Buscar

CCJ0041-WL-D-AMMA-11-Procedimento do Tribunal do Júri-2ª Fase

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA Nº 11 – PROCEDIMENTO DO TRIBUNAL DO JÚRI – 2ª 
FASE
PROCESSO PENAL II
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
Absolvição Sumária, desclassificação;
Segunda fase da preparação para o julgamento em 
plenário – apresentação do rol de testemunhas, atos 
processuais formadores da instrução em plenário, 
debates, questionário e votação. Desaforamento. 
Formação da lista dos jurados, impedimentos e 
recusas dos jurados.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
Procedimento do Tribunal do Júri – 2ª fase
Caso concreto da semana 08
Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista 
extremamente qualificado, guiava seu automóvel tendo 
Madalena, sua namorada, no banco do carona. Durante o 
trajeto, o casal começa a discutir asperamente, o que faz com 
que Caio empreenda altíssima velocidade ao automóvel. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
Muito assustada, Madalena pede insistentemente para Caio 
reduzir a marcha do veículo, pois àquela velocidade não seria 
possível controlar o automóvel. Caio, entretanto, respondeu 
aos pedidos dizendo ser perito em direção e refutando 
qualquer possibilidade de perder o controle do carro. Todavia, 
o automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade 
empreendida, acaba se desgovernando, vindo a atropelar três 
pessoas que estavam na calçada, vitimando-as fatalmente. 
Realizada perícia de local, que constatou o excesso de 
velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram à 
autoridade policial o diálogo travado entre o casal, Caio foi 
denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de 
homicídio na modalidade de dolo eventual, três vezes em 
concurso formal.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
Realizada Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a 
prova, o Ministério Público pugnou pela pronúncia de Caio, 
nos exatos termos da inicial.
Na qualidade de advogado de Caio, chamado aos debater 
orais, responda aos itens a seguir, empregando os 
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal 
pertinente ao caso: 
a) Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor 
de seu constituinte? 
b) Qual pedido deveria ser realizado? 
c) Caso Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser 
interposto e a quem a peça de interposição deveria ser 
dirigida?
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
Exercício Suplementar da semana 08
Assinale a alternativa CORRETA à luz da doutrina referente 
ao Tribunal do Júri.
a) São princípios que informa o Tribunal do Júri: a plenitude 
de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e 
a competência exclusiva para julgamento dos crimes dolosos 
contra a vida;
b) A natureza jurídica da pronúncia (em que o magistrado se 
convence da existência material do fato criminoso e de 
indícios suficientes de autoria) é de decisão interlocutória 
mista não terminativa;
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
c) O rito das ações de competência do Tribunal do Júri se 
desenvolve em duas fases: judicium causae e judicium
accusacionis. O judicium accusacionis se inicia com a 
intimação das partes para indicação das provas que 
pretendem produzir e tem fim com o trânsito em julgado da 
decisão do Tribunal do Júri;
d) Alcançada a etapa decisória do sumário da culpa, o juiz 
poderá exarar quatro espécies de decisão, a saber: 
pronúncia, impronúncia, absolvição sumária e condenação.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
(f.6.3) absolvição sumária (art. 415)
O art. 415 do CPP prevê as causas de absolvição sumária.
Trata-se de verdadeira sentença absolutória, a qual 
excepciona a competência do tribunal do júri prevista no art. 
5º, XXXVIII, da CF, porque o crime doloso contra a vida é 
julgado pelo juiz-presidente, e não submetido ao conselho de 
sentença.
Isso ocorre nos seguintes casos:
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
(a) quando provada a inexistência do fato: é necessário que 
haja prova cabal da inexistência do fato porque, havendo 
dúvida, a matéria deve ser submetida ao conselho de 
sentença.
(b) quando provado que o acusado não foi o autor nem o 
partícipe do crime: também é necessário que haja prova cabal 
neste sentido; a hipótese é estranha porque o fato imputado 
ao réu restou comprovado, mas também ficou comprovado 
que o réu não tem envolvimento com o crime.
