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Introdução às Ciências Atmosféricas - Aula6

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Precipitação
Leonardo F. Peres
leonardo.peres@igeo.ufrj.br
METEOROLOGIA GERAL
1. Introdução
� Esta unidade coloca diferentes questões 
interessantes em relação a precipitação:
� Por que algumas nuvens produzem precipitação e outras não 
(em Eureka na Califórnia o céu fica coberto por nuvens 50% 
do tempo em Agosto, entretanto a precipitação neste mês é
muito baixa) ?
� Como as gotículas das nuvens crescem o suficiente para 
produzir precipitação (aparentemente a condensação 
sozinha não é suficiente para produzir chuva)?
� O que determina o tipo de precipitação?
� Por que algumas vezes chove num lado da rua e do outro 
não?
2. Crescimento de gotas de nuvem
� Relembrando os tamanhos dos núcleos de 
condensação e das gostas de nuvem e chuva:
� Gotas de chuva - 2000 µm = 2 mm.
� Cai a uma velocidade de 4-5 m/s.
� Gotas de nuvem - 20 µm = 0.02 mm.
� Permanece suspensa no ar.
� NC - 0.2 µm = 0.0002 mm.
� Permanece suspenso no ar
2. Crescimento de gotas de nuvem
� Para que uma gota de nuvem (20 µm) cresça 
até o tamanho de uma gota de chuva (2000 
µm),ela precisa crescer em tamanho por um 
fator de 100 (2 ordens de magnitude): 2000 
µm/20 µm = 100
� Isto ocorre em cerca de 30 minutos em uma 
tempestade!!!
� É como se uma pessoa de 70kg crescesse em 
tamanho até 7 toneladas em meia hora!!!
� Q: Como isto acontece?? 
2. Crescimento de gotas de nuvem
�Q: Como isto acontece?? Por 3 
processos:
� Condensação.
� Colisão/Coalescência.
� Processo de Cristais de Gelo.
�Vamos olhar para cada um deles 
individualmente.
3. Crescimento por Condensação
� Considere água pura em equilíbrio com a sua 
vizinhança:
� RH = 100%. 
� evaporação = condensação (neste caso não há mudança na 
quantidade de água líquida ou no tamanho da gota de 
nuvem). 
� Pressão de vapor (e) = pressão de saturação de vapor (es). 
� Se evaporação > condensação (quantidade de água 
líquida ou o tamanho da gota de nuvem diminuem).
� Se condensação > evaporação (quantidade de água 
líquida ou o tamanho da gota de nuvem aumentam).
3. Crescimento por Condensação
� Mas..., a superfície de uma gota não é plana como 
mostrado na figura acima. Ao invés, ela possui uma 
curvatura.
� Q: Como a curvatura afeta o processo de 
condensação/evaporação???
3. Crescimento por Condensação
� Considere uma superfície plana e 
curva de água, onde o ar 
adjacente a cada uma delas está
saturado.
� Mais energia é necessária para 
manter a curvatura da gota, ou 
equivale a dizer que as moléculas 
de água são menos fortemente 
ligadas à uma superfície curva de 
água.
� Portanto, as moléculas de água 
sobre a superfície de uma gota 
possuem mais energia.
3. Crescimento por Condensação
� Portanto, elas evaporam mais 
facilmente do que de uma 
superfície plana de água.
� Portanto: taxa de evaporação de 
uma superfície curva > taxa de 
evaporação de uma superfície 
plana.
� Como o ar acima de ambas as 
superfícies está saturado, então:
� Taxa de evaporação = taxa de 
condensação.
3. Crescimento por Condensação
� Portanto, a taxa de condensação sobre 
uma gota > taxa de condensação sobre 
uma superfície plana.
� Portanto, es_gota > es_plana.
� Portanto:
� Se o ar está saturado em relação a uma 
superfície plana (RH_plana = 100%), ele não 
está saturado em relação a uma gota curva 
de água pura e portanto, a gota evapora.
