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Prof. Rebecca Peixoto CONDUTA NUTRICIONAL NAS DOENÇAS DA CAVIDADE ORAL, ESÔFAGO E ESTÔMAGO PLANO DE AULA Aula Conteúdo Objetivos Aula 03 • Conduta nutricional nas enfermidades da cavidade oral, esôfago e estômago • Descrever a conduta nutricional das enfermidades da cavidade oral, do esôfago e estômago 3 CÁRIE DENTÁRIA Lesão do esmalte dentário provocada pelo desequilíbrio de fatores considerados fisiológicos, pertencentes à biodiversidade do ser humano e da cavidade bucal. Saliva Microrganismos Dieta 4 Alimentos cariogênicos } Alimentos ricos em carboidratos simples (sacarose, glicose, lactose) } São fermentados pelas bactérias – produção de ácidos (pH <5,5) } Caramelos são muito agressivos em função de sua aderência na boca. 5 ! Exemplo: }As proteínas (peixe, frango, carne, ovo) }As gorduras – formam uma película oleosa no dente }Líquidos (água) – mecanismo de limpeza }Fibras (celulose) – limpeza e favorecem a irrigação }Dieta líquida – menor tempo de permanência na boca Não contribuem para a cárie, pois não são metabolizados pelos microrganismos presentes na superfície do dente e não alteram o pH do meio. Alimentos cariostáticos 6 ! }Goma de mascar (sem açúcar) }Queijo [Academy of General Dentistry] Estimulam a produção de saliva Reduzem a placa bacteriana Aceleram o tempo de limpeza do alimento na superfície do dente “Alimentos" anticariogênicos 7 GRUPO DE ALIMENTOS ALIMENTOS MAIS CARIOGÊNICOS Laticínios Chocolate (tipo nescau), "milk-shake", iogurte de frutas, chá/café/leite com açúcar. Frutas e Verduras Conservas de frutas, geleias, frutas secas, maçã do amor, frutas caramelizadas. Carnes Carnes com temperos adocicados, com cremes, molhos, etc. Cereais Bolos, tortas, pão doce, bolachas Doces Doces em geral, balas, confeitos, sorvetes, chicletes, chocolates Bebidas Refrigerantes em geral, sucos artificiais. Lanches Pizza, cachorro quente, hambúrguer, todos com ‘catchup' e ingredientes ou molhos doces, pipoca doce. 8 Ingestão SISTEMÁTICA E FREQUENTE DE ALIMENTOS CARIOGÊNIOS produz um desequilíbrio crescente da desmineralização-remineralização, levando à formação cárie. 9 CARBOIDRATOS FERMENTÁVEIS CARIOGÊNICOS SUBSTRATO PARA MO (Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus e Lactobacillus) SÍNTESE POLISSACARÍDEOS EXTRACELULARES PRODUÇÃO ÁCIDOS ORGÂNICOS DESMINERALIZAÇÃO ESMALTE DESENCADEAR PROCESSO DE CÁRIE FORMAÇÃO PLACA 10 DESMINERALIZAÇÃO REMINERALIZAÇÃO O processo de desmineralização ocorre quando o pH está ácido, então para neutralizar a boca, íons saem do dente para a saliva. Da mesma forma ocore a remineralização, mas de forma contrária pH < 5.5 – ácido pH > 5.5 - básico 11 ESTÁGIOS DA CÁRIE MO podem se disseminar para vários órgãos Infecções de origem dentária estão entre as principais causas de endocardite infecciosa 12 ❑ Presença de uma cavidade, no dente afetado, com bordas ásperas, que às vezes podem ser sentidas pela língua ou detectadas pelo fio dental. ❑ Dores de dente , in ic ia lmente causadas por alimentos ou bebidas frias, quentes ou doces. ❑ Halitose ❑ Edema da gengiva e da face. SINTOMAS 13 PREVENÇÃO Remoção do tecido cariado e obturação da cavidade decorrente TRATAMENTO Flúor Caseína-fosfato de cálcio Escovar regulamente os dentes e usar fio dental Utilizar água fluoretada Reduzir ingestão alimentos