(c) quando o fato não constitui infração penal.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
(d) quando houver causa de exclusão da ilicitude ou da 
culpabilidade: também é imprescindível que a causa de 
exclusão esteja plenamente comprovada; se houver dúvida, 
cabe ao juiz pronunciar o réu e deixar o conselho de sentença 
julgar.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
Observação: o art. 415, parágrafo único, do CPP, dispõe que 
não haverá absolvição sumária se o réu for inimputável, salvo 
se a única tese de defesa for neste sentido; é que, havendo 
outra tese (por exemplo, negativa de autoria), o réu deverá 
ser pronunciado, a fim de que tenha chance de não ser 
submetido à medida de segurança.
Contra a absolvição sumária cabe a apelação, a teor do art. 
416 do CPP.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
(f.6.4) desclassificação (art. 419)
O art. 419 do CPP referes-se à hipótese em que o juiz 
reconhece a existência de crime distinto daqueles da 
competência do júri, ou seja, ele entende que não se trata de 
crime doloso contra a vida.
Segundo o art. 419 do CPP, cabe ao juiz encaminhar os autos 
ao juízo competente, se ele próprio não for o competente. E 
quando ele continuará competente mesmo após a 
desclassificação? Quando o CODJERJ determinar.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
Não custa lembrar que o juiz do tribunal do júri, na decisão 
desclassificatória, apenas deve afastar a sua competência, 
concluindo que não há indícios quanto ao crime doloso contra 
a vida. Mas não deve definir com relação a qual crime existe 
tais indícios. É que tal definição importaria em ato estranho à 
sua competência. 
Para o entendimento majoritário, a decisão que desclassifica 
a imputação tem natureza de decisão interlocutória simples, 
mas a minoria (Paulo Rangel) entende que se trata de 
decisão interlocutória mista não terminativa.
Contra a desclassificação, cabe o recurso do art. 581, II, do 
CPP.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
(g) preclusão da pronúncia (art. 421)
Não havendo interposição de recurso contra a decisão de 
pronúncia ou sendo negado provimento ao recurso interposto, 
seguem-se as seguintes fases
(h) manifestação do MP (art. 422)
O Ministério Público terá o prazo de cinco dias para 
manifestar-se, podendo indicar até cinco testemunhas 
(considerando cada réu e cada crime), juntar documentos e 
requerer a realização de diligências.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
(i) manifestação da defesa (art. 422)
A defesa terá o prazo de cinco dias para manifestar-se, 
podendo indicar até cinco testemunhas (considerando cada 
réu e cada crime), juntar documentos e requerer a realização 
de diligências.
(j) preparo do julgamento (art. 423)
Antes de designar a data para o julgamento, o juiz deverá 
apreciar os pedidos feitos pelas partes, sanando eventual 
nulidade existente e preparando o processo, a fim de que a 
causa seja levada a julgamento do conselho de sentença.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
(k) inclusão em pauta (art. 429)
Estando o processo pronto para ser incluído em pauta, pode 
ocorrer o incidente do desaforamento, de acordo com os 
arts. 427 e 428, CPP. Trata-se de incidente exclusivo e 
preambular da 2ª fase do procedimento. Trata-se de 
verdadeira derrogação de competência. No entanto, de 
acordo com Sérgio Demoro Hamilton, é inadmissível o 
desaforamento para outro estado. Uma vez realizado o 
desaforamento, não se pode falar em reaforamento, mas é 
possível um novo desaforamento, se presente uma de suas 
causas.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
Cabe ao juizorganizar a sua pauta de julgamentos. A 
designação dos dias de julgamento deve respeitar o art. 429 
do CPP, salvo quando um motivo relevante autorizar o 
desrespeito aos critérios previstos pelo legislador.
