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CCJ0050-WL-D-AMMA-08-Responsabilidade Civil Pelo Fato da Coisa

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AULA 8 – Responsabilidade Civil Pelo Fato da Coisa.
Responsabilidade Civil
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
OBJETIVOS
ENTENDER a teoria da guarda
SABER que o Código Civil adota a responsabilidade civil objetiva em tais
casos COMPREENDER a responsabilidade civil pelo fato de animais
DIFERENCIAR os casos de responsabilidade civil pela ruína de edifício e
por coisas lançadas ou caídas de edifício
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
1. Teoria da guarda
2. Responsabilidade civil por fato de
animais
3. Responsabilidade civil nos caso de:
3.1. Furto e roubo de veículos 3.2.
Locação de automóveis
3.3. Empréstimo de veículos
4. Responsabilidade civil por ruína de
edifício
5. Responsabilidade civil por coisas
lançadas ou caídas de prédio
Conteúdo
rp1
Slide 3
rp1 A aula deve ser iniciada apresentando para o aluno o conceito de responsabilidade civil que, segundo o professor Sérgio Cavalieri 
Filho, em sua obra é: “o dever jurídico sucessivo que decorre da violação de dever jurídico originário”. Posteriormente, esclarecer a 
diferença entre o dever jurídico originário, também chamando de primário, e, o dever jurídico sucessivo, também chamando de 
secundário. Assim, como nos esclarece Larenz “A responsabilidade é a sombra da obrigação” e, “não cumprida a obrigação, responde 
o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários 
de advogado” (art. 389 do Código Civil). Deve ser observado que o conceito de ato ilícito está inserido na própria lei, observando o 
art. 186 do CC, bem como apresentar a distinção entre o ato ilícito em sentido amplo e o ato ilícito em sentido estrito. O ato ilícito em 
sentido estrito é aquele definido no art. 186 do Código Civil, anteriormente citado e, o ato ilícito em sentido amplo encontra-se no art. 
187 do Código Civil que, foi inserido no Código Civil de 2002, não havia tal definição no Código Civil de 1916. Após as considerações 
básicas abordar os pressupostos da responsabilidade civil que são: conduta, nexo causal e dano. Os mesmos serão aprofundados nas 
aulas subsequentes. As espécies de responsabilidade merece ser abordada nessa aula destacando a diferença entre a responsabilidade
civil e penal; a responsabilidade contratual e extracontratual; e, responsabilidade subjetiva e objetiva. O aluno deve ter ciência que o 
ato ilícito irá gerar o dever de indenizar, porém, há situações que a lei não irá considerar o ato praticado como ilícito. São os casos 
expressamente mencionados no art. 188 do CC: estrito cumprimento do dever legal, legítima defesa e estado de necessidade. 
Significa dizer: os casos de excludentes de ilicitude. Quando o dano é causado em tais condições o dever de reparação será afastado 
porque o ato que originalmente nasceu ilícito, por determinação legal torna-se lícito. Essa é a regra. Porém, quando a pessoa que agiu
acobertado por uma das excludentes de ilicitude atinge um terceiro, que nada tem a ver com a situação, mesmo o ato sendo 
considerado lícito pela lei, o dever de indenizar irá persistir porque os artigos 929 e 930 do CC permitem tal possibilidade. É o que se 
chama de indenização pela prática de ato lícito. Serão utilizadas aulas expositivas, interativas e discussões dirigidas. Leitura e 
aplicação de dispositivos legais voltados para a resolução de problemas constantes dos Planos de Aula, envolvendo casos concretos 
com ênfase no estudo da relação jurídica e da inter-relação entre os seus componentes.
renato porto; 23/07/2013
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
1. Teoria da guarda.
Para começar a tratar da responsabilidade civil pelo fato da coisa deve-se saber
que a guarda de uma coisa acarretará para o dono a responsabilização quando
ocorrer um dano provocado pela coisa.
É importante destacar que com relação ao tema adota-se a teoria da guarda
intelectual, ou seja, "guarda é aquele que tem a direção intelectual da coisa, que
se define como poder de dar ordens, poder de comando, esteja ou não em
contato material com ela" - Caio Mário da Silva Pereira.
