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CONCEITOS METODOS OBJETOS FINALIDADES TIPOS DE DELINQUENTES DA CRIMINOLOGIA EM PDF

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1
NOÇÕES DE CRIMINOLOGIA
CONCEITO, MÉTODOS, OBJETOS E FINALIDADE DA CRIMINOLOGIA
Criminologia é uma ciência baseada em fatos, que se ocupa do crime, do criminoso, da vítima e do 
controle social dos delitos. 
Ao surgir, a criminologia explicava a origem da delinqüência, utilizando o método das ciências, o 
esquema causal e explicativo, ou seja, buscava a causa do efeito produzido. Nessa linha, encontra-
mos as teorias que se seguem:
Teorias Ecológicas ou da Desorganização Social - a ordem social, a estabilidade e a integração con-
tribuem para o controle social e a conformidade com as leis, enquanto a desordem e a má integração 
conduzem o indivíduo ao crime e à delinqüência.
Teorias da Subcultura Delinqüente – pressupõe a existência de uma subcultura da violência, fazendo 
com que alguns grupos passem a aceitar a violência como um modo comum de resolver os confl itos.
Teoria da Anomia - a motivação para a delinqüência decorreria da impossibilidade de o indivíduo 
atingir metas desejadas por ele.
Como afi rmava Rousseau, a criminologia deveria procurar a causa do delito na sociedade; já Lom-
broso encarava de forma diferente, dizia que para erradicar o delito, deveríamos encontrar a even-
tual causa no próprio delinqüente e não no meio. O estudo da Criminologia admite a soma de três 
fatores para a formação do homem criminoso, tais são: individuais, físicas e sociais. Um baseava-se 
na procura das causas da criminalidade em sua totalidade, na sociedade; já o outro, investigava o 
criminoso nato (o delinqüente com característicos traços morfológicos).
O objeto da Criminologia é o estudo do crime, do criminoso, da vítima e o controle social. 
O CRIME:
Incidência massiva na população;
Capacidade de causar dor e afl ição;
Persistência espaço–temporal;
Falta de consenso social sobre as causas e sobre técnicas efi cazes de intervenção;
Consciência social generalizada a respeito de sua negatividade.
O CRIMINOSO:
É um homem real do nosso tempo, que se submete às leis ou pode não cumpri-las por razões que 
nem sempre são compreendidas por outras pessoas, devido à sua conduta.
A vítima:
É entendida como um sujeito capaz de infl uir signifi cativamente no fato delituoso, em sua estrutura, 
dinâmica e prevenção;
Atitudes e propensão dos indivíduos para se converterem em vítimas dos delitos;
Variáveis que intervêm nos processos de vitimização – cor, raça, sexo, condição social;
Situação da vítima em face do autor do delito, bem como do sistema legal e de seus agentes.
Controle Social: 
É o conjunto de instituições, estratégias e sanções sociais que pretendem promover a obediência dos 
indivíduos aos modelos e regras comunitárias. Encontra-se dividido em: 
Controle social formal: polícia, judiciário, administração penitenciária, etc; Controle social infor-
mal: família, escola, igreja.
2
FINALIDADE: a criminologia transita pelas teorias que buscam analisar o crime, a criminalidade, 
o criminoso e a vítima. Passando pela sociologia, psicopatologia, psicologia, religião (nos casos de 
crimes satânicos), antropologia e política, a criminologia habita o todo da ação humana. Estuda o 
crime como fato biopsicossocial e o criminoso em sua integralidade, vida e histórico social, biológi-
co, psicológico, psiquiátrico, não fi cando adstrito ao terreno científi co.
Vitorino Prata, que reconhecendo a condição de ciência da Criminologia, salienta: “Embora o 
homem seja o mesmo em qualquer parte do mundo, os crimes têm características diferentes em cada 
continente, devido à cultura, à história própria de cada um. Há, pois, uma criminologia iugoslava, 
criminologia brasileira, chinesa, enfi m, uma criminologia própria de cada raça ou cada nacionali-
dade”.
HISTÓRIA NATURAL DO DELITO
A moral política não pode proporcionar à sociedade nenhuma vantagem durável, se não for estab-
elecida sobre direitos e obrigações sociais fundadas em leis.
Toda lei que não for estabelecida sobre essa base encontrará sempre uma resistência à qual será 
constrangida a ceder. 
