Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FORNOS Capítulo 13 1 FORNOS 03/2015 Capítulo 13 13.1. Conceito 13.2. Estrutura 13.3. Componentes 2 13.3. Componentes 13.4. Balanço de Energia 13.5. Considerações sobre a Operação 13.1. Conceito Forno tubular sujeito a chama: “Equipamento constituído por uma caixametálica, sustentada por uma estrutura de vigas ecolunas metálicas, revestida internamente de 3 colunas metálicas, revestida internamente dematerial refratário, no interior da qual é efetuada aqueima de um ou mais combustíveis (na câmara decombustão) com a finalidade de aquecer, vaporizar,promover reação química ou craquear um fluidocontido em serpentinas tubulares cheias ou não decatalisador, atendendo às condições de processo ecombustão pré-estabelecidas” (ABNT-TB-358) Aplicações: - Elevada carga térmica 13.1. Conceito 4 - Alta temperatura - Fluxo térmico elevado 13.2. Estrutura 5 Zona de convecção 13.2. Estrutura Chaminé 6 Zona de radiação convecção 13.2. Estrutura 7 Fonte: Morales-Fuentes et al, 2012 13.2. Estrutura 8Fonte:http://www.htri.net/articles/xfh 13.2. Estrutura 9 Fonte: Tucker and Ward, 2012 Zona de radiação: A zona de radiação é composta por tuboslocalizados no interior da câmara de combustão. 13.2. Estrutura 10 Nesta região, a maior parte da taxa detransferência de calor (~90%) ocorre através daradiação térmica proveniente da chama e dos gasesde combustão aquecidos a alta temperatura. Os gases saem da zona de radiaçãousualmente entre 700 ºC e 900 ºC (“bridgewalltemperature”). Zona de convecção: A zona de convecção é formada por tubos querecuperam parte da energia dos gases oriundos dazona de radiação. Neste caso, a principal forma de 13.2. Estrutura 11 zona de radiação. Neste caso, a principal forma detransferência de calor corresponde à convecção. Para evitar a formação de condensadocorrosivo, se o combustível contém enxofre, a T dazona de convecção é mantida > 150 ºC/170 ºC.Para combustíveis isentos de enxofre, a Tsaída pode ser menor. Múltiplos passes: 13.2. Estrutura 12 Fonte: Mussati et al, 2009 Múltiplos passes: 13.2. Estrutura 13 Fonte: Parnian, 2012 Múltiplos passes: 13.2. Estrutura 14 Fonte: Parnian, 2012 Zona de radiação: - 10 queimadores 13.2.1. Exemplo 15 - 10 queimadores - 2 filas de tubos Fonte: Aguiar et al, 2008 Zona de convecção: - 4 passes 13.2.1. Exemplo 16 - 4 passes - 10 filas - 8 tubos/fila - 80 tubos Fonte: Aguiar et al, 2008 13.2.2. Tipos de fornos 17 Fonte: Aguiar et al, 2008Forno cilíndrico com convecção cruzada 13.2.2. Tipos de fornos 18 Forno cilíndrico com convecção cruzada Fonte: http://www.heatflux.com/casestudies/combinedfeedheater/ 13.2.2. Tipos de fornos 19 Fonte: Aguiar et al, 2008Forno tipo cabine 13.2.2. Tipos de fornos 20 Forno tipo cabineFonte: http://www.heatflux.com/ 13.2.2. Tipos de fornos 21 Fonte: Aguiar et al, 2008Forno tipo caixa com queima dupla 13.2.2. Tipos de fornos 22 Fonte: Aguiar et al, 2008Forno tipo caixa com queima horizontal 13.2.2. Tipos de fornos 23 Fonte: Aguiar et al, 2008Forno com câmara dupla 13.2.2. Tipos de fornos 24 Forno com câmara duplaFonte: http://www.accessscience.com/search.aspx?rootID=792890 13.3. Componentes -Estrutura metálica - Carcaça 25 - Superfície de troca térmica - Refratário - Queimadores - Chaminé 13.3.1. Estrutura metálica A estrutura metálica é formada por umconjunto de vigas e colunas responsável por 26 conjunto de vigas e colunas responsável porposicionar e sustentar os demais componentes doforno. 