� Portanto, para manter as gotas em equilíbrio 
com o ar vizinho, este ar precisa estar 
supersaturado!!!! Isto é, a umidade relativa 
precisa ser > 100%. 
� Isto é chamado de efeito de curvatura.
3. Crescimento por Condensação
� Para que a gota esteja em equilíbrio (taxa de evaporação = taxa 
de condensação), o ambiente deve estar supersaturado.
� O efeito de curvatura é maior para gotas pequenas.
� Faz sentido pois gotas pequenas possuem mais curvatura que 
gotas grandes.
3. Crescimento por Condensação
� Q: O que acontecerá com uma gota de tamanho de 1.9 µm que 
está numa nuvem onde RH é 100.05%?
� Q: O que acontecerá com uma gota de tamanho de 1.9 µm que 
está numa nuvem onde RH é 100.15%?
� Q. A que umidade relativa as seguintes gotas de água pura irão 
crescer por condensação:
� a. 10 microns
� b. 4 microns
� c. 1 micron
3. Crescimento por Condensação
� Note que a discussão até aqui é válida para gotas de água pura.
� Na unidade anterior vimos que a condensação começa sobre partículas 
minúsculas chamadas de núcleo de condensação.
� Estes núcleos de condensação são higroscópicos (têm afinidade por 
vapor d’água).
� A condensação pode ocorre sobre estes núcleos com um valor de RH 
abaixo de 100%.
� Quando a condensação ocorre sobre partículas de sal higroscópicas, 
elas dissolvem formando uma solução.
� Os íons de sal numa solução se ligam intimamente com moléculas de 
água, de forma que é mais difícil que as moléculas de água evaporem.
� Esta condição reduz a pressão de vapor de saturação, um efeito 
conhecido como efeito soluto.
3. Crescimento por Condensação
� Portanto se a gota é composta de uma solução, ela 
pode estar em equilíbrio com o ambiente quando a 
umidade relativa do ar é muito menor que 100%.
� Isto explica a formação de névoa.
3. Crescimento por Condensação
� O processo de condensação vai fazer com que as 
gotas cresçam, mas....
� Se RH aumentar -> as gotas contendo sal vão aumentar.
� o aumento de RH é contrariado pelo crescimento da gotas 
que removem vapor d’água.
� Como os pequenos núcleos são mais afetados pelo efeito de 
curvatura, somente os núcleos grandes se transformam em 
gotas de nuvem.
� Sobre o continente onde há grandes concentrações de 
núcleos, existem várias gotas competindo pelo vapor d’água 
disponível. Sobre os oceanos onde a concentração é menor 
a gotas de nuvens são maiores.
3. Crescimento por Condensação
� O processo de condensação faz com que haja uma 
nuvem composta de gotas muito pequenas para cair 
como chuva. É preciso somente uma leve corrente de 
ar ascendente para manter as gostas suspensas.
� As gotas maiores que conseguem descer lentamente 
evaporam.
� É evidente que nem todas as nuvens podem produzir 
precipitação.
� O processo de condensação por si é muito lento para 
produzir chuva, levaria diversos dias para produzir uma 
gota de chuva.
3. Crescimento por Condensação
� Observações mostram que as nuvens podem se 
desenvolver e iniciar o processo de precipitação em 
menos de um hora.
� Se uma gota cresce até um certo tamanho por 
condensação, como ela pode continuar crescendo até
o o tamanho de uma gota de chuva???
4. Crescimento por Colisão/Coalescência
� Gotas de nuvem crescem por Colisão/Coalescência.
� Este é o processo dominante para a formação de 
precipitação em nuvens formadas por gotas d’água 
com o topo mais quente que 0°C.
� Para produzir as colisões necessárias à produção das 
gotas de chuva, algumas gotas de nuvens devem 
ser maiores do que as outras.
� Grandes gotas de nuvens devem ser formadas a partir 
de grandes núcleos de condensação, tais como 
partículas de sal.
� Algumas gotas de nuvem irão crescer o bastante e 
começaram a cair dentro da nuvem.
