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Profa. Regina Y. H. Miura CRIPTÓGAMAS INTRODUÇÃO À SISTEMÁTICA SISTEMÁTICA – estudo científico da diversidade biológica e de sua história evolutiva descobrir os ramos da árvore filogenética da vida. TAXONOMIA – identificação, denominação e classificação das espécies. Processo de dar nomes a um organismo sistema altamente organizado para estabelecer relações genéticas e identificar tendências evolutivas. NOMES COMUNS X NOMES CIENTÍFICOS nome latino com duas palavras CARL LINNAEUS – naturalista sueco. 1753 – SPECIES PLANTARUM (“AS ESPÉCIES VEGETAIS”) DESCREVIA EM LATIM CADA ESPÉCIE – SENTENÇA DE ATÉ 12 PALAVRAS – POLINÔMIOS. p.ex: gatária Nepeta floribus interrupte spicatus pedunculatis = Nepeta com flores numa espiga pedunculada interrompida. SISTEMA BINOMIAL SISTEMA DE DOIS TERMOS p.ex: gatária Nepeta cataria Regras Código Internacional de Nomenclatura Botânica Código Internacional de Nomenclatura Zoológica Código Internacional de Nomenclatura de Bactérias Nepeta cataria gênero epíteto específico espécie INTRODUÇÃO À SISTEMÁTICA NORMAS DE NOMENCLATURA BOTÂNICA INSTRUMENTO NORMATIVO – CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA BOTÂNICA ALGUMAS NORMAS: 1. A CADA NÍVEL HIERÁRQUICO, CORRESPONDE UMA DESINÊNCIA DOMÍNIO EUKARYA REINO PLANTAE FILO/DIVISÃO MAGNOLIOPHYTA (ANGIOSPERMAS) CLASSE MAGNOLIOPSIDA (DICOTILEDÔNEAS) ORDEM FABALES (LEGUMINOSAS) FAMÍLIA FABACEAE GÊNERO Caesalpinia ESPÉCIE Caesalpinia echinata Lam. CATEGORIA TÁXON INTRODUÇÃO À SISTEMÁTICA - OS EPÍTETOS GENÉRICO E ESPECÍFICO DEVEM SER DESTACADOS DO TEXTO. “O teor de cafeína das sementes de Paullinia cupana analisadas ...” “Teor de cafeína de sementes de Paullinia cupana analisadas . . .” “O teor de cafeína das sementes de Paullinia cupana analisadas ...” - NOMES CORRESPONDENTES A CATEGORIAS SUPRA-GENÉRICAS (TRIBO, FAMÍLIA, ETC.) NÃO PRECISAM SER DESTACADOS “São comuns representantes de Poaceae, Asteraceae e Myrtaceae nos cerrados” - CADA ESPÉCIE TEM UM ESPÉCIMEN TIPO, GERALMENTE UM ESPÉCIMEN SECO DA PLANTA, MANTIDO EM UM MUSEU OU HERBÁRIO. Servem como referencial para comparação com outros espécimes para determinar se eles pertencem ou não à mesma espécie. INTRODUÇÃO À SISTEMÁTICA - UM NOME CIENTÍFICO É ACOMPANHADO DO NOME DO AUTOR DA COMBINAÇÃO BINOMINAL Caesalpinia echinata Lam. “Lam.” refere-se a Lamarck, que criou e publicou o binômio, ao descrever pela primeira vez o pau-brasil. - CATEGORIAS INFRAESPECÍFICAS A.St.-Hil. Descreveu uma espécie de Pilocarpus: Pilocarpus spicatus. Em 1949, J.F. Macbr. observou que plantas de Pilocarpus spicatus compreendiam duas variedades, uma com as características descritas por A.St.-Hil. e outra com alguns atributos distintos. J.F. Macbr. criou para essa variedade o epíteto peruvianus, aludindo a Peru, país onde a variedade é nativa. O nome da variedade: Pilocarpus spicatus A.St.-Hil. var. peruvianus J.F. Macbr. Nestes casos os nomes podem consistir em três partes. Prunus persica var. persica (Pessegueiro) Prunus persica var. nectarina (Nectarina) INTRODUÇÃO À SISTEMÁTICA ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS DESCRITAS POR LINNAEUS Borago officinalis L. Prunus laurocerasus L.- amêndoas amargas Raphanus sativus – rabanete Allium cepa L. – cebola Allium sativum L. - alho Carica papaya L. – mamão Ginkgo biloba L. – ginkgo Passiflora incarnata L. – maracujá Juglans regia L. – nogueira Hypericum perforatum L. – hipérico Laurus nobilis L. – louro Taxus baccata L. Digitalis purpurea L. – dedaleira Atropa belladonna L. – beladona Papaver somniferum L. – papoula, fonte de ópio Colchicum autumnale L. – cólquico, fonte de colchicina Cinchona officinalis L. - quineira INTRODUÇÃO À SISTEMÁTICA NOMENCLATURA BOTÂNICA O TAXONOMISTA TEM LIBERDADE AMPLA PARA CRIAR NOMES DE GÊNEROS E DE ESPÉCIES DE PLANTAS. CRITÉRIOS COMUMENTE ADOTADOS: 1. CARACTERES MORFOLÓGICOS EVIDENTES NA PLANTA Magnolia grandiflora: grandiflora = flores grandes Digitalis purpurea: Digitalis – referência à semelhança das flores a dedais; purpurea – coloração das flores INTRODUÇÃO À SISTEMÁTICA 2. HOMENAGEM A PERSONALIDADES Caesalpinia echinata PAU-BRASIL Bauhinia variegata PATA-DE-VACA CAESALPINIA – homenagem a Caesalpinio, botânico e herbalista do séc. XVI BAUHINIA – homenagem a Bauhin, botânico e herbalista do séc. XVI 3. REFERÊNCIA AO LOCAL DE ONDE A ESPÉCIE É NATIVA Victoria amazonica VITÓRIA-REGIA AMAZONICA - referência à região de ocorrência da espécie VICTORIA - homenagem à rainha da Inglaterra NOMENCLATURA BOTÂNICA INTRODUÇÃO À SISTEMÁTICA Teofrasto (pai da Botânica) – classificação com base na forma: árvores, arbustos, subarbustos e ervas. Lineu – sistema sexual – número e disposição dos estames em cada flor. Até Lineu – classificação segundo características, diferenças e semelhanças. Depois do trabalho de Darwin em 1859 , Origem das Espécies, as características passaram a ser vistas como produto da sua história evolutiva, ou filogenia. Classificações passam a ser representadas em diagramas conhecidos como árvores filogenéticas. INTRODUÇÃO À SISTEMÁTICA http://tolweb.org/Eukaryotes/3 Grupo monofilético – composto por um ancestral e todos os seus descendentes. Grupo polifilético – membros derivados de dois ou mais ancestrais. Grupo parafilético – exclui espécies que partilham um ancestral comum. INTRODUÇÃO À SISTEMÁTICA Apomorfia - característica derivada, mais recente. Sinapomorfia – característica derivada compartilhada por duas ou mais espécies. Plesiomorfia – caracterísitca primitiva, mais antiga. Autapomorfia – característica derivada presente em um único táxon terminal INTRODUÇÃO À SISTEMÁTICA
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