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1° Período - Módulo 1 - "VOCÊ TEM PLANO DE SAÚDE?"

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Centro Universitário de Mineiros – UNIFIMES
Curso de Medicina
Tutoria 1ª Etapa
Unidade I
PROBLEMA 3
VOCÊ TEM PLANO DE SAÚDE?
Alunos: Ana Laura Pereira Lino/201710278
	 Fernanda Rodrigues da Silveira/201710322	
	 Jêmina Neves Palheta/201710203
	 Kárita Ariel Vinhal/201710287
	 Lucas Guerra Borges/201710226
	 Mirelly Karoline Cunha/201710204
	 Vitória Ribeiro Farinha/201710213
	 Vittor Zaltron Nascimento/201710275
05/03//2017
1.2 INTRODUÇÃO
A saúde é, acima de tudo, um direito universal e fundamental do ser humano, firmado na Declaração Universal dos Direitos Humanos e assegurado pela Constituição Federal de 1988. A efetivação da saúde como direito universal é um desafio que só pode ser alcançado por meio de políticas sociais e econômicas que reduzem as desigualdades sociais e regionais em nosso país, assegurando a cidadania e o fortalecimento da democracia.
Ao SUS cabe a tarefa de promover, proteger e recuperar a saúde, garantindo atenção qualificada e contínua aos indivíduos e às coletividades, de forma equitativa. É preciso compreender o funcionamento deste sistema para usufruir dos direitos impostos por ele, identificando a importância do controle social, epidemiológico, da equipe multiprofissional, entre outros aspectos, tais como a gestão, para assim podermos reivindicar por melhorias. 
Com o advento do SUS, toda a população brasileira passou a ter direito à saúde universal e gratuita, financiada com recursos provenientes dos orçamentos da união, dos estados, do distrito federal e dos municípios, isto é, um avanço na saúde pública brasileira.
1.3 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Objetivo Geral: Compreender o funcionamento e a importância do SUS	
Objetivos Específicos:
- Conhecer a história do SUS e seus benefícios como Sistema Único de Saúde;
- Pontuar as organizações que garantem o funcionamento do SUS;
- Conhecer o SUS como plano de saúde;
- Identificar a importância do controle social para fazer as mudanças e implantações necessárias;
- Caracterizar os níveis de atenção à saúde;
-Compreender a adaptação do sistema de acordo com as necessidades da população conforme indicadores epidemiológicos;
-Caracterizar a gestão e o financiamento do SUS;
- Justificar a importância da equipe multiprofissional para a abrangência e resolutividade do atendimento as necessidades em saúde.
1.4 RESPOSTAS E DISCUSSÕES
Há alguns anos o Brasil vem implantando o Sistema Único de Saúde, o SUS, criado para ser o sistema de saúde dos 187 milhões de brasileiros, sem nenhum tipo de discriminação. A proposta do SUS, está vinculada a uma ideia central: todas as pessoas têm o direito à saúde. Este direito está ligado à condição de cidadania. Mas ainda faltam recursos e ações para que o sistema público atenda com qualidade a toda a população. 
Engana-se quem pensa que o SUS se resume a consultas, exames e internações. O sistema hoje faz muito com poucos recursos e também se especializou em apresentar soluções para casos difíceis, como o atendimento a aidéticos e os que necessitam de transplantes. 
 No início do século XX, no ano de 1904, vários acontecimentos desencadearam a conhecida Revolta da Vacina. Anos mais tarde, em 1948 foi criado o primeiro Conselho de Saúde, que é considerado o ponto inicial da saúde pública. No momento que antecede a criação do SUS havia uma dualidade na administração da saúde, somente os trabalhadores com carteira assinadas eram socorridos por este remoto sistema de saúde. Destas falhas surgem as reinvindicações vindas da base da sociedade, essas reclamações permearam o que ficou conhecido como Movimento Sanitarista. A 8° Conferência Nacional da Saúde, que ocorreu em 1986 norteou os parâmetros que mais tarde estariam na Constituição de 1988 e que datou a criação do SUS, que representa a materialização de uma concepção de saúde que antes era a “não doença” e que deu lugar a uma nova corrente centrada na prevenção e promoção dos agravos. 
