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Matemática Ensino Médio

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 2 
A Função Y = Ax + B ...................................................................................... 3 
Equação de 2º Grau ........................................................................................... 6 
A Matemática e o Dinheiro ................................................................................ 16 
A Trigonometria do Triângulo Retângulo .......................................................... 17 
O Coeficiente Angular ...................................................................................... 21 
Resolvendo Problemas com Logarítomo ............................................................ 26 
Progressão Aritmética ....................................................................................... 36 
Somando os Temos de uma Progressão Aritmética ............................................ 41 
Progressão geométrica ....................................................................................... 43 
Matrizes............................................................................................................ 47 
Combinação....................................................................................................... 59 
Equação exponencial ......................................................................................... 60 
Matemática Comercial e Financeira .................................................................... 63 
Bibliografia ........................................................................................................ 69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
 
 
2 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 Por que estudar matemática? Para que ela serve? Certamente você já se fez essa pergunta. A 
matemática está muito mais presente em sua vida, no seu dia-a-dia, do que você pensa. Em todas as atividades 
humanas, das mais simples às mais sofisticadas, usa-se matemática. 
 
 Todos nós usamos matemática diariamente, mesmo sem perceber. Em uma compra, ao pagar e ao 
receber o troco, estamos fazendo matemática. Quando lemos no pacote de macarrão: Cozinhar em 1 litro de 
água fervente para cada 100 gramas de massa, estamos lidando com uma informação que contém 
matemática. 
 
 Muita gente pensa que quem faz contas com rapidez é bom em matemática. É engano! Fazer contas 
rapidamente é uma habilidade que se adquire com a prática. Muito mais importante que fazer contas com rapidez 
é descobrir quais são as operações que devemos usar para resolver um problema. Portanto, em matemática o 
mais importante é o raciocínio. 
 
 Esta apostila foi feita para que você se prepare para os exames do provão. E o resultado que 
esperamos é a sua aprovação. Mas lembre-se, muito mais que o certificado de conclusão do ensino médio, vai 
valer o que você realmente aprendeu. É isto, e não um diploma, que vai lhe ajudar a passar num concurso para 
emprego e a resolver muitas outras situações do cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
A FUNÇÃO (Y = AX + B) 
 
Sendo a forma equacionada da função de 1 grau a equação y = ax + b e que o seu gráfico é sempre uma 
reta, temos que observar alguns valores que modificam o sentido desta reta é o que iremos descobrir logo a 
seguir. 
 
1) Se a = 0, a nossa equação fica com a forma y = b e passaremos a chamá – la de função constante. Seu 
gráfico é uma reta horizontal. Veja : 
 
 y 
 
 
 
 b y = b 
 
 
 
 
x 
 
 
 Se a 0, a expressão y = ax + b chama – se função do primeiro grau, Ainda, se a>0 ( a positivo ) 
ela é uma função crescente ; se a < 0 ( a negativo ) , ela é uma função decrescente, como mostram os 
gráficos : 
 
 
Y y 
 
 
 
 a > 0 a < 0 
 
 
 x x 
 
 
FUNÇÕES DO 1º GRAU 
 
Vamos aprender agora um pouco mais sobre a função do 1º grau, que é a única cujo gráfico é uma 
reta. 
 Inicialmente precisamos rever o gráfico da função do 1ºgrau.Como construí–lo ? 
 
 
 
4 
Y = 1 x + 1 
2 
 
 Atribuímos a x dois valores quaisquer e calculamos os valores correspondentes de y. Na tabela a 
seguir, fizemos x = 0 e x = 4. Os valores de y foram calculados, os pontos marcados no plano cartesiano e o 
gráfico construído . 
 
 
 y 
 x y 
 0 1 3 - 
 4 3 
 
 
 1 - 
 
 
 4 
 
 Agora, precisamos fazer o contrário. Dados dois pontos de uma função do 1º grau, como proceder 
para descobrir uma fórmula que a represente ? Acompanhe o exemplo a seguir. 
 
 
EXEMPLO 
Descobrir a função do 1º grau que contém os pontos (3,9 ) e (5,13) . 
Solução: A função do 1º grau tem a forma y = ax + b . Vamos substituir nessa expressão os dois dados. 
 
Substituindo ( 3,9 ) 9 = a . 3 + b 
Substituindo (5 , 13 ) 13 = a . 5 + b 
 
Organizando essas equações, temos um sistema : 
 3a + b = 9 
 5a + b = 13 
Para resolver, vamos trocar os sinais da primeira equação e depois somar : 
 
1) -3a – b = - 9 
2) 5a + b = 13 
 2a = 4 a = 2 
Substituindo a = 2 na primeira equação temos 
 - 3 . 2 + b = -9 
 b = - 9 + 6 
 b = 3 
Logo a função procurada e y = 2.x + 3 
 
* 
* 
 
 
5 
A RAIZ DA FUNÇÃO 
 A raiz da função y = ax + b é o valor de x que torna y igual a zero. Por isso esse valor de x também e 
chamado de zero da função. Vamos calcular, por exemplo a raiz ( ou o zero ) da função y = 2x – 3 Fazendo y 
= 0 , temos 
 
 2x – 3 = 0 
 2x = 3 
 x = 3 
 2 
O valor x = 3 é a raiz ( ou o zero ) função y = 2x – 3 Como você vê no gráfico abaixo, a 
 2 
raiz da função é o ponto onde a reta corta o eixo dos x. 
 
 y 
 y = 2x - 3 
 
 3 x 
 2 
 - 3 raiz 
 
 
EXEMPLO 
 
No Brasil, as temperaturas são medidas em graus Celsius. Nos Estados Unidos, elas são medidas em 
outra escala : em graus Farenheit. Um técnico está trabalhando com um motor americano e as temperaturas de 
funcionamento estão nesta escala, que ele desconhece. Felizmente, existe uma fórmula que permite relacionar a 
escala americana com a que usamos aqui: 
 
 Y = 5x – 160 
 9 
 
onde: y é a temperatura em graus Celsius ( ºC ) 
 x é a temperatura em graus Farenheit ( º F ) 
 
Como e o gráfico dessa função ? 
Solução : Para fazer o gráfico de uma função do 1º grau, necessitamos de dois pontos quaisquer . Vamos 
escolher y = 0, que é a temperatura em que a água congela, e y = 100, que é a temperatura em que a água ferve: 
 
y = 0 5x – 160 = 0 
 9 
 5x – 160 = 0 
 5x = 160 
 x = 160 = 32 
 5 
 
 y = 100 5x – 160 = 100 
 9 
 
 
65x – 160 = 900 
 5x = 1.060 
 1.060 = 212 
 5 
Observe então a tabela e o gráfico 
 
x y y(º C ) 
 
32 0 100 
212 100 
 
 
 
 32 212 x (ºF) 
veja que o zero ( ou raiz ) de função y = 5x - 160 é x = 32: 
Observe que, na escala Farenheit, a água congela a 32ºF e ferve a 212 ºF. 
 
EXERCÍCIO 1 
Faça o gráfico da função y = 0,4x + 2 
 
EXERCÍCIO 2 
Determine a função do 1ª grau que contém os pontos : 
a) ( 1, -3 ) e ( 6, 7 ); 
b) (1, 3 ) e ( 5, - 1). 
 
EXERCÍCIO 3 
Na função da temperatura que mostramos no Exemplo acima, qual é o coeficiente angular ? 
 
EXERCÍCIO 4 
O taxímetro determina o preço da corrida em unidades taximétricas ( Uts). Estas são depois convertidas em 
reais e a tabela de conversão é diferente em cada cidade. O taxímetro parte de um valor de UTs para casa 
quilômetro rodado. 
Vicente fez várias corridas de táxi. Verificou que, percorridos 3 Km, o taxímetro marcou 3 UTs; percorridos 8 
Km, o taxímetro marcou 5 UTs. Seja x o número de quilômetros percorridos e y o número de UTs marcado, 
determine: 
a) y em função de x, 
b) quantas UTs o taxímetro marca em uma corrida de 20 Km. 
 
 
EQUAÇÕES DE 2º GRAU 
 
 Chama-se equação de 2º grau com uma variável toda equação que pode ser colocada na forma : ax2 + 
bx + c = 0 , onde x é variável e a, b e c são coeficientes. 
A equação ax2 + bx + c ( a 0 ) , é chamada equação incompleta quando b = 0 ou c = 0 , ou ambos são nulos 
. 
 
1) 2x2 – 5x = 0 ( c = 0 ) 
• • 
• • 
 
 
7 
2) x2 – 9 = 0 ( b = 0 ) 
3) 3x2 = 0 ( b = 0 e c = 0 ) 
 
1º Caso : Equações da forma ax2 + bx = 0 
Exemplo: Resolver fatorando 
X2 – 4x = 0 
X (x – 4 ) = 0 
X = 0 ou X – 4 = 0 
V = {0,4} 
 
Nesse caso, uma das raízes é sempre zero. 
2º Caso : Equações da forma ax2 + c = 0 
Exemplo : 
Resolver as equações: 
1) x2 – 81 = 0 
 x2 = 81 
 x = ± 81 => x = ± 9 v { - 9 , 9 } 
 
2) 7x2 – 28 =0 
 7x2 = 28 
 x2 = 28 
 7 
 x2 = 4 
 x = + √4 
 x = + 2 
 x = { -2 , 2 } 
 
3) x2 + 16 = 0 
 x2 = - 16 
 x = + √-16 x R 
 
 
RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES COMPLETAS 
 
A resolução de uma equação completa do 2ºgrau pode ser obtida pela fórmula de Báskara. 
= b2 – 4ac discriminante da equação. 
 
Se 0 , podemos escrever : x= -b 
 2a 
 
Se < 0 , a equação não admite raízes reais. 
 
