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1 TRANSFERÊNCIA DE CALOR: FUNDAMENTOS Capítulo 1 08/2013 2 Capítulo 1 1.1. Conceito de Calor 1.2. Condução 1.3. Convecção 1.4. Radiação 1.5. Circuitos Térmicos 1.6. Coeficiente Global de Transferência de Calor 3 1.1. Conceito de Calor Calor é a transferência de energia determinada pela existência de uma diferença de temperatura. 1 T1 > T2 2 4 1.1. Conceito de Calor Diferença de temperatura Força motriz da transferência de calor 5 1.1.1. Taxa e Fluxo Taxa de transferência de calor: Tempo Energia Q Unidades: W kcal/h btu/h Fluxo térmico: Unidades: W/m2, kcal/hm2 btu/h ft2 A Q ÁreaTempo Energia q 6 1.1.2. Modos de transferência de calor Calor - Condução - Convecção - Radiação 7 1.2. Condução Conceito: Condução é a transferência de calor associada à presença de um gradiente de temperatura no interior de um meio material estacionário. Mecanismo: Ocorre em função de interações microscópicas a nível atômico/molecular (difusão de calor). 8 1.2.1. Equação descritiva x T kq q é o fluxo térmico k é a condutividade térmica T/ x é o gradiente de temperatura Lei de Fourier (1822): Na forma vetorial: Tkq (meio isotrópico) 9 1.2.2. Condutividade térmica - Unidades: W/m·K, kcal/h·m·ºC, btu/h·ft·ºF - Propriedade do material - Varia com a temperatura - Valores disponíveis em tabelas - Em geral: ksólidos > klíquidos > kgases 10 1.3. Convecção Conceito: Convecção é a transferência de calor entre uma superfície e um fluido em movimento. Mecanismo: Ocorre em função da associação da difusão de calor e da advecção relativa ao fluido em movimento (transporte de energia associado ao movimento macroscópico). 11 1.3.1. Equação descritiva q é o fluxo térmico h é o coeficiente de convecção ΔT é a diferença de temperatura Lei de Resfriamento de Newton (1701): Thq 12 1.3.2. Formas - Convecção forçada - Convecção natural - Convecção com mudança de fase 13 1.3.3. Coeficiente de convecção - Unidades: W/(m2 K), kcal/(h m2 ºC), btu/(h ft2 ºF) - Também chamado de coeficiente de película - Propriedade do sistema, envolvendo: Natureza do fluido: , Cp, μ e k; Natureza do escoamento: regime e velocidade; Natureza da superfície: forma e rugosidade. 14 1.3.3. Coeficiente de convecção - Determinação através de correlações e modelos - Valores típicos disponíveis em tabelas - Em geral: hlíquidos > hgases hforçada > hnatural hcfase > hsfase 15 1.3.3. Coeficiente de convecção Sistema Valores (W/m2K) Convecção livre Gases 2 – 25 Líquidos 50 – 1.000 Convecção forçada Gases 25 – 250 Líquidos 100 – 20.000 Ebulição ou Condensação 2.500 – 100.000 16 1.4. Radiação Conceito: Radiação é a energia emitida pela matéria em função da sua temperatura. Uma característica importante da radiação é a capacidade de transferir calor através do vácuo. Mecanismo: Ocorre em função de modificações nas configurações eletrônicas dos átomos, liberando energia na forma de ondas eletromagnéticas. 17 1.4.1. Equação descritiva EB é o poder emissivo do corpo negro σ é a constante de Stefan-Boltzmann (no SI, 5,6710-8 W/m2K4) T é a temperatura absoluta Lei de Stefan-Boltzmann (1879 e 1884): 4TEB Corpo negro: - emissão máxima - absorção de toda radiação incidente 18 1.4.1. Equação descritiva A razão entre o poder emissivo da superfície real e do corpo negro é definida como emissividade : Para superfícies reais: BE E 4TE BEE Assim: 19 1.4.2. Transferência de calor por radiação A transferência de calor por radiação entre duas superfícies é o efeito líquido entre as diversas taxas envolvidas: T1 T2 20 1.4.2. Transferência de calor por radiação Considerando a análise mais detalhada de uma das superfícies: Radiação incidente Emissão Reflexão Absorção Transmissão 21 1.4.2. Transferência de calor por radiação Transferência de calor entre uma superfície convexa cinza e suas vizinhanças: Sistema importante: )( 44sup vizTTq 22 1.4.2. Transferência de calor por radiação A equação anterior pode ser representada alternativamente na forma de um coeficiente de transferência radiante de calor (análogo ao coeficiente de transferência convectiva de calor): )( 44sup vizTTq ))(( 22sup 22 sup vizviz TTTTq 23 1.4.2. Transferência de calor por radiação ))(( 22sup 22 sup vizviz TTTTq ))()(( supsup 22 sup vizvizviz TTTTTTq hrad Assim, finalmente: Thq rad 24 1.5. Circuitos Térmicos Circuitos térmicos são uma analogia entre calor e eletricidade, possibilitando determinar valores para a taxa de