Estando o processo em ordem aplica-se o art. 431, ou seja, 
as partes serão intimadas para a sessão de instrução e 
julgamento.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
(l) formação do conselho de sentença (arts. 425, 433, 468 
e 469)
Caso concreto da semana 09
Antônio foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e 
condenado por 4X3. Após o julgamento, descobriu-se que 
integrou o Conselho de Sentença o jurado Marcelo, que havia 
participado do julgamento de Pedro, corréu no mesmo 
processo, condenado por crime de roubo conexo ao delito 
pelo qual Antônio foi condenado. Pergunta-se: Qual a defesa 
que poderá ser apresentada pelo Defensor de Antônio em 
eventual recurso interposto? Justifique a sua resposta.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
De início, é preciso esclarecer que, normalmente, cada 
tribunal do júri tem uma lista com até mil e quinhentas 
pessoas inscritas (art. 425 do CPP). Depois, dos mil e 
quinhentos jurados, são sorteados vinte e cinco, que 
participarão de um conjunto de julgamentos, geralmente, 
realizados no período de um mês (art. 433 do CPP). No dia 
da sessão plenária, com a presença de, pelo menos, quinze 
dos vinte e cinco jurados, serão sorteados os sete jurados 
que comporão o Conselho de Sentença (arts. 468 e 469 do 
CPP). 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
Aqui, há uma curiosidade: cada parte pode recusar até três 
jurados. São as recusas imotivadas ou peremptórias. As 
partes não precisam fundamentar a dispensa dos jurados. 
Elas simplesmente afirmam que não desejam que aquele 
jurado participe do julgamento. 
Formado o Conselho de Sentença, todos ficam de pé para 
que os jurados prestem o seu compromisso (art. 472 do 
CPP), iniciando propriamente o julgamento.
De acordo com o art. 472, par. Único, os jurados receberão 
uma cópia da pronúncia, de outros documentos relevantes e 
do relatório para que eles saibam o que ocorreu na primeira 
fase do processo. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
(m) oitiva da vítima (art. 473)
O art. 473 do CPP dispõe que o primeiro ato de instrução na 
sessão plenária deva ser a oitiva da vítima; a ordem das 
perguntas é a seguinte: juiz, acusação, defesa e jurados.
(n) oitivas das testemunhas de acusação (art. 473, caput)
Em seguida, devem ser ouvidas as testemunhas indicadas 
pela acusação; a ordem das perguntas é a seguinte: juiz, 
acusação, defesa e jurados.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
(o) oitivas das testemunhas de defesa (art. 473, par. 1º)
Depois, ouvem-se as testemunhas indicadas pela defesa; a 
ordem das perguntas é a seguinte: juiz, defesa, acusação e 
jurados.
(p) leitura de peças (art. 473, § 3º)
O art. 473, § 3º, do CPP, permite que as partes requeiram a 
leitura de peças, a qual deve se limitar às provas colhidas por 
carta precatória e às provas cautelares, antecipadas ou não 
repetíveis.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
(q) interrogatório (ar. 474)
Por fim, o réu interrogado, de acordo com os arts. 185 a 196 
do CPP.
(r) sustentação da acusação (art. 476)
Em regra, a acusação tem uma hora e meia para expor as 
suas teses aos jurados. Obviamente, a acusação pode pedir 
a absolvição do réu. Esta parte é toda oral, ou seja, não fica 
registro na ata de julgamento quando os argumentos usados 
pela acusação, mas apenas é feita uma indicação das teses 
sustentadas. Se houver mais de um réu, a acusação poderá 
usar duas horas e meia.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
Obs: Art. 478, CPP:
Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob 
pena de nulidade, fazer referências:
I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que 
julgaram admissível a acusação ou à determinação do uso de 
algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou 
prejudiquem o acusado; 
II – ao silêncio do acusado ou à ausência de 
interrogatório por falta de requerimento, em seu prejuízo.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
(s) sustentação da defesa (art. 476, § 3º)
Depois, a defesa tem, em regra, duas horas e meia para 
sustentar todas as suas teses. Também aqui o único registro 
que fica na pauta de julgamento é a indicação das teses 
sustentadas. Se houver mais de um réu, a defesa poderá 
usar duas horas e meia.
