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A reforma trabalhista foi proposta pelo governo Michel Temmer e sancionada em julho de 2017

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A reforma trabalhista foi proposta pelo governo Michel Temmer e sancionada em julho de 2017, passando a vigorar em novembro desse mesmo ano, com ela surge algumas alterações na consolidação das leis do trabalho (CLT), ao qual a seguir será feito um comparativo com algumas das principais mudanças.
Em se tratando do tempo à disposição do trabalhador segundo artigo 4º da CLT, considera-se como componente da jornada de trabalho o tempo que o trabalhador se coloca à disposição do empregador, independente se houver efetiva prestação de serviços, em suma, é o tempo gasto pelo trabalhador com troca de uniformes, colocação de EPis, lanche, higiene pessoal e ginástica laboral, ou seja, todo tempo que o empregado aplica em atividades preparatórias, devendo ser remunerado como hora extraordinária o período que ultrapassar em cinco minutos ou dez minutos a jornada diária, com a reforma trabalhista a CLT sofrerá alterações sobre as atividades que antes eram consideradas como preparatórias, passarão a não ser mais contadas como tempo à disposição do empregador, portanto estarão fora da jornada de trabalho.
Com relação as horas in intinere, segundo Mauricio Godinho, integra como hora laboral o tempo de deslocamento que o empregado gasta com ida e volta para o local de trabalho desde que o local de trabalho seja de difícil acesso ou que não possua transporte regular público, conforme elenca o parágrafo segundo do artigo 58 da CLT, nesse prisma são dois os requisitos que definem as horas intinerantes, em primeiro lugar que o trabalhador seja transportado por condução fornecida pelo empregador o segundo requisito conforme diz a súmula 90, I, TST bem como o artigo 58 parágrafo 2º, exige-se que o local de trabalho seja de difícil acesso ou ainda que não exista transporte regular para a devida locomoção. Contudo se o tempo do percurso utilizado mais as horas trabalhadas ultrapassarem a jornada de trabalho, esse excesso deverá ser pago como hora extraordinária. Todavia as chamadas horas in itinere não mais existirão com a reforma trabalhista, pois só contará como jornada de trabalho, o momento que o funcionário iniciar as suas atividades laborais.
Outra alteração significante com a reforma trabalhista, será no regime de tempo parcial de trabalho, que segundo a lei vigente se dá através do artigo 58-A e parágrafos, onde permite a redução da jornada semanal de trabalho para 25 horas, em contratos em vigor ou novos contratos, porém ficando proibido a realização de horas extras feitas pelo empregado, esse regime tem o intuito de evitar demissões dos empregados, reduzindo o tempo da jornada e da respectiva remuneração. Desse modo os empregados que prestam serviço em regime integral de 8 horas diárias e ou 44 horas semanais, e desejam prestar serviço em tempo parcial deverá juntamente com sindicato manifestar intenção por escrito à empresa. A modificação sofrida com a reforma trabalhista se dará em duas formas, na primeira será admitido a jornada semanal de 30 horas sem horas extras, a segunda a jornada semanal poderá ser de 26 horas com a liberação de até seis horas extras semanais, ademais as férias poderão ser concedidas congênere com trabalhadores que possui jornada semanal de 44 horas, com períodos que vão de 12 a 30 dias, podendo também um terço dessas férias ser convertida em abono pecuniário, o que não é permitido na atual legislação.
Referindo-se às horas extras ou horas extraordinárias que também é uma expressão utilizada pela cultura justrabalhista, na legislação vigente conforme previsto pelo artigo 61, diz que tal prorrogação se dá devido ao atendimento de necessidade imperiosa para realização de serviços inadiáveis, cujo não realização acarretará prejuízos ou ainda àqueles cuja realização seja para compensar paralisações empresariais por causas acidentais ou de força maior. Tais extrapolações são de caráter excepcional não podendo se tornar permanentes, salvo se for por acordo bilateral escrito de prorrogação ou instrumento coletivo e a sobrejornada por acordo compensatório, isso conforme o modelo celetista, entretanto a Constituição Federal ao normatizar o tema, dividiu em apenas dois tipos de sobrejornada, a primeira por acordo compensatório e a segunda a sobrejornada extraordinária, não mencionando por acordo bilateral ou coletivo, sendo assim, as horas suplementares que não sejam resultantes de um desses dois tipos supracitados, configurará irregularidade trabalhista, frisando que o pagamento das horas extras deve refletir nas demais parcelas salariais como décimo terceiro, férias mais 1/3, FGTS e aviso prévio. Já com a devida reforma muda a regra anterior do limite máximo de horas 8 horas trabalhadas pelo empregado, que agora passará pra doze horas em atividade, no entanto será obrigatório o retorno do trabalhador à empresa após um intervalo de trinta e seis horas, todavia a reforma não alterará a jornada mensal de 44 horas semanais nem a jornada mensal de 220 horas. Vale salientar que para aderir à tal mudança é necessário um acordo individual entre o empregado e o empregador, pois ao funcionário contratado para cumprir a jornada de oito horas diárias ou menos será proibido estender á doze horas.
Ao se tratar do banco de horas, atualmente poderá ser negociado pelo sindicato da categoria mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho, onde será feito um acordo de compensação de horas excedentes trabalhadas em um dia, devendo ser compensada em outro dia diminuindo na jornada diária como é previsto pelo artigo 59 parágrafo 2º, lembrando que o limite expresso pela CLT para efeito de banco de horas é de dez horas diárias dentro de um período de um ano, com a reforma o banco de horas poderá ser negociado entre patrão e empregado por escrito e poderá ser compensado em até seis meses ou ainda no mesmo mês, essa é a mudança que poderá ser feita a compensação em um menor tempo dispensando a intervenção do sindicato, devendo ser compensado pela empresa dentro desse tempo máximo de seis meses sob pena do empregador ter que remunerar como hora extraordinária, contudo continua mantido o banco de horas por um ano, desde que seja acordado através de convenção.
Como o próprio nome diz o regime de trabalho 12x36, é o regime onde o trabalhador exerce suas atividades por um período de 12 horas seguidas e tem o descanso por 36 horas subsequentes, sendo uma espécie de compensação, uma vez que o período de descanso até o retorno das atividades equivale mais que o dobro trabalhado, essa jornada deve está prevista em lei ou por convenção coletiva de trabalho devendo ser remunerado em dobro aos feriados como prevê a súmula 444, não sendo uma jornada adotada por vários ramos, é necessário que sua profissão tenha essa necessidade e que a jornada tenha sido negociada pelo respectivo sindicato. Com a reforma permitirá que essa jornada se estenda a todos os ramos, antes era comum onde é necessário plantão como na área de saúde, e agora será permitido em outras áreas independente das condições e ambiente, de convenção, e de autorização do Ministério do Trabalho.
A prorrogação da jornada de trabalho se dá conforme o artigo 59 da consolidação da leis de trabalho, que permite acréscimo na jornada de trabalho diária em duas horas mediante acordo escrito entre empregado e empregador, ou mediante acordo coletivo de trabalho, desse modo é necessário que preencha todos requisitos expressos também pelo artigo 61 parágrafo 1º, esse procedimento divide-se em duas etapas, a primeira é que se deve comunicar as horas extras ao Ministério do Trabalho e o motivo por ocorrência de força maior ou motivo inadiável dentro de 10 dias da realização do trabalho extraordinário, durante esse prazo poderá haver fiscalização para verificar a veracidade do evento, e o segundo para que a prorrogação seja contínua, deverá ser firmado por um acordo seja individual ou coletivo e duas vias, desde que as horas acumuladas não ultrapassem duas horas.

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