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Análise de Crédito e Cobrança

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Análise 
de Crédito e 
Cobrança
2ª Edição
CONHECIMENTO
SEJA UM EMPREENDEDOR
2
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
Ficha técnica
Governador do Distrito Federal
RODRIGO ROLLEMBERG
 
Secretário de Estado do Trabalho, 
Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade 
Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal  
ANTÔNIO GUTEMBERG GOMES DE SOUZA
 
Secretário Adjunto do Trabalho 
THIAGO JARJOUR
 
Subsecretário de Atendimento ao Trabalhador 
e Empregador 
ANTÔNIO VIEIRA PAIVA
 
Coordenador de Qualificação Profissional
GERSON VICENTE DE PAULA JUNIOR
 
Equipe Técnica da Coordenação de 
Qualificação Profissional
TALITA ALENCAR DE ALMEIDA DA SILVA – 
Assessora da Coordenação de Qualificação 
Profissional 
 
ALISSON ANANIAS LOPES – Diretor de 
Planejamento e Estratégias de Qualificação.
 
ALBERTINA SOLINO EVELIN – Gerência de 
Planejamento.
 
DÉBORA JEANE DE OLIVEIRA BATISTA – 
Diretora de Gestão de Programas e Projetos 
de Qualificação.
 
CARLA NUNES SOUSA DE LIMA – Gerente 
de Capacitação para o Empreendedor.
 
Programa Qualifica Mais Brasília
É um Programa de Qualificação social e 
profissional que se destina a promover ações 
de qualificação aos trabalhadores e/ou 
empreendedores do Distrito Federal, visando 
potencializar as competências e habilidades 
deste público para atender as exigências 
apresentadas pelo mundo do trabalho.
3
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
Sumário
MODULO I: Introdução à análise de crédito .......................................................... 6
Conceito................................................................................................................ 6
Modalidades ......................................................................................................... 6
Riscos ................................................................................................................... 7
Como fazer a análise de crédito de pessoas físicas e jurídicas ....................... 9
Crédito ................................................................................................................ 10
Fundamentos da análise de crédito .................................................................. 10
Política de Crédito .............................................................................................. 11
Importância da política de crédito .................................................................... 11
Finalidade da concessão de crédito ................................................................. 11
Os C’s do crédito ................................................................................................ 12
Reconhecimento do Cliente .............................................................................. 13
Cadastro de clientes .......................................................................................... 13
Importância do cadastro ................................................................................... 13
Como elaborar um cadastro .............................................................................. 13
Onde buscar as informações? .......................................................................... 13
Funções de um departamento de cadastro ..................................................... 13
Ficha cadastral ................................................................................................... 14
Atualização cadastral ........................................................................................ 15
Verificação dos dados ....................................................................................... 15
Sigilo das Informações ...................................................................................... 15
Ficha cadastral de pessoa física ...................................................................... 15
Ficha cadastral de pessoa jurídica ................................................................... 16
4
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
MÓDULO II: Avaliação de risco de crédito .......................................................... 18
Análise de crédito .............................................................................................. 18
Procedimentos de uma análise de crédito ....................................................... 20
Decisão de crédito ............................................................................................. 21
Métodos de análise de crédito .......................................................................... 22
Limite de Crédito ................................................................................................ 23
Estabelecimento de limite de crédito ................................................................ 25
Critérios do limite de crédito ............................................................................. 25
Métodos de cálculo do limite de crédito ........................................................... 26
Gerenciamento de carteira e o limite de crédito .............................................. 27
MODULO III: GARANTIAS DE CRÉDITO ............................................................... 28
O que é garantia? ............................................................................................... 28
Quando exigir uma garantia .............................................................................. 28
Problemas de qualidade .................................................................................... 29
Orçamento sem compromisso e taxa de visita ................................................ 30
E o cliente? Quer dar uma garantia? ................................................................. 30
Tipos de garantias ............................................................................................. 31
Aval ..................................................................................................................... 31
Hipoteca ............................................................................................................. 32
Penhor e caução ................................................................................................ 32
Alienação fiduciária ........................................................................................... 33
Fiança ................................................................................................................. 34
Títulos de crédito ............................................................................................... 35
Requisitos gerais e Características .................................................................. 35
Classificação ...................................................................................................... 36
Modo de circulação ........................................................................................... 36
Duplicata ............................................................................................................ 37
Fundamento Legal ............................................................................................. 37
5
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
Requisitos das duplicatas ................................................................................. 37
Protesto da Duplicata e Prescrições para fins de execução ........................... 37
Nota Promissória ............................................................................................... 37
Protesto da nota promissória ........................................................................... 38
Cheque ................................................................................................................ 38
Partes no cheque ...............................................................................................39
Devolução do cheque e Protesto de cheques .................................................. 39
Prazo de apresentação do cheque ................................................................... 40
Prescrições para fins de execução ................................................................... 40
MODULO IV: COBRANÇA .................................................................................... 41
Conceito de cobrança ........................................................................................ 41
Contas a receber ................................................................................................ 41
Serviços de proteção ao crédito ....................................................................... 42
Serasa ................................................................................................................. 42
SPC ..................................................................................................................... 42
Função dos bancos de dados ........................................................................... 42
Negativação no SPC/Serasa ............................................................................. 42
Estrutura básica e políticas de cobrança; ........................................................ 43
Código de Defesa do Consumidor; ................................................................... 45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - GERAIS ......................................................... 47
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
6
Modulo I: Introdução à Análise de Crédito
MODULO I: Introdução à análise de crédito
Conceito
A análise de crédito deve ser tão mais consistente quanto mais presentes e altos 
forem os riscos identificados, bem como a viabilidade e a praticidade de suas 
conclusões e recomendações. De acordo com Tsuru (2009, p.20) a análise de crédito 
é o passo inicial para que possamos tomar uma decisão quanto à concessão ou 
não de crédito.
