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Conduta nutricional TGI superior

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Prévia do material em texto

Prof.	Rebecca	Peixoto
CONDUTA	NUTRICIONAL	NAS	
DOENÇAS	DA	CAVIDADE	ORAL,		
ESÔFAGO	E	ESTÔMAGO
PLANO	DE	AULA
Aula Conteúdo Objetivos
Aula	03 • Conduta	nutricional	nas	
enfermidades	da	cavidade	
oral,	esôfago	e	estômago
• Descrever	a	conduta	nutricional	
das	enfermidades	da	cavidade	
oral,	do	esôfago		e	estômago	
3
CÁRIE	DENTÁRIA				
Lesão	do	esmalte	dentário	provocada	
pelo	desequilíbrio	de	fatores	
considerados	fisiológicos,	
pertencentes	à	biodiversidade	do	ser	
humano	e	da	cavidade	bucal.
Saliva		
Microrganismos 
Dieta
4
Alimentos	cariogênicos
} Alimentos	ricos	em	
carboidratos	simples	
(sacarose,	glicose,	lactose)	
} São	fermentados	pelas	
bactérias	–	produção	de	ácidos	
(pH	<5,5)	
} Caramelos	são	muito	
agressivos	em	função	de	sua	
aderência	na	boca.
5
!
Exemplo:	
}As	proteínas	(peixe,	frango,	carne,	ovo)	
}As	gorduras	–	formam	uma	película	oleosa	no	dente	
}Líquidos	(água)	–	mecanismo	de	limpeza	
}Fibras	(celulose)	–	limpeza	e	favorecem	a	irrigação	
}Dieta	líquida	–	menor	tempo	de	permanência	na	boca
Não	contribuem	para	a	cárie,	pois	não	são	
metabolizados	pelos	microrganismos	presentes	na	
superfície	do	dente	e	não	alteram	o	pH	do	meio.
Alimentos	cariostáticos
6
!
}Goma	de	mascar	(sem	açúcar)	
}Queijo	[Academy	of	General	Dentistry]
Estimulam	a	produção	de	saliva	
Reduzem	a	placa	bacteriana	
Aceleram	o	tempo	de	limpeza	do	alimento	na	superfície	do	dente
“Alimentos"	anticariogênicos
7
GRUPO	DE	ALIMENTOS ALIMENTOS	MAIS	CARIOGÊNICOS
Laticínios
Chocolate	(tipo	nescau),	"milk-shake",	iogurte	de	frutas,	
chá/café/leite	com	açúcar.
Frutas	e	Verduras Conservas	de	frutas,	geleias,	frutas	secas,	maçã	do	amor,	
frutas	caramelizadas.
Carnes Carnes	com	temperos	adocicados,	com	cremes,	molhos,	etc.
Cereais Bolos,	tortas,	pão	doce,	bolachas
Doces	
Doces	em	geral,	balas,	confeitos,	sorvetes,	chicletes,	
chocolates
Bebidas Refrigerantes	em	geral,	sucos	artificiais.
Lanches
	Pizza,	cachorro	quente,	hambúrguer,	todos	com	‘catchup'	e	
ingredientes	ou	molhos	doces,	pipoca	doce.
8
Ingestão	SISTEMÁTICA	E	FREQUENTE	DE	ALIMENTOS	CARIOGÊNIOS	
produz	um	desequilíbrio	crescente	da	desmineralização-remineralização,	
levando	à	formação	cárie.	