Exemplo: 
 
Resolver as equações: 
1) x2 + 8x +12 = 0 
Solução: 
 
√ 
 
 
8 
Temos a = 1 , b = 8 e c= 12 
Calculando o valor de : 
 = b2 – 4ac 
 = (8)2 – 4 .1 . 12 
 = 64 – 48 
 = 16 
 
x = -b ± 
 2a 
 x1 = - 8 + 4 = -2 
 x = - 8 ± 4 = -8 ± 4 2 
 2 . 1 2 
 x2 = - 8 – 4 = - 6 
 2 
 
As raízes da equação são x1 = -2 e x2 = - 6 
 V = { - 6 , - 2 } 
 
2 ) (x – 1 )2 = x + 5 
 x2 – 2x + 1 = x + 5 
 x2 – 2x – x + 1 – 5 = 0 
 x2 – 3x – 4 = 0 
 a = 1, b = - 3 c = - 4 
 
 = b2 – 4 a c 
 = ( - 3 ) 2 – 4 . 1 . (-4 ) 
 = 9 + 16 
= 25 
 
Substituindo na fórmula : 
 
X = - b ±√ 
 2 a 
 
x = - ( - 3 )± √25 = 3 ±5 x1 = 3 + 5 = 8 = 4 
 2 1 2 2 2 
 
 x2 = 3 – 5 = - 2 = - 1 
 2 2 
V = { - 1 , 4 } 
 
 
EQUAÇÕES FRACIONÁRIAS 
 
Exemplo : 
 Resolver a equação: 
 2 + 2 + 5 = 0 ( x 0 e x 1 ) 
 
 
9 
 3x x – 1 3 
 
2 ( x – 1 ) + 6x + 5x( x – 1 ) = 0 . 
3 x ( x – 1 ) 3 x ( x – 1 ) 3 x ( x – 1 ) 
 
2x – 2 + 6x + 5x2 – 5x = 0 
 
5 x2 + 3x – 2 = 0 
 
 = ( + 3 )2 – 4 . 5 . ( - 2 ) 
 = 9 + 40 
 = 49 
x = - 3 ± 7 x1 = - 3 + 7 = 4 = 2 . 
 10 10 10 5 
 
 
 x2 = - 3 – 7 = - 10 = - 1 
10 10 
V = { - 1 , 2 } 
 5 
 
EXERCÍCIOS: 
 
1 ) 5x2 – 3x = 0 Resp.: {0, 3 } 
 5 
2) x2 – x = 0 Resp.: { 0 , 1 } 
3) – 4x2 – 12x = 0 Resp.: { - 3 ,0 } 
4) (x + 5 )2 = 25 Resp.: {0, - 10} 
5) x(x – 3 )2 = 25 Resp.: {0, 5 } 
6) x2 – 49 =0 Resp.: { -7, 7 } 
7) 16 = 9x2 Resp.: {- 4 , 4 } 
 3 3 
8) 5x2 – 15 Resp.: {√ 3 , -√ 3 } 
9) x2 + 8x + 12 = 0 Resp.: {1, 3 } 
 4 
10) ( x + 4 ) . ( x – 1 ) = 5x + 20 Resp.: V = { - 4 , 6 } 
11) x + 1 = 7 Resp.: { 6 } 
 x – 5 
 
 
10 
12) 4x2 – 4x + 2 = 0 Resp.: ø 
13) x2 – 2x + 1 = 0 Resp.: {1} 
14) x – 1 = x Resp.: {2} 
 x 4 
15) x - 2 = x – 5 Resp.: {3 } 
 x + 1 x – 1 x2 – 1 
16) x2 - x = 5 – x + 4 Resp.: {- 11 , 2 } 
2 3 6 
17) x2 - 1 = 3x + 1 Resp.: { 5, - 1 } 
 3 2 2 
18) x + 10 = 4x – 2 Resp.: {- 4 , 4 } 
2 x – 2 
DISCUSSÃO DAS RAÍZES 
Se > 0 , a equação tem duas raízes reais e diferentes. 
Se = 0 , a equação tem duas raízes reais e iguais 
Se < 0, a equação não tem raízes ( reais ) 
Através do ( discriminante ) podemos discutir a existência das raízes. 
Exemplo : 
Determine o valor de K na equação 2x2 – 3x + 4K = 0, para que as raízes. 
a) sejam reais e diferentes. 
b) sejam reais e iguais . 
c) não sejam reais. 
Cálculo do discriminante; 
 = b2 – 4ac 
 = (-3)2 – 4 .2.4K 
 = 9 – 32K 
a) raízes são reais e diferentes : > 0 
9 – 32K >0 
-32K > -9 
 32K < 9 
 k < 9 . 
 32 
b) raízes são reais e iguais : = 0 
9 – 32K = 0 
- 32K = -9 
32K = 9 
k = 9 . 
 
 
11 
 32 
c) raízes não são reais: < 0 
9 – 32K < 0 
-32K < -9 
32K > 9 
K > 9 . 
 32 
 
 
Propriedade das Raízes (Relações de Girard ) 
Existem, entre as raízes x1 e x2 e os coeficientes a , b, c, importantes relações conhecidas como 
relações de Girard. 
Soma da Raízes 
x1 + x2 = - b ou s = - b . 
 a a 
Produto das Raízes 
x1 . x2 = c ou p = c . 
 a a 
Exemplos: 
1) Calcular a soma e o produto das raízes das equações : 
a) x2 + 7x + 12 = 0 
S = x1 + x2 = - b . P = x1 . x2 = c . 
a a 
S = x1 + x2 = -7 P = x1 . x2 = 12 
 
b) x2 - 2ax + a2 < 0 
S = x1 + x2 = - b = + 2
a 
 a 
c) P = x1 . x2 = c = a
2 
2) Determinar o valor de K na equação 4x2 – ( K – 2 ) x + 3 para que a soma das raízes seja ¾. 
Temos : x1 + x2 = - b = k – 2 
 a 4 
k - 2 = 3 . 
 4 
k - 2 = 3 . 
 4 4 
 
 
12 
k – 2 = 3 
k = 5 
Composição de uma Equação 
Podemos compor uma equação do 2º grau a partir das relações de soma e de produto de suas raízes . 
Como x1 + x2 = - b e x1 . x2 = c, temos :a 
x2 – ( x1 + x2 ) x + x1 . x2 = 0 ou 
S P 
X2 – Sx + p = 0 em que S é a soma e P é o produto das raízes. 
Exemplo: 
Compor a equação do 2º grau cujas raízes são 2 e 5 : 
x1 + x2 = 2 + 5 = 7 
x1 . x2 = 2 . 5 = 10 
 
Substituindo a soma e o produto das raízes em x2 - Sx + P = 0 , obteremos : 
x2 – 7x + 10 = 0 
 
a) y2 + 3y – 4 = 0 Resp.: S = -3 e P = -4 
b) x2 + 9x – 20 = 0 Resp.: S = -9 e P = -20 
c) 2x2 + 5x + 2 = 0 Resp.: S = - 5 e P = 1 
 2 
d) x2 - 7x + 10 = 0 Resp.: S = 7 e P = 10 
Antes de construir o gráfico da função y = ax2 + b + c . é possível saber como será a sua concavidade . 
Basta observar o sinal do coeficiente a: 
 Se a > 0 ( a positivo ), a concavidade estará voltada para cima: 
 
 
 
 
a > 0 concavidade voltada para cima 
 Se a < 0 ( a negativo ) , a concavidade estará voltada para baixo 
 
 
 
 
13 
 
a < 0 concavidade voltada para baixo 
AS RAÍZES 
 As raízes de uma função são os pontos onde seu gráfico corta o eixo dos x na função do 2º grau y = 
ax2 + b + c , se y = 0 obtemos a equação ax2 + bx + c =0. Podemos, então , ter três casos: 
 A equação tem duas raízes diferentes. A parábola, então, corta o eixo dos x em dois pontos distintos. 
 
 
 
 
 x1 x2 
Fig A : a função tem duas raízes: x1 e x2 
 A equação tem apenas uma raiz. A parábola é, então, tangente ao eixo dos x. 
 
 
 
Fig B: a função tem uma única raiz: 
 A equação não tem raiz . A parábola, então, não corta o eixo dos x. 
 
 
 x 
Fig C: a função não tem raízes 
EXEMPLO 
Tomemos como exemplo a função: 
 Y = x2 – 6x + 8 
Para construir seu gráfico assinalando poucos pontos, devemos inicialmente verificar se a função possui 
raízes. Vamos então resolver a equação x2 – 6x + 8 = 0 usando a fórmula que aprendemos: 
 
 
14 
X = - ( - 6 ) ± √ ( - 6 )2 - 4 . 1 . 8 
 2 . 1 
x = 6 ± √ 36 – 32 = 6 ± √ 4 = 6 ± 2 
 2 2 2 
As raízes da nossa função são, portanto : 
x1 = 6 - 2 = 4 = 2 x1 = 2 
2 2 
 
x2 = 6 + 2 = 8 = 4 x2 = 4 
 2 2 
Descobrimos que o gráfico da nossa função corta o eixo dos x nos pontos x1 = 2 e x2 = a e sabemos 
também que a parábola terá concavidade voltada para cima porque a = 1 (positivo). Basta, então, para construir 
a tabela, atribuir a x outros valores próximos aos que já temos. É muito importante atribuir a x o valor x1 + x2 , 
porque ele fica bem no meio das raízes e vai determinar o ponto mais baixo da parábola : 2 
 X Y 
 1 3 
 x1= 2 0 
(x1+x2)/2 = 3 -1 
 
 
 
 
 
O VÉRTICE 
No gráfico que acabamos de construir, ponto V = ( 3, -1 ) é o vértice da parábola. Ele é o ponto mais 
baixo da parábola quando a > 0. 
 
 
 Vértice (a > 0) 
No gráfico da função y = - x2 + 6x, que voce viu no início dêste assunto, o ponto ( 3 ,9) é também o 
vértice da parábola, que fica no ponto mais alto do gráfico, porque a < 0 . 
 1 2 3 4 5 
 - 1 
 x2 = 4 0 
 5 3 
 3 
-1 
2 3 4 
 
 
15 
Vértice ( a < 0 ) 
 
 
 
 
 
Para a construção do gráfico de uma função do 2º grau, o vértice é seu ponto mais importante. É 
possível encontra-lo de forma bastante simples. Chamando de xv a abscissa do vértice da parábola y = ax
2 + bx 
+ c, temos : 
 
 
Xv = - b . 
2a 
 
 
Além disso, se a função possui raízes x1 e x2 podemos encontrar a abscissa do vértice determinando o 
seu ponto médio, ou seja : 
Xv = x1 + x2 
 2 
A IMAGEM 
 Como você já sabe, a imagem de uma função é o conjunto dos valores de y que correspondem aos 
valores de x no domínio. Recorde essa noção observando o gráfico : 
 y2 
 Gráfico da função 
 y1 
 imagem y1≤ y ≤ y2 
 Para determinar a imagem de uma função do 2º grau (cujo domínio é o conjunto de todos os números 
reais ), precisamos conhecer seu vértice. Se a > 0, então o vértice é o ponto mais baixo de seu gráfico, e neste 
caso, a imagem da função fica assim: 
Observando o gráfico anterior e chamando de yv a ordenada do vértice da parábola, a imagem será o 
conjunto de todos os valores de y tais que y > = yv. Se a< 0, ocorre o contrário: a concavidade estará voltada 
para baixo e a imagem será o conjunto dos números reais tais que y < = yv . 
 