Modalidades
Em um curso sobre análise de crédito não se pode desconsiderar as modalidades 
que acercam o desenvolvimento financeiro que envolve as análises.
De acordo com Carneiro (2006, p. 201) o crédito permite que os agentes 
antecipem renda futura para realizar gastos de consumi e/ou de investimentos 
no presente. Na mesma autoria é apontado que a eficácia e a sensibilidade 
do canal de transmissão da política monetária pela via do crédito estão em 
boa parte vinculadas à estrutura do sistema financeiro, à participação dos 
bancos estrangeiros, ao peso relativo de suas fontes de receita e às relações 
específicas existentes entre setor bancário e Banco Central.
Novas modalidades de créditos instauradas pelo governo Lula, uma maior 
estabilidade das expectativas e a valorização da taxa de cambio permitiram que 
seu volume se recuperasse.
Como principais modalidades de créditos para pessoa física, destaca-se:
• Crédito Pessoal;
• Financiamento Imobiliário;
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
7
Modulo I: Introdução à Análise de Crédito
• Aquisição de bens veículos;
• Aquisição de outros bens;
• Cartão de Crédito;
• Cheque especial.
As modalidades apresentadas são as maiores realizadas de acordo com o Banco 
Central do Brasil.
A seguir o curso fará uma abordagem sobre os riscos.
Riscos
De acordo com Figueiras (2006, p. 399) o risco de crédito representa a possibilidade 
de inadimplemento da contraparte de quaisquer instrumentos financeiros, gerando 
a falta de recebimento para a outra parte.
Classificação do risco de crédito
Conforme a definição de Figueiras (2006) é notável destacar na classificação de 
risco de crédito os seguintes riscos eminentes para se trabalhar com análise de 
crédito e cobrança:
• Risco de mercado;
• Risco de Crédito;
• Risco de Liquidez;
• Risco operacional;
• Risco Legal;
• Risco Sistêmico.
Todas as modalidades de risco acima estão diretamente ligadas ao processo de 
análise de crédito instituídos na movimentação do mercado financeiro no Brasil.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
8
Modulo I: Introdução à Análise de Crédito
Para que o profissional que trabalha com crédito e cobrança possa estar 
atuando no setor é necessário avaliar não apenas os meios de concessão de 
crédito, mas também as condições que levarão ao pagamento do mesmo.
Para tais análises serem positivadas, tanto para o credor quanto ao devedor é 
necessário um estudo de viabilidade de concessão e principalmente de aplicação 
gerencial financeira no orçamento de quem necessita de crédito.
Tostes (2007, p.69) diz que risco de crédito é a perda econômica que o usuário 
final irá sofrer se a contraparte não liquidar sua obrigação financeira no 
vencimento do contrato derivativo. Assim, as empresas em geral computam 
este risco na reposição do custo no processo de reposição. Ou seja, o risco de 
crédito já está previamente calculado para novos contratos.
Na visão de Tostes os riscos que envolvem ações financeiras estão divididos em:
• Riscos de Crédito: Onde sua composição está vinculada em grau de 
concentração da carteira onde há o risco de default e o risco potencial da 
transação onde há o retorno inferior.
• Riscos de Mercado: Sua composição está diretamente ligada e interligada 
entre dois riscos o real e o potencial. Onde as ações, os Debêntures, os 
Juros, as Mercadorias e as Moedas fazem composição deste cenário de 
risco.
• Riscos Legais são riscos esperados.
• Riscos Operacionais compostos por falta de controle interno, avaliação 
errada, software inadequado e modelo matemático inadequado.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
9
Modulo I: Introdução à Análise de Crédito
• Riscos de Liquidez são riscos assumidos junto ao mercado.
• Riscos de Liquidação são riscos inesperados.
• Riscos Humanos são riscos de operacionalização do recurso humano.
Tais riscos demandam ainda cuidados especiais quando separados em riscos 
potencial e real.
Onde o risco potencial é aquele que a instituição aloca ao limite do crédito do cliente 
no início da transação.
E o risco real de mercado medo o quão verdadeira é a posição da empresa depois 
que a transação teve início, ou seja, ao longo do período de operação.
Como fazer a análise de crédito de pessoas físicas e jurídicas
Para aprender a fazer uma análise de crédito de pessoa física e jurídica, bem como 
a diferenciação de valores e aplicabilidade profissional é importante conhecer 
a conceituação do mercado para aplicar a cada análise um direcionamento que 
possibilitará sucesso de cada operação.