9
CARBOIDRATOS	FERMENTÁVEIS
CARIOGÊNICOS
SUBSTRATO	PARA	MO	
(Streptococcus	mutans,	Streptococcus	
sobrinus	e	Lactobacillus)
SÍNTESE	POLISSACARÍDEOS	
EXTRACELULARES
PRODUÇÃO	ÁCIDOS	
ORGÂNICOS
DESMINERALIZAÇÃO	
ESMALTE
DESENCADEAR	PROCESSO	
DE	CÁRIE
FORMAÇÃO	PLACA
10
DESMINERALIZAÇÃO
REMINERALIZAÇÃO
O	processo	de	
desmineralização	ocorre	
quando	o	pH	está	ácido,	
então	para	neutralizar	a	boca,	
íons	saem	do	dente	para	a	
saliva.	Da	mesma	forma	ocore	
a	remineralização,	mas	de	
forma	contrária
pH	<	5.5	–	ácido	
pH	>	5.5	-	básico
11
ESTÁGIOS	DA	CÁRIE
MO	podem	se	
disseminar	para	vários	
órgãos
Infecções	de	origem	
dentária	estão	entre	
as	principais	causas	de	
endocardite	
infecciosa
12
❑ Presença	de	uma	cavidade,	no	dente	
afetado,	 com	bordas	ásperas,	que	às	
vezes	podem	ser	sentidas	pela	 língua	
ou	detectadas	pelo	fio	dental.	
❑ Dores	 de	 dente ,	 in ic ia lmente	
causadas	 por	 alimentos	 ou	 bebidas	
frias,	quentes	ou	doces.	
❑ Halitose	
❑ Edema	da	gengiva	e	da	face.
SINTOMAS
13
PREVENÇÃO
Remoção	do	tecido	cariado	e	
obturação	da	cavidade	decorrente
TRATAMENTO
Flúor	
Caseína-fosfato	de	cálcio
Escovar	regulamente	os	dentes	e	usar	fio	dental	
Utilizar	água	fluoretada	
Reduzir	ingestão	alimentos	cariogênicos
14
Deve	visar	a	prevenção	da	formação	de	cáries:	
!
Calorias	–	de	acordo	com	as	necessidades	do	paciente	
Carboidratos	–	sem	concentração	de	sacarose	(cariogênica)	
Proteínas	–	são	cariostáticos	e	aceleram	a	regeneração	do	
tecido	lesado	
Lipídeos	–	função	cariostática	e	colaboram	na	lubrificação	da	
cavidade	bucal	
Minerais	–	ajustados	às	necessidades	do	paciente
Conduta	nutricional
15
Vitaminas	–	ajustadas	as	necessidades	do	paciente:	
					Vit.	A	–	reepitelização	e	ativação	da	ceratina	(dentina)	
						Vit.	D	-		absorção	de	cálcio	e	fósforo	–	importantes	na	síntese	
de	tecido	ósseo	e	dentina	
						Complexo	B	–	participa	do	metabolismo	dos	macronutrientes	
						Folato	–	formação	de	suprimento	sanguíneo	adequado	
						Vit.	C	–	formação	de	substâncias	intercelulares	e	colágeno	
Hiperhídrica	–	facilitar	a	limpeza	da	boca	e	hidratação	
Rica	em	fibras	
Temperatura	normal
EDUCAÇÃO	NUTRICIONAL
16
LESÕES	BRANCAS/	VERMELHAS	
LESÕES	VÉSICO-BOLHOSAS	
LESÕES	ULCERATIVAS	
LESÕES	DA	LÍNGUA
!
PROCESSO	INFLAMATÓRIO	QUE	
ACOMETE	CAVIDADE	ORAL	E	
OROFARINGE	
Infecções	
Doenças	auto-imunes	
Irritantes	químicos	ou	físicos	
Reações	alérgicas	
Deficiências	nutricionais
ESTOMATITE
Dor	difusa	ou	
localizada,	disfagia
17
!
Exame	físico	
Cultura	e	
identificação
Candida	albicans	(monilia)		é	um	fungo	
que	habita	normalmente	a	flora	oral
CANDIDÍASE
USO	A	LONGO	PRAZO	DE	ANTIBIÓTICO,	ALTAS	CONCENTRAÇÕES	DE	
GLICOSE,	COMPROMETIMENTO	DA	IMUNIDADE	CELULAR	E	ESTASE	
ESOFÁGICA
CONDIÇÕES	QUE	FAVORECEM	
MAIS	SEU	CRESCIMENTO	EM	
REALAÇÃO	ÀS	BACTÉTIAS
Pacientes	assintomáticos.	
Pode	ocorrer	odinofagia	
e,	mais	raramente,	
disfagia
!