transferência de calor de forma bastante simples. T1 T2 Rterm termR T Q 25 1.5.1. Condução através de uma placa plana T1 T2 T1 T2 Rterm termR T Q L k kA L Rterm 26 1.5.2. Condução por uma casca cilíndrica T2 T1 T1 T2 Rterm termR T Q R2 R1 k kL RR R t term 2 )/ln( 12 Lt 27 1.5.3. Condução por uma casca esférica T2 T1 T2 Rterm termR T Q R2 R1 k RR Rterm 4 /1/1 21 T1 k 28 1.5.4. Convecção T1 T2 Rterm termR T Q hA Rterm 1 T1 T2 h 29 1.5.5. Radiação T1 T2 Rterm termR T Q T1 T2 Ah R rad term 1 hrad 30 1.5.6. Resistência térmica equivalente A representação de circuitos térmicos também pode envolver o conceito de resistência térmica equivalente, ou seja, problemas envolvendo a associação de resistências. T1 T2 R1 T3 R2 T4 R3 Req 31 1.5.6. Resistência térmica equivalente T1 T3 L1 k1 L2 k2 eqR TT Q 31 21 condcondeq RRR T1 Rcond1 T3 Rcond2 32 1.5.6. Resistência térmica equivalente T1 T5 eqR TT Q 51 T1 T5 22 11 convcond condconv eq RR RR R 33 1.5.6. Resistência térmica equivalente T1 T2 h hrad T2 eqR TT Q 21 radconveq RRR 111 T1 T2 Rconv Rrad 34 1.5.6. Resistência térmica equivalente L1 k1 L1/(k1 A) 1/(hrad A) 1/(h2A) h1 h2 hrad 1/(h1A) 35 1.5.6. Resistência térmica equivalente L1 k1 L1/(k1 0,5A) Hipótese: Planos paralelos adiabáticos L4 k4 k2 k3 L3 L2 L1/(k1 0,5A) L4/(k4 0,5A) L4/(k4 0,5A) L3/(k3 0,5A) L2/(k20,5A) L1/(k1 A) Hipótese: Superfícies normais isotérmicas L4/(k4 A) L3/(k3 0,5A) L2/(k20,5A) 36 1.5.7. Aletas Aletas são estruturas destinadas a aumentar a área de transferência de calor por convecção entre um fluido e uma superfície. A Q AT > A QT > Q porém AT / A > QT / Q 37 1.5.7. Aletas O aumento da taxa de transferência de calor não é diretamente proporcional ao aumento da área pois o calor percorre a aleta por condução. Ou seja,há um gradiente de temperatura no interior da aleta que limita o seu desempenho. 38 1.5.7. Aletas O desempenho de uma aleta pode ser representado pela sua eficiência, definida como a razão entre a taxa de transferência de calor na aleta e a taxa hipotética se toda a aleta estivesse na temperatura da base: Há várias equações na literatura para o cálculo da eficiência de aletas de diferentes formatos. maxQ Q f f 39 1.5.7. Aletas O conceito de eficiência de uma aleta individual pode ser estendido para uma superfície aletada: onde ambos os parâmetros se relacionam através da seguinte equação: maxQ QT T )1(1 f t f T A A 40 1.5.7. Aletas Neste contexto, a partir do conceito de eficiência superficial, superfícies aletadas podem ser inseridas em circuitos térmicos através da expressão abaixo para a resistência térmica: T term hA R 1 41 1.5.8. Resistência dominante Em vários problemas envolvendo associação de resistências em série, uma das resistências possui valor muito maior que as demais, esta resistência é denominada resistência dominante. Neste caso, o comportamento do sistema será determinado pela magnitude desta resistência em particular. 42 1.5.9. Propriedades físicas As expressões apresentadas para cálculo da resistência térmica, usualmente são obtidas considerando a hipótese de propriedades físicas constantes. Para reduzir o erro associado a esta premissa, uma abordagem muito utilizada envolve avaliar os valores das propriedades físicas em uma temperatura de referência, como por exemplo, a temperatura média. 43 1.6. Coeficiente Global de Transferência O coeficiente global de transferência de calor (U) corresponde a uma abordagem para determinação da taxa de transferência de calor muito utilizada no cálculo de equipamentos térmicos. Definição: TUAQ 44 1.6. Coeficiente Global de Transferência Para a determinação de uma expressão para cálculo do coeficiente global, estabelece-se uma relação com o circuito térmico equivalente. Seja um problema caracterizado por uma associação de resistências em série: termR T QTUAQ 45 1.6. Coeficiente Global de Transferência Igualando-se as equações: termR T TUA termR UA 1 46 1.6.1. Placa plana Ti Te L k hi he termR UA 1 AhkA L Ah UA ei 11 1 ei hk L h U 11 1 47 1.6.2. Casca cilíndrica Ti Te termR UA 1 ee ie ii AhLk DD Ah UA 1 2 )/ln(1 1 ee ie ii eeii AhLk DD Ah AUAUUA 1 2 )/ln(1 1 48 1.6.2. Casca cilíndrica Adotando como referência A = Ae: ee ie ii ee AhLk DD Ah AUUA 1 2 )/ln(1 1 e iee i e i hLk DDA A A h U 1 2 )/ln(1 1 49 1.6.3. Casca cilíndrica e iee i e i hLk DDLD LD LD h U 1 2 )/ln(1 1 e iee i e i hk DDD D D h U 1 2 )/ln(1 1
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