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CCJ0050-WL-D-AMMA-02-Responsabilidade Civil Subjetiva

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AULA 2 – Responsabilidade Civil Subjetiva
Responsabilidade Civil
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
OBJETIVOS
COMPREENDER que a responsabilidade civil subjetiva era a regra no Código 
Civil de 1916 .
ANALISAR a presença da culpa nos casos concretos de responsabilidade civil 
subjetiva .
DIFERENCIAR o dolo da culpa .
SABER que a conduta comissiva e omissiva pode gerar dano .
IDENTIFICAR os elementos da culpa.
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
1. Evolução no ordenamento
2. Conduta
2.1. Comissiva
2.2. Omissiva 
3. Imputabilidade
4. Culpa em sentido amplo 
4.1. Dolo
4.2. Culpa em sentido estrito
5. Elementos da culpa 
5.1. Conduta voluntária com resultado 
involuntário
5.2. Previsão e previsibilidade 
5.3. Falta do dever de cuidado
6. Espécies de culpa 
6.1. Culpa "in vigilando", "in eligendo", 
"in custodiando”
6.2. Culpa provada e culpa presumida 
6.3. Culpa contra a legalidade
6.4. Culpa leve e culpa grave
6.5. Culpa concorrente
Conteúdo
rp1
Slide 3
rp1 A aula deve ser iniciada apresentando para o aluno o conceito de responsabilidade civil que, segundo o professor Sérgio Cavalieri 
Filho, em sua obra é: “o dever jurídico sucessivo que decorre da violação de dever jurídico originário”. Posteriormente, esclarecer a 
diferença entre o dever jurídico originário, também chamando de primário, e, o dever jurídico sucessivo, também chamando de 
secundário. Assim, como nos esclarece Larenz “A responsabilidade é a sombra da obrigação” e, “não cumprida a obrigação, responde 
o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários 
de advogado” (art. 389 do Código Civil). Deve ser observado que o conceito de ato ilícito está inserido na própria lei, observando o 
art. 186 do CC, bem como apresentar a distinção entre o ato ilícito em sentido amplo e o ato ilícito em sentido estrito. O ato ilícito em 
sentido estrito é aquele definido no art. 186 do Código Civil, anteriormente citado e, o ato ilícito em sentido amplo encontra-se no art. 
187 do Código Civil que, foi inserido no Código Civil de 2002, não havia tal definição no Código Civil de 1916. Após as considerações 
básicas abordar os pressupostos da responsabilidade civil que são: conduta, nexo causal e dano. Os mesmos serão aprofundados nas 
aulas subsequentes. As espécies de responsabilidade merece ser abordada nessa aula destacando a diferença entre a responsabilidade
civil e penal; a responsabilidade contratual e extracontratual; e, responsabilidade subjetiva e objetiva. O aluno deve ter ciência que o 
ato ilícito irá gerar o dever de indenizar, porém, há situações que a lei não irá considerar o ato praticado como ilícito. São os casos 
expressamente mencionados no art. 188 do CC: estrito cumprimento do dever legal, legítima defesa e estado de necessidade. 
Significa dizer: os casos de excludentes de ilicitude. Quando o dano é causado em tais condições o dever de reparação será afastado 
porque o ato que originalmente nasceu ilícito, por determinação legal torna-se lícito. Essa é a regra. Porém, quando a pessoa que agiu
acobertado por uma das excludentes de ilicitude atinge um terceiro, que nada tem a ver com a situação, mesmo o ato sendo 
considerado lícito pela lei, o dever de indenizar irá persistir porque os artigos 929 e 930 do CC permitem tal possibilidade. É o que se 
chama de indenização pela prática de ato lícito. Serão utilizadas aulas expositivas, interativas e discussões dirigidas. Leitura e 
aplicação de dispositivos legais voltados para a resolução de problemas constantes dos Planos de Aula, envolvendo casos concretos 
com ênfase no estudo da relação jurídica e da inter-relação entre os seus componentes.
renato porto; 23/07/2013
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
1 - Evolução no ordenamento
Á época do Código Civil de 1916 a regra era a responsabilidade civil
subjetiva e, com a entrada em vigor do Código Civil de 2002 a
responsabilidade civil subjetiva ainda persiste, porém, no novo
ordenamento a regra é a utilização da responsabilidade civil objetiva.
