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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Letícia Paz da Silva
ANÁLISE DA ENTREVISTA DE UM EXECUTIVO
 Porto Alegre, RS
 2017
I. PERFIL E IDENTIFICAÇÃO DO EXECUTIVO
1. Formado em administração.
2. Há 6 anos atua como gerente de tesouraria na empresa X.
3. 29 anos de experiência profissional, sendo que iniciou com 21 anos numa empresa de marketing e hoje tem 50 anos.
4. Empresa privada.
5. Não há relação de parentesco.
QUESTÕES FORMULADAS
1. Identificação da área de atuação da empresa; das suas políticas organizacionais e da sua posição no mercado (em relação aos concorrentes); 
A empresa X é uma entidade regulamentadora estadual e dependente de regras dispostas por uma entidade federal que regula as estaduais, logo depende de regras predispostas por outras entidades. Sendo assim, não existem concorrentes.
Análise: As políticas da organização podem ser analisadas pelo Estruturalismo, visto que na empresa X há hierarquia, divisão de cargos e funções bem estabelecidas, seguindo o que Taylor fala sobre isso, que há uma centralização de poder e uma hierarquia dentro de organizações.
2. Identificação da área de atuação do executivo e das suas políticas específicas;
3. Identificação das atividades coordenadas pelo executivo.
O entrevistado atua diretamente no setor financeiro da empresa X, ele coordena, organiza e planeja as atividades da área financeira, garantindo o cumprimento de todas as obrigações financeiras dentro dos prazos, assim como na supervisão para que todas as normas legais previstas na lei e as normas da empresa sejam seguidas pelo setor.
4. Formulação das seguintes questões referentes à Teoria Clássica:
4.1 – Como você analisa as relações de subordinação e hierarquia dentro da organização?
Segundo o entrevistado, existe uma hierarquia bem disposta e explicativa dentro da organização, sem ser de costume haver confusão de cargos e de funções.
Análise: Podemos perceber a centralização do poder, segundo Fayol (Teoria Clássica) que o poder está na mão de um ou na mão de poucos indivíduos, além de também de se enquadrar com hierarquia, segundo ele. 
4.2 Existem políticas de incentivos salariais?
Não. A empresa na qual o gerente trabalha não estimula a competitividade interna, visto que a entidade não é adepta a incentivos salariais, apenas cumpre com o pagamento estabelecido para cada pessoa em cada cargo dentro da organização.
Análise: Contradizendo a teoria do Estruturalismo sobre os incentivos financeiros oferecidos pela organização através de participação nos lucros, salários altos e etc., o entrevistado diz que a empresa não é adepta a esse tipo de incentivo.
4.3 Existe comprometimento e estabilidade dentro da organização?
Sim, há um grande comprometimento entre gerentes, diretores, administradores e funcionários. Existe uma certa estabilidade para os empregados na empresa, mas assim como em muitas outras empresas, há riscos indefinidos de quebras de contrato.
Análise: Com essa resposta, pode-se dizer que temos incentivos sociais com base no Estruturalismo, onde o empregado possui a estabilidade, assim como outros direitos dentro da empresa. Porém, também podemos ver um caso de uma organização unitária, onde o empregado e a empresa só permanecem juntos até quando for de benefício para os dois.
4.4 Como você analisa a sua permanência na organização nos próximos anos?
Segundo o entrevistado, seu ingresso dentro da organização teve início como auxiliar financeiro no ano de 2007 e há 6 anos atua como gerente em tesouraria. Ele prevê sua permanência na empresa nos próximos anos, sendo o maior responsável por isso, de forma que consiga cumprir suas funções para com a organização e com todos envolvidos.
Análise: Podemos dizer que há satisfação do funcionário com relação a empresa, onde ele segue as regras e normas, e não é forçado a isso, sendo assim, ele possui vontade de permanecer na empresa por mais tempo, se relacionando com uma Organização Normativa ou Burocrática, com base no Estruturalismo.
CONCLUSÃO
Pode-se concluir que a empresa na qual o executivo entrevistado trabalha é bem semelhante com a teoria clássica do Fayol, visto que possui uma certa hierarquia e centralização de poder na mão de poucos. Em contraponto, a prática de incentivos salariais não é adotada pela empresa, de forma que não incentiva a competitividade interna e apenas cumpre com seus pagamentos de salários já previstos. E com base no Estruturalismo, segue como uma organização normativa ou burocrática, visto que o funcionário segue as normas e princípios da organização, sem precisar ser coagido para tal, pois é vontade dele permanecer na empresa, mas também há um caso de organização utilitária na qual a permanência do funcionário na empresa se dá apenas enquanto for de benefício para com os dois (empresa e funcionário).