De acordo com Gomes (2003, p. 212) a análise de crédito das pessoas físicas 
é realidade de maneira muito precária, sem bases sólidas e científicas que 
garantam sucesso. Já em relação à pessoa jurídica há todo um estudo 
estatístico com metodologia de análise a concessão de crédito através de um 
questionário é possível avaliar a real necessidade do crédito de cada empresa.
Assim, é possível desenvolver um padrão justificado pelos interesses do mercado 
em relação à concessão de crédito a empresa bem como a condição de realização 
de disposição de crédito sem burlar o sistema, o que torna o desenvolvimento de 
análise de crédito mais centrado e com riscos menores. Já em relação aos dados 
desfavoráveis que abrangem este setor, pode haver uma padronização positiva 
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
10
Modulo I: Introdução à Análise de Crédito
ou negativa em relação à concessão de crédito bem como o constrangimento dos 
recursos humanos frente à exposição de concessão.
Uma boa empresa consegue treinar seus funcionários para desempenhar esses 
papéis com solidez e confiabilidade no mercado credor.
Assim, a partir de agora o presente curso irá focar no crédito e seu pilar de 
distribuição mercadológico para análisesseja para pessoa física ou jurídica no 
mercado financeiro.
Crédito
Tsuru (2009, p.18) define crédito como sendo todo ato, vontade ou disposição 
de alguém de destacar ou ceder, temporariamente, parte do seu patrimônio a um 
terceiro, com a expectativa de que esta parcela volta á sua posse integralmente, 
depois de decorrido o tempo estipulado.
O SERASA define crédito como uma transação em que o comprador, investido 
de confiabilidade pela empresa ou loja credora, adquire um bem ou serviço 
que irá pagar em uma ou mais parcelas durante um determinado período.
Fundamentos da análise de crédito
Para que aja concessão de crédito a parte de um patrimônio a um terceiro, na 
expectativa de que esse patrimônio retorne em uma determinada data faz com 
que a operação de cessão baseie-se na confiança, medida por meio da análise 
de crédito estruturada nas informações cedidas na negociação. Desta forma, é 
necessário que em uma análise de crédito os envolvidos entendam a lógica que 
envolve a transação, fortaleça a confiança na transação, exponha as garantias e o 
conhecimento e principalmente releve os ricos envolvidos.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
11
Modulo I: Introdução à Análise de Crédito
É importante fundamentar que todo processo que envolve especulação 
financeira e análise de crédito seja para concessão seja para provisão é 
arriscado. O risco deverá sempre estar calculado em prol do sucesso e do 
crescimento do mercado de atuação da demanda financeira.
Política de Crédito
De acordo com Ratto (2007, p. 39) as possibilidades de crédito são outro fator que 
diz respeito ao bolso do consumidor. Uma política ágil, que facilite a concessão do 
crédito e ofereça diferentes possibilidades de pagamento, é uma poderosíssima 
arma de venda no mercado financeiro.
Importância da política de crédito
O mesmo autor diz que qualquer política de concessão de crédito, especialmente 
aquelas que são bancadas pela empresa, só pode ser adotada após uma análise 
cuidadosa dos custos financeiros e das prováveis taxas de inadimplência. Erros de 
avaliação podem ter consequências seriíssimas na lucratividade e, muitas vezes na 
própria sobrevivência do negócio.
Finalidade da concessão de crédito
Conforme Tsuru (2009, p.18) para saber as finalidades da concessão de crédito 
é necessário primeiro saber os fatores que envolvem a concessão de crédito, 
assim, o autor descreve que as empresas compram e vendem para o mundo todo. 
Desta forma com a facilitação e a abertura de mercado facilitam em quase 90% a 
concessão de crédito para consumo. Mas é necessário que o consumidor esteja 
ciente das suas obrigações em relação aos juros cedidos na intermediação.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
12
Modulo I: Introdução à Análise de Crédito
Neste caso, a análise de crédito deve ser tão mais consistentes quanto mais presentes 
e altos forem os riscos identificados, bem como a viabilidade e a praticidade de 
suas conclusões e recomendações.
Por isso, a análise de crédito é o passo inicial para que possamos tomar uma decisão 
quanto à concessão ou não do crédito.
Os C’s do crédito
De acordo com o SEBRAE, os C´s do crédito são:
Caráter, Capacidade, Capital, Colateral, Condição e Conglomerado.
Silva Neto (2009, p. 112) define os seis C’s de crédito como roteiro para investigação 
do crédito, onde suas definições precisam ser ao menos conhecidas. Sendo assim, 
apresentar-se-á a seguir as definições:
• Caráter: Remete a informações de índole e de reputação. A honestidade 
precisa ser pautada para averiguação de informações comerciais, sejam 
elas física ou jurídica.
• Capacidade: Avaliação das condições econômicas e análise administrativa;
• Capital: Apresentação estrutural e financeira da empresa ou pessoa;
• Colateral: É a capacidade da empresa ou dos sócios em oferecer garantias 
ao empréstimo;
• Condições: Informações referentes à capacidade dos administradores de se 
adaptarem a situações conjunturais, ter agilidade e flexibilidade de adaptar-
se e criar mecanismos de defesa;
• Conglomerado: São informações da situação de outras empresas situadas 
num mesmo grupo econômico e como poderão afetar a empresa em estudo.