4. Crescimento por Colisão/Coalescência
� Numa nuvem quente composta 
somente de pequenas gotas de 
nuvem de tamanho uniforme, as 
gotas têm uma probabilidade 
menor de colidir porque todas 
elas caem muito vagarosamente 
a mesma velocidade. Para 
aquelas gotas que colidem, 
frequentemente não ocorre a 
coalescência (processo de 
captura de gotas de nuvens por 
colisão) por causa da forte 
tensão superficial que mantém 
junta cada gota minúscula.
4. Crescimento por Colisão/Coalescência
� Numa nuvem quente composta 
de gotas de diferentes tamanhos, 
as gotas maiores caem mais 
rápidasque as menores. Apesar 
de algumas gotas minúsculas 
serem arrastadas para longe, 
algumas são coletadas sobre a 
extremidade dianteira e outras 
são capturadas na parte traseira 
da gota maior
4. Crescimento por Colisão/Coalescência
� Como as gotas maiores caem mais rápido que as 
menores, elas vão coletar as gotas menores e portanto 
as gotas grandes vão crescer.
� Há a necessidade de gotas de diferentes tamanhos 
para que este processo realmente funcione.
� Nem sempre a colisão garante a coalescência.
4. Crescimento por Colisão/Coalescência
� A velocidade Terminal da gota
� Q: O que determina a velocidade de queda da gota em relação 
ao chão??? 
4. Crescimento por Colisão/Coalescência
� Tamanho da gota e a força da corrente ascendente
� Para uma gota crescendo dentro de um Cu com uma corrente 
ascende de 4 m/s:
� Se a velocidade terminal da gota é de -2 m/s, qual será a velocidade de 
queda?
� Se a velocidade terminal da gota é de -4 m/s, qual será a velocidade de 
queda?
� Se a velocidade terminal da gota é de -6 m/s, qual será a velocidade de 
queda?
4. Crescimento por Colisão/Coalescência
� A gota inicialmente se forma na corrente ascendente próximo à
base da nuvem.
� Ela cresce em tamanho pelas colisões.
� Como Vg = w + Vt,
� Vg = velocidade de queda da gota em relação ao chão 
� w = velocidade da corrente ascendente 
� Vt = velocidade terminal da gota
� A gota começa a cair quando Vt > w
4. Crescimento por Colisão/Coalescência
� Portanto, um fator que determina o 
crescimento da gota através do processo 
de colisão é o tempo que a gota 
permanece na nuvem.
� Uma nuvem espessa com forte movimento 
ascendente dentro dela, irá maximizar o 
tempo em que a gota permanece na 
nuvem e, portanto, até que ponto ela 
poderá crescer.
4. Crescimento por Colisão/Coalescência
� Nas regiões tropicais, onde as nuvens quentes 
cúmulos crescem até grandes altitudes, ocorrem 
fortes movimentos convectivos
4. Crescimento por Colisão/Coalescência
� O fator mais importante na produção de gotas 
de chuva é o conteúdo de água líquida na 
nuvem.
� Em uma nuvem com água suficiente, os outros 
fatores que promovem o crescimento por colisão 
e coalescência são:
� Diferentes tamanhos de gotas.
� A espessura da nuvem.
� Os movimentos verticais ascendentes na nuvem.
4. Crescimento por Colisão/Coalescência
�As nuvens estratiformes com 
movimentos verticais fracos são 
capazes, no máximo, de produzir 
chuvisco enquanto que nuvens 
cúmulos associadas a fortes 
movimentos ascendentes podem 
dar origem a chuvas intensas
4. Crescimento por Colisão/Coalescência
� Normalmente, as gotas irão evaporar de um 
stratus pouco espesso antes de chegar ao chão
� Ou se são grandes o bastante podem gerar um 
chuvisco/garoa
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Nossa discussão a respeito de crescimento de 
gotas por colisão e coalescência é válida para 
nuvens quentes:
� Nuvens quentes – topos mais quentes que 0°C.
� Composta inteiramente por água.
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� O processo de cristais de gelo – Bergeron descreve o 
crescimento de gotas em nuvens frias.