Restou para a responsabilidade civil subjetiva a cláusula geral do art. 186
combinado com o art. 927, caput, ambos do Código Civil.
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
2. Conduta
2.1.Comissiva
2.2. Omissiva
Vídeo de pessoas que foram vítimas da omissão.
http://www.youtube.com/watch?v=YVTfQu9ZYto
Obs.Toda conduta comissiva que cause dano gera o dever de reparação, mas a conduta
omissiva que gerar dano somente irá acarretar o dever de indenizar se aquele que se omitiu
tinha o dever de agir ou se colocou na posição de garantidor.
Condutas Comissivas e Omissivas
“Conduta é o comportamento humano voluntário que se exterioriza através de uma ação
ou de uma omissão, produzindo consequências jurídicas.” Sergio Cavalieri.
A conduta pode se traduzir por meio de uma ação (conduta comissiva ou positiva) ou de
uma omissão (conduta omissiva ou negativa).
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Ação e Omissão 
(aspecto físico, 
objetivo, da conduta)
Vontade
(elemento 
psicológico)
Estrutura dinâmica
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Não basta que a conduta tenha causado dano. A conduta deve ser culpável, reprovável ou
censurável. Sendo assim, a capacidade civil do agente é fundamental para a imputação de
responsabilidade.
Conceito:
Imputar é atribuir responsabilidade a alguém por alguma coisa. Imputabilidade é o conjunto de
condições pessoais que dão ao agente capacidade para poder responder pelas consequências
contrárias ao dever.
Elementos:
- Maturidade (menoridade -16)
- Sanidade Mental (insanidade)
Obs. O ECA (art.116) quando trata do ato infracional com reflexo patrimonial prevê que “a
autoridade poderá determinar que o adolescente restitua a coisa” (art.2º ECA -adolescente –
entre 12 e 18).
Obs2. A jornada de direito civil (Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal
(Brasília, setembro/2002) Enunciado 40: O incapaz responde pelos prejuízos que causar de
maneira subsidiária ou excepcionalmente, como devedor principal, na hipótese de
adolescentes que praticarem atos infracionais.
3 - Imputabilidade
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Responsabilidade Civil do Incapaz
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá
lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Artigo interessante sobre o tema: 
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:C35jSgqFXZYJ:www.pucsp.br/in
iciacaocientifica/artigos-premiados-
0ed/TOMAS_TENSHIN_SATAKA_BUGARIN.pdf+art.928+do+cc&cd=8&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
4. Culpa em sentido amplo 
4.1. Dolo
4.2. Culpa em sentido estrito
Resumo: blog do Proença.
http://ricardo-proenca.blogspot.com.br/2009/02/ato-ilicito-resumo_03.html
Culpa Lato Sensu:
“Intensão é a bússola da vontade” Paulo José da Costa Jr.
A noção de culpa tem seu sentido amplo (lato sensu –
Comportamento intencional (dolo) ou tencional (culpa).
Ou seja, engloba ambas (tencional e intencional)
Distinção Entre dolo e culpa:
No dolo a conduta nasce ilícita já na culpa ela nasce 
lícita porém torna-se ilícita no curso da relação jurídica.
rp3
Slide 9
rp3 Ato Ilícito - resumo 
· Da obrigação de indenizar – Parte Especial do Título IX e Capítulo I CC/2002
 Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
 Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
 Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, aoexercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu 
fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
- O artigo acima (927 CC) categoriza o dever de indenizar como uma obrigação. Vale ressaltar, entre as modalidades de obrigações 
existentes (dar, fazer, não fazer), o Código inclui mais uma – a obrigação de indenizar.
