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1 CONDENSADORES Capítulo 10 03/2017 2 Capítulo 10 10.1. Conceito 10.2. Condensação 10.3. Tipos de Condensadores 10.4. Considerações sobre a Operação 10.5. Comportamento Termofluidodinâmico 3 10.1. Conceito Condensadores São equipamentos destinados a promover a mudança de fase, total ou parcial, de uma corrente na fase vapor para a fase líquida. No escopo do nosso curso vamos enfocar serviços de condensação executados através de trocadores de calor casco-e-tubos. 4 10.2. Condensação A formação de condensado a partir de uma fase vapor pode ocorrer de diferentes formas: Condensação homogênea Condensação por contato direto Condensação em gotas Condensação em filme Condensação de líquidos imiscíveis 5 10.2. Condensação Condensação homogênea: O condensado surge na forma de gotas suspensas no interior de uma corrente vapor quando esta atinge uma temperatura inferior a temperatura do ponto de orvalho, formando uma névoa. 6 10.2. Condensação Condensação por contato direto: O vapor entra em contato físico com o fluido refrigerante no processo de condensação. Fonte: http://www.thermopedia.com/content/654/ 7 10.2. Condensação Condensação em gotas: O condensado é formado sobre uma superfície resfriada através da formação de gotas. Neste caso, é possível alcançar altos valores de coeficiente de convecção, embora este padrão seja difícil de se manter em operações contínuas. Vapor 8 10.2. Condensação Condensação em filme: O condensado é formado sobre uma superfície resfriada na forma de um filme contínuo. É o tipo mais comum na prática industrial. Vapor Filme de condensado 9 10.2. Condensação Condensação de líquidos imiscíveis: Ocorre quando na fase vapor há uma mistura de componentes que no estado líquido formam fases imiscíveis. Um exemplo típico deste fenômeno é a condensação de misturas de hidrocarbonetos e vapor de água nos processos de refino. 10 10.2.1. Resistências à transferência de calor A transferência de calor na condensação pode envolver resistências térmicas associadas à fase líquida ou simultaneamente à fase líquida e à fase vapor. 11 Condensação de um componente puro: Resistência à transferência de calor na fase líquida. Tsat Tw Ti Tw < Ti = Tsat 10.2.1. Resistências à transferência de calor 12 Condensação na presença de um não condensável: Resistência à transferência de calor na fase líquida e vapor. Tg Tw Ti Tw < Ti < Tg Pv,b Pv,i Comportamento semelhante também no caso de condensação de misturas de vapores. 10.2.1. Resistências à transferência de calor Há simultaneamente resistência à transferência de massa. 13 Superfícies tubulares verticais: Se os tubos sobre os quais ocorre a condensação estiverem na vertical, o filme de líquido formado escoará junto à superfície ao longo do seu comprimento, recobrindo-a. 10.2.2. Condensação em filme 14 10.2.2. Condensação em filme Condensação no interior de tubos verticais: 15 10.2.2. Condensação em filme Condensação no exterior de tubos verticais: 16 Superfícies tubulares horizontais: Em tubos horizontais, se a condensação ocorrer sobre a superfície externa, o filme de condensado escoará ao longo da sua lateral, se desprendendo ao final. No caso de um feixe de tubos, haverá um espessamento do filme de condensado nos tubos inferiores, reduzindo a taxa de transferência de calor. 10.2.2. Condensação em filme 17 Superfícies tubulares horizontais: No caso do escoamento no interior de tubos horizontais, há diferentes padrões de escoamento do ponto de vista da interação entre as fases líquida e vapor. 10.2.2. Condensação em filme 18 10.2.2. Condensação em filme Condensação no exterior de tubos horizontais: 19 10.2.2. Condensação em filme Condensação no exterior de tubos horizontais: 20 10.2.2. Condensação em filme Condensação no interior de tubos horizontais: Fonte: https://www.thermalfluidscentral.org/encyclopedia/index.php/Two- phase_flow_regimes_for_forced_convective_condensation 21 10.3. Configurações de Condensadores A condensação em trocadores de calor casco- e-tubo pode ser conduzida em diferentes configurações: Vertical com condensação nos tubos Horizontal com condensação nos tubos Vertical com condensação no casco Horizontal com condensação no casco 22 Escoamento descendente de vapor Nesta configuração o vapor escoa na descendente, acompanhando o sentido do filme de condensado. No cabeçote inferior é realizada a separação das duas fases. 