Ao longo dos anos, para o aperfeiçoamento do Sistema foram criados programas específicos em determinadas áreas como Programa Nacional de Imunizações, Saúde do Homem, Olhar Brasil, De Volta para Casa, Farmácia Popular, Academia da Saúde e entre outros. Todos os programas criados têm como principal objetivo dar uma atenção maior aos cidadãos em áreas especificas para que o atendimento se torne mais rápido e eficaz.
 	 Diante disso, existem os princípios organizacionais do Sistema Único de Saúde (regionalização e hierarquização, resolutividade, descentralização, participação do setor privado e dos cidadãos) visam à otimização do funcionamento do sistema. 
 Neste sentido, a autoridade do SUS é exercida primeiramente na União, pelo Ministro da Saúde, em segundo lugar nos Estados, pelos Secretários Estaduais de Saúde, e, nos municípios, pelos Secretários Municipais de Saúde. Cada esfera de governo é autônoma em suas decisões e atividades, desde que respeite os princípios gerais.
 A participação comunitária também é um dos princípios organizativos do Sistema Único de Saúde, sendo estabelecida e regulada pela Lei nº 8.142/90, a partir da criação de Conselhos e Conferências de Saúde. Dentre os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), a participação ou controle social na saúde destaca-se como de grande importância, pois é a garantia de que a população participará do processo de formulação e controle das políticas de saúde. Controle social também pode ser definido como a "capacidade que a sociedade civil tem de interferir na gestão pública, orientando as ações do Estado e os gastos estatais na direção dos interesses da coletividade”. É "toda ação controladora da sociedade sobre o estado, objetivando as políticas de saúde”. 
Como forma de participação da população na saúde, tem se as conferências de saúde e os conselhos de saúde nas três esferas de governo: nacional, estadual e municipal. Atuam na elaboração de estratégias e no controle da execução da política de saúde. As Conferências de Saúde são realizadas no mínimo a cada quatro anos, por meio de uma Conferência Nacional, Conferências Estaduais e Municipais, propiciando oportunidades de discussão e análise da situação geral de saúde da população e estabelecendo orientações para o funcionamento dos serviços de saúde do SUS. 
Já os Conselhos de Saúde são definidos como organismos colegiados de caráter deliberativo e permanente, compostos por representantes do governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários, sendo que a representação dos usuários se dá de forma paritária em relação aos demais segmentos. Também estão presentes em todas as esferas de governo: conselhos municipais, conselhos estaduais e Conselho Nacional de Saúde.
Além dos conselhos municipais existe uma outra opção de participação direta da sociedade na gestão da saúde local, que são os chamados, em alguns municípios, conselhos gestores locais. Estes órgãos funcionam em hospitais, ambulatórios e unidades de saúde, tendo composição tripartite: funcionários do SUS, usuários e representantes da administração municipal.
O trabalhador da saúde se constitui em sujeito fundamental para a construção e a viabilização das mudanças nas práticas de saúde, e, como tal, é necessário que compreenda os princípios que direcionam o Sistema de Saúde no qual estão inseridos. Considerar o trabalhador do SUS como participante das políticas públicas em saúde em seus aspectos administrativos, técnicos, políticos e sociais; torna-se condição fundamental para a construção e viabilização de reais mudanças institucionalizadas e legitimadas socialmente.
Em relação a estes conselhos, foram destacadas algumas dificuldades que prejudicam o seu funcionamento efetivo: a falta de preparo dos profissionais e dos usuários para atuarem e os baixos resultados alcançados pelos conselhos junto ao gestor municipal. 