Conhecer previamente esses dados analíticos favorece o crédito na hora de 
viabilizar demandas financeiras.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
13
Modulo I: Introdução à Análise de Crédito
Reconhecimento do Cliente
Aqui o analista de crédito deverá se preparar para coleta de informações do cliente. 
São necessárias habilidades profissionais para identificar o perfil do cliente na 
concessão do crédito.
A seguir, apresentaremos os requisitos de cadastro e reconhecimento da clientela 
que busca no setor financeiro respaldo para desenvolvimento no mercado financeiro.
Cadastro de clientes
Tudo começa com o cadastro inicial do cliente. O cadastro do cliente é ponto 
fundamental desenvolvimento do processo de análise da situação de validação na 
concessão do crédito.
Importância do cadastro
A importância do cadastro consiste na identificação e confirmação das informações 
prestadas. Desta forma é possível localizar os dados e confirmar as informações 
para que o crédito seja avaliado e deferido.
Como elaborar um cadastro
O cadastro precisa ser desenvolvido de acordo com as necessidades da empresa 
que opera crédito. É importante destacar que todo cadastro deverá ser trabalho 
com segurança para que os dados não fiquem expostos sem propósito comercial.
Onde buscar as informações?
As informações poderão ser buscadas junto ao mercado.
Funções de um departamento de cadastro
O departamento de cadastro trabalha exclusivamente com o preenchimento de 
informações cadastrais e com busca mercadológica e aumento de carteira de 
clientes.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
14
Modulo I: Introdução à Análise de Crédito
Ficha cadastral
De acordo com o SEBRAE, uma ficha cadastral precisa ter informações básicas de 
acesso nacional. A seguir, apresentar-se-á uma sugestão da própria empresa:
Figura 01. Ficha Cadastral (SEBRAE, 2007)
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
15
Modulo I: Introdução à Análise de Crédito
Atualização cadastral
De acordo com o SEBRAE/MG (2007, p. 22) a atualização cadastral se faz necessária 
periodicamente em razão de mudanças que ocorrem ao longo do tempo na situação 
financeira e no patrimônio das pessoas, não basta fazer o cadastro do cliente uma 
única vez. É necessário realizar atualizações periódicas, para manter, aumentar ou 
reduzir o crédito do cliente.
Verificação dos dados
Sempre que necessário a empresa e seus funcionários treinados podem recorrer a 
serviços de centrais de informação e de proteção ao crédito para realizar pesquisa 
cadastral, favorecendo assim uma segurança a mais na concessão do crédito.
A seguir, apresentar-se-á informações necessárias para confirmação, validação e 
liberação da concessão de crédito.
Sigilo das Informações
O sigilo nas informações coletadas é fundamental para a política de boa negociação 
no mercado. É isso que gera confiabilidade tanto do credor quanto no devedor.
Tipos de informações da ficha cadastral
Os dados que constam nas fichas cadastrais são dados de acesso nacional e em 
determinadas fichas, dados que geram margens de reconhecimento financeiro 
para concessão de créditos, daí sua importância no desenvolvimento de análise de 
crédito.
Ficha cadastral de pessoa física
Conforme a figura 01 mostrada anteriormente, uma ficha cadastral de pessoa física 
deve contar:
Dados de identificação: Nome completo atual da pessoa física.
Dados residenciais: Endereço residencial atual – sempre atualizado.
Informações profissionais: Informações sobre empregos recentes e salários.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
16
Modulo I: Introdução à Análisede Crédito
Referências pessoais: Informações de terceiros a serem consultados no 
mercado.
Referências comerciais: Informações de empresas que já prestaram serviços 
ou compras.
Referências bancárias: Informar situação bancária e relação com instituição 
bancária.
Informações patrimoniais: Informações sobre bens e posses.
Participações societárias: Informações de sociedades em empresas ao qual o 
cadastrado está direta ou indiretamente ligado.
Ficha cadastral de pessoa jurídica
O cadastro da pessoa jurídica é similar o cadastro da pessoa física, a diferença está 
nos dados da empresa e na sua constituição societária. Toda informação cadastral 
é importante para a análise seja da concessão de cobrança ou concessão do crédito.
A seguir apresentar-se-á os dados necessários para o cadastro de pessoa jurídica:
Dados cadastrais: Nome da empresa bem como dos sócios.
Natureza jurídica: Constituição da Empresa
Representantes legais: Sócios com dados completos.
Referências bancárias: Dados bancários da empresa (colocar todas as contas 
e todos os bancos);
Referências comerciais: Apresentar empresas que prestam serviços ou que 
são fornecedoras de produtos e serviços para esta empresa.
Situação patrimonial: Apresentar o balancete da empresa, desde a sua 
constituição a sua atualização.
Composição societária: Apresentar todas as cotas de participação e todos os 
representantes acionários da empresa.