 · Fatos Jurídicos :
 - Naturais – decorrem de acontecimentos da própria natureza, como o nascimento, a morte, a tempestade etc...
- Voluntários – têm origem em condutas humanas capazes de produzir efeitos jurídicos.
 · Os fatos jurídicos voluntários dividem-se em
- Lícitos -> é o fato praticado em harmonia com a lei;
- Ilícitos -> é o fato que afronta o direito, fato violador do dever imposto pela norma jurídica.
 OBS: A divisão do ato jurídico lícito em ato jurídico e negócio
- Ato ilícito – conceito de maior relevância para o tema da responsabilidade, por ser o fato gerador da responsabilidade civil.
- Ato ilícito em sentido estrito (stricto sensu) -> é o conjunto de pressupostos da responsabilidade – ou, se preferirmos, da obrigação 
de indenizar. Na responsabilidade civil subjetiva, serão necessários, além da conduta ilícita, a culpa, o dano e o nexo causal. Esse é o 
sentido do art. 186 CC/02, a culpa está inserida como um pressuposto da responsabilidade civil subjetiva. Art. 927
- Ato ilícito em sentido amplo -> indica apenas a ilicitude do ato, a conduta humana antijurídica, contrária ao Direito, sem qualquer 
referência ao elemento subjetivo ou psicológico. Também é uma manifestação de vontade, uma conduta humana voluntária, só que 
contrária a ordem jurídica. 
Fatos Jurídicos: podem ser fatos naturais (acontecimentos da natureza) ou fatos voluntários (condutas humanas).
Fatos voluntários - podem ser atos lícitos (direito) ou atos ilícitos (contrário ao direito).
Atos lícitos (direito) - podem ser atos jurídicos ou negócio jurídico.
Atos ilícitos (contrário ao dirteito) - podem ser civil ou penal
•Obrigação (dever) de indenizar ->
- Ação ou omissão voluntária
- Relação de causalidade ou nexo causal
 - Dano
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Culpa - Stricto Sensu
O ser humano deve se comportar no seio da sociedade de forma a não
oportunizar danos a outrem.
Sendo assim, reside na culpa uma conduta tencional que em sua essência
não se mostra revestida de ilicitude, porém a mesma se demonstra lesiva na
medida que acaba por se desvirtuar no correr da relação.
O ponto de partida da culpa está na violação de uma norma pela falta de
cuidado geral.
Conceito Geral de Culpa:
“É a conduta voluntária contrária ao dever de cuidado imposto pelo direito,
com a produção de um evento danoso involuntário, porém previsto ou
previsível.”
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Elementos:
a) Conduta voluntária com resultado involuntário
b) Previsão ou previsibilidade
c) Falta de cuidado, cautela, diligência ou atenção. 
Previsão ou previsibilidade
Previsibilidade é uma qualidade da previsão, posto 
que a mesma está ligada diretamente ao elemento 
humano, ou seja, o elemento que é capaz de aferir 
a previsão partindo de premissas particulares para 
sua aferição.
Critério Objetivo – Parte do ponto de vista do 
homem médio.
Critério Subjetivo – Parte das condições pessoais 
do agente, tais como, idade, sexo, cultura...
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Falta de cuidado, cautela, diligência ou atenção. 
A falta de cautela é a essência da culpa. 
“É o elemento propiciador da exteriorização de humanidades que acaba 
por produzir efeitos no campo do direito.” Renato Porto
Tal exteriorização se dá mediante a verificação da imprudência, 
negligência ou imperícia.
Ex.
Imprudência – Motorista que avança o sinal.
Negligência – Condutor que não procede com os reparos necessários 
do veículo.
Imperícia – Médico que falha no diagnóstico.
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Espécies de Culpa
Culpa é a violação do dever de cuidado.