Nistatina	oral	
Fluconazol	oral	
TRATAMENTODIAGNÓSTICO
18
•Dieta	líquida	ou	líquida-pastosa	
•Calorias	ajustadas	às	necessidades	
do	paciente	
•Adequada	em	proteínas	e	vitaminas	
•Evitar:	sucos	cítricos,	condimentos	
fortes,	extremos	de	temperatura,		
excesso	de	sacarose	(minimizar	a	
excitação	da	mucosa	oral)
Conduta	nutricional
19
ÚLCERAS	AFTÓIDES	RECORRENTES
Lesão	vesiculosa	da	mucosa	da	boca,	
que	ocorre	habitualmente	nas	
bochechas,	lábios	e	língua
Uma	predisposição	ao	aparecimento	de	aftas	em	locais	de	trauma	
(escovação	dentária,	tratamento	ortodôntico	e	injeções	anestésicas,	
por	exemplo)	tem	sido	relatada	em	certos	pacientes.
	O	EXATO	MECANISMO	DE	DESENVOLVIMENTO	
DE	AFTAS	É	AINDA	DESCONHECIDO
20
	TEORIAS	DA	ETIOPATOGÊNIA
	FATORES	
GENÉTICOS
	FATORES	
HORMONAIS
	DEFICIÊNCIAS	
NUTRICIONAIS
	FATORES	PSICO-
SOMÁTICOS
	AGENTES	
MICROBIOLÓGICO
	FATORES	
IMUNOLÓGICOS
	FATORES	
TRAUMÁTICOS
!
*CURA	ESPONTÂNEA	
Corticosteróide	tópico	
Anestésico	tópico	
TRATAMENTODor,	ardor,	
prurido,	ligeiro	edema,	
hipertermia	local,	
sensação	de	aspereza,	
eritema
21
Conduta	nutricional
•Evitar:	frutas	cítricas,	
condimentos	fortes,	extremos	
de	temperatura,	excesso	de	
sacarose	(minimizar	a	excitação	
da	mucosa	oral)
•Dieta	com	consistência	conforme	tolerância	
•Calorias	ajustadas	às	necessidades	do	paciente	
•Adequada	em	proteínas	e	vitaminas
22
É	ERRÔNEO	ACREDITAR	QUE	TODO	HÁLITO	DESAGRADÁVEL	
SEJA	ANORMAL	OU	INDICATIVO	DE	ALTERAÇÕES	ORGÂNICAS.
HALITOSE
Odor	desagradável	que	é	exalado	da	cavidade	
oral	de	uma	pessoa	ou	de	suas	vias	aéreas.
50	a	60%	população	apresenta	halitose	crônica
Estagnação	restos	alimentares;		
Destruição	de	tecidos	(doença	
periodontal	ou	cárie	dental);		
Odor	de	certos	alimentos;	
A	própria	saliva
Principais	fatores	
produtores	de	
odor	na	cavidade	
bucal
23
!
Teste	organoléptico	
!
!
!
!
!
!
!
!
Halimetria	
!
!
!
!
!
!
!
PROBLEMAS	
GASTROINTESTINAIS	OU	
OROLARINGEANOS	
ÁCIDOS	GRAXOS	DE	BAIXO	PESO	MOLECULAR	
(AMÔNIA	E	COMPONENTES	SULFÚRICOS	
VOLÁTEIS)
BACTÉRIAS	PRESENTES	
NO	INTESTINO	
REABSORVIDAS	
PELO	SANGUE
ELIMINADAS	
ATRAVÉS	DO	
PULMÃO
DIAGNÓSTICO
24
!
Halitose	da	manhã,	da	fome,	por	saburra	lingual,	
da	desidratação,	por	alimento	odor	carregado,	
tabagismo,	medicamentos,	hipoglicemia,	
alterações	intestinais,	alterações	hepáticas,	
alterações	renais,	alteraçõesestomacais,	
diabetes,	má	higiene	bucal,	entre	outros.