13.3.2. Carcaça A carcaça corresponde ao conjunto dechapas metálicas com 5 ou 6 mm de espessura, 27 chapas metálicas com 5 ou 6 mm de espessura,fixadas junto à estrutura metálica para delimitar ointerior do forno. 13.3.2. Carcaça 28Fonte:http://www.petronemirates.com/heatgal2.htm 13.3.2. Carcaça 29Fonte:http://www.betabuzau.ro/en/products/fired-heaters.html 13.3.2. Carcaça 30Fonte:http://www.petronemirates.com/heatgal1.htm 13.3.2. Carcaça 31Fonte:http://www.expresstechtulsa.com/eitcanada/products/fire_heaters 13.3.3. Superfície de troca térmica - Radiação A superfície de troca térmica no interior dazona de radiação é formada por um conjunto detubos verticais ou horizontais, interconectados 32 tubos verticais ou horizontais, interconectadosatravés de curvas ou cabeçotes (serpentina) . 13.3.3. Superfície de troca térmica - Radiação Usualmente, entre 50% e 70% da taxa totalde transferência de calor no forno ocorre na zonade radiação, onde o fluxo térmico na superfície da 33 de radiação, onde o fluxo térmico na superfície daserpentina varia entre 20 kW/m2 a 40 kW/m2 paraa maioria das aplicações (sendo 30 kW/m2 umvalor típico). Os tubos no interior da zona de radiação nãosão aletados, possuindo diâmetro entre 2 in a 8 in(razão de passo típica igual a 2). 13.3.3. Superfície de troca térmica - Radiação 34 (razão de passo típica igual a 2). O comprimento máximo dos tubos é 12 mpara tubos verticais e 24 m para tubos horizontais. Em fornos cilíndricos, a razão entre ocomprimento dos tubos e o diâmetro da 13.3.3. Superfície de troca térmica - Radiação 35 comprimento dos tubos e o diâmetro dacircunferência definida pela serpentina varia entre1,6 e 2,6. 13.3.3. Superfície de troca térmica - Radiação 36Fonte:http://www.enviropro.cc/heaterrevamps.html 13.3.3. Superfície de troca térmica - Radiação 37Fonte:http://www.petronemirates.com/heatgal2.htm 13.3.3. Superfície de troca térmica - Radiação 38Fonte:http://www.petronemirates.com/heatgal1.htm 13.3.3. Superfície de troca térmica - Radiação 39Fonte:http://www.betabuzau.ro/en/products/fired-heaters.html 13.3.3. Superfície de troca térmica - Radiação 40 Fonte: http://www.petronemirates.com/servheaters.htm 13.3.3. Superfície de troca térmica - Radiação 41Fonte:http://www.petronemirates.com/heatgal2.htm A superfície de troca térmica no interior dazona de convecção é formada por um conjunto de 13.3.4. Superfície de troca térmica - Convecção 42 zona de convecção é formada por um conjunto detubos horizontais interconectados (serpentinas),dotados de aletas helicoidais ou pinos. Tubos aletados estão associados a uma maiorárea de transferência de calor por unidade decomprimento, porém não são recomendados paraserviços “sujos”. 