� Nuvens frias são definidas como aquelas com os topos mais 
frios que 0°C. Pode ser composta de:
� Água. 
� Água superesfriada – gotas líquidas observadas em temperaturas 
menores que 0°C.
� Gelo.
� Notem que gelo e água superesfriada são encontrados em 
altitudes onde:
� -40°C < T < 0°C.
� Somente gelo é encontrado em altitudes com T < -40°C.
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Por que há tão poucos cristais de gelo no meio da nuvem, 
mesmo com temperaturas bem abaixo do ponto de 
congelamento?
� Gotículas de nuvem não congelam a 0°C.
� Gota de água pura suspensa no ar não congela até atingir 
uma temperatura em torno de -40°C (congelamento 
homogêneo).
� A situação é análoga à formação de uma gotícula de água 
pura a partir da fase de vapor. Naquele caso era necessário 
haver supersaturação.
� Neste caso de congelamento deve haver baixa temperatura 
para que um embrião de gelo de tamanho suficiente seja 
formado. 
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Gotas de água grandes irão congelar à temperaturas mais 
quentes do que gotas pequenas.
� Gotas pequenas requerem temperaturas mais frias.
� Portanto, em altas altitudes na nuvem haverá mais gotas 
pequenas do que gotas grandes.
� O congelamento fica facilitado, podendo ocorrer em 
temperaturas mais altas, quando as gotículas 
superesfriadas se agruparem sobre a superfície de uma 
partícula sólida chamada núcleo de congelamento.
� A necessidade de núcleos de congelamento para iniciar o 
processo de congelamento é similar à necessidade de 
núcleos de condensação no processo de condensação.
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
�núcleos de congelamento:
�minerais argilosos.
� bactérias provenientes de plantas em 
decomposição.
� os próprios cristais de gelo.
� partículas com a mesma geometria dos 
cristais de gelo.
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Crescimento de cristais de gelo
� Deposição – certos núcleos de congelamento 
permitem que o vapor d’água se deposite como gelo 
diretamente sobre a sua superfície (vapor d’água 
muda diretamente em gelo sem passar pela fase 
líquida)
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Crescimento de cristais de gelo
� Congelamento por contato – ocorre quando uma gota 
superesfriada entra em contato com um núcleo de 
congelamento. Faz com que a gota superesfriada
congele
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Ao contrário dos núcleos de condensação, contudo, os 
núcleos de congelamento são menos abundantes na 
atmosfera.
� Como os núcleos que formam gotículas de água são muito 
mais abundantes que núcleos que formam cristais de gelo, 
nas nuvens com temperaturas entre 0°C e -40°C gotículas de 
água superesfriada são muito mais abundantes que cristais 
de gelo, ao menos inicialmente.
� De fato, um só cristal de gelo pode estar rodeado por 
centenas de milhares de gotículas de água superesfriada.
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Resumindo:
� Gotas de água podem congelar espontaneamente, mas somente a 
temperaturas muito baixas usualmente encontradas em altas 
altitudes.
� Núcleo de congelamento pode iniciar o crescimento de cristais de 
gelo, mas são pouco abundantes na natureza.
� Como os núcleos que formam gotículas de água são muito mais 
abundantes que núcleos que formam cristais de gelo, nós fomos 
deixados com uma nuvem que possui muito mais gotículas de água 
superesfriada do que cristais de gelo, mesmo a baixas temperaturas, 
ao menos inicialmente.
� Nem as pequeninas gotas líquidas nem as partículas sólidas 
são grandes o bastante para caírem como precipitação. 
Como o processo de cristais de gelo produz chuva e neve?
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Num ambiente saturado, as gotas de água e cristais de gelo estão 
em equilíbrio, a medida que o número de moléculas deixando a 
superfície de cada gota de água líquida e cristal de gelo é igual ao 
número das que retornam.
� Isto nos traz à segunda propriedade importante da água. A 
pressão de vapor de saturação sobre cristais de gelo é muito 
menor que sobre gotículas de água super-resfriada (veja tabela e 
figura). 
