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CCJ0041-WL-D-AMMA-14-Apelação

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AULA Nº 14 – APELAÇÃO
PROCESSO PENAL II
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 14
Cabimento do recurso de apelação (hipóteses do artigo 
593, CPP e 82, Lei 9.099/95). Legitimidade. Prazo para 
interposição e apresentação das razões. Efeitos da 
interposição do recurso. Apelação limitada (tantum 
devolutum quantum appellatum). Prequestionamento 
(Súmula 282, STF). Apelação da decisão do Tribunal 
do Júri (a soberania dos veredictos; hipóteses de 
cabimento; Súmula 713, STF).
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 14
Caso concreto da semana 12
Em 11/1/2008, Celso foi preso em flagrante pela prática do 
crime previsto no artigo 213, CP. Regularmente processado, 
foi condenado a uma pena de 6 anos de reclusão, em regime 
inicialmente fechado. Somente a defesa recorreu da decisão 
e, logo após a interposição do recurso, Celso fugiu da prisão. 
Considerando essa situação hipotética, mencione:
a) qual foi o recurso interposto pela defesa (mencionar 
também dispositivo legal pertinente) e 
b) qual a possibilidade de conhecimento e julgamento do 
recurso interposto em face da fuga de Celso.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 14
APELAÇÃO
A apelação está prevista nos arts. 593 a 606 do CPP.
O art. 593, I, do CPP, refere-se às sentenças definitivas.
Cabe ressaltar que o art. 593, I, do CPP, contém uma regra 
geral: cabe apelação contra condenação ou absolvição 
proferida por juiz singular. Mas há exceção: no caso de 
absolvição sumária, o recurso a ser interposto é o recurso de 
apelação previsto no art. 416, do CPP.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 14
O art. 593, II, do CPP, trata das decisões definitivas e com 
força de definitivas.
A decisão definitiva também é chamada de terminativa de 
mérito. A decisão com força de definitiva também é chamada 
de interlocutória mista terminativa. O caso é da chamada 
apelação residual. É que a decisão a ser recorrida deve ser 
definitiva ou com força de definitiva mas contra ela não pode 
caber o recurso em sentido estrito previsto no art. 581 do 
CPP.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 14
Exemplo: a decisão que declara extinta a punibilidade é 
definitiva, mas contra ela cabe o recurso do art. 581, VIII, do 
CPP; logo, não cabe a apelação do art. 593, II, do CPP; por 
outro lado, a decisão que indefere a medida cautelar de 
seqüestro é definitiva, não havendo previsão de recurso no 
art. 581 do CPP; logo, cabe a apelação do art. 593, II, do 
CPP.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 14
Exercício suplementar da semana 12
Técio, submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri de 
Brasília, foi condenado, por incursão no artigo 121, § 2º, II, do 
Código Penal (homicídio qualificado por motivo fútil), à pena 
privativa de liberdade mínima, vale dizer, de 12 (doze) anos 
de reclusão. Com fundamento no artigo 593, III, "d", do 
Código de Processo Penal, interpôs recurso de apelação para 
uma das Turmas Criminais do Tribunal de Justiça do Distrito 
Federal, limitando-se a sustentar que a decisão dos jurados, 
no que concerne ao motivo fútil, foi manifestamente contrária 
à prova dos autos. A posição prevalente é a de que, 
reconhecendo que, efetivamente, a decisão dos jurados é 
manifestamente contrária à prova dos autos, que não ampara 
o motivo fútil, a Turma Criminal: 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 14
a) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, 
determinando a submissão de Técio a novo julgamento pelo 
Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que poderá 
Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do Júri por 
homicídio qualificado por motivo fútil, não se admitirá, pelo 
mesmo motivo, segunda apelação;
b) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, 
determinando a submissão de Técio a novo julgamento pelo 
Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que poderá 
Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do Júri por 
homicídio qualificado por motivo fútil, se admitirá, pelo mesmo 
motivo, segunda apelação; 
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c) deve dar provimento ao recurso para anular a sentença 
condenatória do juiz presidente do Tribunal do Júri, 
determinando que ele profira nova, excluído o motivo fútil;
d) deve dar provimento ao recurso, excluindo o motivo fútil, 
desde logo condenando Técio por incursão no artigo 121, 
caput, do Código Penal, homicídio, fixando a pena mínima 
privativa de liberdade de 6 (seis) anos de reclusão.
PROCESSO PENAL II
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O art. 593, III, a, do CPP, refere-se à nulidade posterior à 
pronúncia.
Quando a nulidade é relativa e ocorre após a pronúncia, o 
recurso a ser interposto é a apelação do art. 593, III, a, do 
CPP. Isso ocorre porque a nulidade relativa é passível de 
preclusão. Entretanto, se a nulidade for absoluta, pouco 
importa se ocorreu antes ou depois da pronúncia, já que não 
haverá preclusão. Em se tratando de nulidade absoluta, 
sempre se poderá interpor a apelação com base no art. 593, 
III, a, do CPP.
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Observação: 
Se a apelação for provida, os atos considerados nulos 
deverão ser repetidos, inclusive com a realização de novo 
julgamento pelo tribunal do júri.
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O art. 593, III, b, do CPP, refere-se à sentença do juiz-
presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados.