10.3.1. Vertical com condensação nos tubos 23 Fonte: Heat Exchnager Design Handbook 10.3.1. Vertical com condensação nos tubos 24 10.3.1. Vertical com condensação nos tubos Fonte: acessscience.com/content/Vapor-condenser/727300 25 Observações: Na construção deste tipo de equipamento, deve ser instalado um bocal para saída de componentes não condensáveis da corrente de processo. 10.3.1. Vertical com condensação nos tubos 26 Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 10.3.1. Vertical com condensação nos tubos 27 10.3.1. Vertical com condensação nos tubos Fonte: acessscience.com/content/Vapor-condenser/727300 28 Observações: Torna-se necessário um vent junto ao espelho superior para garantir que não haja o aprisionamento de ar, evitando-se também a estagnação da água acima do bocal de saída. Estas medidas evitam potenciais problemas de corrosão ou deposição na porção superior do feixe de tubos. 10.3.1. Vertical com condensação nos tubos 29 Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 10.3.1. Vertical com condensação nos tubos 30 Escoamento ascendente de vapor São denominados condensadores de refluxo. Usualmente utilizados quando é necessário o retorno do condensado quente (e.g. em uma coluna de destilação) ou para a eliminação de pequenas quantidades de vapores de uma corrente gasosa, evitando sua condensação posterior. 10.3.1. Vertical com condensação nos tubos 31 Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 10.3.1. Vertical com condensação nos tubos 32 Observações: A velocidade de escoamento deve ser calculada de forma a evitar a ocorrência de flooding, o que pode levar à saída de condensado pela parte superior dos tubos. Nesta configuração também é necessário a presença de um vent junto ao espelho superior. 10.3.1. Vertical com condensação nos tubos 33 Neste caso, são utilizados trocadores de calor casco-e-tubos com um ou mais passes, incluindo tubos em U. Ao longo da área de transferências de calor, o condensado é formado na superfície da parede e, juntamente com o vapor, escoa de acordo com a natureza do escoamento bifásico correspondente. 10.3.2. Horizontal com condensação nos tubos 34 10.3.2. Horizontal com condensação nos tubos Entrada de vapor Saída de condensado Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 35 Observações: Se houver múltiplos passes, estes devem ser organizados de forma apropriada para permitir a drenagem de condensado entre os passes. Neste caso, utilizando-se tubos retos, ocorreráuma não uniformidade da distribuição do condensado ao longo dos diversos tubos dos passes subseqüentes. 10.3.2. Horizontal com condensação nos tubos 36 Observações: Nesta configuração é possível manipular o número de tubos por passe de forma a manter uma boa velocidade ao longo do escoamento. 10.3.2. Horizontal com condensação nos tubos 37 Esta configuração é mais comumente aplicada a vaporizadores e aquecedores (i.e. a condensação não é o serviço principal a ser realizado, correspondendo à utilidade empregada). Usualmente é operado com vapor escoando no sentido descendente. O escoamento de vapor na ascendente raramente é utilizado. 10.3.3. Vertical com condensação no casco 38 10.3.3. Vertical com condensação no casco Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 39 Esta configuração envolve um trocador de calor casco-e-tubos com um ou mais passes nos tubos onde escoa o fluido de resfriamento. Em geral, o casco pode ser do tipo E ou J, com chicanas, ou do tipo X, na forma de escoamento cruzado. 10.3.4. Horizontal com condensação no casco 40 10.3.4. Horizontal com condensação no casco Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 41 Observações: O espaçamento das chicanas pode ser variável ao longo do feixe, buscando manter a velocidade no casco em valores adequados. O corte das chicanas é orientado verticalmente com o escoamento da corrente ocorrendo de um lado a outro do equipamento. 