Nesse caso, a coisa dá ao evento sem a conduta direta de alguém. Não se pode
esquecer que a coisa não é capaz de fato, por trás da coisa inanimada há por
trás o fato do homem (responsabilidade indireta).
Artigo :
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2354
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
2. Responsabilidade civil por fato de animais, ruína,
coisas caídas e lançadas.
A lei trata da forma específica sobre três casos de
responsabilidade civil pelo fato da coisa. O primeiro
vem no art. 936 do CC que trata da responsabilidade
pelos danos causados por animais, nesse caso, a
responsabilidade civil será objetiva porque a próprio
dispositivo determina que somente haverá exclusão da
responsabilidade por fato exclusivo da vítima ou força
maior. O segundo diz respeito à responsabilidade civil
pela ruína de edifício (art. 937 do CC), nesse caso, o
valor indenizatório deve ser arcado pelo dono do
edifício ou construção. Já o terceiro trata da
responsabilidade civil pelas coisas caídas ou lançadas
de edifício (art. 938 do CC), aqui o valor indenizatório
irá recair sobre aquele que habita o prédio.
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
3.1. Furto e roubo de veículos
3.2. Locação de automóveis
3.3. Empréstimo de veículos
Nos casos de roubo ou furto de veículos. Há quem sustente que o dever de
guarda está vinculado ao direito real de propriedade, mas somente nos casos
em que a propriedade pode ser transferida por comodato, locação e, jamais
nos casos de furto/roubo.
A responsabilidade só irá recair sobre o proprietário quando este perder a
guarda em virtude da falta do dever de cuidado e, assim, gerar o dano.
Já no que diz respeito ao empréstimo de veículos em que pese ainda haver
divergência na doutrina sobre o tema, o Superior Tribunal de Justiça sustenta
que a responsabilidade entre o condutor e o proprietário do veículo é
solidária.
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Caso Concreto 
O aposentado Antônio Gomes, de 74 anos, morreu ontem, em Realengo, vítima
de ataque de abelhas africanizadas. A vítima foi caminhar num lugar perto de sua
casa, onde há um apiário, quando foi picado do couro cabeludo aos pés por
inúmeras abelhas. Levado para o Hospital Albert Schweitez, com pressão muito
baixa e choque anafilático, Antônio não resistiu e morreu. Segundo Célio dos
Santos, dono do apiário, na primavera e no verão os enxames crescem e, como
as colméias ficam pequenas, as abelhas se tornam mais agressivas. Supondo
que a mulher de Antônio pretenda ser indenizada, pergunta-se:
De quem poderá pleitear a indenização e com que fundamento? Poderá o réu
alegar com sucesso a excludente de força maior (fato da natureza) por não ter
controle sobre as abelhas? Resposta fundamentada.
rp2
Slide 7
rp2 Gabarito:Não há responsabilidade sem violação de dever jurídico porque responsabilidade é o dever sucessivo de reparar o dano 
decorrente da violação de um dever jurídico originário. No caso, portanto, importa saber se Alexandre violou algum dever jurídico em 
relação a Joaquim. E a resposta é negativa porque Alexandre não tinha nenhum dever de fidelidade em relação a Joaquim. Quem 
tinha este dever, e o violou, foi Priscila, a mulher de Joaquim. Logo, Alexandre não tem nenhum dever de indenizar, sendo inviável a 
pretensão indenizatória de Joaquim. Nesse sentido o RESP.1.122.547MG “RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. ADULTÉRIO. 
AÇÃO AJUIZADA PELO MARIDO TRAÍDO EM FACE DO CÚMPLICE DA EX-ESPOSA. ATO ILÍCITO. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE 
VIOLAÇÃO DE NORMA POSTA. 1. O cúmplice de cônjuge infiel não tem o dever de indenizar o traído, uma vez que o conceito de 
ilicitude está imbricado na violação de um dever legal ou contratual, do qual resulta dano para outrem, e não há no ordenamento 
jurídico pátrionorma de direito público ou privado que obrigue terceiros a velar pela fidelidade conjugal em casamento do qual não 
faz parte. 2. Não há como o Judiciário impor um “não fazer” ao cúmplice, decorrendo disso a impossibilidade de se indenizar o ato por
inexistência de norma posta – legal e não moral – que assim determine. O réu é estranho à relação jurídica existente entre o autor e 
sua ex-esposa, relação da qual se origina o dever de fidelidade mencionado no art. 1.566, inciso I, do Código Civil de 2002.” 