A soma de porções de liberdade, sacrifi cadas assim ao bem geral, formou a soberania da nação; e 
aquele que foi encarregado pelas leis do depósito das liberdades e dos cuidados da administração 
foi proclamado o soberano do povo. Por conseguinte, só a necessidade constrange os homens a 
ceder uma parte de sua liberdade; daí resulta que cada um só consente em pôr no depósito comum a 
menor porção possível dela, isto é, exatamente o que era preciso para empenhar os outros em man-
tê-lo na posse do resto. 
O conjunto de todas essas pequenas porções de liberdade é o fundamento do direito de punir. Todo 
exercício do poder que se afastar dessa base é abuso e não justiça; é um poder de fato e não de di-
reito; é uma usurpação e não mais um poder legítimo.
Fatores condicionantes: biológicos, psicológicos e sociais. Classifi cação dos delinqüentes
A escola positivista dividiu-se logo em duas teorias distintas: a antropológica e a sociológica. En-
tende a escola antropológica que, assim como não se pode estudar a moléstia separadamente do 
doente, não se pode estudar o delito separadamente do delinqüente. 
Ao estudarmos o delinqüente, fez-se a conhecida classifi cação: 
Natos, 
delinqüentes por hábito, 
delinqüentes por paixão, 
delinqüentes de ocasião e 
delinqüentes alienados. 
Os delinqüentes natos distinguem-se por certos estigmas físicos, como a fronte fugidia, baixa, est-
reita e achatada; a grande proeminência das arcadas superciliares; o prognatismo simiano e o proge-
neismo; as orelhas afastadas, largas e por vezes desiguais; a assimetria craniana e facial; as grandes 
saliências zigomáticas, correspondentes a uma mandíbula larga e robusta, de mento quadrado; o 
nariz platirrínio, ou alto e adunco; os olhos distantes, escuros e cavos, oblíquos, fi xos e glaciais, 
quase marmóreos, ou extremamente móveis e interrogadores; a pálpebra tranzida e fustigada pelo 
nystagmus; as maçãs do rosto de uma cor uniformemente morena ou pálida; notável predomínio da 
face sobre o crânio; incisivos sobrepostos e caninos bestiais; os lábios fi rmes - vincados pelo rictus 
ameaçador das comissuras. Os delinqüentes natos ainda se fazem notar pela ausência hereditária do 
senso moral, imprevidência e insensibilidade. Nascem delinqüentes, e não é possível corrigi-los. 
Os delinqüentes por hábito adquirem, ainda jovens, o hábito do crime. Não têm os caracteres 
antropológicos dos criminosos natos, ou, pelo menos, não os manifestam de modo tão acentuado. 
3
Assim como os criminosos natos são vítimas da hereditariedade, os delinqüentes por hábito são víti-
mas do meio. A fraqueza moral de tais indivíduos, aliada às circunstâncias ambientais, transforma-
os em ladrões e vagabundos. O alcoolismo e a prostituição muito contribuem para a formação dessa 
classe de delinqüentes. 
Os criminosos natos e os por hábito têm no crime uma profi ssão. São os reincidentes, tão conheci-
dos da polícia e do júri. Os criminosos natos são os inadaptáveis hereditários; os delinqüentes por 
hábito são os inadaptáveis sociais. 
Os delinqüentes de ocasião não manifestam tendência natural para o crime; o que os caracteriza é 
a fraqueza do senso moral, o fato de não poderem resistir às infl uências externas. Ao mais ligeiro 
impulso, cedem à tentação. A miséria, as possibilidades de fugir à punição e a imitação facilmente 
os levam à prática do delito. 
Os delinqüentes por paixão constituem uma variedade dos delinqüentes de ocasião; agem sob o im-
pério de um arrebatamento súbito, de um assomo irrefl etido, da cólera, do amor, do ódio, do ciúme. 
Em geral, são dotados de um temperamento sanguíneo ou nervoso, e de extrema sensibilidade. 
Depois do crime, sentem o remorso. 
Os delinqüentes alienados formam uma classe composta de todos os doentes: os loucos por heredi-
tariedade, por degenerescência, por alcoolismo; os epilépticos, com todos os mastóides. 
Alguns criminalistas, reconhecendoque é destituída de base a classifi cação da escola antropológica, 
e ao mesmo tempo, distinguindo entre as idéias da escola algumas noções verdadeiras e algumas 
indicações úteis, propuseram uma classifi cação dos delinqüentes em delinqüentes primários ou de 
ocasião, delinqüentes profi ssionais ou de hábito, e delinqüentes anormais ou defeituosos.
A escola de sociologia criminal estuda a infl uência do meio social. Há o meio social normal, favorável 
à saúde moral, e o meio social moralmente insalubre, em que o crime tem um terreno propício.