Participações societárias: Indicar a constituição de sócios da empresa.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
17
Modulo I: Introdução à Análise de Crédito
Bens e imóveis: Indicar todos os bens e imóveis que a pessoa jurídica possui 
no mercado nacional e internacional.
Principais clientes: Apresentar os principais clientes que irão ser analisados 
para a concessão de crédito ou verificação de sustentabilidade para a aplicação 
de cobranças.
O presente módulo abordou na Introdução de análise de crédito os conceitos 
e as aplicabilidades da análise de crédito para profissionais que desejam 
desenvolver conhecimento no mercado de Crédito e Cobrança. As informações 
contidas no presente curso são informações básicas para atuação e aplicação 
de forma analítica que levarão do profissional liberal ou empresário a conhecer 
a atuação e o mercado de crédito e cobrança.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
18
Módulo II: Avaliação de Risco de Crédito
MÓDULO II: Avaliação de risco de crédito
Análise de 
Crédito
Procedimento
Métodos
Decisão
Limite
Estabelecimento
Método
Critérios
Gerenciamento
Análise de crédito
De acordo com Tsuru (2009, p. 17) a análise de crédito é realizada quando um cliente 
solicita uma concessão de crédito.
É através da análise de crédito que a instituição ou empresa verifica a possibilidade 
de liberação e até mesmo os valores condicionados as informações, dados e 
confirmações mercadológicas apresentadas.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
19
Módulo II: Avaliação de Risco de Crédito
A análise de crédito deve ser tão mais consistente quanto mais presentes e 
altos forem os riscos identificados, bem como a viabilidade e a praticidade de 
suas conclusões e recomendações. Portanto, a análise de crédito é o passo 
inicial para que se possa tomar uma decisão quanto à concessão ou não de 
crédito.
De acordo com Tsuru (2009, p. 20) existem três etapas que devem, necessariamente, 
ser percorridas:
Análise retrospectiva: É a avaliação do histórico de desempenho do potencial do 
tomador, identificando os maiores fatores de risco inerentes à sua atividade e como 
estes foram atenuados ou contornados no passado. A análise histórica tem como 
principal objetivo identificar novas dificuldades enfrentadas possivelmente pela 
outra parte e sua capacidade de superá-las. O fato de a empresa já ter enfrentado 
dificuldades no passado e conseguido ultrapassá-las é um fator positivo, pois 
demonstra que, apesar de estar enfrentando dificuldades no momento atual, tem 
condições de vencê-las.
Análise de tendências: Devemos fazer uma projeção de resultados da empresa, 
considerando-se o mercado em que atua, como também as tendências e as 
possibilidades de crescimento ou de diminuição deste mercado, que podem afetar 
a condição de a empresa honrar seus compromissos. Também devemos considerar 
outros fatores econômicos que possam ter algum efeito nos resultados buscados 
pela empresa; Por exemplo, as oscilações na taxa do dólar em períodos relativamente 
curtos podem representar um importante fator de decisão, uma vez que a empresa 
cliente seja devedora de um valor expressivo nessa moeda.
Capacidade creditícia: Como não é possível esperar que um cliente venha a operar 
única e exclusivamente com a mesma empresa, devemos considerar o quanto a 
empresa pode vir a tomar de crédito no mercado e qual a capacidade que tem e terá 
de honrar seus compromissos.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
20
Módulo II: Avaliação de Risco de Crédito
Procedimentos de uma análise de crédito
Análise de 
Crédito
Procedimento
De acordo com Camarotti e Spink (2002, p. 216) toda boa empresa que concede 
crédito precisa fazer uma análise além das informações apresentadas ao futuro 
credor.
Desta forma, é importante que a empresa fornecedora da liberação do crédito 
faça uma análise setorial. De preferência visita ao presencial à empresa que 
solicita o crédito para conhecer o processo de real imensidão das informações. 
Desta forma é possível verificar se a empresa possui viabilidade de gerir 
mecanismos que possam ser revertidos em produção para cumprimento das 
obrigações com o crédito solicitado.
Os mesmos autores apontam que atestar a existência da atividade é fundamental 
para a análise da solicitação do crédito, bem como a adequação do valor solicitado 
às dimensões do negócio.
A partir da análise de crédito, cabe ao técnico assinar um parecer, especificando 
montante e condições de pagamento.
Após essas análises a empresa ou o empresário passa a ter linha de crédito e com 
isso uma rotatividade de investimento a sua empresa e ao seu negócio.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
21
Módulo II: Avaliação de Risco de Crédito
É importante ressaltar que o processo educativo em relação à concessão do 
crédito precisa estar incluso na rotina entre analista e solicitar de crédito para 
que não haja uma distorção entre os objetivos da concessão do crédito e o 
mal uso de seus valores.
Assim, o solicitante fica ciente que o crédito de conhecimento é aquele que introduz 
ao solicitante ao mesmo.
Em geral é sempre menor. Posteriormente as renovações passam a ter o seu volume 
maior, mas sempre concedido com margens de riscos para o mercado.
Decisão de crédito
Análise de 
Crédito
Decisão
Tsuru (2009, p.21) afirma que são vários os fatores que normalmente têm afetado 
uma análise de crédito.