GABARITO: B Ricardo agiu em estado de necessidade, pois diante dos dois bens jurídicos em perigo (a vida de alguém e a integridade
de um muro), resolveu sacrificar a integridade do muro. Assim, incide no caso a hipótese a hipótese do art. 188, II do CC pelo qual 
não é ilícito a deterioração ou destruição da coisa alheia, a fim de remover perigo iminente. Apesar de sua conduta não ter sido 
considerada ilícita, Ricardo deverá reparar o dano causado ao proprietário do muro. Esse é o comando previsto no art. 929 do Código 
Civil.
renato porto; 23/07/2013
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Questão Objetiva
Enquanto estavam no cinema, o cachorro de Mário e Maria saiu 
pela porta do terraço, subiu no parapeito e caiu do 9º andar sobre 
Antônio que passava pela rua. Gravemente ferido, Antônio ficou 
internado um mês e sofreu redução permanente de sua 
capacidade laborativa de 30%. Antônio quer ser indenizado. No 
caso pode-se dizer: 
A) Antônio poderá pleitear indenização de Mário e Maria; 
B) A ação indenizatória terá por fundamento o art.936 do Código 
Civil; 
C) Antônio poderá pleitear indenização por danos materiais (dano 
emergente e lucro cessante) e danos morais; 
D) Trata-se de responsabilidade objetiva extracontratual; 
E) Antônio terá que provar a culpa de Mario e Maria por se tratar 
de responsabilidade subjetiva.
1. todas as afirmativas são corretas; 
2. todas as afirmativas são incorretas; 
3. apenas as afirmativas das letras b e e estão incorretas; 
4. apenas as afirmativas das letra a e d estão corretas.
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Informativo nº 0438
Período: 7 a 11 de junho de 2010.
Quarta Turma 
RESPONSABILIDADE. TRANSPORTADORA. ASSALTO.
Trata-se de ação de indenização por danos materiais ajuizada pela CEF contra transportadora de malotes
bancários, porquanto houve assalto que resultou na subtração de vários malotes da instituição financeira. No
REsp, discute-se se há responsabilidade da transportadora pelos prejuízos causados ao banco devido ao
assalto. Para o Min. Relator, não seria possível verificar a responsabilidade da empresa transportadora
recorrente, visto que demandaria apreciar a amplitude do contrato de prestação de serviço e os cuidados
existentes no transporte, o que acarretaria a apreciação de prova e das cláusulas contratuais de competência
das instâncias ordinárias. Ressalta que o acórdão recorrido apoiou-se na prova dos autos e na interpretação de
cláusulas contratuais para concluir pela responsabilidade da transportadora recorrente e, revê-los, encontraria
óbice nas Súmulas ns. 5 e 7 do STJ. Por outro lado, aponta que, segundo a jurisprudência deste Superior
Tribunal, a instituição financeira tem responsabilidade, mesmo em caso de roubo, pelos bens sob sua guarda,
visto que a segurança de valores é serviço essencial à atividade econômica desenvolvida, sobretudo em razão
da possibilidade de assaltos à mão armada no transporte de dinheiro e títulos. Assim, se a instituição financeira
não pode eximir-se da responsabilidade ao argumento de existência de força maior, com igual propriedade a
empresa encarregada pelo transporte, contratada pela instituição financeira, devido à natureza e valor dos
bens. Observa-se que tanto é previsível a existência de assaltos que a própria transportadora assegura-se de
todas as cautelas, como utilização de carros-forte, seguranças armados etc. Diante do exposto, a Turma negou
provimento ao recurso. Precedentes citados: AgRg no Ag 450.101-SP, DJ 17/2/2003, e REsp 480.498-MG, DJ
24/5/2004. REsp 965.520-PE, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, julgado em 8/6/2010.
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Informativo nº 0387
Período: 16 a 20 de março de 2009.