10.3.4. Horizontal com condensação no casco 42 10.3.4. Horizontal com condensação no casco Chicana com corte vertical 43 10.3.4. Horizontal com condensação no casco Observações: A construção deste tipo de equipamento deve prever um vent para eliminar componentes não condensáveis da corrente. 44 10.3.4. Horizontal com condensação no casco 45 Observações: Uma vez que em geral o fluido de resfriamento é mais sujo que os vapores em condensação, a limitação de limpeza mecânica só no lado dos tubos, tal como nos cascos com espelho fixo, não é em geral importante. 10.3.4. Horizontal com condensação no casco 46 Um serviço muito comum neste tipo de equipamento corresponde à condensação de vapor exausto de turbina. 10.3.4. Horizontal com condensação no casco 47 10.3.4. Horizontal com condensação no casco Fonte: Electric Power Research Institute (2002) 48 Neste tipo de equipamento, a remoção dos componentes não condensáveis é garantida através da conexão do equipamento a um sistema de vácuo (usualmente um ejetor). 10.3.4. Horizontal com condensação no casco 49 10.3.4. Horizontal com condensação no casco Fonte: http://knowledgepublications.com 50 10.4. Considerações sobre a Operação Há duas principais razões para problemas operacionais em condensadores: Acúmulo de não condensáveis Retenção de condensado 51 Acúmulo de não condensáveis: Se houver acúmulo de não condensáveis, mesmo em pequenas quantidades, junto à superfície de transferência de calor, haverá uma severa redução do desempenho térmico do equipamento. Este problema pode ser reduzido através do adequado dimensionamento e localização dos bocais para retirada dos gases (venting). 10.4. Considerações sobre a Operação 52 Retenção de condensado: Se houver retenção de condensado no trocador, parte da superfície de troca térmica estará afogada (i.e., totalmente coberta com condensado). Como consequência, o condensado sairá subresfriado do trocador e a área destinada à condensação irá diminuir. 10.4. Considerações sobre a Operação 53 Retenção de condensado: 10.4. Considerações sobre a Operação 54 Retenção de condensado: A diminuição da área destinada à condensação poderá acarretar duas consequências: - Se a pressão no sistema for constante, a taxa de condensação irá diminuir. - Se a vazão de vapor for constante, a pressão de condensação irá aumentar. 10.4. Considerações sobre a Operação 55 10.5. Comportamento Termofluidodinâmico A descrição do comportamento termofluidodinâmico da condensação irá envolver os quatro arranjos mencionados anteriormente: - Condensação no exterior de tubos horizontais - Condensação no interior de tubos horizontais - Condensação no exterior de tubos verticais - Condensação no exterior de tubos verticais 56 Os valores do coeficiente de convecção para condensação variam ao longo da área de troca térmica. Desta forma, em cálculos mais rigorosos, o trocador de calor deve ser discretizado. Nesta seção serão apresentados inicialmente procedimentos simplificados baseados em valores médios e, ao final, uma discussão considerando a análise mais rigorosa. 10.5. Comportamento Termofluidodinâmico 57 As equações apresentadas são válidas para a condensação de substâncias puras, onde na notação utilizada, as propriedades físicas sem subscrito se referem ao condensado. A extensão dos resultados apresentados para condensação de misturas é discutida posteriormente nesta seção. 10.5. Comportamento Termofluidodinâmico 58 O equacionamento básico para a determinação do coeficiente de convecção é baseado no modelo proposto por Nusselt para a condensação em filme, não levando em conta eventuais efeitos de cisalhamento na interface líquido-vapor e de turbulência. Caso estes efeitos sejam relevantes, os resultados gerados pelas equações do modelo fornecem resultados conservadores. 10.5.1. Tubos horizontais - Exterior 59 10.5.1. Tubos horizontais - Exterior A determinação do coeficiente de convecção para a condensação externa a um feixe de tubos horizontais deve ser corrigida para levar em conta o acúmulo de condensado ao longo das filas de tubos sobrepostas verticalmente. 