto da tentativa e o homicídio culposo. 
d) Majorantes do homicídio culposo - §4º 
e) Concurso de pessoas. 
f) Conflito aparente de normas entre o homicídio culposo previsto no Código Penal e no 
Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9503/1997). 
g) Perdão Judicial- §5º. 
- Natureza jurídica. 
- Obrigatoriedade ou facultatividade de aplicação. 
- Natureza jurídica da sentença concessiva do perdão judicial. Controvérsia: 
entendimento dos Tribunais Superiores. Verbete de Súmula n. 18, do Superior Tribunal 
de Justiça. 
 
3. Concurso de crimes e conflito aparente de normas com os demais delitos contra a 
vida. 
 
4. A incidência da causa de aumento ao delito de homicídio praticado por milícia 
privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de 
extermínio art.121, §6º, do Código Penal. Questões controvertidas. 
 
UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS: 
 
Conceito de Homicídio: é a eliminação da vida extrauterina levada a termo por terceiro. 
Classificação doutrinária: crime comum, unissubjetivo, de dano, material, de forma 
livre, instantâneo de efeitos permanentes. O delito pode ser perpetrado por meios físicos 
(mecânicos, químicos ou patogênicos ? instrumentos perfurantes, substâncias 
corrosivas, vírus letais); morais ou psíquicos. 
Consumação: Por tratar-se de delito material, instantâneo e de efeitos permanentes 
consuma-se com a ocorrência do resultado naturalístico. 
Para fins de início e término da vida extrauterina deve ser analisado o disposto no 
art.123, do Código Penal e o art.3º, da lei n.9434/199. 
O privilégio configura-se como causa de diminuição de pena direito subjetivo do réu 
nos casos em que o agente atua impelido por relevante valor moral e social ou logo em 
seguida a injusta provocação da vítima. 
As circunstâncias qualificadoras, por sua vez, classificam-se como subjetivas, objetivas 
ou de conexão conforme digam respeito, respectivamente, aos motivos determinantes do 
crime, aos modos e maneiras de execução ou aos fins qualificadores. 
Ao homicídio culposo, no qual a conduta do agente atua com a quebra do dever objetivo 
de cuidado e produz o resultado morte que era objetivamente previsível, aplica-se o 
instituto do perdão judicial, direito Público Subjetivo do réu de caráter unilateral, no 
qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias expressamente previstas 
em lei. 
Por fim, cabe salientar a controvérsia acerca da aplicação da causa de aumento prevista 
no §6º, do art.121 (homicídio praticado por milícia privada ou grupo de extermínio) 
qual seja, a caracterização de bis in idem no caso de aplicação da referida causa de 
aumento à conduta de homicídio qualificado por motivo torpe. 
Aplicação Prática Teórica 
 
 APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
 
CASO CONCRETO 
DOLORES, 43 anos, mãe da adolescente JANAÍNA, de 16 anos, flagra a menina, 
sozinha, chorando em seu quarto. Instada a explicar o motivo de sua tristeza, a jovem 
relata à mãe que, por duas semanas consecutivas vem sendo assediada por 
FELISBERTO, guarda municipal com lotação e atribuição local, prestando serviços de 
vigilância e ronda escolares. Segundo a adolescente, notadamente na esquina do 
quarteirão da escola, FELISBERTO espera sua passagem para proferir palavras como 
“gostosa”, “quero sair com você”, “vamos curtir um cinema” e etc. 
Indignada com o acontecido, DOLORES combina com JANAÍNA que no dia seguinte 
vai acompanhá-la à escola, no entanto, em uma distância razoável objetivando constatar 
in loco as investidas de FELISBERTO. 
Dessa maneira, no dia seguinte, quando JANAÍNA chega ao quarteirão da escola já 
encontra FELISBERTO se aproximando dela, ocasião em que, DOLORES, vindo um 
pouco atrás, empunha um revólver 38 que traz consigo, disparando três tiros certeiros 
nas costas de FELISBERTO que vem a óbito imediatamente em decorrência das 
respectivas lesões. Considerando o caso aventado, realize, fundamentadamente, a 
adequação típica pertinente. 
QUESTÃO OBJETIVA 
É incorreto capitular: 
 a) como homicídio consumado, a hipótese em que “A” e “B”, 
independentemente um do outro, injetassem cada um uma dose mortal de 
veneno da mesma espécie na bebida de “C”, que em consequência morresse 
ao tomá-la por inteiro. 
b) como tentativa de homicídio, para os dois, à luz da teoria da equivalência dos 
antecedentes causais (conditio sine qua non), se “A” e “B” atirassem quase ao mesmo 
tempo, mas sem saber um do outro, contra a vítima, atingida por um dos tiros na cabeça 
e o outro no coração, cada qual com aptidão para ser imediatamente mortal, mas sem 
que tivesse sido esclarecido,no inquérito, quem deu qual dos tiros e quem atirou 
primeiro, inexistindo coautoria. 
c) como meio cruel qualificante, o propósito do agente em aumentar, desnecessária e 
sadicamente, o sofrimento da vítima; e por homicídio qualificado, pelo uso de meio 
insidioso, quando o agente oculta a boca de um poço para que a vítima não o perceba, 
nele se precipite e morra. 
 d) como homicídio doloso, sem o concurso do crime de ocultação de cadáver, a ação do 
agente que, com dolo geral, depois de esfaquear a vítima e supor que ela tivesse 
morrido, viesse somente a matá-la, não pelas facadas, mas por asfixia, ao enterrá-la 
numa cova com a finalidade de ocultar o suposto cadáver, quando, na verdade, a vítima 
ainda estava viva. 
e) em concurso formal homogêneo, os homicídios culposos decorrentes do desabamento 
de prédio construído de forma imperita pelo engenheiro.

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