CAUSAS
TRATAMENTO
Halitose	fisiológica Limpeza	da	língua,	anti-séptico	bucal	
Halitose	patológica	bucal Tratamento	periodontal	básico
Halitose	patológica	extrabucal Tratamento	médico
25
ALIMENTOS	QUE	PODEM	PRODUZIR	ODOR	
FORTE:	alho,	cebola,	couve	de	bruxelas,	couve-
flor,	alcachofra,	queijos	e	alimentos	muito	
gordurosos	(frituras),	azeitonas,	ovos,	algumas	
frutas	como	goiaba	e	mamão,	alguns	
condimentos	como	cravo	da	índia,	cominho	e	
pimenta,	maionese,	salame,	presunto,	
mortadela,	sardinha	e	as	bebidas	alcoólicas.
!
Higiene	bucal,	higiene	língua,	uso	anti-séptico,	evitar	o	fumo,	
ingerir	bastante	líquidos,	evitar	alimentos	odores	fortes,	
mascar	chicletes.	
Medidas	gerais
26
DISFAGIA
A	deglutição	normal	
apresenta	4	fases:	oral,	
preparatória,	faríngea	e	
esofágica
Qualquer	dificuldade	na	
deglutição,	resultante	de	
interferência	na	precisão	e	
sincronia	dos	músculos	e	
estruturas	associadasDISFAGIA
27
Classificação
Disfagia	orofaríngea Disfagia	esofágica
Dificuldade	em	iniciar	o	
ato	da	deglutição
Decorrente	de	anormalidades	no	
mecanismo	neuromuscular	de	
controle	do	palato,	faringe	e	EES
Dificuldade	na	propulsão	
através	do	esôfago
Decorrente	de	distúrbios	que	
afetam	o	esôfago
28
Etiologia
Disfagia	orofaríngea Disfagia	esofágica
Doenças	neuromusculares	
Problemas	no	SNC	(AVE,	
Parkinson,	Esclerose	múltiplas)	
Disfunção	EES
Transtornos	neuromusculares	
Alterações	mecânicas	(obstrução,	
divertículo)
29
A	detecção	do	risco	de	disfagia	é	multiprofissional	e	pode	
ter	como	pilar	a	identificação	de	alguns	componentes,	
como:	!
•doença	de	base,	antecedentes	e	comorbidades	
•sinais	clínicos	de	aspiração	(tosse,	engasgo,	dispnéia)	
•complicações	pulmonares	
•funcionalidade	da	alimentação	
•perda	de	peso
Identificação	do	risco	de	disfagia
30
Conduta	nutricional	na	
disfagia	orofaríngea
✓Estabelecer	a	via	de	administração	mais	segura	
✓	Adaptar	a	alimentação	oral	ao	grau	de	disfagia	
✓	Manter	ou	recuperar	o	estado	nutricional
Objetivos:
31
Avaliação	do	grau	de	disfagia	é	o	primeiro	passo	para	
estabelecer	o	planejamento	nutricional
Escala	de	evolução	do	Functional	Oral	Intake	Scale	(FOIS)
(DIAS,	2015)
32
(DIAS,	2015)
33
Escala	de	severidade	de	disfagia
(SBGG,	2011)
34
Espessantes
35
(SBGG,	2011)
36
37
38
Conduta	nutricional	na	
disfagia	esofágica
✓Adaptar	a	dieta	ao	grau	de	disfagia	
✓	Promover	a	recuperação	o	estado	nutricional
Objetivos:
39
Recomendações	nutricionais
•Consistência	 da	 dieta	 depende	 do	 grau	 de	 disfagia	
(geralmente	líquido)	
•	Indicada	TNE	quando	disfagia	para	líquidos	
•	Se	inflamação	da	mucosa,	dieta	para	esofagite	
•Quando	indicado,	ofertar	dieta	hipercalórica	e	hiperproteica
40
ACALÁSIA	/	MEGAESÔFAGO
“Não	relaxamento”	do	EEI	
!