60 Coeficiente de convecção para condensação no exterior de um tubo horizontal isolado: 4/1 , 3 )( )( 725,0 etssat v c DTT gk h 10.5.1. Tubos horizontais - Exterior 61 )(, ssatet TTLDhm Como a temperatura da superfície da tubulação é, a princípio, desconhecida, pode-se reorganizar esta equação através da seguinte relação: LDh m TT et ssat , Coeficiente de convecção para condensação no exterior de um tubo horizontal isolado: 10.5.1. Tubos horizontais - Exterior 62 3/1 3)( 954,0 m Lgk h vc Desta forma: Coeficiente de convecção para condensação no exterior de um tubo horizontal isolado: 10.5.1. Tubos horizontais - Exterior 63 No caso de um feixe de tubos, duas alterações devem ser realizadas nesta expressão: (i) a relação entre a área de troca térmica e a quantidade de condensado formado deve levar em conta a presença de vários tubos e (ii) um fator empírico de redução do coeficiente de transferência deve ser incluído devido ao espessamento do filme de condensado em um tubo devido ao condensado formado nos tubos superiores. Coeficiente de convecção para condensação no exterior de um feixe de tubos: 10.5.1. Tubos horizontais - Exterior 64 6/1 3/1 3)( 954,0 vert ttv c N m LNgk h Desta forma: Coeficiente de convecção para condensação no exterior de um feixe de tubos: onde Ntt é o númerototal de tubos no feixe, Nvert é o número de tubos em uma fila vertical (para feixes circulares, este número pode ser aproximado por 0,78Ds/Ltp vert, com Ltp vert correspondendo à distância vertical entre os tubos). 10.5.1. Tubos horizontais - Exterior 65 10.5.2. Tubos horizontais - Interior A condensação no interior dos tubos implica em diferentes regimes de escoamento bifásico, dependendo da fração vaporizada e da vazão total em escoamento. Cada regime irá apresentar um comportamento particular. 66 10.5.2. Tubos horizontais - Interior De uma forma geral, pode-se determinar o coeficiente de convecção neste caso adotando-se modelos para dois comportamentos: escoamento estratificado e anular. O escoamento estratificado predomina em vazões de líquido e vapor baixas e o escoamento anular em vazões de vapor mais altas e de líquido mais baixas. 67 10.5.2. Tubos horizontais - Interior Escoamento estratificado Escoamento anular 68 10.5.2. Tubos horizontais - Interior A abordagem prática a ser adotada implica no cálculo do coeficiente de convecção para ambos os regimes de escoamento e a adoção do maior valor encontrado. 69 Coeficiente de convecção para condensação no interior de um tubo horizontal: O equacionamento de Nusselt pode ser empregado para descrever a transferência de calor no escoamento estratificado. Neste caso, o resultado anterior deve ser multiplicado por um fator 0,8 (levando em conta o acúmulo de condensado), eliminando-se o termo de correção devido à passagem de condensado entre os tubos. 10.5.2. Tubos horizontais - Interior 70 Coeficiente de convecção para condensação no interior de um tubo horizontal: 3/1 3)( 763,0 m LNgk h ttvc Desta forma, a expressão resultante se torna: 10.5.2. Tubos horizontais - Interior 71 Coeficiente de convecção para condensação no interior de um tubo horizontal: Para a determinação do coeficiente de convecção associado ao escoamento anular, pode- se utilizar a equação de Boyko-Kruzhilin: onde ht é o coeficiente de convecção sem mudança de fase associado à vazão de condensado na saída. 10.5.2. Tubos horizontais - Interior 2 2/12/1 oi tc JJ hh 72 Coeficiente de convecção para condensação no interior de um tubo horizontal: O parâmetro J é dado por: onde x é a fração vaporizada. 10.5.2. Tubos horizontais - Interior xJ v v 1 73 10.5.3. Tubos verticais - Exterior A determinação do coeficiente de convecção para a condensação externa a um feixe de tubos verticais pode ser realizada baseando-se na teoria de Nusselt, válida para regime laminar. A eliminação dos efeitos da turbulência e da tensão de cisalhamento na interface líquido- vapor implicam em resultados conservadores. 