Culpa levíssima (Falta de atenção)
Culpa Leve (Que pode ser evitada)
Culpa Grave (Não esperada por parte do homem médio)
Culpa Contratual (Vínculo preexistente) 
Culpa Extracontratual (Violação da lei ou de preceito geral de direito)
Culpa In Eligendo
Culpa In Vigilando
Culpa in custodiando
Culpa presumida (in re ipsa – raiz da responsabilidade objetiva)
Culpa contra a legalidade (violação de norma ex. trafegar na contra mão)
Culpa Concorrente (falha mútua)
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
STJ.
RECURSO ESPECIAL Nº 790.671 - RJ (2005/0176769-3)
EMENTA
RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO. ACIDENTE DE TRABALHO. DEBILIDADE NA
AUDIÇÃO. DANO MORAL. QUANTUM INDENIZATÓRIO. - Acidente do trabalho. Culpa grave
da recorrente. Incidência do verbete n. 7/STJ. Valor dos danos morais que não se revela
excessivo. - Recurso especial não conhecido.
VOTO
O EXMO. SR. MINISTRO CESAR ASFOR ROCHA (Relator): Trata-se de ação movida por ex-
empregado da recorrente, pleiteando indenização por danos materiais e morais por alegada
redução de sua capacidade auditiva (hipoacusia) que teria sido causada pela insalubridade
do local de trabalho.
A ação refere-se a fatos ocorridos anteriormente à Constituição Federal/1988.
Inocorreu omissão no julgamento, porque todas as questões suscitadas pelas partes foram
julgadas de modo fundamentado.
No tocante à culpa e ao dano, as instâncias ordinárias examinaram as circunstâncias do
caso, inclusive o não-fornecimento de protetores auriculares ou o seu fornecimento
esporádico, e concluíram pela culpa grave da recorrente pelo dano moral, já que o
recorrido sofreu debilidade na audição. No ponto, o exame do recurso esbarra no óbice do
verbete n. 7/STJ.
Íntegra da Decisão: 
https://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/Abre_Documento.asp?sLink=ATC&sSeq=2865
061&sReg=200501767693&sData=20070430&sTipo=51&formato=PDF
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE
TRÂNSITO. "CAVALO MECÂNICO" E REBOQUE. PROPRIETÁRIOS DISTINTOS. CONTRATO
DE LOCAÇÃO. SOLIDARIEDADE. PREPOSIÇÃO. SÚMULA Nº 492/STF. INAPLICABILIDADE.
CARONA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL
INEXISTENTE. 1. Responde civilmente por culpa in eligendo a transportadora, dona de
reboque, que contrata transporte de cargas por "cavalo mecânico" inadequadamente
conservado e conduzido pelo seu preposto para circular em rodovias movimentadas. 2. É
vedado em sede de recurso especial a revisão das conclusões a respeito da culpa dos
envolvidos no acidente, obtidas a partir da interpretação de cláusulas contratuais, ante os
óbices das Súmulas nºs 5 e 7/STJ. 3. A tese da responsabilidade no caso de transporte de
simples cortesia (carona) não foi prequestionada (Súmula nº 211 do STJ). 4. A
responsabilidade solidária da empresa recorrente por danos causados a terceiro na
condição de "locadora ou ou locatária" (Súmula nº 492/STF), a despeito de constituir
fundamento autônomo, não foi atacada no recurso especial. 5. Não há similitude fática, para
efeito de caracterização do dissídio jurisprudencial, entre o caso concreto e os paradigmas
apontados, nos quais inexiste vínculo de preposição entre a proprietária do reboque e o
motorista, ou entre a transportadora e o dono do "cavalo mecânico". 6. O conjunto fático-
probatório dos autos é claro quanto à presença de vínculos contratuais estreitos entre a
transportadora e o dono do "cavalo mecânico", reconhecendo-se, por várias
circunstâncias, a preposição do dono do "cavalo mecânico" em relação à transportadora,
cuja revisão é inviável no recurso especial (Súmulas nºs 5 e 7/STJ). 7. "É presumida a culpa
do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto" (Súmula nº 341/STF).