� O maior número 
de moléculas de 
vapor acima do 
líquido indica 
que a pressão de 
saturação de 
vapor sobre a 
água é maior do 
que sobre o gelo.
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
* Note que para temperaturas abaixo do congelamento são dados dois
valores, um sobre a água superesfriada e outro sobre o gelo.0,130,19-40-40
0,380,51-22-30
1,031,25-4-20
2,602,8614-10
6,116,11320
12,275010
23,376820
42,438630
73,7810440
123,4012250
SOBRE O GELOSOBRE A ÁGUA(°F)(°C)
PRESSÃO DE VAPOR DE 
SATURAÇÃO
(mb)
TEMPERATURA
VARIAÇÃO DA PRESSÃO DE VAPOR DE SATURAÇÃO COM A 
TEMPERATURA
* Note que para temperaturas abaixo do congelamento são dados dois
valores, um sobre a água superesfriada e outro sobre o gelo.
0,130,19-40-40
0,380,51-22-30
1,031,25-4-20
2,602,8614-10
6,116,11320
12,275010
23,376820
42,438630
73,7810440
123,4012250
SOBRE O GELOSOBRE A ÁGUA(°F)(°C)
PRESSÃO DE VAPOR DE 
SATURAÇÃO
(mb)
TEMPERATURA
VARIAÇÃO DA PRESSÃO DE VAPOR DE SATURAÇÃO COM A 
TEMPERATURA
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Esta situação ocorre porque cristais de gelo são sólidos, 
o que significa que moléculas de água individuais no 
gelo são mantidas juntas mais firmemente que aquelas 
formando uma gotícula líquida.
� Portanto, é mais fácil para as moléculas de água escapar 
de gotículas líquidas super-resfriadas.
� Por isso, as pressões de vapor de saturação são 
maiores sobre as gotículas líquidas super-resfriadas que 
sobre os cristais de gelo.
� Conseqüentemente, quando o ar está saturado 
(UR=100%) em relação às gotículas líquidas, ele está
supersaturado em relação aos cristais de gelo.
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
121100-20
115100-15
110100-10
105100-5
1001000
GELO (%)ÁGUA (%)
TEMPERATURA 
(°C)
UMIDADE RELATIVA EM RELAÇÃO Á:
UMIDADE RELATIVA EM RELAÇÃO AO GELO QUANDO A 
UMIDADE RELATIVA EM RELAÇÃO À ÁGUA É 100%
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� O processo de Bergeron depende da diferença entre a pressão de 
saturação do vapor sobre a água e sobre o gelo.
� Esta diferença faz com que o maior número de moléculas de vapor 
d’água em volta da gota líquida se mova (processo de difusão) em 
direção aos cristais de gelo.
� Se o ar está inicialmente saturado em relação à água líquida, ele 
está supersaturado em relação aos cristais de gelo, e a difusão 
removerá moléculas de vapor que estão sobre a gota líquida 
diminuindo a pressão de vapor sobre a gota.
� Como a gota está agora fora de equilíbrio com sua vizinhança (RH 
<100%), as gotículas se evaporam.
� Assim a evaporação contínua das gotículas fornece uma fonte de 
vapor para os cristais de gelo, os quais absorvem o vapor d’água e 
crescem rapidamente.
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Portanto, durante o processo cristal de gelo (Bergeron), os 
cristais de gelo crescem às custas das gotículas de água 
líquida vizinhas.
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Onde a diferença entre a pressão de saturação do vapor sobre a 
água e sobre o gelo é máxima?
� es_líquido – es_gelo é máxima em -15°C.
� Portanto, é próximo desta temperatura numa nuvem fria que os 
cristais de gelo irão crescer mais facilmente do que as gotículas 
líquidas.
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Considere uma nuvem onde 
es_líquido= 5 mb e es-gelo=2 mb
� A pressão de vapor na nuvem (e) = 
6 mb, irá a gota líquida e/ou o 
cristal de gelo crescer nesta 
nuvem?