 
 
 
imagem 
gráfico da função 
y 
3 
9 
0 
 
 
16 
 
EXEMPLO 
Consideremos a função y = x2 – 4x + 5 . 
Sabendo que ela tem concavidade votada para cima, pois a= 1 . 
Para fazer um esboço de seu gráfico, determinamos seu vértice. Primeiro, precisamos encontrar sua abscissa : 
Xv = - b = - ( - 4 ) = 2 
2 a 2 . 1 
Substituímos então esse valor de x na função para encontrar a ordenada do vértice : 
Yv = 22 – 4 . 2 + 5 = 1 
Portanto, o vértice é o ponto ( 2 , 1 ) e, como a concavidade está voltada para cima, o gráfico tem este aspecto: 
 
 
 
 
 
A imagem da função é então o conjunto dos valores de y tais que y 1. 
 
EXERCÍCIO 1 
Faça o gráfico da função y = x2 
Sugestão : Organize uma tabela atribuindo a x os valores - 2 , -1 , 0 , 1 e 2 
EXERCÍCIO 2 
Observe o exemplo e faça um pequeno esboço do gráfico das funções calculando o vértice da 
parábola e verificando sua concavidade. 
Exemplo: Y = x2 – 6x + 7 
 xv = - b = - ( -6 ) = 3 
Vértice 2 a 2 . 1 
 yv = = 32 – 6 . 3 + 7 = 9 – 18 + 7 = - 2 
 
A MATEMÁTICA E O DINHEIRO 
yv 
x 
imagem 
vértice 
 1 
2 x 
{ 
 
 
17 
 Muita Gente pensa que a Matemática, em relação ao dinheiro, só serve para fazer troco e para calcular 
o total a pagar no caixa. Não é bem assim. Sem a matemática, não conseguiríamos entender nossos 
contracheques, calcular nossos aumentos de salário, perceber os produtos que aumentaram demasiadamente de 
preço etc... 
 Nesta aula, vamos conhecer as porcentagens, os juros compostos e diversas outra coisas que fazem 
parte do nosso dia-a-dia , como aumentos de descontos, Aconselhamos que você confira os cálculos desta aula 
usando uma calculadora, a qual também deverá ser usada para a resolução dos exercícios. 
 
PORCENTAGEM 
Vamos começar com um exemplo. 
 Se o preço de um artigo era de R$ 4,00 e passou a ser de R$ 5,00, o aumento de preço foi de R$ 
1,00 sobre um preço de R$ 4,00, e a fração que representa o aumento do preço, chamada de taca de aumento, 
é ¼ . comumente preferimos representar essas frações em centésimos, que são chamados de porcentos e 
representados por % . Como ¼ = 0,25 ou seja , 25 centésimos, a taxa de aumento do preço foi de 25%. 
Vejamos mais alguns exemplos. 
EXEMPLO 1 
O preço de um artigo era de R$ 36,00 e sofreu uma diminuição de 15% . Para quanto passou ? 
Solução : Como 15% = 0,15, a diminuição de preço foi de 0,15 . 36 = 5,40 = R$ 30,60 
EXEMPLO 2 
Uma loja oferece um desconto de 20% nos preços, para pagamento à vista . Quanto custa, à vista, um 
artigo cujo preço é de R$ 45,00 ? 
Solução : O desconto é de 0,20 . 45 = 9 . O preço para pagamento à vista é R$ 45,00 – R$ 9,00 = R$ 36,00. 
AUMENTOSE DESCONTOS SUCESSIVOS 
 Imagine que um produto sofra um aumento de 30% em um mês e um de 20% no mês seguinte, Qual 
será a taxa de aumento total que sofrerá o preço do produto nesses dois meses ? 
 Essa é uma pergunta interessante, porque a maioria das pessoas pensam, erroneamente, que a taxa de 
aumento total foi de 30% + 20% = 50% . Se o preço do produto era de 100 (sempre podemos tomar o preço 
do produto) , o primeiro aumento to de 30% de 100, isto é, de 0,30 .100 = 30 o que elevou o preço do 
produto para 100 + 30 = 130, isto é , de 0,20 . 130 = 26, o que elevou o preço do produto para 130 + 26 = 
156. O aumento total foi de 156 – 100 = 56 sobre o preço de 100. A taxa total de aumento foi de 
56 = 0,56 = 56% 
 100 
Vejamos mais alguns exemplos: 
 
 
18 
Exemplo 3 
O preço de um artigo sofreu dois descontos sucessivos, de 30% e de 20% . Qual foi a taxa total de 
desconto ? 
Solução: Se preço do artigo era 100, o primeiro desconto foi de 0,30 . 100 = 30, o que baixou o preço para 
100 – 30 = 70 ; o segundo desconto foi de 0,20 . 70 = 14 o que mudou o preço para 70 – 14 = 56. A redução 
total do preço foi de 100 – 56 = 44 sobre um preço de 100. A taxa total de desconto foi de . 
44 = 0,44 = 44% 
100 
 
A TRIGONOMETRIA DO TRIÂNGULO RETÂNGULO 
 Neste capítulo vamos estudar os triângulos retângulos. Você já sabe que triângulo retângulo é qualquer 
triângulo que possua um ângulo reto e que , para este tipo de triângulo, há várias propriedades importantes. 
 Dois de seus lados são perpendiculares entre si e são , portanto, alturas do triângulo, que facilita o 
cálculo de sua área: 
A = cateto . cateto 
 2 
 Teorema de Pitágoras : ( hipotenusa ) 2 = ( cateto ) 2 + ( cateto ) 2 
 Como a soma dos ângulos de qualquer triângulo é 180º, num triângulo retângulo um dos ângulos é reto 
(90 º) e os outros dois são sempre agudos e complementares (soma = 90º ) . 
vamos descobrir como podemos estabelecer relações entre ângulos de um triângulo (ângulos agudos) e 
seus lados. “ será que existem tais ralações ?” É essa nossa primeira preocupação. A seguir, caso existam, 
serão respondidas perguntas naturais como : “ valem sempre ?” ; “como enuncia-las ?” etc. 
 
CONSTRUINDO TRIÂNGULOS RETÂNGULOS SEMELHANTES 
Dado um ângulo agudo qualquer, é possível desenhar um triângulo retângulo ? 
 
 
X 
 
 
19 
 
Sim. Podemos desenhar, na verdade , uma infinidade de triângulos retângulos. 
 
 
 
Vamos anotar algumas observações sobre esses triângulos retângulos: 
 Para todos eles, um dos ângulos mede x. 
 O outro ângulo agudo mede 90º - x, pois é o complemento de x . 
 O terceiro ângulo, como não poderia deixar de ser, é reto. 
 Então todos eles possuem os mesmos ângulos. 
 Lembrando a aula anterior, podemos concluir que : todos estes Triângulos retângulos são semelhantes 
 Se são semelhantes , então seus lados são proporcionais . 
Podemos então afirmar que, ficando um ângulo agudo, todos os triângulos retângulos, construídos com 
esse ângulo serão semelhantes e, portanto, terão lados proporcionais. Observe que acabamos de descobrir que 
há uma relação entre ângulos agudos e lados de um triângulo retângulo . 
 Precisamos agora verificar como podemos enunciar esse relação mais claramente, usando linguagem 
matemática. 
 
 
 
 
 
 
bc = ah 
Podemos compreender essa propriedade lembrando como se calcula a área de um triângulo. No caso 
do triângulo retângulo da figura acima, ela é igual a bc e também igual a ab . Portanto, é claro que bc = ah .
 2 2 
RELACIONANDO LADOS E ÂNGULOS 
 Você já sabe que, em todo triângulo retângulo. Os lados são chamados hipotenusa (o maior lado ) e 
catetos ( lados perpendiculares ) . Precisamos, em função dos ângulo, diferenciar a nomenclatura dos catetos. 
Veja a figura abaixo. 
O cateto que fica “ em frente” ao ângulo agudo que estamos utilizando chama-se cateto oposto, e o 
cateto que está sobre um dos lados desse ângulo chama-se cateto adjacente. 
 
 
x 
a 
c 
b 
h 
hipotenusa 
Cateto oposto 
Cateto adjacente 
 
 
20 
 
 
 
Observe que, se o ângulo do problema for o outro ângulo agudo do triângulo, a nomenclatura oposto e 
adjacente troca de posição (veja a figura ao lado), pois depende do ângulo utilizado. 
 
 
 
 
 
Vamos então reescrever as proporções obtidas na figura 1 usando essa nomenclatura . Em relação ao ângulo x , 
temos : 
 
 
Relações Trigonométricas 
 As relações que acabamos de generalizar são chamadas relações trigonométricas e recebem nomes 
especiais. 
A primeira é chamada seno do ângulo x e escreve-se : 
Sen x = cateto oposto . 
Hipotenusa 
 
A segunda é chamada cosseno do ângulo x e escreve-se : 
Cos x = cateto adjacente . 
y hipotenusa 
Cateto adjacente 
Cateto oposto 
 
 
21 
Hipotenusa 
 
A última denomina-se tangente do ângulo x e escreve-se: 
tg x = cateto oposto 
cateto adjacente 
 
EXEMPLO 1 
Você já conhece o triângulo pitagórico. Vamos obter as relações trigonométricas para um de seus ângulo 
agudos. 
 
 
 
 
 
 
Observe agora que, para qualquer outro triângulo semelhante a este, obtemos o mesmo resultado. 
EXEMPLO 2 
Uma escada está apoiada em um muro de 2m de altura, formando um ângulo de 45º Forma-se, 
portanto, um triângulo retângulo isósceles. Qual é o comprimento da escada ? 
 