Íntegra da Decisão:
https://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/Abre_Documento.asp?sLink=ATC&sSeq=24122181&sReg=
200200447972&sData=20120925&sTipo=5&formato=PDF
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Caso Concreto 
1 - Meninamorre ao receber vaselina na veia em hospital. Estela, 12 anos, foi internada com quadro de virose,
diarréia, febre e dores abdominais. O médico lhe receitou medicamentos e soro na veia. Após receber duas
bolsas de soro, Estela começou a passar mal na terceira. Só então foi constatado que em lugar de soro estava
sendo injetada vaselina na sua veia. Maria, a enfermeira responsável pelo atendimento de Estela, teria se
enganado porque os frascos usados para guardar soro e vaselina são semelhantes.( Globo, 7/12/2010)
Considerando apenas a conduta da enfermeira Maria, indaga-se: o caso é de responsabilidade contratual ou
extracontratual? Responsabilidade objetiva ou subjetiva? Resposta fundamentada.
2 - Ação indenizatória por danos materiais e morais movida por Antonio em face de José, fundada no seguinte
fato: o veiculo do réu (José) colidiu com a porta do veículo do autor (Antonio) no momento em que este
desembarcava do mesmo, decepando- lhe três dedos da mão esquerda. Em contestação, o réu alega e prova
que o autor, além de estar parado e, fila dupla, abriu a porta do veiculo inadvertidamente no momento em que
passava o veículo do réu. Dando os fatos narrados como provados, assinale a afirmativa correta,
justificadamente:
A) O réu (José) não terá que indenizar porque houve culpa exclusiva da vítima.
B) O réu terá que indenizar porque violou o dever de cuidado – era previsível que alguém poderia saltar de um
veículo parado em fila dupla.
C) A indenização deverá ser reduzida porque houve na espécie culpa concorrente (art. 945 do Código Civil).
D) O réu terá que indenizar porque o caso é de responsabilidade objetiva, pelo que é irrelevante a ocorrência de
culpa.
E) Nenhuma das alternativas.
rp2
Slide 16
rp2 Gabarito:Não há responsabilidade sem violação de dever jurídico porque responsabilidade é o dever sucessivo de reparar o dano 
decorrente da violação de um dever jurídico originário. No caso, portanto, importa saber se Alexandre violou algum dever jurídico em 
relação a Joaquim. E a resposta é negativa porque Alexandre não tinha nenhum dever de fidelidade em relação a Joaquim. Quem 
tinha este dever, e o violou, foi Priscila, a mulher de Joaquim. Logo, Alexandre não tem nenhum dever de indenizar, sendo inviável a 
pretensão indenizatória de Joaquim. Nesse sentido o RESP.1.122.547MG “RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. ADULTÉRIO. 
AÇÃO AJUIZADA PELO MARIDO TRAÍDO EM FACE DO CÚMPLICE DA EX-ESPOSA. ATO ILÍCITO. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE 
VIOLAÇÃO DE NORMA POSTA. 1. O cúmplice de cônjuge infiel não tem o dever de indenizar o traído, uma vez que o conceito de 
ilicitude está imbricado na violação de um dever legal ou contratual, do qual resulta dano para outrem, e não há no ordenamento 
jurídico pátrio norma de direito público ou privado que obrigue terceiros a velar pela fidelidade conjugal em casamento do qual não 
faz parte. 2. Não há como o Judiciário impor um “não fazer” ao cúmplice, decorrendo disso a impossibilidade de se indenizar o ato por
inexistência de norma posta – legal e não moral – que assim determine. O réu é estranho à relação jurídica existente entre o autor e 
sua ex-esposa, relação da qual se origina o dever de fidelidade mencionado no art. 1.566, inciso I, do Código Civil de 2002.” 