❑ Déficit	de	 relaxamento	 fisiológico	
do	EEI	durante	deglutição	
❑ Graus	variados	de	hipertonia	EEI	
❑ Substituição	 total	 da	 peristalse	
normal	 do	 corpo	 esofagiano	 por	
contrações	anormais
Distúrbio	motor	primário	
caracterizado	por:
Ocorre	com	maior	frequência	
em	pacientes	de	25	a	60	anos	
de	idade	
41
Acalásia
Megaesôfago
42
IDIOPÁTICA
ETIOLOGIA
PRIMÁRIA
SECUNDÁRIA DOENÇA	DE	CHAGAS	
SARCOIDOSE,	AMILOIDOSE	
GASTROENTERITE	
EOSINOFÍLICA
A	invasão	do	plexo	
mioentérico	pelo	
Trypanossoma	cruzi	causa	
disfunção	e	posterior	necrose	
dos	interneurônios	
responsáveis	pelo	
relaxamento	do	EEI,	ao	
mesmo	tempo	que	lesiona	
neurônios	importantes	para	a	
peristalse	do	corpo	
esofagiano
Regurgitação,	Broncoaspiração,	
Halitose,		Perda	de	peso,	Dor	torácica
43
Degeneração	de	neurônios	do	
plexo	AuerbachCoordenação	
motora	esôfago
Disfunção	EEI	e	do	corpo	do	
esôfago
Obstrução	da	passagem	do	bolo	
alimentar
Principal	sintoma:	disfagia	de	
condução
SUSPEITA	ACALÁSIA:	quando	houver	disfagia	e	
perda	de	peso	ao	longo	de	meses	ou	anos,	
associadas	à	regurgitação	e	tosse	crônica	
(especialmente	noturna)
44
} Características:	
o Alteração	da	motilidade	esofagiana	
o Diminuição	gradativa	do	peristaltismo	
o Disfagia	(dificuldade	para	engolir	-	engasgos)	
o Odinofagia	(dor	ao	deglutir)	
o Dilatação	do	esôfago	
o Predisposição	para	desenvolver	câncer
ACALÁSIA	OU	DISSINERGIA	ESOFÁGICA
45
SINTOMAS
46
o Regurgitação	e	posterior	aspiração	do	conteúdo	para	
os	pulmões	-	pneumonia	
o Estase	 esofágica	 dos	 alimentos	—>	 dor,	 desconforto,	
diminuição	do	consumo	de	novos	alimentos		
o Disfagia	e	odinofagia	
!
																	PERDA	DE	PESO			—>				DESNUTRIÇÃO
O	megaesôfago	é	classificado	em	graus	de	acordo	com	
a	progressão	da	doença	(GRAUS	I,	II,	III,	IV).
Complicações	clínicas	
47
TRATAMENTO
Não	há	método	terapêutico	que	normalize	a	contratilidade	do	corpo	
esofagiano,	e	por	isso,	o	tratamento	é	considerado	‘paliativo’
Nitritos	e	antagonistas		
de	cálcio
↓pressão	EEI
Toxina	botulínica		
do	tipo	A
Inibe	neurônios	excitatórios	
parassimpáticos
Dilatação	pneumática Miotomia	de	Heller
48
o Consistência	vai	involuindo	a	medida	que	o	grau	da	doença	
aumenta	(Livre		—>		Líquida).	
o 	Hipercalórica	
o 	Hiperproteica	
o 	Normoglicídica	
o 	Normolipídica	
o 	Vitaminas–	ajustar	às	necessidades	do	paciente	
o 	Minerais	–	ajustar	às	necessidades	do	paciente		
o 	Evitar	caldos	concentrados	em	purinas	(caldo	de	carne)	
o 	Em	casos	de	inflamação,	evitar	alimentos	irritantes	da	mucosa	
como	condimentos	picantes,	cítricos	e	extremos	de	temperatura.