Sen x= 3/5 . 0,6 
 
 
22 
Representando a vista lateral geometricamente, podemos construir o triângulo retângulo a seguir. 
Usando o co-seno do ângulo de 45º que a escada forma com o muro , descobrimos o valor de x , que 
será o comprimento da escada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O COEFICIENTE ÂNGULAR 
 
 Neste assunto iremos estudar a equação da reta que é ax + by + c =0, chamada equação geral da reta, 
e aprendemos a construí-la quando são dados dois de seus pontos. Seja P = ( 5 , 4 ) o ponto dado. Vamos 
começar fazendo um desenho da reta x + 2y – 9 = 0 . Para isso, precisamos conhecer dois de seus pontos. 
Como as coordenadas de P são x = 5 e y = 4, vamos aproveitar esses valores para determinar os pontos de reta 
que possuem essa abcissa e essa ordenada. Substituindo esses valores, um de cada vez, na equação da reta, 
temos: 
 
X = 5 5 + 2y – 9 = 0 2y = 4 y = 2 
Y = 4 x + 2 . 4 – 9 = 0 x = 9 - 8 x = 1 
 
Conseguimos então, dois pontos da reta: A = ( 5 , 2 ) e B = ( 1, 4 ) 
O desenho fica assim : 
 
 
 
 
 
B 
y 
d 
P 
A 
5 1 
4 
2 
x 
 
 
23 
 
No triângulo retângulo PAB da figura acima, conhecemos os comprimentos dos catetos: AP = 2 e BP = 
4 . Para calcular a hipotenusa, aplicamos o Teorema de Pitágoras : 
AB2 = 22 + 42 = 4 + 16 = 20 
AB = √20 = √ 4 . 5 = 2 √ 5 
Representando por d a distância do ponto à reta temos, pela relação que mostramos anteriormente: 
2 . 4 = 2√ 5 . d d = 4 = 4 . √5 = 4 √5 = 1,79 
 √5 √5 √5 5 
Finalmente, vamos apresentar uma fórmula que faz o mesmo cálculo que acabamos de realizar. O ponto dado 
será representado por P = ( Xn ,Yn ) e a reta por ax + by + c = 0. 
P = ( x0 , y0 ) 
d 
ax + by + c = 0 
d = ax0 + by0 + c 
 √a2 + b2 
Observe o cálculo da distância do ponto P = (5 ,4 ) a reta x + 2y – 9 = 0 , agora usando a fórmula : 
d = | 5 + 2 . 4 – 9 | = | 5 + 8 – 9 | = 4 = 4 √ 5 
 √12 + 22 √5 √5 5 
O resultado, como era de se esperar, é o mesmo, e essa fórmula, que não é indispensável, mostra-se bastante 
prática. 
Observe a figura a seguir : 
 
 
Os triângulos ABC e APQ sãosemelhantes. Como seus lados são proporcionais, podemos escrever : 
AB = AP ou BC = PQ ou BC = PQ 
 AC AQ AC AQ AB AP 
E se aumentarmos o ângulo x ou diminuirmos P, essas proporções se alteram .Teríamos agora: 
 
 
 
 
Reta x + 2y . 9 = 0 
A B P 
Q 
C 
X 
A B P 
Q 
F 
E 
C 
x 
 
 
24 
 
 
AB = AP ou BE = PF ou BE = PE 
AE AF AE AF AB AP 
Essas proporções – que se alteram conforme o ângulo varia - confirmam nossa suspeita de que há uma 
relação entre lados e ângulos agudos de um triângulo retângulo tais relações recebem nomes especiais como 
veremos ainda nesta aula. 
Repare inicialmente que essa equação pode ser escrita de outra forma deixando a letra Y isolada do lado 
esquerdo da equação. Quando fazemos isso obtemos uma expressão chamada equação reduzida da reta, que 
nada mais é do que a nossa conhecida função do 1º grua . Observe o exemplo a seguir. 
EXEMPLO 1 
Escrever a equação 2x – 3y + 3 = 0 na forma reduzida. 
Solução: 
Vamos trabalhar a equação dada para deixar a letra Y sozinha do lado esquerdo: 
2x – 3y + 3 = 0 
-3y = - 2x – 3 
3y = 2x + 3 
y = 2x + 3 . 
 3 3 
 y = 2x + 1 
 3 
Aí esta . Essa é a equação reduzida da reta. Ela tem a forma y = mx + p , onde, no nosso exemplo, m = 
2/3 e p = 1 
Observe o significado desses números m e p diretamente na equação que serviu de exemplo . Repare que. 
Y = 2x + 1 
 3 
se x = 0 então y = 1 
se x = 3 então y = 3 
 
 
25 
com esses dois pontos, podemos fazer o gráfico da reta. 
Veja que a reta corta o eixo dos y no ponto y = 1 e que a tangente do ângulo que ela faz com a direção 
horizontal é 2/1 (cateto oposto sobre cateto adjacente) 
 De forma geral, na equação y = mx = p, o número p, chamado coeficiente linear, e o ponto onde a 
reta corta o eixo dos y. 
 O número m, chamado do coeficiente angular é a tangente do ângulo que a reta forma com a direção 
horizontal. 
 Se o coeficiente angular for positivo, a reta representará uma função crescente. Se for negativo, 
representará uma função decrescente. 
GRÁFICOS DE y = mx + p 
Observe, nos exemplos seguintes, que podemos determinar a equação reduzida da reta quando 
conhecemos os coeficientes angular e linear. 
 
M = 4 . (coeficiente angular) 
 3 
 
 
 
 
26 
p = -2 ( coeficiente linear ) 
 
 
Equação reduzida da reta : 
Y = 4x - 2 
 3 
m = - 2 . ( coeficiente angular ) 
 5 
p = 7 (coeficiente linear) 
 
Equação reduzida da reta 
Y = - 2x + 7 
 5 
Devemos enfatizar que o coeficiente angular representa o valor que a função cresce 9 (ou decresce ) 
quando x aumenta uma unidade. No gráfico a seguir, representamos a função y = mx + p . Nele, você pode 
notar que, quando x assume valores inteiros, os valores de y formam uma progressão aritmética de razão m. 
Quando x aumenta uma unidade, y aumenta m unidade . 
A FÓRMULA DO COEFICIENTE ANGULAR 
 Veremos, agora, como determinar o coeficiente angular de uma reta a partir de dois quaisquer de seus 
pontos. Na figura a seguir, mostramos uma reta passando pelos pontos (x1, y1 ) e ( x2 , Y 2 ). O triângulo 
retângulo formado tem o cateto vertical igual a y2 – y 1 e o cateto horizontal igual a x2 – x1 . Dividindo o cateto 
vertical pelo horizontal, obtemos a fórmula do coeficiente angular. 
 
 
 
27 
 
Tga = m = y2-y1 
x2 – x1 
 
 
 
 
 
 
 
RESOLVENDO PROBLEMAS COM LOGARITMOS 
 Vamos lembrar que quando escrevemos, por exemplo, log2=0,301, significa que 100,301 = 2 . 
 Usamos aqui sempre a base 10 e, por isso, os nossos logaritmos são chamados decimais. Existem 
também logaritmos em outras bases. Por exemplo, a igualdade 25=32 significa que o logaritmo de 32 na base 2 é 
igual a 5. como a teoria básica dos logaritmos é a mesma em qualquer base, continuaremos nosso estudo 
tratando apenas do logaritmos decimais . São eles que aparecem nas tábuas dos livros didáticos e nas 
calculadoras cientificas. 
 EXEMPLO 1 
 Um juiz determinou o pagamento de uma indenização até certa data. Determinou também que, caso o 
pagamento não fosse feito, seria cobrada uma multa de R$2,00 que dobraria a cada dia de atraso. Em quantos 
dias de atraso essa multa seria superior a 1 milhão de reais ? 
Solução : A multa determinada pelo juiz pode parecer pequena , se o atraso no pagamento for de pouco dias. 
Mas ela cresce com uma rapidez muito grande. 
Chamando de x o número de dias de atraso no pagamento, o valor da dívida será 2x . Veja; 
1 dia de atraso x = 1 multa = 21 = 2 
2 dias de atraso x = 2 multa = 22 = 4 
3 dias de atraso x = 3 multa = 23 = 8 e assim por diante. 
Como vemos, as multas crescem em progressão geométrica, Devemos calcular em que dia essa multa 
atinge 1 milhão de reais, ou seja, devemos resolver a equação: 
 2x = 1.000.000 
 
 
28 
para resolver essa equação é preciso aplicar o logaritmo nos dois lados: 
log2x = log 1.000.000 
log 2x = log 106 
 Agora vamos aplicar a propriedade do logaritmo da potência: 
X . log 2 = 6 . log 10 
Como log 10 = 1 e sabendo que log 2 = 0,301, temos : 
X . 0,301 = 6 
X = 6 = 19,93 
 0,301 
Assim, concluímos que no 20º dias de atraso a multa terá passado de 1 milhão de reais. 
Veja outro exemplo que necessita do cálculo pela tábua de logaritmos. 
EXEMPLO 2 
Se log x= 1,6395, determine x. 
Solução: 
 Vamos recordar, inicialmente, que o logaritmo se constitui de duas partes: a característica e a 
mantissa . A característica é o número que está antes da virgular e a mantissa é o número que aparece depois 
da vírgula. A tábua de logaritmos apresentada na aula passada nos dá apenas as mantissas , mas a característica 
nos dá a seguinte informação : 
 
Números Característica 
Entre 1 e 9 0 
Entre 1 e 9 1 
Entre 1000 e 999 2 
Entre 1000 e 999 3 
 
Como log x = 1,6395 tem característica 1 . Então, sabemos que o número x está entre 10 e 99 . Assim, 
procuramos a mantissa 6395 na tábua. 
TÁBUA DE LOGARÍTMOS 
 
 
29 
 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 
40 
41 
42 
43 
44 
6021 
6128 
6232 
6335 
6435 
6021 
6128 
6243 
6345 
6444 
6042 
6149 
6253 
6355 
6454 
6053 
6163 
6263 
6365 
6464 
6064 
6170 
6274 
6345 
6474 
6075 
6180 
6284 
6385 
6484 
6085 
6291 
6294 
6395 
6193 
6096 
6201 
6304 
6405 
6503 
6107 
6212 
6314 
6415 
6513 
6117 
6222 
6325 
6425 
6522 
Uma vez encontrada a mantissa, vamos que na coluna da esquerda está o número 43 e na linha de cima 
o número 6. Juntando esse números, formamos o número 436, faltando apenas colocar a vírgula no lugar certo. 
Como o nosso número está entre 10 e 9+9 , então x = 43,6. 
EXEMPLO 3 
Um construtor deseja fazer um reservatório de água para conter 5000 litros e que tenha a forma de um 
cubo. Quanto deve medir o lado desse cubo? 
 
 
 
 
Solução: 
Um cubo é uma caixa que tem comprimento, largura e altura iguais. 
 O volume de uma caixa é o produto de suas dimensões: comprimento x largura x altura. Logo, se o 
lado do cubo mede a, seu volume será a . a . a = a3. Por outro lado, sabemos que 1m3 é igual a 1000 litros . 
Portanto, se essa caixa deve conter 5000 litros, seu volume será 5m3. Devemos então resolver a equação: 
a3 = 5 
 O valor de a será a medida em metros dolado desse cubo. Aplicando logaritmo dos dois lados e, em 
seguida, a propriedade da potência temos : 
Log a3 = log 5 
3 . log a = log 5 
Na tábua de logaritmos encontramos log 5 = 0,699. Logo: 
3 . log a = 0,699 
3 . log a = 0,699 . => log a = 0,233 
 3 
 
 
30 
 Como agora sabemos que o logaritmo de a é igual a 0,233, vamos procurar na tábua de logaritmos a 
mantissa 233. 
 Encontrando a mantissa 2330, verificamos que à esquerda existe o número 17 e acima o número 1. 
Juntando esses algarismos formamos o número 171. Falta apenas colocar a virgula no lugar correto. Repare que 
calculamos log a = 0,233. Esse número possui característica 0, ou seja , o valor de a está entre 1 e 9 . Portanto , 
o valor do lado do cubo é 1,71 m. 
 Dessa forma, o construtor saberá que construindo um reservatório de água com a forma de um cubo 
de 1,71 m de lado, ele terá a capacidade de conter 5000 litros de água. 
 
