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FRACIONAMENTO DE FÉRIAS NA REFORMA TRABALHISTA Estudando os artigos que mudaram bem como os que não sofreram alterações, tem-se o seguinte: O artigo 134, §1º da CLT que trata da forma de concessão das férias assim dispõe: § 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. No que tange aos dias do parcelamento, não restam dúvidas. A lei é clara. Um dos pontos que merecem atenção é o fato de que a comprovação da iniciativa dofracionamento deve ocorrer especialmente por prova documental, ou seja, a empresa deverá se resguardar com documento que comprove que a intenção do fracionamento partiu do empregado. Caso haja opção pelo parcelamento das férias, o pagamento também será parcelado, proporcionalmente. No que tange ao abono pecuniário, disposto no artigo 143 da CLT, este não sofreu nenhuma alteração. Permaneceu incólume. Vejamos: Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. Portanto, conclui-se que o período o qual o empregado poderá "vender" ao empregador será sempre de 10 (dez) dias, para os casos de aquisição integral (30 dias). 1/3. A regra só mudará para os casos em que a aquisição não for integral, em razão de faltas, na proporção descrita no artigo 130, a seguir: Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; (10 dias) II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; (8 dias) III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; (6 dias) IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. (4 dias) Sendo assim, o funcionário (que tiver direito a 30 dias de férias) que optar em vender 1/3 dasférias e parcelar o restante, deverá fazê-lo, obrigatoriamente, de 2 formas: 14+6 ou 15+5. Esse posicionamento poderá mudar com o passar do tempo em razão do entendimento da doutrina e posicionamento dos Tribunais. No entanto, por ser a mudança recente, e não termos casos julgados ainda, faremos a interpretação fria da lei, a fim de nos resguardarmos de eventuais discussões futuras.
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