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A TRANSMISSÃO DOS TEXTOS E O TRABALHO FILOLÓGICO Curso de Introdução à Filologia R a fa e l R .S . C a rd o s o PALEOGRAFIA “DE GENTE GRANDE” – A PEDRA DE ROSETA R a fa e l R .S . C a rd o s o CHAMPOLLION A escrita hieroglífica do antigo Egito foi decifrada pelo exame da pedra de Roseta, na qual se encontrava um texto grafado em três versões, hieróglifos, demótico e grego. Essa pedra foi descoberta num local situado a 30 quilômetros de Alexandria, em 1799, por Boussard, um dos sábios franceses que acompanharam Napoleão ao Egito. A escrita demótica, que era uma forma simplificada de hieróglifos, tinha sido adotada em torno do ano 700 a. C. e vigorou até a chegada dos romanos ao Egito. Fonte: http://ohomemhorizontal.blogspot.com.br/2010/02/c hampollion-e-pedra-de-roseta.html R a fa e l R .S . C a rd o s o LIVRO MANUSCRITO - MATÉRIA INSTRUMENTAL - CÁLAMO R a fa e l R .S . C a rd o s o PRODUÇÃO DO PAPIRO - MATÉRIA SUBJETIVA R a fa e l R .S . C a rd o s o MATÉRIA SUBJETIVA - PAPIRO R a fa e l R .S . C a rd o s o MATÉRIA SUBJETIVA - PERGAMINHO R a fa e l R .S . C a rd o s o MATÉRIA SUBJETIVA - PERGAMINHO R a fa e l R .S . C a rd o s o FABRICAÇÃO DO PAPEL – PONTUSAIS E VERGATURAS R a fa e l R .S . C a rd o s o FABRICAÇÃO DO PAPEL: FILIGRANAS R a fa e l R .S . C a rd o s o MATÉRIA SUBJETIVA - PAPEL R a fa e l R .S . C a rd o s o VOLUMEN R a fa e l R .S . C a rd o s o VOLUMEN R a fa e l R .S . C a rd o s o VOLUMEN R a fa e l R .S . C a rd o s o BIFÓLIOS IN-FOLIO, IN-QUARTO, IN-OCTAVO R a fa e l R .S . C a rd o s o CODEX: FOLHAS DOBRADAS R a fa e l R .S . C a rd o s o CODEX R a fa e l R .S . C a rd o s o CODEX GIGAS R a fa e l R .S . C a rd o s o O COPISTA R a fa e l R .S . C a rd o s o O COPISTA R a fa e l R .S . C a rd o s o O COPISTA – O NOME DA ROSA R a fa e l R .S . C a rd o s o ILUMINURAS R a fa e l R .S . C a rd o s o ILUMINURAS R a fa e l R .S . C a rd o s o LETRAS CAPITULARES R a fa e l R .S . C a rd o s o LETRAS CAPITULARES R a fa e l R .S . C a rd o s o O PROCESSO DE IMPRESSÃO: COMPOSIÇÃO (CAIXOTIM, BANDEJA COM ENTRELINHAS, RAMA) E IMPRESSÃO (BALA, PLATINA) R a fa e l R .S . C a rd o s o IMPRENSA R a fa e l R .S . C a rd o s o PRONTO PARA IR PARA A RAMA R a fa e l R .S . C a rd o s o ASSINATURA EM FERNÃO DE OLIVEIRA R a fa e l R .S . C a rd o s o RECLAMO E ASSINATURA EM JOÃO DE BARROS R a fa e l R .S . C a rd o s o PROCESSO DE IMPRESSÃO R a fa e l R .S . C a rd o s o O LIVRO IMPRESSO A edição é o conjunto obtido através de sistema mecânico de reprodução Cada leva dessa reprodução se chama tiragem. Cada unidade leva o nome de exemplar. Reimpressão (mesma matriz) / reedição (nova matriz). R a fa e l R .S . C a rd o s o TIPOLOGIA DOS ERROS Erros – modificações não-autorais do texto. Para reconstruir um texto que seja fiel à vontade do autor, é necessário eliminá-los. Blecua (1990): adição, omissão, alteração da ordem, substituição Roncaglia (1975): erros de leitura, de memorização, de ditado interior (aloglossia, diacronia), de execução manual Erros paleográficos: comuns quando o copista transcreve um texto em uma língua com a qual não está habituado. R a fa e l R .S . C a rd o s o TIPOLOGIA DOS ERROS Homeoteleuto: salto-bordão Lição (trecho de um testemunho) Variante (trecho divergente) Em casos de erro do próprio autor, deve-se manter a lição genuína, ainda que não seja a correta. Exemplo de erro de memória de Machado de Assis(Nascentes, 1980): “Aristote dit oui et Galien dit non” -> “Hippocrate dit oui, mais Galien dit non” R a fa e l R .S . C a rd o s o ETAPAS DO TRABALHO FILOLÓGICO Antigamente, a edição era feita com base em apenas um manuscrito (o mais próximo e acessível). Entretanto, no Renascimento surgem grandes filólogos e, posteriormente, Lachmann e Pasquali definem uma metodologia para a Filologia. R a fa e l R .S . C a rd o s o ETAPA 1 – CRÍTICA TEXTUAL Rescensio – Todos os códices; tradição direta (manuscritos ou impressos) e indireta (comentários, tradução, citação etc) da obra Collatio Codicum – escolhe-se o melhor, que será a base. Rejeitam-se testemunhos coincidentes Estemática – estema (árvore genealógica) Emendatio – adequar de acordo com a Paleografia; “correção dos erros”, com base em códices ou na intuição; lei da maioria; Psicologia da atenção; tipógrafo de Gil V. (p. 37) R a fa e l R .S . C a rd o s o ESTEMA DAS EDIÇÕES IMPRESSAS DO LIVRO MORMON (HTTP://WWW.MORMONINTERPRETER.COM) R a fa e l R .S . C a rd o s o ETAPA 2 – CRÍTICA HISTÓRICO-LITERÁRIA Autenticidade (autoria) Datação Fontes – ex.: terminologia gramatical latina Circunstâncias (ex.: pseudônimo masculino de George Sand) Sorte Unidade e Integridade da obra Linguagem do texto - Influências, preferências Avaliação crítica – valor documental e literário R a fa e l R .S . C a rd o s o ETAPA 3 – EXEGESE DO PORMENOR Explicação de aspectos obscuros do texto através da hermenêutica (ciência da interpretação) É muito comum em notas de pé de página, em edições críticas ou comentadas. R a fa e l R .S . C a rd o s o
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