cariogênicos 14 Deve visar a prevenção da formação de cáries: ! Calorias – de acordo com as necessidades do paciente Carboidratos – sem concentração de sacarose (cariogênica) Proteínas – são cariostáticos e aceleram a regeneração do tecido lesado Lipídeos – função cariostática e colaboram na lubrificação da cavidade bucal Minerais – ajustados às necessidades do paciente Conduta nutricional 15 Vitaminas – ajustadas as necessidades do paciente: Vit. A – reepitelização e ativação da ceratina (dentina) Vit. D - absorção de cálcio e fósforo – importantes na síntese de tecido ósseo e dentina Complexo B – participa do metabolismo dos macronutrientes Folato – formação de suprimento sanguíneo adequado Vit. C – formação de substâncias intercelulares e colágeno Hiperhídrica – facilitar a limpeza da boca e hidratação Rica em fibras Temperatura normal EDUCAÇÃO NUTRICIONAL 16 LESÕES BRANCAS/ VERMELHAS LESÕES VÉSICO-BOLHOSAS LESÕES ULCERATIVAS LESÕES DA LÍNGUA ! PROCESSO INFLAMATÓRIO QUE ACOMETE CAVIDADE ORAL E OROFARINGE Infecções Doenças auto-imunes Irritantes químicos ou físicos Reações alérgicas Deficiências nutricionais ESTOMATITE Dor difusa ou localizada, disfagia 17 ! Exame físico Cultura e identificação Candida albicans (monilia) é um fungo que habita normalmente a flora oral CANDIDÍASE USO A LONGO PRAZO DE ANTIBIÓTICO, ALTAS CONCENTRAÇÕES DE GLICOSE, COMPROMETIMENTO DA IMUNIDADE CELULAR E ESTASE ESOFÁGICA CONDIÇÕES QUE FAVORECEM MAIS SEU CRESCIMENTO EM REALAÇÃO ÀS BACTÉTIAS Pacientes assintomáticos. Pode ocorrer odinofagia e, mais raramente, disfagia ! Nistatina oral Fluconazol oral TRATAMENTODIAGNÓSTICO 18 •Dieta líquida ou líquida-pastosa •Calorias ajustadas às necessidades do paciente •Adequada em proteínas e vitaminas •Evitar: sucos cítricos, condimentos fortes, extremos de temperatura, excesso de sacarose (minimizar a excitação da mucosa oral) Conduta nutricional 19 ÚLCERAS AFTÓIDES RECORRENTES Lesão vesiculosa da mucosa da boca, que ocorre habitualmente nas bochechas, lábios e língua Uma predisposição ao aparecimento de aftas em locais de trauma (escovação dentária, tratamento ortodôntico e injeções anestésicas, por exemplo) tem sido relatada em certos pacientes. O EXATO MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO DE AFTAS É AINDA DESCONHECIDO 20 TEORIAS DA ETIOPATOGÊNIA FATORES GENÉTICOS FATORES HORMONAIS DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS FATORES PSICO- SOMÁTICOS AGENTES MICROBIOLÓGICO FATORES IMUNOLÓGICOS FATORES TRAUMÁTICOS ! *CURA ESPONTÂNEA Corticosteróide tópico Anestésico tópico TRATAMENTODor, ardor, prurido, ligeiro edema, hipertermia local, sensação de aspereza, eritema 21 Conduta nutricional •Evitar: frutas cítricas, condimentos fortes, extremos de temperatura, excesso de sacarose (minimizar a excitação da mucosa oral) •Dieta com consistência conforme tolerância •Calorias ajustadas às necessidades do paciente •Adequada em proteínas e vitaminas 22 É ERRÔNEO ACREDITAR QUE TODO HÁLITO DESAGRADÁVEL SEJA ANORMAL OU INDICATIVO DE ALTERAÇÕES ORGÂNICAS. HALITOSE Odor desagradável que é exalado da cavidade oral de uma pessoa ou de suas vias aéreas. 