O SUS é fragmentado em níveis de atuação, para um atendimento melhor e mais organizadopara a população. São eles, 3 níveis:
- Primário: inserida a UBS (Unidade Básica de Saúde), mais conhecida como posto de saúde. Seu papel é auxiliar, através de políticas públicas, na prevenção de doenças e na preservação do bem-estar de uma comunidade ou população. Essas ações são controladas pelos municípios. As UBSs têm um papel fundamental que é integrar toda a população em um sistema de saúde democrático, fazendo com o que o espaço de atuação das UBSs não esteja somente dentro das mesmas, mas sim nas casas das pessoas de uma região (o que se dá através dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) que são responsáveis por cada região de um município, dentro das UBSs, são marcadas consultas e exames básicos, além de serem realizados procedimentos básicos.
- Secundário: inseridas as UPAs (Unidade de Pronto Atendimento), os hospitais e outras unidades de atendimento especializado ou de média complexidade. Nesses estabelecimentos podem ser realizados procedimentos de intervenção, tratamento de situações crônicas e de doenças agudas. Em termos de disponibilidade tecnológica, os equipamentos presentes no nível secundário são mais sofisticados que os do nível primário. Há um maior “leque” de profissionais por se contar com médicos de áreas especializadas, como cardiologistas, anestesistas, psiquiatras, pediatras, entre outros. A organização desse nível é feita com base em macro e microrregiões de cada estado, devendo apresentar tanto ambulatórios como hospitais.
- Terciário: nesse nível estão os hospitais de alta complexidade, subsidiados pela esfera privada ou pública. Nessas instituições podem ser realizadas manobras mais invasivas, caso haja necessidade, intervindo em situações nas quais a vida do usuário do serviço está em risco. No aparelhamento dos estabelecimentos do nível terciário estão presente máquinas de tecnologia avançada (como equipamentos para ressonância magnética, tomógrafos e hemodinâmicas, por exemplo). O objetivo desse nível de saúde é garantir que procedimentos para manter os sinais vitais sejam realizados. Os profissionais desse nível, por ter uma alta complexidade, requerem um maior prazo de especialização, como oncologistas, nefrologistas e neurocirurgiões, por exemplo.
As políticas públicas são o meio pelo qual a sociedade dá forma ao que ela deseja ser ou se tornar, ou seja, ela por meio de movimentos sociais estabelece uma imagem objetiva acerca de seus valores e dá publicidade as suas prioridades. É necessário, assim, haver uma articulação entre os conhecimentos epidemiológicos e as políticas públicas, principalmente no setor da saúde, em virtude disso é importante o planejamento de um modelo compreensivo do processo de determinação da saúde e da doença na dimensão coletiva, bem como o meio mais efetivo das abordagens e níveis de intervenção.
Para fazer esse tipo de análise de uma determinada população é necessário observar dois fatores, o de incidência e o de prevalência. Ambas são medidas de frequência de ocorrência de doença, prevalência mede quantas pessoas estão doentes e incidência mede quantas pessoas tornaram-se doentes. Ambos os conceitos envolvem espaço e tempo – quem está ou ficou doente num determinado lugar numa dada época. Com a análise desses dois fatores é possível traçar o perfil da população ao observar quais as doenças mais acometem a região e elaborar politicas de promoção e prevenção a saúde.
Especificamente no período de 2000 a 2004, que correspondeu ao III Plano Diretor, observou-se um fortalecimento e desenvolvimento expressivo da epidemiologia nos serviços de saúde, em todas as três esferas de governo. A criação da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, que integrou em um único órgão, a vigilância, prevenção e o controle de doenças transmissíveis e não transmissíveis, a vigilância ambiental, a sistematização dos dados sobre a saúde produzidos na rede de serviços própria e conveniada ao SUS, e em especial dos sistemas de informação epidemiológica foi um passo significativo dessa consolidação. Desenvolveu-se, também, uma melhor articulação entre a Vigilância Epidemiológica e as políticas de prevenção e controle, a rede de referência de laboratórios de saúde pública, e também as unidades hospitalares. Além disso, implantou-se uma unidade de respostas rápidas para identificação e investigação de surtos, epidemias e eventos inusitados, que vem possibilitando o desencadeamento de medidas oportunas para o controle respectivo.