(t) réplica (art. 476, § 4º)
Em regra, a acusação tem uma hora para a réplica, quando 
são repassados os principais pontos da acusação e rebatidos 
os argumentos da defesa. Cabe ressaltar que a réplica é 
facultativa, ou seja, o promotor vai à réplica se quiser. Se 
houver mais de um réu, a acusação poderá usar duas horas.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
(u) tréplica (art. 476, § 4º)
A defesa, por sua vez, tem uma hora para a tréplica. Sendo a 
réplica facultativa, só se pode falar em tréplica quando há 
réplica. Se houver mais de um réu, a acusação poderá usar 
duas horas.
(v) sala secreta (art. 485 - 491)
Terminados os debates, o juiz, o promotor, o defensor, os 
oficiais de justiça e os sete jurados vão para a sala secreta. 
Cada jurado recebe uma cédula “sim” e uma cédula “não”. 
Não há conversa entre os jurados. O julgamento é sigiloso. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
O juiz formula os quesitos, de acordo com a lei (art. 483, 
CPP) e com as teses sustentadas pelas partes. Cada quesito 
corresponde a uma pergunta.
(w) sentença (art. 492)
Exercício Suplementar da semana 9
(Magistratura/RS/2009) Acerca de processo e julgamento dos 
crimes dolosos contra a vida, assinale a assertiva CORRETA:
A) Diante das respostas aos quesitos, os jurados condenaram 
o acusado por homicídio doloso qualificado. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
Ao proferir a sentença condenatória e fixar a pena, o 
magistrado não poderá reconhecer as agravantes que não 
foram objeto dos quesitos;
B) Poderá haver recusa ao serviço do Júri, fundada em 
convicção religiosa, filosófica ou política;
C) Os jurados poderão perguntar diretamente ao ofendido e 
às testemunhas, sem a intermediação do Juiz Presidente do 
Tribunal do Júri;
D) Em um processo onde o réu foi pronunciado por homicídio 
consumado e tráfico de entorpecentes, após terem os jurados 
afastado o dolo direto e o dolo eventual, na votação dos 
quesitos acerca do homicídio consumado, serão 
questionados sobre o delito conexo de tráfico de 
entorpecentes
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
E) Durante os debates, no plenário do Tribunal do Júri, aos 
jurados é vedado, mesmo por intermédio do juiz-presidente, 
pedir ao promotor de justiça que indique a folha do processo 
onde se encontra o depoimento da testemunha a que está 
fazendo referência em seu pedido de condenação.
Há um princípio básico no tribunal do júri: em regra, quem 
decide são os jurados; cabe ao juiz apenas presidir a sessão 
para que ela seja realizada na forma prevista em lei.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
2ª hipótese: os jurados condenam o réu. Neste caso, 
gostando ou não da decisão dos jurados, cabe ao juiz proferir 
a sentença condenatória. Como os jurados decidem 
secretamente, ou seja, sem fundamentar a decisão, não cabe 
ao juiz, na sentença, tentar justificar a decisão dos jurados. O 
juiz apenas fixará a pena, adotando os critérios que a lei 
prevê. Apenas a fixação da pena deve ser fundamentada.
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
3ª hipótese: os jurados desclassificam a acusação. Esta é a 
hipótese mais problemática para o juiz. Ao desclassificarem, 
os jurados afirmam que o réu não praticou crime doloso 
contra a vida, mas não descartam a hipótese dele ter 
praticado algum outro crime (ex. os jurados afirmam que o réu 
atirou na vítima sem vontade de matar; não se pode falar em 
tentativa de homicídio, mas, de toda forma,houve um fato a 
ser julgado). Como houve a desclassificação, o art. 492, § 1º, 
do CPP, determina que o juiz profira a sentença como se 
estivesse numa vara criminal, inclusive aplicando as medidas 
despenalizadoras previstas na Lei 9099. 
PROCESSO PENAL II
Aula Nº 11
Isso significa que o juiz suspenderá a sessão, irá para o seu 
gabinete e proferirá a sentença, a qual deverá ser 
completamente fundamentada. O juiz deve fundamentar 
eventual absolvição e, no caso de condenação, deve 
fundamentar a condenação e também a fixação da pena

Outros materiais