13.3.4. Superfície de troca térmica - Convecção 43 serviços “sujos”. Nestes casos, alternativamente, pinos sãousualmente utilizados quando a superfície de trocatérmica está submetida a um ambiente corrosivoou quando, devido à deposição intensa, torna-senecessário a utilização de técnicas de limpeza maisagressivas. A faixa típica de coeficiente global detransferência de calor na zona convecção vai de 20 13.3.4. Superfície de troca térmica - Convecção 44 transferência de calor na zona convecção vai de 20W/m2K a 50 W/m2K. Uma vez que os primeiros tubos da zona deconvecção recebem uma quantidade significativade calor por radiação, as primeiras duas ou três 13.3.4. Superfície de troca térmica - Convecção 45 de calor por radiação, as primeiras duas ou trêsfilas da zona de convecção não são aletadas (shieldtubes ou shock tubes). A interligação entre a zona de convecção eradiação é denominada de crossover, sendo asvezes localizada externamente ao forno. 13.3.4. Superfície de troca térmica - Convecção 46 vezes localizada externamente ao forno. 13.3.4. Superfície de troca térmica - Convecção 47 Fonte: http://www.lpspa.it/lang/en/42-welded-finned-tubes 13.3.4. Superfície de troca térmica - Convecção 48 Fonte: http://www.lpspa.it/lang/en/43-steel-studded-tubes13.3.4. Superfície de troca térmica - Convecção 49 Fonte: http://www.petronemirates.com/heatgal1.htm 13.3.4. Superfície de troca térmica - Convecção 50Fonte:http://www.petronemirates.com/heatgal2.htm O interior do forno é coberto por umacamada de refratário que protege a estruturametálica do forno e reduz a perda de calor. 13.3.5. Refratário 51 metálica do forno e reduz a perda de calor. Um refratário é um material capaz desuportar altas temperaturas sem perder suaspropriedades. Exemplos: Alumina e cimentorefratário, etc. 13.3.5. Refratário 52 Fonte: http://www.cmtainternational.com/services.htm 13.3.5. Refratário 53 Fonte: http://www.fosbel.com/Industries/Steel/High_Emissivity_Refractory_Coatings.aspx 13.3.5. Refratário 54 Fonte: http://www.lpspa.it/lang/en/40 Uma vez que os refratários não são bonsisolantes térmicos, associados a estes é tambémsobreposta uma camada de isolamento para 13.3.6. Isolamento 55 sobreposta uma camada de isolamento parareduzir a perda de calor para o ambiente. Esta perda usualmente varia entre 1% a 3%do calor liberado na combustão. Os queimadores são dispositivos quepossibilitam a mistura entre o ar e o combustível 13.3.7. Queimadores 56 de forma a manter a combustão de formasustentada. 13.3.7. Queimadores 57 Fonte: http://www.heatflux.com/ 13.3.7. Queimadores 58 Fonte: http://www.red-bag.com/jcms/design-guides/351-bn-dg-c01g-plant-layout-fired-heaters.html 13.3.7. Queimadores 59Fonte:http://www.newworldencyclopedia.org/entry/furnace Duto responsável por liberar os gases decombustão para o ambiente. Pode estar localizadosobre a zona de convecção ou ao nível do piso. 13.3.8. Chaminé 60 sobre a zona de convecção ou ao nível do piso. 13.3.8. Chaminé 61 Fonte: http://www.petronemirates.com/heatgal1.htm 13.3.9. Visão geral 62 Fonte: Morales-Fuentes et al., 2013 13.3.9. Visão geral 63 Fonte: http://www.sigmathermal.com/direct-fired-heaters 13.3.9. Visão geral 64 Fonte: http://dacworldwide.com/product/detail/155 13.3.9. Visão geral 65 Fonte: https://www.flickr.com/photos/44768056@N05/ 13.3.9. Visão geral 66 Fonte: https://www.flickr.com/photos/44768056@N05/ 13.3.9. Visão geral 67 Fonte: https://www.flickr.com/photos/44768056@N05/ 13.3.9. Visão geral 68 Fonte: http://www.newworldencyclopedia.org/entry/furnace 13.3.9. Visão geral 69 Fonte: http://www.red-bag.com/jcms/design-guides/351-bn-dg-c01g-plant-layout-fired-heaters.html 13.3.9. Visão geral 70 Fonte: