Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PRIMEIRA PROVA - F589 1. A uma dada temperatura T1 um corpo negro tem emissa˜o ma´xima no comprimento de onda λ1. Qual sera´ o valor do comprimento de onda de ma´xima emissa˜o se aumen- tarmos a temperatura do corpo ate´ T2, onde a taxa de emissa˜o de radiac¸a˜o em λ1 e´ o dobro daquela em T1 (i.e. RT2(λ1) = 2RT1(λ1)) ? Soluc¸a˜o: Pela lei de Wien, λmaxT = const e, portanto, λ2 = λ1T1/T2. A condic¸a˜o que determina T2 e´ 2pihc2 λ51 1 ehc/λ1KT2 − 1 = 2 2pihc2 λ51 1 ehc/λ1KT1 − 1 . Resolvendo para T2 obtemos T2 = hc/kλ1 ln (ehc/λ1 + 1)− ln 2 . e λ2 = kT1λ 2 1 hc [ln (ehc/λ1 + 1)− ln 2]. 1 2. (a) Descreva o efeito fotoele´trico e escreva a equac¸a˜o proposta por Einstein para a energia cine´tica dos ele´trons emitidos. Qual o significado do potencial de corte? (b) O potencial de corte para uma certa superf´ıcie vale 0.71V para luz com λ = 4910 o A. Quando a superf´ıcie e´ iluminada por luz de outro comprimento de onda encontra-se 1.43V para o potencial de corte. Qual o valor desse comprimento de onda? Soluc¸a˜o: O efeito fotoele´trico e´ a emissa˜o de ele´trons por metais induzida pela in- cideˆncia de luz. Einstein assumiu que a luz se comportava com part´ıculas, fo´tons, cuja energia hν so´ poderia ser absorvida em sua totalidade. Essa energia seria gasta para liberar o ele´tron do metal e o restante seria transferido na forma de energia cine´tica: hν = W +K. No experimento uma diferenc¸a de potencial e´ preparada entre o metal e o coletor de ele´trons. Revertendo o potencial ate´ frear o ele´tron mais ra´pido temos o potencial de corte, tal que eV0 = Kmax. O ele´tron mais ra´pido e´ o que gastou menos energia para se libertar, W0, a func¸a˜o trabalho caracter´ıstica de cada metal. Assim, hν = W0 + eV0. Escrevendo eV0 = hc/λ0 −W0 eV1 = hc/λ1 −W0 e subtraindo obtemos 1 λ1 = 1 λ0 + e(V1 − V0)/hc. Substituindo os valores nume´ricos obtemos λ1 ≈ 3800A˚. 2 3. (a) Calcule a mudanc¸a fracional na energia do fo´ton no efeito Compton, ∆E/E, em func¸a˜o do aˆngulo de espalhamento θ. (b) Fac¸a o gra´fico de ∆E/E versus θ e interprete a curva. Soluc¸a˜o: ∆E E = hν0 − hν1 hν0 = 1− ν1 ν0 = 1− λ0 λ1 = 1− λ0 λ0 + λc(1− cos θ) = 1− λ0 λ0 + 2λc sin 2 θ/2 . O gra´fico comec¸a em zero para θ = 0, onde na˜o ha´ mudanc¸a na direc¸a˜o do fo´ton, que praticamente na˜o e´ afetado pelo ele´tron. Para θ = pi temos uma colisa˜o frontal, onde o fo´ton e´ ’lanc¸ado para tra´s’ e a transfereˆncia de momento, e portanto de energia, e´ ma´xima. Note que a energia do fo´ton nunca e´ totalmente transferida para o ele´tron, pois o fo´ton na˜o pode parar: sua velocidade e´ sempre c e seu momento sempre e´ finito. 3 4. Um par e´ produzido de tal forma que o po´sitron fica em repouso e o ele´tron tem uma energia cine´tica K−, movendo-se na direc¸a˜o do fo´ton inicial que produziu o par. (a) Desprezando a energia transferida para o nu´cleo do a´tomo vizinho, encontre a energia do fo´ton incidente. (b) Que porcentagem do momento do fo´ton e´ transferido ao nu´cleo? Soluc¸a˜o: Usando conservac¸a˜o de energia temos E = hν = 2m0c 2 +K−. O momento do ele´tron criado e´ dado pela equac¸a˜o m0c 2 +K− = √ p2−c2 +m20c4 e resulta p− = √ 2m0K− +K2−/c2. Assim, a frac¸a˜o transferida ao nu´cleo e´ ∆p p = E/c− p− E/c = 1− √ 2m0K− +K2−/c2 m0c+K−/c . 4 Fo´rmulas Radiaˆncia Espectral RT (λ) = 2pihc2 λ5 1 ehc/λKT − 1 Constante de Stephan-Boltzmann: σ = 5.67 10−8 W/m2K4 1eV = 1.6× 10−19 J massa do ele´tron m = 9.1× 10−31 kg carga do ele´tron e = 1.6× 10−19 C constante de Planck h = 6.64× 10−34 Js Equac¸o˜es do efeito Compton: p0 = p1 cos θ + p cosφ p1 sin θ = p sinφ E0 +m0c 2 = E1 +K +m0c 2 λ1 = λ0 + h m0c (1− cos θ) 5
Compartilhar