GABARITO: B Ricardo agiu em estado de necessidade, pois diante dos dois bens jurídicos em perigo (a vida de alguém e a integridade
de um muro), resolveu sacrificar a integridade do muro. Assim, incide no caso a hipótese a hipótese do art. 188, II do CC pelo qual 
não é ilícito a deterioração ou destruição da coisa alheia, a fim de remover perigo iminente. Apesar de sua conduta não ter sido 
considerada ilícita, Ricardo deverá reparar o dano causado ao proprietário do muro. Esse é o comando previsto no art. 929 do Código 
Civil.
renato porto; 23/07/2013
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Informativos
Informativo nº 0517
Período: 2 de maio de 2013.
Terceira Turma 
DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL PRÉ-CONTRATUAL.
A parte interessada em se tornar revendedora autorizada de veículos tem direito de ser
ressarcida dos danos materiais decorrentes da conduta da fabricante no caso em que esta —
após anunciar em jornal que estaria em busca de novos parceiros e depois de comunicar àquela
a avaliação positiva que fizera da manifestação de seu interesse, obrigando-a, inclusive, a
adiantar o pagamento de determinados valores — rompa, de forma injustificada, a negociação até
então levada a efeito, abstendo-se de devolver as quantias adiantadas. A responsabilidade civil pré-
negocial, ou seja, a verificada na fase preliminar do contrato, é tema oriundo da teoria da culpa in
contrahendo, formulada pioneiramente por Jhering, que influenciou a legislação de diversos países. No
Brasil, o CC/1916 não trazia disposição específica a respeito do tema, tampouco sobre a cláusula geral
de boa-fé objetiva. Todavia, já se ressaltava, com fundamento no art. 159 daquele diploma, a importância
da tutela da confiança e da necessidade de reparar o dano verificado no âmbito das tratativas pré-
contratuais. Com o advento do CC/2002, dispôs-se, de forma expressa, a respeito da boa-fé (art. 422),
da qual se extrai a necessidade de observância dos chamados deveres anexos ou de proteção. Com
base nesse regramento, deve-se reconhecer a responsabilidade pela reparação de danos originados na
fase pré-contratual caso verificadas a ocorrência de consentimento prévio e mútuo no início das
tratativas, a afronta à boa-fé objetiva com o rompimento ilegítimo destas, a existência de prejuízo e a
relação de causalidade entre a ruptura das tratativas e o dano sofrido. Nesse contexto, o dever de
reparação não decorre do simples fato de as tratativas terem sido rompidas e o contrato não ter sido
concluído, mas da situação de uma das partes ter gerado à outra, além da expectativa legítima de que o
contrato seria concluído, efetivo prejuízo material. REsp 1.051.065-AM, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 21/2/2013.
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Informativo nº 0508
Período: 5 a 14 de novembro de 2012.
Terceira Turma 
DIREITO CIVIL. DANOS MORAIS. MATÉRIA JORNALÍSTICA SOBRE PESSOA NOTÓRIA.
Não constitui ato ilícito apto à produção de danos morais a matéria jornalística sobre pessoa
notória a qual, além de encontrar apoio em matérias anteriormente publicadas por outros
meios de comunicação, tenha cunho meramente investigativo, revestindo-se, ainda, de
interesse público, sem nenhum sensacionalismo ou intromissão na privacidade do autor. O
embate em exame revela, em verdade, colisão entre dois direitos fundamentais, consagrados tanto na
CF quanto na legislação infraconstitucional: o direito de livre manifestação do pensamento de um lado
e, de outro lado, a proteção dos direitos da personalidade, como a imagem e a honra. Não se
desconhece que, em se tratando de matéria veiculada em meio de comunicação, a responsabilidade
civil por danos morais exsurge quando a matéria for divulgada com a intenção de injuriar, difamar ou
caluniar terceiro. Além disso, é inconteste também que as notícias cujo objeto sejam pessoas notórias
não podem refletir críticas indiscriminadas e levianas, pois existe uma esfera íntima do indivíduo, como
pessoa humana, que não pode ser ultrapassada. De fato, as pessoas públicas e notórias não deixam,
só por isso, de ter o resguardo de direitos da personalidade. Apesar disso, em casos tais, a apuração
da responsabilidade civil depende da aferição de culpa sob pena de ofensa à liberdade de imprensa.