LOGARITMOS 
Considere um número a ( positivo e diferente de 1 ) , e um número b na base a ao expoente x que se 
deve dar à base a de tal modo que a potência obtida seja igual a b : 
b = ax log a b = x 
forma exponencial forma logarítmica 
onde: 
b é o logaritmando 
a é a base 
x é o logaritmo 
Exemplos: 
* log10 100 = 2 , pois 10
2 = 100 
* log 327 = 3 , pois 3
3 = 27 
* log31= 0 , pois 3
0 = 1 
Observação : Não existe, por exemplo, log2( -4 ) . Lembre-se de que a equação 2
x = - 4 não tem solução para 
X E R. 
Conseqüência da definição: 
Loga1 = 0 
Logaa = 1 
Log aam = m 
Log ba = log 
c
a b = c 
 
 
 
31 
 
 Aplicação: 
1. Calcular log41, log55,log5125 
a) log41 = 0 
b) log55 = 1 
c) log5125 = log55
3 = 3 
2. Sabendo que loga12 = log ax + 3 , calcule x : 
Usando a propriedade de logaritmos, teremos: 
X + 3 = 12 
X = 12 – 3 
X = 9 
3. Determine o logaritmo de √ 8 na base 2 : 
Solução: 
Log2 √ 8 = log2 √ 23 = log 
223/2 = 3/2 
4. Resolva a equação log23x – 2 = 3 
Solução : 
 log23x – 2 = 3 3x – 2 = 2
3 3x – 2 = 8 3x = 10 x = 10/3 
5. Calcule loga9 = 2 
Solução : 
Loga
9=2 
a2 = 9 
a= ± 3 
note que a = -3 também é solução de a2 = 9 , mas como a base tem que ser sempre positiva, só serve o valor a 
= 3 como resposta . 
6 . Para que valores de x exista , o logaritmando deve ser sempre positivo. Neste caso o logaritmando é 3x + 2 . 
Logo ; 
3x + 2 > 0 
 
 
32 
3x > - 2 
x > - 2/3 
 PROPRIEDADES DOS LOGARITMOS 
* 1ª Propriedade: 
Consideremos por exemplo, log24.8 
 Log24 = 2 
Sabemos que : 
 Log28 = 3 
Teremos, então : 
Log24.8 = log24 + log28 = 2 + 3 = 5 
Podemos concluir que : 
Logab.c = logab + logac 
Observe os seguintes exercícios aplicado a propriedade: 
1 . Se a soma dos logaritmos de dois números , na base 2 , é 5, determine o produto desses números. 
Solução: 
Sejam x e y esses números temos então : 
Log2x + log2y = 5 
Log 2x.y = log 2x + log 2 y 
Logo : log 2x . y = 5 
x . y = 25 
x . y = 32 
O produto dos números é 32. 
2. Resolva a equação: 
log2( x + 2 ) 9+ log2 ( x – 2 ) = 5 
C.E. x + 2 > 0 x - 2 > 0 
Solução : 
log2 ( x + 2 ).( x – 2 ) = 2
5 
x2 – 4 = 32 
x 2 = 36 
 
 
33 
x ± 6 
verificando : para x = 6 para x= - 6 
x + 2 > 0 6 + 2 > 0 ( v ) - 6 + 2 > 0 ( f ) 
x – 2 > 0 6 – 2 > 0 ( v ) - 6 – 2 > 0 ( f ) => s = { 6 } 
*2ª Propriedade : 
Consideremos 
log2 2/16 
log22 = 1 
sabemos que log216 = 4 teremos, então : log2 2/16 = log22 – log216 = 1 – 4 ( 4 ) = -3 
podemos concluir que : loga b/c = log b – log c 
Exemplos: 
1. sendo log ab = 2 e logac = 3, determine loga b/c 
solução : 
logab/c = log ab - logac = 2 – 3 = -1 
loga b/c = - 1 
 
2. Resolva a equação : log2x
2 + 1 – log2 x = 1 . 
Solução : 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
3ª Propriedade : 
Consideramos o seguinte exemplo : 
 
 
MUDANÇA DE BASE : 
 
 
35 
Efetuamos a mudança de um logaritmo de base a para um logaritmo de base c, através da fórmula : 
Logab = logcb . 
 log ca 
 
 
EXEMPLO : 
1)mudar para base 2 os logaritmos : 
EXERCÍCIO 
1.) Calcule, aplicando a definição de logaritmo : 
 
 
 
36 
2.) Dê o valor de: 
 
 
 
 
 
3.) Resolva as equações : 
 
 
 
 
4.) Sendo logba = 4 e logbc = 1 , encontre o valor de : 
 
 
 
 
 
5.) Determine o conjunto solução das equações : 
 
 
 
6.) Sendo log2 = 0,3 , log3 = 0,4 e log5 = 0,7 , calcule : 
 
 
 
 
SUCESSÃO OU SEQÜÊNCIA 
SUCESSÃO NUMÉRICA 
 Sucessão ou seqüência é todo conjunto em que consideramos os elementos dispostos em certa ordem. 
Uma seqüência numérica pode ser finita ou infinita. 
EXEMPLO: 
 
 
37 
(1 , 3 , 5 , 7 , 9 ) ú uma seqüência finita. 
(-2, 4, 6 , ... ) é uma seqüência infinita 
 
 
 
PROGRESSÕES ARITMÉTICAS 
 Quando escrevemos qualquer quantidade de números, um após o outro, temos o que chamamos de 
seqüência. As seqüências são , freqüentemente, resultado da observação de um determinado fato ou fenômeno. 
Imagine, por exemplo, que uma pessoa da cidade de Magé ( Rio de Janeiro ) tenha anotado as temperaturas 
máximas em cada dia do mês de abril de 1995. O resultado pode ser visto na seguinte tabela : 
 
DIA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 ... 
TEMPERATURA 
MÁXIMA ( ºC ) 
31 32 32 29 31 34 33 34 26 25 28 27 30 29 ... 
 Na linha de cima, temos a seqüência dos dias e, na de baixo, a seqüência das temperaturas. Nessa 
seqüência, dizemos que o primeiro termo é 31, o segundo termo é 32, o sexto termo é 34. 
 É conveniente representar cada termo de uma seqüência pela letra a , seguida de um índice que indica a 
sua ordem. 
 Assim, na seqüência das temperaturas, temos: 
a1 = 31 
a2 = 32 
a6 = 34 
a9 = 26 etc 
Quando desejamos falar sobre um termo qualquer de uma seqüência, escrevemos an. Assim, no 
exemplo que acabamos de dar, an representa a temperatura máxima registrada no dia n. 
 Para que você entenda bem o significado desta última frase, e de outras do mesmo tipo, substitua n por 
números naturais: 1 , 2 , 3 etc . Fazendo isso, você obtém as seguintes frases : 
 a1 representa a temperatura máxima registrada no dia 1 : 
 a2 representa a temperatura máxima registrada no dia 2 ; e assim por diante. 
Você pode usar as seqüências para registrar diversas observações, como a produção de uma fábrica em 
cada mês, o número de telefonemas que você dá por dia, a taxa de inflação mensal, etc. 
Nesta aula e nas próximas, vamos estudar certas seqüências muito especiais. Por sua regularidade, 
conhecendo alguns termos, podemos calcular qualquer outro. A primeira delas chama-se progressão 
aritmética. 
 
 
38 
 Uma progressão aritmética é uma seqüência na qual, dado um primeiro termo, obtemos todos os 
outros acrescentado sempre a mesma quantidade. Por exemplo, vamos partir do número 7 e acrescentar 3, 
diversas vezes : 
7 10 13 16 19 22 
+3 +3 +3 +3 +3 
O valor que acrescentamos a cada termo para obter o seguinte chama-se razão ( R) portanto, nesse 
exemplo, temos: 
a1 = 7 e R = 3 
Veja agora outros exemplos de progressões aritméticas e sua classificação : 
 3,7,11,15,19,23... 
 temos R = 4. 
 É uma progressão crescente. 
 9,7,5,3,1,-1,-3,-5,... 
temos R = -2 
é uma progressão decrescente. 
 4,4,4,4,4,4,4,... 
temos R = 0 . 
é uma progressãoestacionária. 
 Dada uma progressão aritmética, como calculamos sua razão ? Pense ! Não é difícil. Como a razão é a 
quantidade que acrescentamos a cada termo para obter o seguinte, podemos dizer que : 
“A razão de uma progressão aritmética é a diferença entre qualquer termo e o anterior.” 
Assim, retomando os três últimos exemplos, temos 
Na 1º progressão : R = 7 – 3 = 7 
R = 11 – 7 = 4 
R = 15 – 11 = 4 etc. 
Na 2º progressão : R = 7 – 9 = - 2 
R = 5 – 7 = - 2 etc. 
Na 3º progressão : R = 4 - 4 = 0 
 Passamos então a generalizar o que vimos nos exemplos. Considere a seguinte progressão aritmética ( 
de agora em diante representada por PA ) de razão R : 
a1 a2 a3 a4 a5 a6 an 
 
 
39 
+R +R +R +R +R +R +R 
 Suponha que você conheça o primeiro termo ( a1 ), e a razão ( R ) . Como faremos para calcular 
qualquer outro termo ? Observe as igualdades. 
 
a2 = a1 + r 
a3 = a1 + 2r 
a4 = a1 + 3r 
a5 = a1 + 4r 
 
 Vemos então que, para calcular um termo qualquer ( an ) é preciso somar ao 1º termo . n – 1 vezes a razão. Ou 
seja : 
 
Fórmula do Termo Geral 
an = a1 + ( n – 1 ) r 
 
 Para entender bem o que estamos fazendo, imagine que você está no 1º degrau de uma escada e 
deseja chegar ao 10º Quantos degraus deve subir ? É claro que são 9. Se você está no 1º degrau e deseja 
chegar ao 25º quantos deve subir ? Deve subir 24, lógico. Então, para chegar ao degrau número n. devemos 
subir n – 1 degraus. 
 Observe a aplicação dessa fórmula nos exemplos seguintes: 
Exemplo 
Qual é o trigésimo ( 30º ) termo da progressão aritmética : 10,17,24,31,38,...? 
Solução. A razão da progressão é R = 17 – 10 = 7 e o primeiro termo é a1 = 10 . Desejamos calcular o 
trigésimo termo, ou seja a30. A partir da fórmula do termo geral : 
an = a1 – ( n – 1 ) r 
Substituindo a letra n por 30, obtemos : 
Daí, a30 = a1 + ( 30 – 1 )r 
 a30 = 10 + 29 . 7 
 a30 = 213 
Portanto, o trigésimo termo da progressão dada é 213. 
EXEMPLO 
 
 
40 
Um aluno escreveu todos o número ímpares desde 17 até 63. Quantos números ele escreveu ? 
Solução. A progressão desse exemplo é a seguinte: 
17,19,21,23,...63. 
O primeiro termo é 17. o último termo pe 63 e a razão e 2. Escrevemos então: 
a1 = 17 
an =63 
r = 2 
Substituindo esse valores na fórmula do termo geral calcularmos n que é o número de termos da progressão : 
an = a1 + (n – 1) r 
63 = 17 + (n – 1) 2 
46 . 17 = 2n - 2 
46 = 2n - 2 
48 = 2n 
n = 24 
A progressão tem, portanto, 24 termos 
EXEMPLO 
Em janeiro de certo ano, João estava ganhando R$ 70,00 por mês. Seu patrão prometeu aumentar seu 
salário em R$ 4,00 todos os meses. Quanto João estará ganhando em dezembro do ano seguinte ? 
Solução: se o salário de João aumenta R$ 4,00 todos os meses, então a seqüência dos salários é uma 
progressão aritmética de razão 4. 
Vamos organizá-la assim: 
Usando a fórmula do termo geral, temos : 
a24 = a1 + 23r 
a24 = 70 + 23 . 4 
a24 = 70 + 92 
a24 = 162 
Portanto, com esses pequenos aumentos mensais , João estará ganhando, em dezembro do ano seguinte, R$ 
162,00. 
 