As equipas multidisciplinares configuram um conjunto diversificado de áreas profissionais, necessárias à implementação da totalidade das ações que podem viabilizar a atenção integral na área da saúde, com o objetivo de aprimorar os serviços a serem prestados e executados.
No processo de produção em saúde, a denominação “equipe” sempre fará referência a uma situação de trabalho, e este, referindo-se à obtenção de bens ou produtos para a atenção às necessidades humanas. Além disso, destacam as habilidades relacionais tomadas como ferramentas essenciais da proposta e transformação de modelos assistenciais. Na proposta de Saúde da Família, o trabalho em equipe constitui uma prática em que a comunicação entre os profissionais deve fazer parte do exercício cotidiano do trabalho, no qual os agentes operam a articulação das intervenções técnicas por meio da linguagem.
Discutir a importância das equipas multidisciplinares no tratamento de qualidade numa área complexa como a da Saúde, significa compreender o pressuposto de que o espírito multidisciplinar, mais do que ser pensado e teorizado, deve ser vivenciado. Além do campo da responsabilidade e do saber específico de cada profissão, há um campo de competência e responsabilidade partilhado e, como tal, é necessário desenvolver práticas que contribuam para a qualidade do trabalho quotidiano, para a troca de conhecimentos entre os membros da equipa e entre estes e os doentes, na atenção individual e coletiva.
1.5 CONCLUSÃO
Assim é importante demonstrar as iniciativas que visam contribuir para a conquista dos direitos à saúde e o fortalecimento do SUS. Por isso, é importante que toda população conheça seus direitos, perceba os avanços já conquistados, e o funcionamento deste, para que o SUS possa se concretizar, cada vez mais, como plano de saúde do Brasil, valorizando a equipe multiprofissional na saúde, a qual desenvolve um trabalho conjunto no qual os profissionais se envolvem na assistência, de acordo com seu nível de competência específico, e possam oferecer um saber capaz ajudar a solucionar os casos mais simples ou mais complexos.
É importante lembrar que o funcionamento dos conselhos de saúde é a condição essencial e obrigatória ao funcionamento do SUS. As gestões municipais do SUS, em articulação com as demais esferas de governo, devem desenvolver ações conjuntas com outros setores governamentais - isto é, adaptar o sistema conforme os indicadores epidemiológicos - como meio ambiente, educação, urbanismo etc., que possam contribuir, direta ou indiretamente, para a promoção de melhores condições de vida e de saúde para a população.
1.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
[1] PEREIRA, J. C. R.; PAES, A. T.; OKANO, V. Espaço aberto: Questões comuns sobre epidemiologia, estatística e informática Revista do IDPC, São Paulo, v. 7, p. 12-17, 2000
[2] Paim J.S., O que é SUS. Editora Fiocruz.
[3] Silva GGA, Egydio MVRM, Souza MC. Algumas considerações sobre controle social no SUS: usuários ou consumidores? Saúde Debate.
[4] Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (BR). O SUS pode ser seu melhor plano de saúde. Brasília (DF): MS; 2003.
[3] Acessos online: 
http://pensesus.fiocruz.br/descentralizacao 
http://pensesus.fiocruz.br/financiamento 
http://pensesus.fiocruz.br/participacao-social 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072007000300013
http://portalamm.org.br/controle-social-no-sus/
http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/livros/Manual_Para_Entender_Controle_Social.pdf
https://drauziovarella.com.br/videos-3/sus-e-planos-de-saude-privados/http://www.idec.org.br/uploads/publicacoes/publicacoes/cartilha_SUS_3edicao.pdf
http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/importancia-das-equipas-multidisciplinares

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