Tendo o jornalista atuado nos limites da liberdade de expressão e no seu exercício regular do direito
de informar, não há como falar na ocorrência de ato ilícito, não se podendo, portanto, responsabilizá-lo
por supostos danos morais. Precedentes citados: REsp 1.082.878-RJ, DJe 18/11/2008; e REsp
706.769-RN, DJe 27/4/2009. REsp 1.330.028-DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
6/11/2012.
NOMEDA DISCIPLINA
Nº da aula
Informativo nº 0506
Período: 4 a 17 de outubro de 2012.
Quarta Turma 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CEF. VÍCIO DE CONSTRUÇÃO DO IMÓVEL. LEGITIMIDADE AD 
CAUSAM.
A CEF possui legitimidade para responder por vícios de construção nos casos em que promove o
empreendimento, tem responsabilidade na elaboração do projeto com suas especificações,
escolhe a construtora e/ou negocia os imóveis, ou seja, quando realiza atividade distinta daquela
própria de agente financeiro em estrito senso. As responsabilidades contratuais assumidas pela CEF
variam conforme a legislação de regência de cada um dos programas em que ela atua e o tipo de
atividade por ela desenvolvida. Em cada um deles, a CEF assume responsabilidades próprias, definidas
em lei, regulamentação infralegal e no contrato celebrado com os mutuários. Os papéis desenvolvidos em
parceria pela construtora e pelo agente financeiro poderão levar à vinculação de ambos ao "negócio da
aquisição da casa própria", podendo ensejar a responsabilidade solidária. Sendo assim, a legitimidade ad
causam é definida em função de elementos fornecidos pelo direito material. Com efeito, a depender dos
fatos narrados na inicial (causa de pedir), será possível, em tese, identificar hipóteses em que haja culpa
in eligendo da CEF na escolha da construtora e do terreno, na elaboração e acompanhamento do projeto,
entre outras. Assim, quando realiza atividade distinta daquela própria de agente financeiro em estrito
senso, a CEF tem legitimidade para responder por vícios de construção, justificando a sua integração ao
polo passivo da relação processual. REsp 1.163.228-AM, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em
9/10/2012
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Informativo nº 0505
Período: 20 de setembro a 3 de outubro de 2012.
Quarta Turma 
DIREITO CIVIL. TRANSPORTE DE CARGA PELA ECT. ROUBO. FORÇA MAIOR.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), ao prestar serviço de coleta, transporte e entrega domiciliar de
fitas de vídeo mediante Sedex, não responde pelos danos decorrentes do roubo da carga, salvo se demonstrado que
a transportadora não adotou as cautelas necessárias. O STF, ao julgar a ADPF 46-DF, restringiu à categoria de serviço
público stricto sensu (regime de privilégio) as atividades postais descritas no art. 9º da Lei n. 6.538/1978, excluindo do regime
especial a distribuição de outros tipos de encomendas ou impressos. O serviço de coleta, transporte e entrega domiciliar de
fitas de vídeo, ainda que exercido pelos Correios, caracteriza atividade econômica típica, devendo ser observado o regime de
direito privado aplicável a empresas de transporte de carga, com as quais a ECT concorre no mercado. O art. 17, I, da Lei n.
6.538/1978 exclui a responsabilidade objetiva da empresa exploradora de serviço postal pela perda ou danificação de objeto
postal em caso de força maior, cuja extensão conceitual abarca a ocorrência de roubo das mercadorias transportadas.