50 a 60% população apresenta halitose crônica Estagnação restos alimentares; Destruição de tecidos (doença periodontal ou cárie dental); Odor de certos alimentos; A própria saliva Principais fatores produtores de odor na cavidade bucal 23 ! Teste organoléptico ! ! ! ! ! ! ! ! Halimetria ! ! ! ! ! ! ! PROBLEMAS GASTROINTESTINAIS OU OROLARINGEANOS ÁCIDOS GRAXOS DE BAIXO PESO MOLECULAR (AMÔNIA E COMPONENTES SULFÚRICOS VOLÁTEIS) BACTÉRIAS PRESENTES NO INTESTINO REABSORVIDAS PELO SANGUE ELIMINADAS ATRAVÉS DO PULMÃO DIAGNÓSTICO 24 ! Halitose da manhã, da fome, por saburra lingual, da desidratação, por alimento odor carregado, tabagismo, medicamentos, hipoglicemia, alterações intestinais, alterações hepáticas, alterações renais, alteraçõesestomacais, diabetes, má higiene bucal, entre outros. CAUSAS TRATAMENTO Halitose fisiológica Limpeza da língua, anti-séptico bucal Halitose patológica bucal Tratamento periodontal básico Halitose patológica extrabucal Tratamento médico 25 ALIMENTOS QUE PODEM PRODUZIR ODOR FORTE: alho, cebola, couve de bruxelas, couve- flor, alcachofra, queijos e alimentos muito gordurosos (frituras), azeitonas, ovos, algumas frutas como goiaba e mamão, alguns condimentos como cravo da índia, cominho e pimenta, maionese, salame, presunto, mortadela, sardinha e as bebidas alcoólicas. ! Higiene bucal, higiene língua, uso anti-séptico, evitar o fumo, ingerir bastante líquidos, evitar alimentos odores fortes, mascar chicletes. Medidas gerais 26 DISFAGIA A deglutição normal apresenta 4 fases: oral, preparatória, faríngea e esofágica Qualquer dificuldade na deglutição, resultante de interferência na precisão e sincronia dos músculos e estruturas associadasDISFAGIA 27 Classificação Disfagia orofaríngea Disfagia esofágica Dificuldade em iniciar o ato da deglutição Decorrente de anormalidades no mecanismo neuromuscular de controle do palato, faringe e EES Dificuldade na propulsão através do esôfago Decorrente de distúrbios que afetam o esôfago 28 Etiologia Disfagia orofaríngea Disfagia esofágica Doenças neuromusculares Problemas no SNC (AVE, Parkinson, Esclerose múltiplas) Disfunção EES Transtornos neuromusculares Alterações mecânicas (obstrução, divertículo) 29 A detecção do risco de disfagia é multiprofissional e pode ter como pilar a identificação de alguns componentes, como: ! •doença de base, antecedentes e comorbidades •sinais clínicos de aspiração (tosse, engasgo, dispnéia) •complicações pulmonares •funcionalidade da alimentação •perda de peso Identificação do risco de disfagia 30 Conduta nutricional na disfagia orofaríngea ✓Estabelecer a via de administração mais segura ✓ Adaptar a alimentação oral ao grau de disfagia ✓ Manter ou recuperar o estado nutricional Objetivos: 31 Avaliação do grau de disfagia é o primeiro passo para estabelecer o planejamento nutricional Escala de evolução do Functional Oral Intake Scale (FOIS) (DIAS, 2015) 32 (DIAS, 2015) 33 Escala de severidade de disfagia (SBGG, 2011) 34 Espessantes 35 (SBGG, 2011) 36 37 38 Conduta nutricional na disfagia esofágica ✓Adaptar a dieta ao grau de disfagia ✓ Promover a recuperação o estado nutricional Objetivos: 39 Recomendações nutricionais •Consistência da dieta depende do grau de disfagia (geralmente líquido) • Indicada TNE quando disfagia para líquidos • Se inflamação da mucosa, dieta para esofagite •Quando indicado, ofertar dieta hipercalórica e hiperproteica 40 ACALÁSIA / MEGAESÔFAGO “Não relaxamento” do EEI ! ❑ Déficit de relaxamento fisiológico do EEI durante deglutição ❑ Graus variados de hipertonia EEI ❑ Substituição