http://www.red-bag.com/jcms/design-guides/351-bn-dg-c01g-plant-layout-fired-heaters.html 13.3.9. Visão geral 71Fonte: http://www.ittki.it/pdf/I.T.T.PRESENTATION-FEB.11.pdf 13.3.9. Visão geral 72Fonte: http://www.ittki.it/pdf/I.T.T.PRESENTATION-FEB.11.pdf 13.3.9. Visão geral 73 Fonte: http://www.newworldencyclopedia.org/entry/furnace 13.3.9. Visão geral 74 Fonte: http://www.newworldencyclopedia.org/entry/furnace 13.3.9. Visão geral 75Fonte: http://chemengservices.com/furnace-coil-fouling.html Equação: fuelaircomb HHH 13.4. Balanço de Energia 76 stackwallconvrad QQQQ A energia liberada no interior de um fornoocorre através da queima de um combustível. 13.4.1. Combustível 77 O combustível de um forno pode ser: - Sólido (e.g. carvão) - Líquido (e.g. óleo combustível) - Gasoso (e.g. gás natural) Poder calorífico: Calor liberado na combustão completa deuma unidade de massa ou quantidade de matéria 13.4.1. Combustível 78 uma unidade de massa ou quantidade de matériade um combustível na condição de referência. Unidades: kcal/kg, kJ/kg, kJ/kmol Poder calorífico inferior (PCI ou LHV): Toda a água formada permanece como vapor. 13.4.1. Combustível 79 Poder calorífico superior (PCS ou HHV):Toda a água formada é condensada. Observação: Deve-se estar atento ao estado dereferência adotado, em geral, 25 ºC ou 60 ºF Temperatura adiabática de chama:Temperatura alcançada pelos produtos dacombustão considerando que todo o calor liberadoseja absorvido pelos mesmos. 13.4.1. Combustível 80 seja absorvido pelos mesmos. Temperatura de chaminé:Temperatura na qual a corrente de gás decombustão deixa a zona de convecção Para que ocorram as reações de combustão,é necessária a presença de O2. Em geral nos fornos, utiliza-se ar como fontede oxigênio. 13.4.2. Ar 81 de oxigênio. Observação: Ar Composição molar: 79 % N2 e 21 % O2 Massa molar média: 29 kg/kmol Oxigênio teórico ou estequiométrico: Quantidade mínima necessária de oxigêniopara a queima completa de um combustível. 13.4.2. Ar 82 para a queima completa de um combustível. Ar teórico: Quantidade de ar correspondente aooxigênio teórico. Excesso de ar: Quantidade de ar adicional em relação ao arteórico (indicada em %). 13.4.2. Ar 83 teórico (indicada em %). Valores típicos: - Combustíveis gasosos: 10% - Combustíveis líquidos: 15% a 20% - Combustíveis sólidos: 20% ou mais Alimentação do ar: - Tiragem natural 13.4.2. Ar 84 - Tiragem natural - Tiragem forçada - Tiragem induzida Tiragem balanceada Gás de combustão ou gás de chaminé (flue gas): Corrente de gás efluente da combustão (em 13.4.3. Gás de combustão 85 Corrente de gás efluente da combustão (emgeral, CO2, H2O, N2 e O2), sua composição pode serinformada em base úmida ou seca. Eficiência do forno 13.4.4. Eficiência 86 = Calor Absorvido / Calor Fornecido Em algumas aplicações, o conceito deeficiência da zona de radiação também pode serimportante: 13.4.4. Eficiência 87 Eficiência = Calor absorvido na zona de radiação/ CalorFornecido Problemas operacionais em fornos: Vazões baixas ou queda de vazão temporária dacorrente de processo são causas comuns de 13.5. Considerações sobre a Operação 88 corrente de processo são causas comuns derupturas de tubos de fornos. A interrupção da queima ou o acúmulo devapores de combustível durante as paradas podemcausar explosões.
Compartilhar