� A pressão de vapor na nuvem (e) = 
4 mb, irá a gota líquida e/ou o 
cristal de gelo crescer nesta 
nuvem?
� A pressão de vapor na nuvem (e) = 
1 mb, irá a gota líquida e/ou o 
cristal de gelo crescer nesta 
nuvem?
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Como o nível de supersaturação em relação ao gelo pode ser 
grande, o crescimento de cristais de gelo é geralmente rápido o 
suficiente para gerar cristais suficientemente grandes para cair.
� Durante sua descida estes cristais de gelo aumentam à medida 
que interceptam gotículas superesfriadas de nuvem que congelam 
sobre eles. Este processo é chamado de acreção ou acumulação 
(accretion/riming).
� A matéria de gelo 
que se forma é
chamada de graupel
(grânulo de neve ou 
granizo mole)
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Partículas de gelo secundárias: os cristais de gelo 
podem colidir com outros cristais de gelo e fraturarem 
em pequenas partículas de gelo, as quais vão congelar 
centenas de gotas super-resfriadas em contato.
5. Processo de Cristais de Gelo - Bergeron
� Os cristais de gelo podem crescer também colidindo e 
aderindo uns aos outros, formando cristais maiores, que 
são os flocos de neve. Este é o processo de agregação. 
� Se os flocos de neve derretem antes de atingir o solo, 
eles continuam sua queda como chuva.
6. Semeadura de Nuvens – Modificação do Tempo
� Geralmente, nuvens frias não 
precipitam por 2 motivos:
� Nuvem não possui núcleos de 
congelamento
� Não há vapor d’água suficiente (e é muito 
baixo)
� A idéia da semeadura de nuvem:
� considere a nuvem à direita
� es_líquido = 5 mb
� es_gelo = 2 mb
� e_nuvem = 3 mb
� Gelo pode crescer, mas não há núcleos de 
congelamento suficiente.....,o que 
fazer????
� Adicionar mais núcleos de congelamento –
formar mais cristais de gelo que possam 
crescer até o tamanho de precipitação
6. Semeadura de Nuvens – Modificação do Tempo
� Adicionando núcleos de congelamento (comumente 
iodeto de prata ou gelo seco) a nuvens com água super-
resfriada pode-se mudar a evolução destas nuvens.
� Utilização de aviões ou foguetes (olimpíadas de 
Pequim).
6. Semeadura de Nuvens – Modificação do Tempo
� É possível que no caso da adição de muitos 
núcleos de congelamento:
� Resulte em muitas partículas pequenas de gelo 
competindo por vapor para crescer
� Caso não haja vapor suficiente, o resultado é uma 
nuvem cheia de partículas de gelo pequenas
� Não é possível crescer até o tamanho de precipitação 
– suprime a precipitação!!
� Por que não mais se dá ênfase nisso?
� Problemas com a legislação e com a avaliação 
estatística dos resultados.
6. Semeadura de Nuvens – Modificação do Tempo
� Semeadura Natural
7. Tipos de Precipitação
� Chuva
� Chuva – diâmetro da gota > 0.5 mm.
� Chuvisco/garoa – diâmetro da gota < 0.5 mm (produzido 
largamente por stratus).
� Virga – chuva deixando a base da nuvem e evaporando 
antes de chegar ao chão (geralmente visível como uma 
faixa/risco de evaporação da precipitação).
� Eventos de Chuva
� Temporais – localizado, eventos de chuva forte:
� Usualmente associado com Cb.
� Chamado as vezes de explosão da nuvem.
� Chuva contínua - nimbostratus....
� Chuva ácida – chuva que se mistura com gases poluentes 
(compostos de enxofre) e se torna ácida
7. Tipos de Precipitação
Virga
7. Tipos de Precipitação
� Neve
� Forma sólida de precipitação composta de cristais de gelo em 
formas complexas hexagonais formados por agregação.
� Muito da precipitação chegando ao chão na verdade inicia 
como neve.