 
41 
ALGUMAS PROPRIEDADES DA PROGRESSÃO ARITMÉTICA 
O GRÁFICO 
Podemos visualizar os termos de uma progressão aritmética por meio de um gráfico com este: 
Os valores dos termos são representados pelas barras verticais que formam o desenho de uma escada 
. Nessa escada, a altura de cada degrau é a razão da progressão aritmética. 
UMA OUTRA FÓRMULA 
 Se você está no 6º degrau de uma escada e deseja chegar ao 10º, quantos degraus deve subir ? A 
resposta é simples : 4 degraus . Podemos escrever isso em linguagem matemática.a10 = a6 + 4r 
De modo geral , se estamos no degrau de número n e desejamos chegar ao degrau de número m, 
devemos subir m – n degraus. A nossa nova fórmula, que relaciona dois termos quaisquer, é então a seguinte: 
am = na + ( m – n ) r 
EXEMPLO 
Todos os anos, uma fábrica aumenta a produção, em uma quantidade constante. No 5º ano de 
funcionamento, ela produziu 1.460 e no 8º ano, 1940. Quantas peças ela produziu no primeiro ano de 
funcionamento? Devemos calcular a1 ou seja, a produção inicial. Tememos então nossa última fórmula: 
 am = na + (m- n ) r 
e façamos m = 8 e n = 5. ela fica assim: 
a8 = a5 + ( 8 – 5 ) r 
substituindo os valores conhecidos, temos : 
1.940 = 1.460 + 3r 
1.940 – 1.460 = 3r 
r = 160 
Sabemos agora que a razão é 160, ou seja, a produção da fábrica aumenta em 160 peças a cada ano. 
Para calcular o primeiro termo da progressão . façamos m = 5 e n = 1 na fórmula que estamos usando. Ela fica 
assim: 
a5 = a1 + (5 – 1 ) r ou 
a5 = a1 + 4r 
 
 
42 
como os valores de a5 e R são conhecidos, podemos fazer às substituições 
1.460 = a1 + 4 . 160 
 1.460 = a1 + 640 
1.460 – 640 = a1 
a1 = 820 
concluímos então que, no primeiro ano de funcionamento, essa fábrica produziu 820 peças. 
Para terminar, repare que temos duas fórmulas, muito parecidas, para relacionar dois termos de uma 
progressão aritmética e sua razão. A segundo é mais geral. Ela é capaz de calcular qualquer termo de uma PA se 
você conhece a razão e, também, um outro termo qualquer. 
SOMANDO OS TERMOS DE UMA PROGRESSÃO ARITMÉTICA 
 No assunto anterior, mostramos como calcular qualquer termo de uma progressão aritmética se 
conhecemos um de seus termos e a razão. Nesta aula, vamos aprender a somar rapidamente qualquer 
quantidade de termos de uma PA. Deduziremos a fórmula da soma dos termos de uma progressão aritmética 
usando a mesma idéia que um menino de 10 anos teve no ano de 1787. Esse menino, que se tornou um dos 
maiores matemáticos de todos os tempos, chamava-se Carl Friedrich Gauss, e uma pequena parte de sua 
história é a que relatamos a seguir. 
 O menino Gauss era alemão e vivia na cidade de Brunswick, onde, aos 10 anos, freqüentava a escola 
local. Certo dia, para manter a classe ocupada, o professor mandou que os alunos somassem todos os números 
de 1 a 100. Mas para sua enorme surpresa, o pequeno Gauss anunciou a resposta quase imediatamente : “Dá 
5.050”, 
Vamos mostrar como ele calculou “ de cabeça” a soma : 
1 + 2 + 3 + ... + 100 
primeiro vamos representar por S essa soma. 
Depois, escrevemos a mesma soma na ordem inversa e, em seguida , somamos as duas, termos a termo. 
S = 1 + 2 + 3 + .... + 98 + 99 + 100 
S = 100 + 99 + 98 + .... + 3 + 2 + 1 
2S=101 + 101 + 101 + ....+101 + 101 + 101 
assim, duas vezes S é igual à soma de 100 parcelas, todas iguais a 101 . logo: 
2S = 100 . 101 
2S = 10.100 
S = 5.050 
 
 
43 
Não há dúvida de que esse episódio da vida do menino Gauss nos mostra uma idéia brilhante . Vamos 
aproveita-la para deduzir a fórmula da soma dos termos de qualquer progressão aritmética. 
Como vimos na aula passada, podemos imaginar os termos de uma progressão aritmética como os 
degraus de uma escada . Veja uma de sete degraus , por exemplo. 
Agora, como faremos para calcular a soma das alturas de todos os degraus ? 
 
 
 
 
 
 
Podemos usar a idéia do menino Gauss. Vamos considerar duas escadas iguais e encaixar uma na outra, como 
mostra o desenho a seguir 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observando o desenho, vemos que a1 + a7 é igual a a2 + a8 que é igual a a3 + a9 e assim por diante. 
Temos então: 
S = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + a6 + a7 
S = a7 + a6 + a5 + a4 + a3 + a2 + a1 
Somando as duas igualdades, obtemos , do lado esquerdo, 2S e, do lado direito, 7 vezes a1 + a ... Logo : 
2S = (a1 + a7 ) . 7 
S = (a1 . a 7 ) 7 
 2 
 
 
 
44 
O raciocino utilizado para obter a soma dos 7 temos da progressão que nos serviu de exemplopode 
ser aplicado a qualquer outra. Portanto, se uma progressão tiver n termos, a soma de todos eles será : 
 Sn = ( a1 + an ) . n 
 2 
Nesta fórmula , é bom lembrar que : a1 é o primeiro termo, 
 an = é o último termo, 
 n = é o número de termos. 
EXEMPLO 
Calcule a soma dos 30 primeiros números impares. 
Solução : Os números ímpares são : 
1 , 3 ,5 , 7, 9 , 11 , ... 
Eles formam uma progressão aritmética de razão 2. Para calcular o trigésimo ( 30º ) termo dessa 
progressão, precisamos usar a fórmula an = a1 + ( n – 1 ) r que aprendemos na aula passada. Substituindo 
então n por 30. obtemos : 
a30 = a1 + ( 30 – 1 ) r 
a30 = 1 + 29 . 2 
a30 = 59 
vamos usar a fórmula da soma dos termos de uma progressão aritmética fazendo também n = 30 
S = ( a1 + a30 ) 30 
 2 
Substituindo os valores do primeiro e do último termo, temos: 
S = ( 1 + 59 ) . 30 = 60 . 30 = 900 
2 2 
concluímos então que a soma dos 30 primeiros números ímpares é :1 + 3 + 5 + 7 + 9 + 11 + .... + 59 = 900 
 
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS 
 Neste assunto, vamos abordar outra importante seqüência: a progressão geométrica. É possível que 
você já tenha ouvido alguém preocupado com o número de habitantes do nosso planeta dizer a seguinte frase: 
“A produção de alimentos cresce em progressão aritmética enquanto a população mundial cresce em progressão 
geométrica”. 
 
 
45 
O que essa frase significa ? 
A primeira parte da frase diz que o aumento da produção de alimentos é constante, ou seja, a cada ano 
aumenta do mesmo valor. A segunda parte da frase fala de uma seqüência cujo crescimento é cada vez mais 
rápido. 
 Para que você tenha uma primeira idéia do que vamos estudar, mostramos, no desenho seguinte, alguns 
termos de uma progressão aritmética e de uma progressão geométrica, situados sobre uma régua. Observe o 
crescimento, cada vez mais rápido , da progressão geométrica. 
 Progressão geométrica (ou simplesmente PG ) é uma seqüência de números não nulos em que cada um 
deles, multiplicado por um número fixo. Fornece o próximo elemento da seqüência. Esse número fixo chama-se 
razão, e os elementos da seqüência são os termos da progressão geométrica. 
 Por exemplo, vamos obter os termos de uma progressão geométrica de razão 2, partindo do número 3 
. 
3 6 12 24 48 96 192 384 768 1.536... 
x2 x2 x2 x2 x2 x2 x2 x2 x2 x2 ... 
Observe como o crescimento é rápido. 
Os termos da progressão geométrica são representados, como em qualquer seqüência, por a1, a2 , a3 , 
......, an e a razão será representada pela letra q . Assim, no exemplo anterior , temos a1 = 3 , a2 = 6, a3 = 12 
etc. e q = 2 . 
 Se cada termo da PG multiplicado pela razão dá o termo seguinte, então podemos afirmar que : 
A razão da PG é igual a qualquer termo dividido pelo anterior. 
No nosso estudo, vamos considerar apenas progressões geométricas de termos positivos. São as que 
têm interesse prático e ocorrem em diversos fenômenos naturais. 
Observe três exemplos que mostram a classificação das progressões geométricas: 
a1 = 2 , q = 5 
PG : 2, 10 ,50 ,250, 1.250, ... 
É uma progressão crescente. 
a1 = 8 , q =1/2 
 
PG : 8, 4 , 2 , 1 , ½ , ¼ ... 
 
