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Tecido Muscular Tecido Muscular Prof. Halbert Villalba Introdução Responsável pelos movimentos corporais Células alongadas ricas em filamentos citoplasmáticos – contração; Origem Mesodérmica; Três tipos de músculo: Liso; Estriado Esquelético; Estriado Cardíaco. Componentes celulares Membrana – sarcolema; Citoplasma – sarcoplasma; Retículo endoplasmático liso – retículo sarcoplasmático. Músculo Estriado Esquelético Formados por feixes de células muito longas (até 30cm) e com diâmetro de 10 a 100µm, cilíndricas e multinucleadas – fibras musculares estriadas; Diâmetro depende: Idade, sexo, nutrição e treinamento físico. Originam-se da fusão dos mioblastos; Sofrem Hipertrofia (Esquelético e Cardíaco) Hiperplasia apenas o músculo liso. Epimísio – TC que reveste grupos de feixes de fibras musculares; Perimísio – TC que envolve cada feixe de fibras musculares; Endomísio – TC que envolve cada fibra muscular – fibras reticulares. TC que transmite a força de contração muscular para outras estruturas como: Tendões, ossos e ligamentos. TC que penetram vasos e nervos. Músculo Cada fibra muscular apresenta perto do seu centro uma terminação nervosa motora – Placa motora; Citoplasma preenchido por miofibrilas – fibrilas paralelas. Cada fibrila é formada por unidades funcionais – Sarcômeros. Sarcômeros Miofibrilas são cilíndricas com diâmetro de 1 a 2 µm; Apresentam estriações transversais claras e escuras; Banda A (anisotrópica) – escura e Banda I (isotrópica) – clara. No centro da Banda I aparece a linha Z – transversal e escura. Unidas funcionais – sarcômeros – formado pela parte da miofibrila que fica entre as linhas Z sucessivas – Uma banda A e duas semibandas I. Banda A apresenta uma região central mais clara que é chamada de Banda H. Filamentos finos de actina e filamentos grossos de miosina dispostos longitudinalmente, simétrica e paralelamente nas miofibrilas. Organização é mantida por diversas proteínas – filamentos intermediários de desmina, distrofina (liga filamentos de actina a proteínas de membrana plasmática). Proteínas Principais das Miofibrilas do Músculo Estriado Miosina – filamentos grossos 55% do Actina – filamentos finos Total de proteínas Tropomiosina – filamentos finos Troponina – filamentos finos Actina – Apresenta-se sob a forma de polímeros longos (actina F) formados por duas cadeias de monômeros globulares (actina G – assimetria estrutural), torcidas uma sobre as outras em Hélice. Tropomiosina – molécula longa e fina, formado por duas cadeias polipeptídicas, uma enrolada na outra. Troponina – Complexo de três subunidades: TnT – liga-se fortemente à tropomiosina TnC – Grande afinidade por cálcio; TnI – Cobre o sítio ativo da actina onde ocorre a interação com a miosina. Miosina – molécula grande – forma de bastão – 20nm de comprimento e 2-3nm de diâmetro – formada por dois peptídeos enrolas em hélice. Miosina – Saliência globular em uma das extremidades – cabeça – apresenta locais específicos para combinação com ATP e dotada de atividade ATPásica (hidrólise de ATP) – local de combinação de actina; Meromiosina leve e meromiosina pesada; Banda H representa a parte em bastão de várias miosinas sobrepostas. Contração Filamentos finos de Actina deslizam sobre os filamentos de miosina. Filamentos permanecem com seu comprimento original – sobreposição de filamentos na contração; Contração: ATP liga-se à ATPase das cabeças de miosina; Actina atua como Cofator para liberar energia; Repressão do local de ligação pelo complexo troponina-tropomiosina sobre a Actina F; Disponibilidade de Ca++ que combina-se à subunidade TnC da troponina. (complexo Ativado) Mudança da configuração espacial das três subunidades de troponina; Empura a molécula de tropomiosina mais para dentro do sulco da hélice de actina; Exposição dos locais de ligação dos componentes globulares de actina – livre para interagir com a miosina; ATP convertido em ADP, Pi e energia; Deformação da cabeça e de parte do bastão da miosina; Empura o filamento de actina sobre a miosina. Miosina se liga à nova molécula de ATP e volta a cabeça em sua posição original – relaxamento muscular. Sem ATP o complexo actina miosina torna-se estável – rigidez muscular muito intensa após a morte (rigor mortis) Uma única contração muscular é o resultado de milhares de ciclos de formação e destruição de pontes de actina-miosina. Ca++ é removido e cobre novamente o sítio de ligação troponina – tropomiosina; Banda I e H diminuem de tamanho com a contração; Encurtamento do Sarcômero. Retículo Sarcoplasmático Contração depende da disponibilidade de Ca++ Relaxamento depende da ausência de Ca++ Retículo – regula o fluxo do íon cálcio; Consiste de uma rede de cisternas do retículo endoplasmático liso, que envolve grupos de miofilamentos, separando-os em feixes cilíndricos. Membrana despolarizada – libera Ca++ Formação das pontes actina-miosina. Transporte ativo leva Ca++ para o interior da cisterna – não há mais despolarização do retículo - fim do estímulo na placa motora. Túbulos Transversais