total da peristalse normal do corpo esofagiano por contrações anormais Distúrbio motor primário caracterizado por: Ocorre com maior frequência em pacientes de 25 a 60 anos de idade 41 Acalásia Megaesôfago 42 IDIOPÁTICA ETIOLOGIA PRIMÁRIA SECUNDÁRIA DOENÇA DE CHAGAS SARCOIDOSE, AMILOIDOSE GASTROENTERITE EOSINOFÍLICA A invasão do plexo mioentérico pelo Trypanossoma cruzi causa disfunção e posterior necrose dos interneurônios responsáveis pelo relaxamento do EEI, ao mesmo tempo que lesiona neurônios importantes para a peristalse do corpo esofagiano Regurgitação, Broncoaspiração, Halitose, Perda de peso, Dor torácica 43 Degeneração de neurônios do plexo AuerbachCoordenação motora esôfago Disfunção EEI e do corpo do esôfago Obstrução da passagem do bolo alimentar Principal sintoma: disfagia de condução SUSPEITA ACALÁSIA: quando houver disfagia e perda de peso ao longo de meses ou anos, associadas à regurgitação e tosse crônica (especialmente noturna) 44 } Características: o Alteração da motilidade esofagiana o Diminuição gradativa do peristaltismo o Disfagia (dificuldade para engolir - engasgos) o Odinofagia (dor ao deglutir) o Dilatação do esôfago o Predisposição para desenvolver câncer ACALÁSIA OU DISSINERGIA ESOFÁGICA 45 SINTOMAS 46 o Regurgitação e posterior aspiração do conteúdo para os pulmões - pneumonia o Estase esofágica dos alimentos —> dor, desconforto, diminuição do consumo de novos alimentos o Disfagia e odinofagia ! PERDA DE PESO —> DESNUTRIÇÃO O megaesôfago é classificado em graus de acordo com a progressão da doença (GRAUS I, II, III, IV). Complicações clínicas 47 TRATAMENTO Não há método terapêutico que normalize a contratilidade do corpo esofagiano, e por isso, o tratamento é considerado ‘paliativo’ Nitritos e antagonistas de cálcio ↓pressão EEI Toxina botulínica do tipo A Inibe neurônios excitatórios parassimpáticos Dilatação pneumática Miotomia de Heller 48 o Consistência vai involuindo a medida que o grau da doença aumenta (Livre —> Líquida). o Hipercalórica o Hiperproteica o Normoglicídica o Normolipídica o Vitaminas– ajustar às necessidades do paciente o Minerais – ajustar às necessidades do paciente o Evitar caldos concentrados em purinas (caldo de carne) o Em casos de inflamação, evitar alimentos irritantes da mucosa como condimentos picantes, cítricos e extremos de temperatura. Conduta nutricional 49 Protrusão do estômago (ou parte deste) para uma região acima do diafragma HÉRNIA DE HIATO 50 51 Afecção crônica decorrente do refluxo de parte o conteúdo gástrico para o esôfago e/ou órgãos adjacentes (faringe, laringe, brônquios) ESOFAGITE / DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE) 52 Esofago de Barret 53 Conduta Nutricional o Calorias para manter ou atingir o peso ideal. o Consistência: fase aguda - liquida ou semilíquida com evolução até dieta consistência normal o Hipolipídica (< 20% VCT). Evitar preparações gordurosas o Normoglicídica o Fracionada em 6 a 8 refeições/dia em pequenos volumes o Oferecer líquidos em intervalos das refeições o Vitaminas– ajustar às necessidades do paciente o Minerais – ajustar às necessidades do paciente 54 o Evitar caldos concentrados em purinas (caldo de carne) - estimulam secreção ácida o Evitar extremos de temperatura o Excluir os alimentos que diminuem a pressão do EEI: café, chá mate, chá preto, bebidas alcoólicas, chocolate o Excluir alimentos que irritam a mucosa inflamada: sucos e frutas ácidas, tomate o Excluir alimentos de difícil digestibilidade e flatulentos Conduta Nutricional 55 Orientações Gerais o Não comer antes de dormir (2 a 3 horas); o Comer em posição ereta; o Manter horários regulares para alimentação o Não usar roupas e acessórios apertados o Manter a cabeceira da cama elevada o Promover perda de peso em casos de sobrepeso e obesidade. 