Quarta Turma
BANCO. ROUBO. COFRE. RESPONSABILIDADE.
No caso, o Tribunal a quo afastou o dano moral, entendendo que o abalo do roubo de bens depositados em
cofre locado em agência bancária provocado por terceiros, não pode ser atribuído ao banco e,
ainda, reformou o valor indenizatório quanto aos danos materiais, reduzindo-o ao valor dos bens
comprovadamente depositados no cofre pelos autores. Mesmo assim, o banco recorreu, alegando, no REsp,
entre outras teses, a ilegitimidade ativa de um dos autores, caso fortuito ou força maior. Esclarece o Min.
Relator que esses contratos abrangem a locação e a prestação de serviço, utilizando-se o cofre para a
guarda do que convier ao locatário, sem prestar contas ao locador. Logo, se um dos locadores depositou
objetos próprios e de sua esposa (que não assinou o contrato de locação), não há impedimentos. Ademais,
a ausência ou presença dessa esposa na ação não alteraria a demanda, uma vez que eles são casados no
regime de comunhão universal de bens. Nos autos, é incontroverso que os bens pertenciam à esposa,
assim, na verdade, trata-se de bens comuns do casal. Quanto à tese da culpa exclusiva de terceiro
defendida pelo banco, não poderia prosperar, pois é de responsabilidade do banco a subtração dos bens
mantidos sob sua guarda em cofre alugado em agência bancária. Trata-se de risco empresarial (art. 927,
parágrafo único, do CC/2002, correspondente ao art. 156 do CC/1916), de modo que o banco responde
pelos danos causados a clientes e a terceiros decorrentes de sua prática comercial lucrativa. Aplica-se,
também, o art. 14 do CDC. Outrossim, a jurisprudência deste Superior Tribunal firmou-se no sentido de que
roubos em agência bancária são eventos previsíveis. Dessa forma, não podem caracterizar hipótese de
força maior capaz de elidir o nexo de causalidade. Precedentes citados: REsp 227.364-AL, DJ 11/6/2001, e
REsp 333.211-RJ, DJ 18/3/2002. REsp 1.093.617-PE, Rel. Min. João Otávio do Noronha, julgado em
17/3/2009.
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Informativo nº 0340
Período: 26 a 30 de novembro de 2007.
Quarta Turma
PRISÃO CIVIL. DEPOSITÁRIO INFIEL. SUBSTITUIÇÃO. BEM.
O impetrante assevera ser incabível o decreto de prisão por infidelidade no cumprimento do
encargo de depositário judicial de bens fungíveis e da ausência de análise da substituição
destes por outros. O Min. Relator destacou que a jurisprudência deste Superior Tribunal tem
entendido que o depositário judicial tem a faculdade conferida ao depositário contratual de
entregar a coisa ou o equivalente em dinheiro, conforme estatuem os arts. 902, I, e 904 do
CPC. Uma vez que descumprida a obrigação de guarda do bem, o qual deve ser
apresentado pelo depositário quando intimado para tal, resta-lhe a alternativa de fazer o
depósito do valor equivalente sob pena de ser declarado infiel. Não se enxerga possibilidade
de o depositário apresentar outros bens em substituição ao bem gravado na execução, visto
que o seu encargo dirige-se à guarda e conservação de bens certos e determinados. Com
esse entendimento, a Turma denegou a ordem. Precedentes citados: RHC 10.246-SC, DJ
27/11/2000; REsp 133.600-SP, DJ 4//12/2000, e REsp 276.817-SP, DJ 7/6/2004. HC 70.440-
RS, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, julgado em 27/11/2007.
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Informativo nº 0413
Período: 26 a 30 de outubro de 2009.
Quarta Turma 
RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE.
É cediço que, segundo a jurisprudência deste Superior Tribunal, as
concessionárias de serviços rodoviários, nas suas relações com os usuários
da estrada, estão subordinadas ao CDC. Dessa forma, a presença de animal
na pista coloca em risco a segurança dos usuários da rodovia, devendo a
concessionáriaresponder, de forma objetiva, pela morte de motociclista que
se chocou com animal na rodovia. Com esse entendimento, a Turma não
conheceu do recurso da concessionária, no qual se defendia a denunciação à
lide do DNER para reparação dos danos, afirmando ser da autarquia a
responsabilidade de patrulhar a rodovia para apreensão de animais soltos, e
confirmou o acórdão recorrido que decidiu descaber a denunciação à lide.