Depolarização inicia-se na placa motora (Junção niomeural situado na superfície da fibra muscular); Sistema de Túbulos transversais ou sistema T é o responsável pela contração uniforme do músculo; Rede de invaginações tubulares da membrana (sarcolema) da fibra muscular, envolvendo as junções da banda A e I de cada sarcômero; Tríade – túbulo T e duas expansões do retículo sarcoplasmático. Despolarização dos túbulos T é transmitido ao retículo sarcoplasmático. Placa Motora Contração é comandada por nervos motores que se ramificam no perimísio; No local de inervação o nervo perde sua bainha de mielina e forma uma dilatação na superfície da fibra muscular – placa motora; Axônio recoberto por delgada camada de citoplasma da célula de Schwann. Terminal axônico com numerosas vesículas sinápticas e mitocôndrias – neurotransmissor (acetilcolina). Fenda sináptica. Impulso nervoso – dispara e libera acetilcolina na fenda sináptica; Liga-se à receptores situados no sarcolema; Maior permeabilidade ao sódio – despolarização; Excesso de acetilconlina – hidrolisado pela colinesterase – evita o contato prolongado do neurotransmissor com os receptores do sarcolema; Despolarizaçãoa propaga-se ao longo da fibra muscular e penetra em profundidade através do sistema de túbulos transversais. Sinal passa para o retículo sarcoplasmático Liberação de Ca++ Inicia-se o ciclo de contração; Fim da despolarização – Ca++ volta ativamente para o interior do retículo e o músculo relaxa. Uma fibra nervosa pode inervar uma única fibra muscular ou até mais de 160 fibras musculares. Unidade motora – fibra nervosa e o total de fibras musculares por ela inervada. Graduação da Força Cada fibra ou não se contrai ou se contrai em totalidade; Variação nas forças de contração são devidas às variações no número de fibras que se contraem num determinado momento. Força é proporcional ao número de fibras musculares inervadas pela unidade motora; Quanto maior o número de unidades motoras acionadas e o seu tamanho controlam a intensidade da contração do músculo. Fibras Vermelhas e Brancas De acordo com a estrutura e composição bioquímica temos: Fibras do Tipo I – lentas – ricas em sarcoplasma com mioglobina e têm cor vermelho-escura – contrações continuadas – energia obtida da fosforilação oxidativa de ácidos graxos; Fibras do Tipo II – rápidas – contrações descontínuas – pouca mioglobina, cor vermelho-clara. Subdivididas em A, B e C; Sarcoplasma Grânulos de Glicogênio Mioglobina – cor vermelho-escura (armazena oxigênio); Grande quantidade em mamíferos que mergulham (focas e baleias) e Músculo peritoneal das aves migratórias;Músculo Cardíaco Constituído por uma rede tridimensional de células que se interligam por junções aderentes e se comunicam por junções comunicantes; Células alongadas; Estriadas; Não são multinucleadas (um ou dois núcleos centrais); Endomísio rico em capilares; Discos intercalares – representam complexos juniconais – aspecto em escada – zona de adesão, desmossomos e junções comunicantes. A passagem de íons pelas junções de discos intercalares permitem que a cadeia de células musculares cardíacas se comportem como um sincício. Armazenam ácidos graxos. Possui um sistema próprio de auto-estimulação. Músculo Liso Constituído por células fusiformes; Espessa na região central e afilada nas extremidades; Núcleo Central e Único. Contração lenta de vísceras; Tubo digestório, vasos sanguíneos, útero, vesícula biliar; Gravidez – aumento do número e do tamanho das fibras musculares lisas; Filamentos de actina e miosina da musculatura lisa mostram-se dispostos de forma diferente da musculatura estriada esquelética e cardíaca; Feixes de miofilamentos que cruzam em todas as direções; Contração semelhante à do músculo esquelético; Não há troponina – miosina tem que ser fosforilada para promover contração; Calmodulina – Ca++ entra no citoplasma e forma um complexo com a calmodulina (proteína com afinidade para o Ca++); Ativação da cinase da cadeia leve da miosina – fosforilação da miosina; Mudança da conformação da miosina Resultando deslizamento dos microfilamentos de actina adjacentes. Filamentos intermediários – desmina – vimentina nos vasos associado à desmina; Corpos densos – interior do citoplasma e outros associados a membrana plasmática. Contém alfa-actina, semelhante à linha Z dos músculos estriados. Resultado – toda a célula se reduz durante a contração. Não apresentam o sistema T; Retículo Sarcoplasmático reduzido; Podem sintetizar colágeno III (fibras reticulares), fibras elásticas o proteoglicanas Apresentam junções comunicantes – importantes no processo de contração; Terminações colinérgicas – acetilcolina ou adrenérgicas – noradrenalina; Atuam estimulando ou deprimindo a atividade contrátil da musculatura lisa; Regeneração O tecido muscular cardíaco não se regenera (fibrose); O tecido muscular estriado regenera-se parcialmente (células satélites) O tecido muscular liso regenera-se com facilidade (mitose) – pericitos. �PAGE � �PAGE �29� Medicina Veterinária.
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