74 Coeficiente de convecção para condensação no exterior de um tubo vertical: 4/1 3 )( )( 943,0 LTT gk h ssat v c 10.5.3. Tubos verticais - Exterior 75 )(, ssatet TTLDhm Repetindo a mesma abordagem para eliminação da diferença de temperatura: LDh m TT et ssat , Coeficiente de convecção para condensação no exterior de um tubo vertical: 10.5.3. Tubos verticais - Exterior 76 Coeficiente de convecção para condensação no exterior de um tubo vertical: 3/1 , 3)( 35,1 m NDgk h ttetv c 10.5.3. Tubos verticais - Exterior 77 10.5.4. Tubos verticais - Interior A determinação do coeficiente de convecção para a condensação na superfície interna de tubos verticais com escoamento descendente de vapor pode ser realizada baseando-se na teoria de Nusselt e no equacionamento de Boyko e Kruzhilin, utilizando-se como resultado o valor encontrado relativo ao maior coeficiente de convecção. 78 Coeficiente de convecção para condensação no exterior de um tubo vertical: 3/1 , 3)( 35,1 m NDgk h ttetv c 10.5.3. Tubos verticais - Interior Teoria de Nusselt: 79 Coeficiente de convecção para condensação no interior de um tubo horizontal: Equação de Boyko-Kruzhilin: onde ht é o coeficiente de convecção sem mudança de fase associado à vazão de condensado na saída. 10.5.2. Tubos verticais - Interior 2 2/12/1 oi tc JJ hh 80 Coeficiente de convecção para condensação no interior de um tubo horizontal: O parâmetro J é dado por: onde x é a fração vaporizada. 10.5.2. Tubos verticais - Interior xJ v v 1 81 O cálculo rigoroso para a queda de pressão em condensadores deve se basear em equações específicas para escoamento bifásico. Na modelagem mais detalhada, estas equações devem ser aplicadas ao longo de diversos pontos da área de transferência de calor, visto que a fração vaporizada varia e é um componente fundamental que impacta nos resultados. Alternativamente, um cálculo mais simples pode basear-se em valores médios 10.5.5. Queda de pressão 82 Para fins de dimensionamento preliminar, pode-se adotar a metodologia de calcular a queda de pressão sem mudança de fase para a corrente de vapor na alimentação e multiplicar este resultado por um fator de correção que leva em conta a mudança de fase (e.g. 0,50). 10.5.5. Queda de pressão 83 Uma outra abordagem envolve a determinação da queda de pressão no condensador através do cálculo da queda de pressão sem mudança de fase para uma vazão média de gás. Esta vazão média é determinada através do produto da vazão de gás na alimentação e um fator de correção que depende da razão entre as vazões de vapor na entrada e na saída e da razão entre as diferenças de temperatura terminais. 10.5.5. Queda de pressão 84 10.5.5. Queda de pressão Fonte: Chemical Engineering Design – G. Towler e R. Sinnot 85 Em certos serviços, a corrente a ser condensada pode entrar no trocador superaquecida (i.e. acima da temperatura de saturação). Esta situação ocorre, por exemplo, nos chillers presentes em ciclos de refrigeração por compressão de vapor (ciclo de Kelvin). 10.5.6. Dessuperaquecimento 86 Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Vapor-compression_refrigeration 10.5.6. Dessuperaquecimento 87 Exemplo: Condensação de uma corrente de vapor inicialmente superaquecido no casco de um trocador 1-1 horizontal. T H 10.5.6. Dessuperaquecimento 88 Fonte: Chemical Process Design and Integration - R. Smith 10.5.6. Dessuperaquecimento 89 O projeto deste tipo de equipamento implica na análise de cada região separadamente, onde a área total do equipamento é a soma das áreas individuais: conddes AAA 10.5.6. Dessuperaquecimento 90 Na região de dessuperaquecimento, a temperatura da parede dos tubos pode alcançar um valor inferior à saturação. Neste caso, haverá a formação de condensado que irá vaporizar após se desprender da superfície, uma vez que o seio do vapor está superaquecido (reflashing). 