O delito provém do fator individual, da idade, do caráter, do temperamento, das disposições pes-
soais, e do fator social, do meio. Tomando-se um meio social dado, descobre-se uma relação entre 
esse meio e sua criminalidade. O meio não é invariável: diversas condições físicas, morais e soci-
ais, combinadas com as tendências individuais, formam um nível de criminalidade, que se eleva ou se 
abaixa. O que se chama crime é, a princípio, um impulso instintivo, sem nenhuma idéia de culpabilidade. 
A escola sociológica encerra, como se vê, algumas indicações úteis, e baseadas em preciosas obser-
vações. O seu conceito do crime é que é inaceitável. Algumas das suas idéias já haviam sido pre-
conizadas e parcialmente aplicadas pela escola clássica.
TEMOS AINDA OUTRAS CLASSIFICAÇÕES, COMO POR EXEMPLO:
ASSASSINOS EM SÉRIE
Os assassinos em série são considerados uma difi culdade para a psiquiatria, já que não se encaixam 
em linha específi ca alguma, gerando dúvidas à psiquiatria e ocasionando um duelo entre promotoria 
e defesa sobre a dúvida de ser, o criminoso, louco, normal ou anormal. Partindo do ponto de vista 
criminológico, quando um assassino reincide em seus crimes com o mínimo de três ocasiões, e com 
um intervalo mínimo de tempo entre cada um, é conhecido como assassino em série. 
Assassinos Sádicos
Os assassinos sádicos possuem o impulso de exercer domínio absoluto sobre o outro, convertê-lo 
num objeto impotente de sua vontade, pois o maior objetivo é conseguir que a vítima sofra, já que 
não há maior poder sobre uma pessoa do que lhe fazendo sofrer. 
4
A vitimologia que decorre da Criminologia é a ciência que estuda amplamente a relação vítima/
criminoso no fenômeno da criminalidade.
Pode-se analisar, através do comportamento da vítima, a sua personalidade; o seu comportamento 
na formação do delito; o seu consentimento para a consumação do crime, ou nenhum comportamen-
to que possa ter contribuído para a ocorrência do crime; algum tipo de relação com o delinqüente e 
a possível reparação de danos sofridos.
PROGNÓSTICO CRIMINOLÓGICO
Prognóstico, lato sensu, vem a ser:
Conhecimento (efetivo ou a se confi rmar) antecipado ou prévio sobre algo; ou 
Conjetura sobre o desenvolvimento de um negócio qualquer, de uma situação, etc.; ou 
Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, acerca da duração, evolução 
e termo de uma doença; ou 
Predição, agouro, presságio, profecia, relativos a qualquer assunto. 
Prognóstico médico: é conhecimento ou juízo antecipado, prévio, feito pelo médico, baseado ne-
cessariamente no diagnóstico médico e nas possibilidades terapêuticas, segundo o estado da arte, 
acerca da duração, da evolução e do eventual termo de uma doença ou quadro clínico sob seu 
cuidado ou orientação. É a predição do médico de como a doença do paciente irá evoluir, e se há e 
quais são as chances de cura.
O prognóstico criminológico é feito a partir de um exame criminológico, a fi m de conhecer ante-
cipadamente o quadro do paciente para diagnosticar e avaliar a possibilidade de delinqüir.
PREVENÇÃO AO DELITO
A prevenção do delito classifi ca-se em:
Prevenção primária: Inefi cácia da prevenção penal – estigmatiza o infrator, acelera a sua carreira 
criminal e consolida o seu status de desviado;
Características:
Voltada para as origens do delito, visando neutralizá-lo antes que ocorra;
Resolução das situações carenciais criminógenas;
Opera a longo e médio prazo, e se dirige a todos os cidadãos;
Reclama prestações sociais e intervenção comunitária;
Limitações práticas: falta de vontade política e de conscientização da sociedade.
Prevenção secundária: Maior complexidade dos mecanismos dissuasórios – certeza e rapidez da 
aplicação da pena mais importante do que a gravidade desta.
Características:
Política legislativa penal, ação policial, políticas de segurança pública.
Atua na exteriorização do confl ito;
Opera a curto e médio prazo;
Dirige-se a setores específi cos da sociedade,
Prevenção terciária: Necessidade de intervenção de maior alcance - intervenções ambientais, melho-
ria das condições de vida, reinserção dos ex-reclusos.
Características:
Destinatário: população carcerária;
Caráter punitivo;
Objetivo: evitar a reincidência;
Intervenção tardia, parcial e insufi ciente.
VITIMOLOGIA

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