� Eventos de Neve
� Fallstreaks – cristais de gelo e flocos de neve que caem de 
nuvens cirrus altas. Similar a Virga – caem no ar seco e 
desaparecem antes de chegarem ao chão. Mudança de gelo 
para vapor (sublimação).
� Flurries – neve suave que cai intermitentemente por períodos 
curtos – acumulação fraca.
� Squall – neve mais intensa, breve mas queda forte de neve.
� Blizzard – condições severas de tempo. Baixas temperaturas e 
ventos fortes resultando numa grande quantidade de neve por 
precipitação e vento.
7. Tipos de Precipitação
Fallstreaks
7. Tipos de Precipitação
7. Tipos de Precipitação
7. Tipos de Precipitação
�Granizo Mole (sleet) e Chuva 
Congelante:
�Granizo Mole (sleet) – grânulos de gelo 
transparentes com diâmetro de 5 mm ou 
menos.
�Chuva Congelante – chuva ou chuvisco 
super-resfriados que caem na forma líquida 
e depois congelam após atingirem algum 
objeto frio ou o chão.
7. Tipos de Precipitação
Chuva Congelante
7. Tipos de Precipitação
Perfilvertical de 
temperatura (linha em 
vermelho) associado 
com chuva.
7. Tipos de Precipitação
Perfil vertical de 
temperatura (linha em 
vermelho) associado 
com neve.
7. Tipos de Precipitação
Perfil vertical de 
temperatura (linha em 
vermelho) associado 
com granizo mole 
(sleet).
7. Tipos de Precipitação
Perfil vertical de 
temperatura (linha em 
vermelho) associado 
com chuva congelante.
•Em baixos níveis – chuva congelante.
•Em altos níveis – chuva.
•Tempestade de gelo de 98:
•LSC alta o bastante (el=1000), portanto 
estava na chuva.
•Burlington VT – baixa o bastante 
(el=300'), portanto estava na chuva 
congelante.
7. Tipos de Precipitação
� Formação de chuva/neve/granizo 
mole(sleet)/chuva congelante
7. Tipos de Precipitação
�Granizo
� O granizo é um caso extremo de crescimento de 
partículas de gelo por acreção.
� Consiste de uma série de camadas quase 
concêntricas.
� É produzido somente em cumulonimbus, onde as 
correntes ascendentes são fortes e há suprimento 
abundante de água super-resfriada.
� Granizo começa como pequenos embriões de gelo 
que crescem coletando gotículas super-resfriadas 
enquanto caem através das nuvens.
7. Tipos de Precipitação
�Granizo
� Se encontram uma forte corrente ascendente, eles 
podem ser levantados novamente e recomeçar a 
jornada para baixo. Cada viagem através da região de 
água superesfriada da nuvem pode representar uma 
camada adicional de gelo.
� Pedaços de gelo transparentes ou parcialmente 
opacos cujo tamanho pode variar de grãos de feijão 
até bolas de golfe.
� Uma tempestade de granizo pode destruir uma 
fazenda em poucos minutos. 
7. Tipos de Precipitação
�Granizo
� como o granizo se forma?
7. Tipos de Precipitação
�Granizo
8. Medindo a precipitação
� Pluviômetro e Pluviógrafo
8. Medindo a precipitação
�Radar
� Radio Detection and Ranging
� Fornece informações sobre a precipitação e 
sobre a tempestade.
�Os meteorologistas usam o radar para 
examinar o interior das nuvens da mesma 
maneira que os médicos usam o raio-X para 
examinar o corpo humano.
8. Medindo a precipitação
�Radar
� O radar é constituído de um transmissor que envia 
radiação microondas.
� Quando encontra um “alvo” parte das ondas é refletida 
de volta e estas são detectadas por um receptor.
� O sinal (“eco”) é amplificado e mostrado em uma tela.
� A diferença de tempo entre a transmissão e a recepção 
indica a distância do alvo.
� A intensidade do “eco” é diretamente relacionado com a 
quantidade (intensidade ) da precipitação.
8. Medindo a precipitação
�Radar
8. Medindo a precipitação
�Radar

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