Na hora da decisão de liberação de crédito, a empresa credora não pode distinguir 
clientes pelas condições financeiras, tratando a decisão de crédito de forma limitada 
ou restrita aos mercados.
Os riscos sempre devem ser levados em consideração principalmente na decisão 
de limite de crédito concedido.
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
22
Módulo II: Avaliação de Risco de Crédito
De acordo com Lima citando Di Augustini (2001, p. 88) no ramo empresarial, 
é sabido que, quando uma empresa atuante num mercado com produtos 
e serviços que demandam concessão de crédito relaxa os critérios de 
análise de crédito, ou seja, não investe adequadamente em recursos para 
filtrar os potenciais maus pagadores, ela acaba por investir mais do que 
proporcionalmente em cobranças e advogados para recuperação de crédito. 
A seguir veremos em métodos de análise de crédito como separar e aplicar a 
metodologia para concessão de créditos.
Métodos deanálise de crédito
Análise de 
Crédito
Métodos
A análise de risco e a decisão de crédito, embora possamos decidir sobre oferecer 
crédito e em que nível torná-lo liberal, faz com que a análise adicional seja defina 
por tipo de cliente a ser aplicado.
O método de análise de crédito é estabelecido por vários fatores que devem ser 
considerados, de acordo com Damodaran (2004):
O volume de crédito: A solicitação firmada junto ao credor precisa ser analisada 
para que não exceda as possibilidades de pagamentos e os riscos sejam sempre 
menores que as expectativas quantificadas.
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Módulo II: Avaliação de Risco de Crédito
Informações relevantes: Para que não haja quaisquer problemas com acesso aos 
dados, é necessário que ao consultar as informações passadas pelo cliente para 
averiguação de confirmação de dados, que seja realizado de forma correta por 
auxílio de meios lícitos.
Valores de informações: Categorize cada informação e dê a cada uma um valor 
ou peso para que possa ser contabilizado o processo de análise de crédito com o 
limite de crédito pré-estabelecido.
Contagem de crédito: Disponibiliza os valores exatos que serão liberados em caso 
de aprovação de crédito.
São basicamente esses parâmetros que devem ser levados em consideração 
para a aplicabilidade metodológica da análise de crédito.
Limite de Crédito
Análise de 
Crédito
Limite
Critérios
Gerenciamento
Estabelecimento
Método
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Módulo II: Avaliação de Risco de Crédito
De acordo com Brealey e Myers (2005, p. 404), a limitação do crédito não pode estar 
ligada a discriminação do mesmo. Para se definir limite de crédito é importante 
verificar a indicação de mercado.
Para que o deferidor do limite de crédito tenha as espécies imprescindíveis 
para exercer seu papel, é indispensável que ele tenha todos os elementos 
indispensáveis para isso, dentre os quais são destacadas a análise das 
demonstrações financeiras e contábeis, os indicadores econômicos e o 
relatório de visitas.
A seguir apresentar-se-á o estabelecimento, os critérios, o cálculo e o gerenciamento 
para um limite de crédito.
Gerenciamento
Estabelecimento 
de Ctédito
Limite de 
Crédito
Critérios 
para limite de 
crédito
O cálculo para 
o limite de 
crédito
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Módulo II: Avaliação de Risco de Crédito
Estabelecimento de limite de crédito
A análise clássica de crédito é um sistema particularizado que tem como base a 
avaliação individual de profissionais treinados para esse serviço, que acabam se 
convertendo em perito-especialistas.
Essa disposição é subjetiva, não podendo ser assumida com base excepcionalmente 
analítica.
De acordo com a história, a incumbência de um banco era financiar o capital 
de giro de seus clientes, na maioria das vezes afiançados pelo estoque ou os 
recebíveis do tomador.
Com essas garantias os bancos ficavam resguardados de prováveis perdas ou 
problemas financeiros dos tomadores.
A determinação desses empréstimos estava conectada em grande parte ao volume 
e valor da fiança oferecida pelo tomador.
A análise de crédito é um procedimento que abrange o ensejo pelo qual a empresa 
precisa do crédito, a análise das demonstrações financeiras para enfatizar as 
disposições em determinados períodos, o ajuste das contas para o modelo de análise 
do banco, o objetivo do empréstimo e o fluxo de caixa projetado, a análise setorial, 
a capacidade administrativa da empresa, e situação das garantias oferecidas 
(ALTMAN, CAOUETTE & NARAYANAN, 2000, p. 93-97).
Critérios do limite de crédito
Para que o crédito possa ser devidamente distribuído são imprescindíveis princípios 
unânimes e constantes que baseiem o procedimento dos responsáveis pela sua 
intervenção e, em emprego desses princípios, é que as instituições financeiras 
determinam as políticas concernentes ao crédito.
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Módulo II: Avaliação de Risco de Crédito
Passar a existir então as políticas de crédito, que são grandes linhas de direção 
norteadoras do método decisório de estabelecimento de critério para o limite 
de crédito em todos os níveis hierárquicos de uma instituição, estabelecidas 
com probabilidade de longo prazo, e que propendem garantir integração de 
propósito nas decisões dessa mesma instituição.