No primeiro caso, o juiz ignora flagrantemente a lei. No 
segundo caso, o juiz desrespeita a decisão dos jurados.
Observação: se a apelação for provida, o vício existirá apenas 
na própria sentença, sem macular todo o julgamento do 
tribunal do júri; por isso, o tribunal de justiça apenas adequará 
a sentença, fixando corretamente a pena, sem determinar a 
realização de novo julgamento pelo tribunal do júri, como 
determina o art. 593, § 1º, do CPP.
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O art. 593, III, c, do CPP, refere-se ao erro ou injustiça na 
fixação da pena ou da medida de segurança.
No primeiro caso, há um erro de cálculo. No segundo caso, 
não há qualquer vício matemático, mas critica-se o critério de 
fixação da pena, alegando-se que o juiz foi “mão pesada” ou 
“mão leve”. 
Observação: se a apelação for provida, o vício existirá apenas 
na própria sentença, sem macular todo o julgamento do 
tribunal do júri; por isso, o tribunal de justiça apenas adequará 
a sentença, fixando corretamente a pena, sem determinar a 
realização de novo julgamento pelo tribunal do júri, como 
determina o art. 593, § 2º, do CPP.
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O art. 593, III, d, do CPP, trata da decisão dos jurados que foi 
proferida de forma manifestamente contrária à prova dos 
autos.
A expressão “manifestamente” significa flagrantemente, 
absurdamente etc. contrária à prova dos autos. Trata-se da 
única hipótese em que se critica o mérito da decisão dos 
jurados. 
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Observação:
O art. 5º, XXXVIII, da CF, prevê a soberania dos veredictos e, 
mesmo assim, o CPP prevê um recurso desafiando tal 
soberania. Mas o recurso só será provido se a decisão dos 
jurados for absurda. Se houver duas teses razoáveis, ou seja, 
duas teses que encontram amparo na prova dos autos, a 
apelação não será provida porque os jurados apenas optaram 
por uma das teses.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 14
Se a apelação for provida, ou seja, se o tribunal de justiça 
reconhecer que a decisão dos jurados foi absurda, ele apenas 
determinará a realização de novo julgamento pelo tribunal do 
júri, com a participação de outros sete jurados, como 
determina o art. 593, § 3º, do CPP.
O próprio art. 593, § 3º, do CPP, registra que o recurso com 
fundamento no art. 593, III, d, do CPP, só pode ser interposto 
uma única vez. Cabe lembrar que isso não significa que cada 
parte possa usar o art. 593, III, d, do CPP, uma vez. Tal 
dispositivo só pode ser usado uma única vez, consideradas 
ambas as partes, ou seja, asua utilização pela defesa impede 
que a acusação o utilize e vice-versa.
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Procedimento do recurso de apelação
(a) o juiz profere a sentença.
(b) no prazo de cinco dias, a parte ajuíza apenas a petição de 
interposição, manifestando o seu inconformismo com a 
sentença (art. 593 do CPP).
(c) o juiz faz o juízo de admissibilidade do recurso; se o 
recurso for recebido, devem ser observadas as fases abaixo; 
se o recurso não for recebido, é possível a interposição do 
recurso em sentido estrito (art. 581, XV, do CPP), apenas 
para discutir a admissibilidade do recurso de apelação.
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(d) após receber o recurso, o juiz intima a parte recorrente, 
para que apresente suas razões recursais.
(e) no prazo de oito dias, a parte recorrente deve apresentar 
suas razões recursais (art. 600 do CPP).
(f) no prazo de oito dias, a parte recorrida deve apresentar as 
suas contrarrazões recursais (art. 600 do CPP).
(g) em seguida, o juiz necessariamente envia os autos ao 
tribunal de justiça, para julgamento do recurso, sem ter a 
possibilidade de exercer o juízo de retratação
PROCESSO PENAL II
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Observação:
o art. 598 do CPP prevê a chamada apelação subsidiária, a 
qual só pode ser interposta pelo assistente de acusação, se o 
Ministério Público não apelar.
A vítima ou seus sucessores previstos no art. 31 do CPP, nos 
casos de ação penal de iniciativa pública pode se habilitar 
com assistente de acusação (arts. 268 a 274 do CPP). Ao 
final, sendo proferida a sentença, se o MP recorrer, a vítima 
poderá apresentar razões recursais no recurso do MP, nos 
termos do art. 600, § 1º, do CPP. Mas, se o MP não recorrer, 
ela poderá interpor a apelação subsidiária com base no art. 
598 do CPP.
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Cabe lembrar que o art. 593 do CPP prevê o prazo de cinco 
dias para a interposição da apelação. Entretanto, o art. 598, 
parágrafo único, do CPP, refere-se ao prazo de quinze dias. 
Para o entendimento minoritário, sempre que o assistente de 
acusação apelar, há de ser aplicado o prazo de quinze dias. 
Mas o entendimento majoritário entende que o prazo maior, 
ou seja, de quinze dias, só tem aplicação quando a 
habilitação do assistente de acusação ocorrer após a 
prolação da sentença, a fim de permitir que o assistente 
conheça os autos adequadamente para embasar o seu 
recurso.

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