Conduta	nutricional
49
Protrusão	do	estômago	(ou	parte	deste)	para	uma	
região	acima	do	diafragma
HÉRNIA	DE	HIATO
50
51
Afecção	crônica	decorrente	do	refluxo	de	parte	o	conteúdo	gástrico	
para	o	esôfago	e/ou	órgãos	adjacentes	(faringe,	laringe,	brônquios)
ESOFAGITE	/	DOENÇA	DO	REFLUXO	
GASTROESOFÁGICO	(DRGE)
52
Esofago	de	Barret
53
Conduta	Nutricional
o Calorias	para	manter	ou	atingir	o	peso	ideal.	
o Consistência:	fase	aguda	-	liquida	ou	semilíquida	com	evolução	
até	dieta	consistência	normal	
o 	Hipolipídica	(<	20%	VCT).	Evitar	preparações	gordurosas	
o 	Normoglicídica	
o 	Fracionada	em	6	a	8	refeições/dia	em	pequenos	volumes	
o 	Oferecer	líquidos	em	intervalos	das	refeições	
o 	Vitaminas–	ajustar	às	necessidades	do	paciente	
o 	Minerais	–	ajustar	às	necessidades	do	paciente	
54
o 	Evitar	caldos	concentrados	em	purinas	(caldo	de	carne)	
-	estimulam	secreção	ácida	
o 	Evitar	extremos	de	temperatura	
o Excluir	 os	 alimentos	 que	 diminuem	 a	 pressão	 do	 EEI:	
café,	chá	mate,	chá	preto,	bebidas	alcoólicas,	chocolate	
o Excluir	alimentos	que	irritam	a	mucosa	inflamada:	sucos	
e	frutas	ácidas,	tomate	
o 	Excluir	alimentos	de	difícil	digestibilidade	e	flatulentos
Conduta	Nutricional
55
Orientações	Gerais
o Não	comer	antes	de	dormir	(2	a	3	horas);	
o Comer	em	posição	ereta;	
o Manter	horários	regulares	para	alimentação	
o Não	usar	roupas	e	acessórios	apertados	
o Manter	a	cabeceira	da	cama	elevada	
o Promover	perda	de	peso	em	casos	de	sobrepeso	e	
obesidade.
56
AUMENTAM	
PRESSÃO	EEI
DIMINUEM	PRESSÃO	EEI	OU	
ESTIMULAM	SECREÇÃO	HCl	
▪ Alimentos	ricos	em	
proteínas	
(			Gastrina)
■ ↑	Pressão	intra-abdominal	-	Excesso	
de	peso,	Gravidez,	Refeição	volumosa		
■ Preparações	e	alimentos	gordurosos					
(				CCK	e	secretina)	
■ Infusos	concentrados	
■ Bebidas	alcoólicas	
■ Sucos	e	frutas	ácidas,	tomate,	
carminativos	(hortelã	ou	menta)	
■ Chocolate	
■ Líquidos	com	a	refeição	
■ Caldos	concentrados	em	purinas	
■ 	Cigarros
57
✓Deglutição	de	ar	junto	com	os	alimentos	
✓	Alimentação	em	excesso	
✓	Mastigaçãoinsuficiente	ou	inadequada	
✓	Tensão	e	transtornos	emocionais.
A	dispesia	pode	
ocorrer	associada	ou	
não	a	uma	doença	
específica	
DISPEPSIA
Desconforto	no	trato	
gastrointestinal	superior
CAUSAS:
58
!
✓	Sensação	de	plenitude	gástrica/distensão	abdominal;	
✓	Náuseas	e	vômitos;	
✓	Eructação	e	regurgitação	ácida;	
✓	Dores	e/ou	mal-estar	na	região	do	epigástrio;	
✓	Disfagia.		
SINTOMAS:
59
✓	Alimentar-se	lentamente,	mastigar	bem	os	alimentos;	
✓Evitar	refeições	volumosas	(não	comer	e	beber	em	excesso);	
✓Evitar	 frituras,	 alimentos	 flatulentos,	 fermentáveis	 e	 de	 difícil	
digestibilidade,	refrigerantes	e	bebidas	alcoólicas;	
✓Evitar	excesso	de	gordura	e	açúcares	concentrados;	
✓	Não	tomar	líquidos	nas	refeições;	
✓Consistência	variável;	
✓Verificar	alimentos	que	pioram	os	sintomas.	