 
46 
É uma progressão decrescente . 
a1 = 3, q = 1 
PG : 3, 3 , 3 , 3 , 3 , 3, .... 
É uma progressão estacionária. 
Pelo que vimos acima, concluímos que, se a razão for maior que 1, a progressão geométrica é 
crescente e, se a razão for um numero entre 0 e 1 , a progressão é decrescente . 
Vamos agora obter uma fórmula para determinar qualquer termo de uma PG a partir do primeiro termo 
e da razão. Observe então uma progressão geométrica qualquer: 
a1 a2 a3 a4 a5...... an 
xq xq xq xq xq .... 
A partir da definição de PG, temos que a2 = a1 . q 
O terceiro termo é a3 = a2 . q = a1 . q = a1 . q . q = a1 . q
2. O quarto termo é a4 = a3 . q = a1 . q
2 . q 
= a1 . q
3 e assim por diante. 
a2 = a1 . q a4 = a1 . q
3 
a3 = a1 . q
2 a5 = a1 . q
4 
Para obter então o termo de ordem n, devemos multiplicar o primeiro termo pela razão n – 1 vezes, ou 
seja: 
Fórmula do termo geral 
an = a1 . qn-1 
EXEMPLO 
Determinar o 12º termo da PG 7, 14 , 28 .... 
Como a razão da PG é igual a qualquer termo dividido pelo anterior, temos que: 
q = 14 = 2 
 7 
 para calcular o 12º termo dessa progressão, substituímos n por 12 na fórmula do termo geral . Temos 
então: 
a12 = a1 . q
11 
Substituindo os valores do primeiro termo e da razão, encontramos: 
a12 = 7 . 2
11 
a12 = 7 . 2.048 = 14.336 
 
 
47 
EXEMPLO 
Existem bactéria que se reproduzem de forma extremamente rápida. Um exemplo é a bactéria que 
causa a sífilis (chamada treponema pallidum): cada uma delas se transforma em 8 iguais no período de 1 hora. 
Se uma bactéria desse tipo começa a se reproduzir, quantas ela serão 12 horas depois, supondo que nenhuma 
delas tenha morrido? 
Solução: A população de bactéria forma uma progressão geométrica: 
Momento inicial a1 = 1 
1 hora depois a2 = 8 
2 horas depois a3 = 34 
Vemos então que, 12 horas depois, devemos calcular o 13º termo da progressão geométrica com a1 = 
1 e q = 8 . Aplicando novamente a fórmula do termo geral, com n=13, temos: 
a13 = a1 . q
12 
substituindo os valores do primeiro termo e da razão, encontramos : 
a13 = 1. 8
12 
Esse resultado dá o incrível número 68.719.476.736, ou seja, mais de 68 bilhões de bactérias ! 
 
 
Resolva a equação com que o primeiro membro representa a soma dos termos e uma PG infinita : 80x 
+ 40x + 20x + .... = 320 . 
Solução : a1 = 80x 
 q = 40x = 1 . 
 80x 2 
S = a1 . 
 1 - q 
320 = 80x 160 = 8x x = 2 S{2 } 
 1/2 
1. Encontre o termo geral da P.G.(1.5,...) 
Resp.: an =5 
2. Determine o número de termos da P.G. (1,2,....,256). 
Resp.: 9 
3. Numa P.G. de razão 4, os termos extremos são 3 e 768. Calcule o número de termos . 
 
 
48 
Resp.: n = 5 
4.Interpole três meios geométricos entre 4 e 324. 
Resp.: (4,12,36,106,324) 
5. Interpole quatro meios geométricos entre 1/18 e 432. 
Resp.: (1/18, 1/3 , 2, 12, 72, 432 ) 
6. Calcule a soma dos cinco primeiros termos da P.G. 
(√3, √3, √3,....) 
Resp.: 5√3 
7. Calcule a soma dos dez primeiros termos da P.G. (1,3,9,27...) 
Resp.: S10 = 29524 
8. Calcule a soma dos termos da P.G. (2,1,1/2 ,1/4,...) 
Resp.: S = 4 
9. Resolva as equações : 
a) x + x + x + ... = 81 S = {54 } 
 3 9 
b) x2 - x2 + x2 - x2 .... = 6 S = {-3, 3 } 
 2 4 8 
MATRIZES 
Matrizes são tabelas de números dispostos em linhas e colunas. 
MATRIZ DO TIPO ( m x n ): 
Denominamos matriz do tipo ( m x n) à matriz que tem m linhas e n colunas. 
 
Exemplo: -1 2 
 3 4 
 0 3 3 x 2 
a matriz é do tipo 3x2, pois tem 3 linhas e 2 colunas. 
As matrizes podem ser representadas das seguintes formas: 
 Através de parênteses ( ). 
( ) 
 
 
49 
 Através de colchetes [ ] . 
 Através de barras duplas || ||. 
Para dar nome às matrizes usamos letra maiúsculas. Os elementos de uma matriz são representados por 
letras minúsculas, acompanhada por índices, i e j , que indicam a linha e a coluna, respectivamente, onde se 
encontra o elemento da matriz: 
a i j coluna 
 linha 
EXEMPLO: 
Á matriz -1 0 3 vamos associar a matriz 
 2 1 4 
 A = a11 a12 a13 
 a21 a22 a23 
 então : a11 = -1, a12 = 0 , a13 = 3, a21 = 2 , a22 = 1 e a23 = 4Uma matriz pode ser genericamente representada : 
lei de formação: A = (aij ) m x n 
 
Exemplos : escreva a matriz A = (aij ) 3x2 tal que aij = 2i – j. 
Solução: a matriz 3 x 2 é do tipo 
a11 a12 
a21 a22 
a31 a32 
para obtermos o valor de cada elemento da matriz, basta substituir os valores de i e j na lei de 
formação aij = 2 i – j. 
Desta forma, teremos : 
)
 
( 
) ( 
) ( 
 
 
50 
a11 = 2 . 1 – 1= 1 a21 = 2 . 2 – 1 = 3 a31 = 2 . 3 – 1 = 5 
a12 = 2 . 1 – 2 = 0 a22 = 2 . 2 – 2 = 2 a32 = 2 . 3 – 2 = 4 
portanto, 1 0 
A= 3 2 
 5 4 
MATRIZ LINHA : 
 É a matriz que possui apenas uma linha. 
EXEMPLO: 
A = ( 3 -1 2 ) é a matriz linha ( 1 x 3 ) 
MATRIZ COLUNA: 
E a matriz que possui apenas uma coluna. 
Exemplos: 
A = 3 é a matriz coluna ( 2 x 1 ) 
 -2 
MATRIZ QUADRADA : 
É a matriz que tem o mesmo número de linhas e colunas, isto é , m = n. 
a) 2 4 
 -1 3 2x2 matriz quadrada de ordem 2 
b) 1 3 0 
 2 1 5 
 4 3 2 3x3 matriz quadra de ordem 3 
 
DIAGONAL PRINCIPAL 
 
 
 
) ( 
) ( 
) ( 
) ( 
 
 
51 
 
DIAGONAL SECUNDÁRIA 
Diagonal principal: formada pelos elementos ( a11, a22, a23 ) com i = j 
Diagonal secundária: formada pelos elementos ( a13,a22,a31). 
 
É toda matriz cujos elementos da diagonal principal são iguais à unidade, Será indicada por In, onde n 
é a ordem da matriz. 
EXEMPLO: 
 1 0 0 
In = 0 1 0 
 0 0 1 
 
1 – Sabendo que a matriz C abaixo é nula, determine os valores de a e b . 
 
C = 2a + 4 0 
0 3-y 
Solução: para matriz C dada seja nula, devemos ter: 
2a + 4 = 0 -4 a = -2 
3 – y = 0 - y = -3 y = 3 
duas matrizes A e B de mesma ordem, são iguais se seus elementos correspondentes forem iguais . 
EXEMPLOS: 
1) sejam as matrizes 
2 3 - 4 3x 3 -y 
A= 3 1 5 e B = 3 + 3z 1 5 
Determine x, y e z para que A = B. 
Solução: 
3x = 2 x = 2/3 
) ( 
) ( 
) ( ) ( 
 
 
52 
-y = - 4 y = 4 
3 + 3z = 3 3z = 0 z = 0 
2) Dadas as matrizes A = 2 x -y e B= 2 2 , determine x e y para A = B 
 3 6 3 x+y 
Solução : 
x – y = 2 
x + y = 6 
 2x = 8 
x = 4 
Substituindo x = 4 em x – y = 2, obtemos y = 2. Portanto x = 4 e y = 2. 
SOMA 
Considerando duas matrizes A e B, do mesmo tipo, denominamos matriz soma de A e B à matriz C = 
A + B, do mesmo tipo que A e B, de tal forma que cada um de seus elementos seja igual à soma dos elementos 
correspondentes nas matrizes A e B. 
EXEMPLO: 
Se A = -2 4 e B = 3 -1 
 3 2 5 -3 
 
A + B = -2 + 3 4 – 1 
 3+5 2 – 3 , portanto , A + B= 1 3 
 8 -1 
 
SUBTRAÇÃO: 
Matriz Oposta: dada a matriz A, denomina-se matriz oposta de A a matriz –A, cujo elemento da linha i e da 
coluna j é o oposto do elemento que está na linha i e na coluna j da matriz A. 
EXEMPLO: 
 4 -3 2 -4 3 -2 
Se A = 0 1 -5 , então sua oposta é –A= 0 -1 5 
) ( ) ( 
) (
 
) ( 
) ( ) ( 
) ( ) ( 
 
 
53 
 3 -1 2 3 1 -2 
considerando duas matrizes A e B, do mesmo tipo, subtrai-se a matriz B da matriz A que equivale à 
soma da matriz A com a matriz oposta a B , isto é: A – B = A + ( - B ). 
EXEMPLO: 
Dada a matriz A = -1 4 e B= 5 2 , determine A – B . 
 3 -2 -1 4 
Solução : 
- 1 4 + -5 -2 = -6 2 
 3 -2 1 -4 4 -6 -B 
considerando um número real K e uma matriz A (m x n ), multiplicar o número K pela matriz A significa 
multiplicar todos os elementos da matriz A pelo número K. 
EXEMPLO : 
 Considere a matriz A = - 2 4 e o número real K = 3 
 1 -3 
solução: 
 
3A =3. -2 4 -6 12 
 1 -3 3 -9 
A operação de multiplicação é efetuada multiplicando-se linha por coluna, isto é,cada elemento de uma 
linha é multiplicado pelo elemento correspondente de uma coluna e, em seguida, os produtos são adicionados. 
Na multiplicação de duas matrizes A e B, o número de colunas de A deve ser igual ao número de linhas 
de B; o produto AB terá o mesmo número de linhas de A e o mesmo número de colunas de B. 
A m x n . Bn x p = A . Bm x p. 
EXEMPLO: 
Dadas as matrizes A= 2 -1 e B = -1 3 0 
 0 3 1 2 -1 
determine AxB. 
Solução: 
 