56 AUMENTAM PRESSÃO EEI DIMINUEM PRESSÃO EEI OU ESTIMULAM SECREÇÃO HCl ▪ Alimentos ricos em proteínas ( Gastrina) ■ ↑ Pressão intra-abdominal - Excesso de peso, Gravidez, Refeição volumosa ■ Preparações e alimentos gordurosos ( CCK e secretina) ■ Infusos concentrados ■ Bebidas alcoólicas ■ Sucos e frutas ácidas, tomate, carminativos (hortelã ou menta) ■ Chocolate ■ Líquidos com a refeição ■ Caldos concentrados em purinas ■ Cigarros 57 ✓Deglutição de ar junto com os alimentos ✓ Alimentação em excesso ✓ Mastigaçãoinsuficiente ou inadequada ✓ Tensão e transtornos emocionais. A dispesia pode ocorrer associada ou não a uma doença específica DISPEPSIA Desconforto no trato gastrointestinal superior CAUSAS: 58 ! ✓ Sensação de plenitude gástrica/distensão abdominal; ✓ Náuseas e vômitos; ✓ Eructação e regurgitação ácida; ✓ Dores e/ou mal-estar na região do epigástrio; ✓ Disfagia. SINTOMAS: 59 ✓ Alimentar-se lentamente, mastigar bem os alimentos; ✓Evitar refeições volumosas (não comer e beber em excesso); ✓Evitar frituras, alimentos flatulentos, fermentáveis e de difícil digestibilidade, refrigerantes e bebidas alcoólicas; ✓Evitar excesso de gordura e açúcares concentrados; ✓ Não tomar líquidos nas refeições; ✓Consistência variável; ✓Verificar alimentos que pioram os sintomas. Conduta nutricional 60 Alimentos de difícil digestibilidade: Abacate, agrião, alho, alimentos gordurosos, batata doce, bebidas gasosas, cerveja, brócolis, cebola, couve, doces concentrados, embutidos, fava, ovo cozido, pimentão, rabanete, refrigerantes, repolho, vísceras, melão, melancia, nabo. 61 GASTRITE Inflamação da mucosa gástrica Lesão Tecidual → Erosão camada da mucosa 62 63 Abertura na mucosa do trato digestivo, que se estende através da muscular da mucosa à submucosa. Aparecem principalmente no antro do estômago e duodeno Ulceração aguda ou crônica que se instala em uma porção do TGI acessível à secreção gástrica (estômago, duodeno e esôfago) ÚLCERA PÉPTICA 64 65 ✓Recuperar e proteger a mucosa GI ✓ Facilitar a digestão ✓ Aliviar a dor ✓ Promover um bom estado nutricional Conduta Nutricional Objetivos: VET Ajustado às necessidades do paciente Proteínas Normoproteica (10 – 15% do VET) Normoglicídica (50 - 60% do VET) - sem concentração de dissacarídeos – EVITAR FERMENTAÇÃOCarboidratos Normolipídica (25 – 30% do VET) Evitar concentração de gorduras nas refeições para evitar a saciedade precoce e retardo no esvaziamento gástrico Lipídios Conduta Nutricional 67 Vitaminas e minerais Ajustado às necessidades do paciente e às interações com fármacos Consistência Adaptada às condições da cavidade oral ▪ Gastrite e Úlcera agudas → Líquida total a pastosa ▪ Gastrite e Úlcera Crônicas → Pastosa a branda Líquidos Hidratação e funcionamento intestinal 68 Fracionamento 4 a 6 refeições por dia (Evitar longos períodos de jejum) Temperatura Normal, evitando muito quente ( Congestão da mucosa gástrica → ↑ Secreção ácida) Bebidas alcoólicas, Café (mesmo o descafeinado), chocolate, Refrigerantes, Pimenta vermelha e preta, Mostarda em grão, Caldos concentrados em purina, Fumo, carminativos Evitar 69 Alimentos quentes, bebidas alcoólicas, caldos e cafeína. Aumentam a secreção ácida. Pimenta e condimentos picantes Gorduras e carboidratos em excesso. CUIDADOS NUTRICIONAIS Fibras solúveis Causam irritação da mucosa Retardam o esvaziamento gástrico Tampão, Reduz [ ] ácidos biliares no estômago 70 CONDUTA DIETOTERÁPICA NA ÚLCERA PÉPTICA ✓Fase aguda (5 a 8 dias): dieta líquida a pastosa, em pequenos volumes, com fracionamento aumentado, normoprotéica, pobre em dissacarídeos e lipídeos. ✓ Fase de recuperação (de 10 a 15 dias): dieta branda a normal, hiperprotéica (1,2 a 1,5 g por Kg por dia), com volume e fracionamento normal. ✓ Fase pós-ulcerosa: ajustada às necessidades do paciente. ✓ Outras recomendações: pobre em purinas, em alimentos ricos em enxofre, flatulentos e fermentáveis. 71 • O pH dos alimentos antes de serem ingeridos apresentam pouca importância terapêutica, exceto nos casos de lesões na cavidade oral e esofágica. • Bons hábitos dietéticos e adequado estado nutricional ↓ risco de infecção pelo H.Pylori e apresentam um papel na cicatrização. • Avaliar a tolerância individual - evitar alimentos e bebidas que sabidamente causam desconforto gástrico. • Deve ser evitada a ingestão de leite puro CUIDADOS NUTRICIONAIS 72 NÃO É INDICADO PARA ALIVIAR DOR OU QUEIMAÇÃO RICO EM CÁLCIO E PROTEÍNAS → ↑ SECREÇÃO ÁCIDA REBOTE ÁCIDO INTENSIFICAÇÃO DA DOR ? LEITE ? 73 O Helicobacter pylori é o principal agente causal de gastrite crônica e a infecção desempenha um papel na patogênese da úlcera péptica e do carcinoma gástrico. INFECÇÃO POR Helicobacter pylori 74 75 ERRADICAÇÃO DO H.PYLORI ! •Esquema tríplice: amoxicilina + claritromicina + supressão ácida por 4 semanas → 80% de erradicação resistência microbiana e efeitos adversos (refluxo gastro-esofágico). •Tratamento alternativo: PROBIÓTICOS 76 MECANISMO DE AÇÃO DOS PROBIÓTICOS ! • CAPACIDADE DE ADESÃO A MUCOSA ! • PRODUÇÃO DE SUBSTÂNCIAS ANTIMICROBIANAS ! • ALTERAÇÃO DO pH INTESTINAL ! • ESTIMULAÇÃO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO 77 PROBIÓTICOS E INFECÇÃO POR H.PYLORI 1. Inibem a adesão do H.pylori às células epiteliais gástricas; ! 2. Reduzem a produção de citocinas; ! 3. Diminuem a atividade da enzima urease. ! URÉIA AMÔNIA 78 FREQUÊNCIA E DOSE DE INGESTÃO DO PROBIÓTICO Devem ser ingeridos diariamente RASIC & KURMANN, 1983; 80 ml de leite fermentado, uma ou duas vezes ao dia BATISTA & OLIVEIRA, 2002 Sachê de probiótico, uma ou duas vezes ao dia (106 - 109 UFC) 100 g de produto probiótico com 106 - 107 UFC/ ml ou g Dose de bactérias probióticas: LEITURA SUGERIDA Cuppari, L. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. 3ed. Barueri, SP:Manole, 2014. ! Silva, S.M.C., Mura, J.D.P. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. 2 ed. São Paulo: Roca, 2011. ! MAHAN, L.K.; ALIN, M.T. KRAUSE. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 13 ed. São Paulo: Rocco, 2013. ! Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). I Consenso Brasileiro de Nutrição e Disfagia em Idosos Hospitalizados/ [coordenadora Myrian Najas]. — Barueri, SP : Minha Editora, 2011.
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