Conduta	nutricional
60
Alimentos	de	difícil	digestibilidade:	
Abacate,	agrião,	alho,	alimentos	gordurosos,	batata	
doce,	bebidas	gasosas,	cerveja,	brócolis,	cebola,	couve,	
doces	concentrados,	embutidos,	fava,	ovo	cozido,	
pimentão,	rabanete,	refrigerantes,	repolho,	vísceras,	
melão,	melancia,	nabo.
61
GASTRITE
Inflamação	da	
mucosa	gástrica
Lesão	Tecidual	→	
Erosão	camada	da	
mucosa
62
63
Abertura	na	mucosa	do	trato	digestivo,	que	se	estende	
através	da	muscular	da	mucosa	à	submucosa.	Aparecem	
principalmente	no	antro	do	estômago	e	duodeno
Ulceração	aguda	ou	
crônica	que	se	instala	em	
uma	porção	do	TGI	
acessível	à	secreção	
gástrica	(estômago,	
duodeno	e	esôfago)
ÚLCERA	PÉPTICA
64
65
✓Recuperar	e	proteger	a	mucosa	GI	
✓	Facilitar	a	digestão	
✓	Aliviar	a	dor	
✓	Promover	um	bom	estado	nutricional
Conduta	Nutricional
Objetivos:
VET Ajustado	às	necessidades	do	paciente
Proteínas Normoproteica	(10	–	15%	do	VET)
	Normoglicídica	(50	-	60%	do	VET)	-	sem	concentração	
de	dissacarídeos	–	EVITAR	FERMENTAÇÃOCarboidratos
Normolipídica	(25	–	30%	do	VET)
Evitar	concentração	de	gorduras	nas	refeições	para	evitar	a	
saciedade	precoce	e	retardo	no	esvaziamento	gástrico
Lipídios
Conduta	Nutricional
67
Vitaminas	e	
minerais
Ajustado	às	necessidades	do	paciente	e	
às	interações	com	fármacos
Consistência Adaptada	às	condições	da	cavidade	oral
▪	Gastrite	e	Úlcera	agudas	→	Líquida	total	a	pastosa	
▪	Gastrite	e	Úlcera	Crônicas	→	Pastosa	a	branda
Líquidos Hidratação	e	funcionamento	intestinal
68
Fracionamento
4	a	6	refeições	por	dia		(Evitar	longos	
períodos	de	jejum)
Temperatura
Normal,	evitando	muito	quente	(	Congestão	
da	mucosa	gástrica	→	↑	Secreção	ácida)
Bebidas	alcoólicas,	Café	(mesmo	o	
descafeinado),	chocolate,	Refrigerantes,	
Pimenta	vermelha	e	preta,	Mostarda	em	
grão,	Caldos	concentrados	em	purina,	Fumo,	
carminativos
Evitar
69
Alimentos	quentes,	
bebidas	alcoólicas,		
caldos	e	cafeína.
Aumentam	a		
secreção	ácida.
Pimenta	e	
condimentos	picantes
Gorduras	e	
carboidratos	em	
excesso.
CUIDADOS	NUTRICIONAIS
Fibras	solúveis
Causam	irritação		
da	mucosa
Retardam	o	esvaziamento	
gástrico
Tampão,	Reduz	[	]	ácidos	
biliares	no	estômago
70
CONDUTA	DIETOTERÁPICA	NA	ÚLCERA	PÉPTICA
✓Fase	 aguda	 (5	 a	 8	 dias):	 dieta	 líquida	 a	 pastosa,	 em	
pequenos	 volumes,	 com	 fracionamento	 aumentado,	
normoprotéica,	pobre	em	dissacarídeos	e	lipídeos.		
✓	 Fase	 de	 recuperação	 (de	 10	 a	 15	 dias):	 dieta	 branda	 a	
normal,	 hiperprotéica	 (1,2	 a	 1,5	 g	 por	 Kg	 por	 dia),	 com	
volume	e	fracionamento	normal.	
✓	Fase	pós-ulcerosa:	ajustada	às	necessidades	do	paciente.	
✓	Outras	recomendações:	pobre	em	purinas,	em	alimentos	
ricos	em	enxofre,	flatulentos	e	fermentáveis.	