10.5.6. Dessuperaquecimento 91 Este processo é capaz de intensificar significativamente a transferência de calor, entretanto, usualmente se adota umaabordagem conservadora no projeto deste tipo de unidade, empregando o coeficiente de convecção sem mudança de fase. 10.5.6. Dessuperaquecimento 92 No caso de unidades com múltiplos passes nos tubos, a descrição do sistema se torna mais complexa. Entretanto, para efeitos de projeto, se a temperatura de saída da água for inferior à temperatura de saturação, pode-se adotar como simplificação a abordagem empregada para o trocador contracorrente. 10.5.6. Dessuperaquecimento 93 Neste caso, o erro associado à adoção do escoamento contracorrente seria compensando pela desconsideração do efeito de reflashing. Alternativamente, pode-se introduzir, como margem de segurança, o fator de correção baseado nas temperaturas terminais aplicado a ambos LMTDs. 10.5.6. Dessuperaquecimento 94 Em um condensador, pode ocorrer da corrente a ser condensada sair do condensador subresfriada. Por exemplo, sendo necessário subresfriar a corrente de produto de topo de uma coluna de destilação, pode ser mais vantajoso utilizar o próprio condensador ao invés de introduzir um resfriador adicional. 10.5.7. Subresfriamento 95 Exemplo: Condensação de uma corrente de vapor saturado com subresfriamento do condensado em um trocador vertical: T H 10.5.7. Subresfriamento 96 Fonte: Chemical Process Design and Integration – R. Smith 10.5.7. Subresfriamento 97 Exemplo: Condensação de uma corrente de vapor saturado com subresfriamento do condensado no casco de um trocador horizontal: T H 10.5.7. Subresfriamento 98 Fonte: Chemical Process Design and Integration – R. Smith 10.5.7. Subresfriamento 99 O cálculo da área total de transferência deve incluir a área associada à condensação somada à área relativa ao subsresfriamento: subcond AAA 10.5.7. Subresfriamento 100 A condensação de misturas ocorre tipicamente nas seguintes aplicações: - Condensação total de todos os componentes presentes em uma corrente - Condensação parcial de uma parcela dos componentes presentes em uma corrente - Condensação dos componentes condensáveis na presença de componentes não-condensáveis 10.5.8. Condensação de misturas Conceito: 101 10.5.8. Condensação de misturas Conceito: Condensador total 102 10.5.8. Condensação de misturas Conceito: Condensador parcial 103 10.5.8. Condensação de misturas Conceito: Condensador parcial 104 A condensação de misturas é um fenômeno complexo, onde aspectos adicionais devem ser considerados: - A condensação não é isotérmica T z Características: 10.5.8. Condensação de misturas 105 A condensação de misturas é um fenômeno complexo, onde aspectos adicionais devem ser considerados: - As propriedades físicas variam ao longo do equipamento, pois a composição das fases varia 10.5.8. Condensação de misturas Características: 106 A condensação de misturas é um fenômeno complexo, onde aspectos adicionais devem ser considerados: - Em função da existência de gradientes de temperatura e composição, o problema envolve transferência simultânea de calor e massa Características: 10.5.8. Condensação de misturas 107 A condensação de misturas é um fenômeno complexo, onde aspectos adicionais devem ser considerados: - Além da transferência de calor associada à mudança de fase propriamente dita (calor latente), haverá transferência de calor no resfriamento das fases ao longo do trocador (calor sensível). Como consequência, o coeficiente de convecção é afetado também pela convecção sem mudança de fase Características: 10.5.8. Condensação de misturas 108 A evolução da temperatura ao longo da condensação de uma mistura pode ocorrer de acordo com duas hipóteses: - Condensação integral: o líquido e o vapor estão em contato ao longo de toda a trajetória - Condensação diferencial: há separação do líquido e do vapor ao longo do percurso Diferença de temperatura: 10.5.8. Condensação de misturas 109 Fonte: Chemical Engineering Design – G. Towler e R. Sinnot Diferença de temperatura: 10.5.8. Condensação de misturas 110 Na prática, é comum a adoção da hipótese de condensação integral nos cálculos térmicos. Diferença de temperatura: 10.5.8. Condensação de misturas 111 Neste contexto, no caso de cálculos para dimensionamento preliminar, pode-se adotar de forma conservadora, a média logarítmica da diferença de temperatura