Precedentes citados: REsp 647.710-RJ, DJ 30/6/2006; AgRg no Ag 522.022-
RJ, DJ 5/4/2004, e REsp 467.883-RJ, DJ 1º/9/2003. REsp 573.260-RS, Rel.
Min. Aldir Passarinho Junior, julgado em 27/10/2009.
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Informativo nº 0465
Período: 28 de fevereiro a 4 de março de 2011.
Quarta Turma 
ALIMENTOS. RESPONSABILIDADE.
Trata-se de REsp em que se discute a possibilidade de o recorrente (um dos genitores) demandado em ação de
alimentos poder chamar o outro (no caso, a genitora) a integrar o polo passivo da referida ação. A Turma proveu o
recurso ao entendimento de que a obrigação alimentar é de responsabilidade dos pais e, na hipótese de a genitora dos
autores da ação de alimentos também exercer atividade remunerada, é juridicamente legítimo que seja chamada a
compor o polo passivo do processo para ser avaliada a sua condição econômico-financeira para assumir, em conjunto
com o genitor, a responsabilidade pela manutenção dos filhos maiores e capazes. Ressaltou-se que, além da
transmissibilidade, reciprocidade, impenhorabilidade e imprescritibilidade, é também importante característica da
obrigação alimentar a divisibilidade. Desse modo, os pais, salvo na hipótese de qualquer deles estar na condição de
guardião de filhos menores, devem responder pelos alimentos, arcando cada qual com parcela compatível às próprias
possibilidades. Dessarte, nada mais razoável, na espécie, que, somente a partir da integração dos pais no polo passivo
da demanda, possa melhor ser aferida a capacidade de assunção do encargo alimentício em quotas proporcionais aos
recursos financeiros de cada um. Assim, reconheceu-se a plausibilidade jurídica do pleito em questão, porquanto,
embora se possa inferir do texto do art. 1.698 do CC/2002, norma de natureza especial, que o credor de alimentos
detém a faculdade de ajuizar ação apenas contra um dos coobrigados, não há óbice legal a que o demandado
exponha, de forma circunstanciada, a arguição de não ser o único devedor e, por conseguinte, adote a iniciativa de
chamamento de outro potencial devedor para integrar a lide. REsp 964.866-SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha,
julgado em 1º/3/2011.
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Informativo nº 0289
Período: 19 a 23 de junho de 2006.
Terceira Turma 
CONCESSIONÁRIA. RODOVIA. COLISÃO. ANIMAL. CDC. 
APLICAÇÃO.
As concessionárias de serviços rodoviários estão subordinadas ao
Código de Defesa do Consumidor pela própria natureza do serviço.
No caso, trata-se de responsabilidade objetiva (independente da
prova de dolo ou culpa), pelo que a concessionária é responsável
pela manutenção da rodovia, cabendo-lhe manter a estrada sem a
presença de animais, para a segurança dos usuários, a fim de evitar
maiores riscos, incidindo, no caso, o art 14 do CDC. Precedente
citado: REsp 467.883-RJ, DJ 1º/9/2003. REsp 647.710-RJ, Rel. Min.
Castro Filho, julgado em 20/6/2006.
NOME DA DISCIPLINA
Nº da aula
Material de Apoio:
Vídeos:
Acidentes com animais (rodovias)
http://www.youtube.com/watch?v=0W3oE57b14Q
Indicação de Filmes:
Super Size Me
http://www.youtube.com/watch?v=XiaET24DwaU&feature=player_embedded
Um pouco de arte para relaxar:
Poesia – Filtro Solar – Pedro Bial
http://www.youtube.com/watch?v=iEx7XiYhgfg&feature=player_embedded
Show – Rock in Rio 2013 – David Guetta
http://br.bing.com/videos/search?q=show+rock+in+rio+2013&view=detail&mid=2
08B16795CD1E77F59CF208B16795CD1E77F59CF&first=0&FORM=NVPFVR

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