71
• 	O	pH	dos	alimentos	antes	de	serem	ingeridos	apresentam	
pouca	importância	terapêutica,	exceto	nos	casos	de	lesões	na	
cavidade	oral	e	esofágica.	
• 	Bons	hábitos	dietéticos	e	adequado	estado	nutricional	↓	risco	
de	infecção	pelo	H.Pylori	e	apresentam	um	papel	na	
cicatrização.	
• Avaliar	a	tolerância	individual		-	evitar	alimentos	e	bebidas	que	
sabidamente	causam	desconforto	gástrico.					
• 	Deve	ser	evitada	a	ingestão	de	leite	puro
CUIDADOS	NUTRICIONAIS
72
NÃO	É	INDICADO	
PARA	ALIVIAR	DOR	
OU	QUEIMAÇÃO
RICO	EM	CÁLCIO	E	PROTEÍNAS	→		↑	SECREÇÃO	ÁCIDA
REBOTE	
ÁCIDO
INTENSIFICAÇÃO	DA	DOR
?	LEITE	?
73
O	Helicobacter	pylori	é	o	
principal	agente	causal	de	
gastrite	crônica	e	a	
infecção	desempenha	um	
papel	na	patogênese	da	
úlcera	péptica	e	do	
carcinoma	gástrico.
INFECÇÃO	POR		
Helicobacter	pylori
74
75
ERRADICAÇÃO	DO	H.PYLORI
!
•Esquema	tríplice:	amoxicilina	+	claritromicina	
+	supressão	ácida	por	4	semanas	→	80%	de	
erradicação		resistência	microbiana	e	efeitos	
adversos	(refluxo	gastro-esofágico).	
•Tratamento	alternativo:	PROBIÓTICOS
76
MECANISMO	DE	AÇÃO	DOS	PROBIÓTICOS
!
• CAPACIDADE	DE	ADESÃO	A	MUCOSA	
!
• PRODUÇÃO	DE	SUBSTÂNCIAS	
ANTIMICROBIANAS	
!
• ALTERAÇÃO	DO	pH	INTESTINAL	
!
• ESTIMULAÇÃO	DO	SISTEMA	
IMUNOLÓGICO	
77
PROBIÓTICOS	E	INFECÇÃO	POR	H.PYLORI
1.	Inibem	a	adesão	do	H.pylori	às	
células	epiteliais	gástricas;	
!
2.	Reduzem	a	produção	de	
citocinas;	
!
3.	Diminuem	a	atividade	da	
enzima	urease.	
!
URÉIA																								AMÔNIA	
	
78
FREQUÊNCIA	E	DOSE	DE	INGESTÃO	DO	
PROBIÓTICO	
Devem	ser	ingeridos	diariamente
RASIC		&	KURMANN,	1983;	
80	ml	de	leite	fermentado,	uma	ou	duas	vezes	ao	dia
BATISTA	&	OLIVEIRA,	2002
Sachê	de	probiótico,	uma	ou	duas	vezes	ao	dia	(106		-	109		UFC)
							100	g	de	produto	probiótico	com	106		-	107		UFC/	ml	ou	g
Dose	de	bactérias	probióticas:
LEITURA	SUGERIDA
Cuppari,	 L.	 Guia	 de	 Nutrição:	 nutrição	 clínica	 no	 adulto.	 3ed.	
Barueri,	SP:Manole,	2014.	
!
	Silva,	S.M.C.,	Mura,	J.D.P.	Tratado	de	Alimentação,	Nutrição	e	
Dietoterapia.	2	ed.	São	Paulo:	Roca,	2011.	
!
MAHAN,	 L.K.;	 ALIN,	 M.T.	 KRAUSE.	 Alimentos,	 nutrição	 e	
dietoterapia.	13	ed.	São	Paulo:	Rocco,	2013.		
!
Sociedade	 Brasileira	 de	 Geriatria	 e	 Gerontologia	 (SBGG).	 I	
Consenso	 Brasileiro	 de	 Nutrição	 e	 Disfagia	 em	 Idosos	
Hospitalizados/	 [coordenadora	 Myrian	 Najas].	 —	 Barueri,	 SP	 :	
Minha	Editora,	2011.

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