corrigida. Diferença de temperatura: 10.5.8. Condensação de misturas 112 Diferença de temperatura: H T 10.5.8. Condensação de misturas 113 A análise rigorosa implica na avaliação da diferença de temperatura ao longo de diferentes pontos ao longo do trocador com base na curva de condensação da corrente. Diferença de temperatura: 10.5.8. Condensação de misturas 114 A análise completa das taxas de transferência de calor ao longo da condensação de misturas implica na modelagem simultânea dos fenômenos de transferência de calor e massa. Coeficiente de convecção: 10.5.8. Condensação de misturas 115 Coeficiente de convecção: Na condensação total, o dimensionamento preliminar pode ser realizado através das correlações desenvolvidas para componentes puros, aplicadas para uma composição média, e acrescidas de um fator de segurança para se levar em conta as resistências à transferência de massa e efeitos de transferência de calor sensível (sugere-se de forma bastante conservadora um fator de 0,65). 10.5.8. Condensação de misturas 116 Coeficiente de convecção: No caso da condensação parcial, um procedimento para cálculos preliminares pode ser baseado nas seguintes premissas: - Fração não condensada < 0,5%: Adotar a abordagem utilizada para condensação total, ignorando a presença de não condensáveis; - Fração não condensada > 70%: Adotar a abordagem da convecção sem mudança de fase, mas considerando a carga térmica total do serviço. 10.5.8. Condensação de misturas 117 Para a condensação parcial propriamente dita, o dimensionamento preliminar pode empregar a seguinte expressão: Coeficiente de convecção: 10.5.8. Condensação de misturas gt g ccg hQ Q hh 111 onde hcg é o coeficiente de convecção médio efetivo, Qt é a carga térmica total, Qg é a carga térmica associada ao resfriamento do gás, 118 hc é o coeficiente de convecção médio da condensação, considerando uma composição média do condensado e a carga máxima de condensação, hg é o coeficiente de convecção médio referente ao vapor sem mudança de fase, considerando uma vazão média de gás entre a entrada e a saída. Coeficiente de convecção: 10.5.8. Condensação de misturas 119 Os valores do coeficiente de convecção para condensação, a diferença de temperatura e as propriedades das fases podem variar ao longo da área de troca térmica. Neste caso, em cálculos mais rigorosos, o trocador de calor deve ser divido em seções e cada seção deve ser calculada individualmente. 10.5.9. Equações para o cálculo rigoroso 120 )( 11,1,1 jjjjjjjj AATUQQ 2 1 1, jj jj UU U 2 )()( ,,1,1, 1, jcjhjcjh jj TTTT T 10.5.9. Equações para o cálculo rigoroso As equações discretizadas para a avaliaçãodos condensadores são: 121 O coeficiente de convecção local pode ser calculado por: gccg h Z hh 11 onde hcg é o coeficiente de convecção local efetivo, hc é o coeficiente de convecção local para a condensação e hg é o coeficiente de convecção local sem mudança de fase para o gás. 10.5.9. Equações para o cálculo rigoroso Condensação de misturas: 122 O parâmetro Z corresponde à razão entre a carga térmica associada ao calor sensível do gás e a carga térmica total: t g t s dH dT xCp H H Z onde x é fração vaporizada, Cpg é a capacidade calorífica do gás e dT/dHt é a inclinação da curva temperatura x entalpia. 10.5.9. Equações para o cálculo rigoroso Condensação de misturas: 123 A relação entre o número de tubos (Ntt) e o diâmetro do feixe (Db) pode ser aproximada em cálculos preliminares pelo seguinte resultado: ctptt b FLN D 2 2 4 onde Ltp é o passo do feixe e Fb é um fator associado ao arranjo da matriz tubular, tal que Fb = 1, se arranjo quadrado e Fb = 0,866, se arranjo triangular. 10.5.10. Observações Dimensão do casco: 124 Uma relação equivalente entre o diâmetro do feixe (Db) e o diâmetro do casco (Ds) pode ser aproximada por: 44 22 s s b DF D onde Fs é um fator associado a folga feixe-casco e a omissão de tubos devidos aos passes. Para trocadores com espelho fixo, Fs = 0,93, para um passe, e Fs = 0,90, para dois passes. 10.5.10. Observações Dimensão do casco:
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