) ( ) ( 
) ( ) ( ) ( 
) 
) ( ) ( 
) ( ) ( 
( 
 
 
54 
 
Seja A uma matriz quadrada de ordem n, Se existir uma matriz B tal que A . B = B . A = I , dizemos 
que a matriz B é a matriz inversa de A, e indicamos por A-1. 
EXEMPLO: 
Determinar a inversa da matriz A= 3 4 
 1 0 
Solução : 
seja A –1 = I2 
sabemos que A-1 = a b 
 c d 
3 4 a b = 1 0 3a + 4c 3b + 4d = 1 0 
1 0 c d 0 1 a b 0 1 
pela igualdade de matrizes, teremos os sistemas: 
3a + 4c = 1 3b + 4d = 0 
a = 0 b = 1 
3 . 0 + 4c = 1 4c = 1 c = 1/4 
3 . 1 + 4d = 0 4d = 3 d = - 3 /4 
Portanto : A –1= 0 1 
 1/4 -3/4 
 
1. Dada a matriz A = 1 2 , determinar a oposta de A 
 -1 -4 
2. classificar as matrizes dadas quanto ao tipo e à ordem: 
a) A = 1 3 b) -2 1 
 0 0 0 3 
 4 -1 
 c) ( 2 4 5 ) d) A= 2 
) ( 
) ( 
( ( 
( 
( ( ) ) 
) 
) ) 
( ) 
( ( 
( 
) ) 
) 
 
 
55 
 3 
 -1 
3. sendo A = 1 0 2 e B= 3 0 1 , calcule: 
 -4 1 3 4 2 -1 
a) A + B b) A - B c) B - A 
4. Dadas as matrizes A= 1 2 e b= 4 -1 , determinar : 
 0 3 0 2 
a) 1/3 b) –3B c)2A - 3B d)2At + 3Bt 
5. Dada a matriz A= -2 5 , calcule o produto A . At 
 4 -1 
6. Efetue os produtos : 
a) 5 1 . 4 2 3 d) 1 3 . 4 
 2 -3 1 1 1 2 4 3 
 3 5 
b) 1 2 . 5 4 e) 1 3 . 1 0 5 
 3 4 2 3 4 2 2 6 3 
 6 -1 
c ) ( 1 5 8 ) . 0 
 1 
 3 
Seja A matriz quadrada de segunda ordem A = a11 a12 
 a21 a22 
 
Denomina-se determinanteassociado à matriz A o número obtido pela diferença entre os produtos dos 
elementos da diagonal principal e da diagonal secundária.. 
Representa-se em determinante de segunda ordem por: det 
 
) ) ( ( 
) ( 
) ( ) ( 
) ( ) 
) ) ) ) ( 
( ( 
( 
( 
( ( 
) ) 
) ( 
( ) 
 
 
56 
A = a11 a12 = a11 . a22 - a21 . a12 
 a21 a22 
EXEMPLOS: 
1) Dê o valor do determinante -2 1 
 3 4 
Solução : 
-2 1 = ( -2 ) . 4 – 3 1 = - 8 - 3 = - 11 
3 4 
 
2) x - 2 -1 = 0 
 4 3 
Solução : 
X – 2 1 = 0 
 4 3 
3 ( x – 2 ) – 4 ( - 1 ) = 0 
3x – 6 + 4 = 0 
3x - 6 + 4 = 0 
3x = 2 
 x = 2 / 3 
S + 2/3 
Regra de Sarrus: 
Seja a matriz A = a11 a12 a13 
 a21 a22 a23 
 a31 a32 a33 
anota-se a matriz dada e repete-se, à direita , a primeira e a segunda colunas, conforme o esquema abaixo: 
a11 a12 a13 a11 a12 
| | 
| | 
| | 
| | 
| | 
| | 
 
 
57 
a21 a22 a23 a21 a22 
a31 a32 a33 a31 a32 
- - - + + + 
multiplicando os elementos segundo cada diagonal e associando aos produtos o sinal indicado, teremos : 
det A= a11 . a22 . a33 + a12 . a23 . a31 + a13 . a21 . a32 - a13 . a22 . a31 - a11 . a23 . a32 - a12 
. a21 . a33 
 EXEMPLO : 
Calcular o determinante da matriz A , sendo 
 A = 1 - 1 0 
 2 3 1 
 -2 0 4 
Solução 
A = 1 - 1 0 1 -1 
 2 3 1 2 3 
 -2 0 4 -2 0 
MENOR COMPLEMENTAR: 
Chama-se menor complementar Dij relativo a um elemento aij da matriz A o determinante associado 
à matriz quadrada de segunda ordem, obtida em A, e que se obtém eliminando, em A, a linha e a coluna em que 
se encontra o elemento considerado. 
EXEMPLO: 
Seja a matriz A = a11 a12 a13 
 a21 a22 a23 
 a31 a32 a33 
a11 – a12 – a13 D11 = a22 a23 eliminando a 1ª linha a 1º coluna 
a21 a23 a23 a32 a33 eliminando a 2ª linha a 3ª coluna 
a31 a32 a33 D23 = a11 a12 
 a21 a32 
COFATOR 
| | 
| | 
| | | | 
 
 
58 
 Chama-se cofator de aij o número real que se obtém multiplicando ( - 1 ) ij pelo menor complementar de aij 
Aij = ( - 1 ) 
i + j . Dij em que Aij é cofator 
Da matriz anterior temos : 
 1ª linha 1ª coluna 
A11 = ( - 1 ) 
i + j . D11 = a22 a23 
 a32 a33 
A23 = ( - 1 ) 2 + 3 . D 23 = a11 a12 
 a31 a32 
Dada a matriz A = - 1 0 2 
 3 -1 1 , calcule : 
 4 -2 1 
a) A11 b)A32 
 
Solução : 
a) A = -1 0 2 
 3 -1 1 
 4 -2 1 
a) Aij = ( - 1 ) i + j . Dij 
A11 = ( - 1 ) 
1 + 1 . D 11 
A11 = 1 . -1 1 
 -2 1 
A11 = 1 
Seja matriz quadrada de ordem n indicada a seguir: 
b) A = -1 0 2 
 3 -1 1 
 4 -2 1 
 
 
59 
A32 = ( - 1 ) 3 + 2 . - 1 2 
 3 1 
 Seja matriz quadrada de ordem n indicada a seguir 
a11 a12 ... an 
a21 a22 ... a2n 
a31 a32 ... a3n 
 
am1 am2 amn 
o determinante desta matriz é dado por : 
det = a11A11 + a12A12 + a13A13 + ... ainAin 
EXEMPLO : 
Calcular o determinante da matriz A, sendo : 
 
A= 2 -1 3 
 0 4 5 
 6 -2 1 
 
Solução: 
Para se aplicar esse método escolhe-se uma linha ou uma coluna. 
Pelos elementos da primeira linha: 
Det A= a11.A11 + a12 . a13 . A13 . 
Det A = 2 (14 ) + ( - 1 ) . (+30 ) = 3 . ( - 24 ) 
Det A = 28 - 30 - 72 
Det A = - 74 
1 . Calcule o valor de : 
 
 
 
60 
 
2. Resolva as equações: 
 
 
3. Calcule o valor dos determinantes: 
 
 
 
4. Sendo a= -1 1 -1 e B = 3 0 1 , calcule 3a + 2b . 
 -2 3 -3 -1 6 2 
 2 0 4 -2 1 4 
5. Resolva as seguintes equações em R : 
 
 
 
6. Dada a matriz A = -3 2 , calcule cofatores A12 e A 22 . 
 4 0 
 
7. Calcule os cofatores A21, A23,A31 e A33 da matriz 
 0 -2 1 
A= 3 2 4 
 -1 6 -3 
8. Calcule os seguintes determinantes, aplicando o teorema de Laplace: 
 1 2 3 0 1 -2 
a) 4 5 6 b) 3 -2 1 
 7 8 9 0 1 0 
 
 
61 
 
 
AS COMBINAÇÕES 
UMA FÓRMULA PARA O CÁLCULO DAS COMBINAÇÕES 
 Vamos supor que temos n objetos disponíveis para escolha e que, destes , vamos escolher p objetos ( 
p < n ). O número de maneiras de se fazer essa escolha chama-se combinação e representa-se por Cpn . 
Portanto, o número de combinações de n elementos p a p é calculado por : 
Cpn = n ! . 
(n – p )!p! 
Em nosso exemplo, temos n = 5 e p = 3 . Aplicando a fórmula , obtemos : 
C35 = 5! = 5! = 5 . 4 . 3! = 5! . 4 = 10 
 (5 – 3 )!3! 2! 3! 2! 3! 2 
Vamos resolver mais alguns problemas nos próximos exemplos. Leia com atenção o enunciado, 
interprete-o e tente resolver cada exemplo sozinho. 
 Assim você poderá verificar se realmente compreende o problema e sua solução. 
EXEMPLO 
 Em um hospital há apenas 5 leitos disponíveis na emergência. Dez acidentados de um ônibus chegam e 
é preciso escolher 5 para ocupar os leitos. Os outros ficariam em macas, no corredor do hospital. De quantas 
formas poderíamos escolher 5 pessoas que ficariam nos leitos ? 
Solução: 
Na realidade, os responsáveis pela emergência estudariam cada caso e escolheriam os mais graves, 
mas imagine que todos tenham a mesma gravidade. 
 Neste caso, há duas coisa a observar : 10 pessoas, 5 serão escolhidas e a ordem em que a escolha é 
feita não importa. Trata-se, então , de uma combinação onde: 
N = 10 ( números de “ objetos” disponíveis ) 
P = 5 ( número de “objetos” a serem escolhidos ) 
Usando a fórmula , temos : 
C510 = 10! = 10! = 10 . 9 . 8 . 7 . 6 . 5! = 10 . 9 . 8 . 7 . 6 = 3 . 2 . 7 . 6 = 252 
 (10 – 5 )! 5! 5! 5! 5! 5! 5 4 3 2 1 
Logo, há 252 formas de escolher as 5 pessoas que irão ocupar os 5 leitos. 
Exemplo 
 
 
62 
 Uma pequena empresa quer formar um time de futebol e 15 funcionários se inscreveram, dizendo que 
aceitam jogar em qualquer posição. De quantas formas é possível escolhe os 11 jogadores do time ? 
Solução: 
 De 15 operários , 11 serão escolhidos e a ordem de escolha não importa, pois queremos escolher 
apenas os jogadores sem determinar as posições campo . 
 Temos, então, as características de uma combinação de 15 pessoas (n = 15) para formar grupos de 
11 (p = 11). 
Usando a fórmula: 
C1115 = 15 = 15 . 14 . 13 . 12 . 11! = 15 . 14 . 13 . 12 = 15 . 7 . 13 = 1365 
 (15 –11 )! 11! 4 ! 11! 4 . 3 . 2 . 1 
Assim , os jogadores podem ser escolhidos de 1365 formas diferentes.

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