Atualmente, a força maior deve ser entendida como espécie do gênero fortuito externo, do qual faz parte também a culpa
exclusiva de terceiros, os quais se contrapõem ao chamado fortuito interno. O roubo mediante uso de arma de fogo é fato de
terceiro equiparável à força maior, que deve excluir o dever de indenizar, mesmo no sistema de responsabilidade civil objetiva,
por se tratar de fato inevitável e irresistível que gera uma impossibilidade absoluta de não ocorrência do dano. Não é razoável
exigir que os prestadores de serviço de transporte de cargas alcancem absoluta segurança contra roubos, uma vez que a
segurança pública é dever do Estado, também não havendo imposição legal obrigando as empresas transportadoras a
contratar escoltas ou rastreamento de caminhão e, sem parecer técnico especializado, nem sequer é possível presumir se,
por exemplo, a escolta armada seria eficaz para afastar o risco ou se o agravaria pelo caráter ostensivo do aparato. O exame
quanto à falta de cuidado da transportadora, evidentemente, depende das circunstâncias peculiares de cada caso concreto,
não bastando as afirmações de que outros assaltos semelhantes já haviam ocorrido e de que a ocorrência de um assalto não
representa circunstância imprevisível em uma metrópole. Mesmo que a relação jurídica se sujeitasse ao regime público de
responsabilidade civil do Estado, previsto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, como entendeu o acórdão recorrido, a
solução seria a mesma, com a exclusão da responsabilidade dos Correios pelo roubo de mercadorias. Precedentes citados do
STF: RE 109.615-RJ, DJ 2/8/2006; do STJ: REsp 435.865-RJ, DJ 12/5/2003; REsp 927.148-SP, DJe 4/11/2011; REsp
721.439-RJ, DJ 31/8/2007, e REsp 135.259-SP, DJ 2/3/1998. REsp 976.564-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
20/9/2012.
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Súmulas
Súmula 403: “Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não 
autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais”.
Precedentes: 
http://www.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?materia=%27DIREITO+CIVIL%27.mat.&&b=TE
MA&p=true&t=&l=10&i=11#TIT18TEMA0
STJ Súmula nº 145 - 08/11/1995 - DJ 17.11.1995
Transporte Cortesia - Responsabilidade Civil - Danos Causados ao Transportado
No transporte desinteressado, de simples cortesia, o transportador só será civilmente 
responsável por danos causados ao transportado quando incorrer em dolo ou culpa grave.
Precedentes: 
http://www.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?materia=%27DIREITO+CIVIL%27.mat.&&b=TE
MA&p=true&t=&l=10&i=40#TIT37TEMA0
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Prova: CESPE - 2012 - AGU - Advogado
Disciplina: Direito Civil | Assuntos: Direito das Obrigações - Responsabilidade Civil;
Julgue os itens a seguir, acerca da responsabilidade civil.
O banco que terceirizar a entrega de talonário de cheque aos correntistas será 
responsável por eventual defeito na prestação do serviço, visto que se configura, 
nesse caso, a culpa in re ipsa, pressuposto da responsabilidade civil do banco pela 
reparação do dano. 
•Certo Errado 
Acerca da responsabilidade civil, julgue os itens a seguir.
Considere a seguinte situação hipotética. 
José faleceu em decorrência de acidente automobilístico, ocasionado exclusivamente pela existência 
de buraco em uma rodovia estadual. A vítima era o único provedor das necessidades da família, 
constituída pela esposa e três filhos. Nessa situação, o estado responsável pela rodovia responde 
subjetivamente pelos danos morais e materiais sofridos pela família da vítima, por ter se omitido em 
cuidar do bom estado das rodovias e proporcionar satisfatórias condições de segurança aos seus 
usuários. 
Certo Errado 
Prova: CESPE - 2004 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
Disciplina: Direito Civil | Assuntos: Direito das Obrigações - Responsabilidade Civil;

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