A demarcação e conservação das políticas de crédito têm por objetivo abordar 
protótipos de execução compatibilizados com a boa técnica bancária e as melhores 
técnicas do mercado, tendo em vista perceber, os níveis apropriados de risco nas 
operações de crédito e a característica dos deferimentos das operações (BANCO 
DO BRASIL, 1997, p. 2).
Métodos de cálculo do limite de crédito
Ponderando que risco sugere a perspectiva de perda, a concessão de limite de 
crédito é desempenhada em valor contrariamente proporcional ao risco oferecido, 
ou seja, quanto menor o risco maior o limite, técnica que amortiza a centralização 
de crédito em clientes de risco alto.
Tal limite do mesmo modo é deliberado de tal forma que haja uma pulverização dos 
recursos aproveitados entre os clientes e, consequentemente, a pulverização do risco.
Esses critérios para o fornecimento de créditos de cobertura arriscada, 
também conhecidos como PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação 
Duvidosa), tornaram-se mais fiel aos princípios a partir da Resolução n° 2682, 
de 21.12.1999, o que induziu o modo de ceder crédito, uma vez que seus 
valores acresceram, e a efetiva característica na concessão do crédito passou 
a ser fundamental.
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Módulo II: Avaliação de Risco de Crédito
Gerenciamento de carteira e o limite de crédito
A análise do tomador do empréstimo como um todo e especialmente a apreciação 
de seu risco exigiu uma precaução mais redobrada.
Esta análise motivou a categorização das operações de crédito, fazendo com que 
as instituições financeiras transcorressem a qualificar as operações de crédito por 
níveis de risco, levando em conta aspectos do devedor e os garantidores, bem como 
da operação em si.
Em inclusão ao devedor e seus garantidores são avaliados os aspectos da 
circunstância econômico-financeira, grau de obrigação, competência de origem de 
resultados, fluxo de caixa, contabilidade e condição de controle, exatidão e atrasos 
nos pagamentos, cotas, setor de atividade econômica e limite de crédito.
O presente módulo abordou Analise de créditos bem como os Procedimentos 
de uma análise de crédito, formas de Decisão de crédito (se concedido ou não), 
os métodos de análise de crédito, Limite de Crédito onde o Estabelecimento 
de limite de crédito, os critérios do limite de crédito, os métodos de cálculo do 
limite de crédito e o Gerenciamento de carteira levam ao limite de crédito.
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Modulo III: Garantias de Crédito
MODULO III: GARANTIAS DE CRÉDITO
O que é garantia?
De acordo com o Dicionário Aurélio, Garantia é a fiança, segurança, abonação, 
responsabilidade, caução. / Responsabilidade assumida pelo vendedor de entregar 
a mercadoria isenta de defeitos e em condições de funcionamento.
O PROCON/GO descreve ao consumidor em forma de esclarecimento que No 
Código de Defesa do Consumidor existem dois tipos de garantia: a legal e a 
contratual.
A garantia legal não depende do contrato que foi feito, pois já está prevista na lei 
(Arts. 26 e 27, CDC).
A garantia contratual completa a legal e é dada pelo próprio fornecedor. Chama-se 
termo de garantia (Art. 50, CDC).
O termo de garantia deve explicar;
• o que está garantido;
• qual é o seu prazo;
• qual o lugar em que ele deve ser exigido.
Quando exigir uma garantia
O termo de garantia deve ser acompanhadode um manual de instrução ilustrado, 
em português, e fácil de entender.
Não entregar termo de garantia, devidamente preenchido, é crime (Art. 74, CDC).
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Modulo III: Garantias de Crédito
O fornecedor é obrigado a garantir a qualidade e a eficiência do produto que 
vende. Se o fornecedor não lhe der essa garantia na hora da compra, você já 
tem outra garantia: é a garantia legal, dada pela lei.
O prazo de garantia legal é de 30 dias para os produtos não duráveis e 90 dias para 
os duráveis (Art. 26, CDC) de acordo com o Procon/GO.
Certificado de garantia
Todo produto possui garantia fornecida pelo fabricante ou pelo fornecedor contra 
defeitos de fabricação.
Para ter direito à garantia, você deve guardar o certificado ou termo de garantia e a 
nota fiscal de compra.
Durante o prazo de garantia você deverá utilizar apenas os serviços das 
oficinas autorizadas pelo fabricante. Se você utilizar oficinas que não sejam 
credenciadas pelo fabricante, corre o risco de perder o direito à garantia.
Problemas de qualidade
Se você comprar um produto com vício de qualidade, e só descobrir quando chegar 
em casa, faça o seguinte:
• envie uma carta ao fornecedor pedindo uma solução para o problema;
• exija a substituição do produto, a restituição da quantia paga ou abatimento 
proporcional no preço, no caso do fornecedor não lhe atender (Art. 18, CDC).
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Modulo III: Garantias de Crédito
Se ainda assim não houver solução, procure um órgão de defesa ao consumidor ou 
recorra à Justiça.
Lembre-se que você tem 30 dias para reclamar de produtos e serviços não 
duráveis e 90 dias para reclamar de produtos e serviços duráveis.
Orçamento sem compromisso e taxa de visita
Quando a garantia termina, normalmente, é cobrada a visita do técnico. Mas o 
consumidor tem de ser avisado sobre o valor a ser cobrado.
Se, na hora, você concordar com o orçamento e autorizar a execução do 
serviço, a oficina poderá cobrar só o valor do orçamento. Nesse caso você não 
precisa pagar a visita.
Lembre-se que há diferença de valores de orçamento conforme a oficina.
E o cliente? Quer dar uma garantia?
Quando a garantia envolve não apenas quem fornece mais também quem consome 
é necessário uma análise de Risco do cliente Vs. Risco da operação. Desta forma 
ficam asseguradas ao cliente que o risco da operação está pautado para ambas as 
partes.
Toda negociação há risco e nem toda Garantia paga dívida! Sabendo desta exposi-
ção de ideias fica claro o desenvolvimento deste módulo e principalmente da práti-
ca de desenvolvimento deste curso, uma vez que todos os cursistas estão conhe-
cendo o mercado de atuação para análise de crédito e cobrança.
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Modulo III: Garantias de Crédito
É importante ressaltar que há Vulnerabilidades das garantias.
Tipos de garantias
De acordo com Ferrari (2008, p. 238) o direito de garantia é o ato no qual a obrigação 
principal fica acessoriamente garantida por um bem ou um contrato. Desta forma, 
entre os tipos de garantias apresentadas destaca-se:
Garantias Reais: Quando a dívida é garantida por bens, móveis, imóveis ou títulos 
de crédito. São garantias reais: Hipoteca, penhor, caução e alienação fiduciária.
Garantias Pessoais: Quando a dívida é garantida apenas por assinatura de terceiro. 
São Garantias Pessoais: Aceite, Aval e fiança.
Avaliação de uma garantia real: A avaliação da garantia é real é o ato de auditoria 
sobre aquilo que está sendo apresentado como garantia real.
Avaliação de uma garantia pessoal: A avaliação da garantia é pessoal é o ato de 
auditoria sobre aquilo que está sendo apresentado como garantia pessoal.
Aval
De acordo com Gomes (2007, p. 154) o Aval é uma garantia pessoal de natureza 
cambial prestada pelo avalista, pessoa física ou jurídica, que se obriga pelo avalizado 
(devedor), assumindo, total ou parcialmente, em caráter solidário, obrigação 
pecuniária contraída por este como base em título de crédito, conforme o disposto 
no art. 32 da Lei Uniforme e nos arts. 897 a 900 do CC.
O aval pode ser:
Antecipado: Caracteriza-se pela aposição do aval, pelo avalista, anteriormente ao 
preenchimento total do título, conforme previsto no art. 14 da Lei Saraiva.
Limitado: Caracteriza-se por garantir de forma limitada ou parcial a obrigação 
assumida pelo avalizado com base em um título de crédito.
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Modulo III: Garantias de Crédito
Simultâneo: Caracteriza-se pela existência de vários avalistas em um único título 
que simultaneamente o avalizam de forma limitada ou não.
Aval “em preto” e “em branco”. O aval pode ser ainda lançado com a identificação do 
avalizado, nesse caso, tem-se o aval “em preto”. Pode ainda, nos termos do art. 31 
da Lei Uniforme, ser lançado sem a identificação do avalizado, sendo, nesse caso, 
efetuado em benefício do sacador da letra de câmbio.
Ferrari (2008) aponta o aval como uma garantia pessoal, dada numa dívida 
representada por um título de crédito (duplicata, promissória etc.), que 
consiste na assinatura de um terceiro (avalista) no referido título, tornando-se 
o avalista solidário ao devedor (avalizado), ou com qualquer outro coobrigado, 
ao pagamento do título. Assim, por exemplo, uma duplicata pode receber 
o aceite (assinatura do devedor) e, ao mesmo tempo, o aval (assinatura do 
terceiro solidário ao devedor).
Hipoteca
Ferrari (2008, p. 238) define como Hipoteca um direito real sobre um bem imóvel 
oferecido como garantia da quitação de uma dívida, sendo que tal bem permanece 
em mãos do devedor. Além dos bens imóveis (prédios, casas, terrenos etc.), também 
podem ser objeto de hipoteca navios, aviões, minas, jazidas, pedreiras e estradas de 
ferro. A hipoteca deve ser inscrita no registro de imóveis.
Penhor e caução
Ferrari (2008, p. 238) define Penhor como uma garantia real, para pagamento de 
uma dívida, que se dá, exceto penhor agrícola ou pecuário, pela entrega de um bem 
móvel ao credor.
O mesmo autor define caução como garantia real, para pagamento de uma dívida, 
que se dá pela entrega de títulos de crédito do devedor ao credor. O caso mais 
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Modulo III: Garantias de Crédito
comum de caução é a entrega de duplicatas a receber a um banco para garantia 
de um empréstimo (empréstimo sob caução). Caso o devedor não pague a dívida, o 
banco ficará com as duplicatas a receber do devedor.
Alienação fiduciária
Gomes (2007, p. 237) diz que alienação fiduciária somente se prova por escrito, 
podendo ser contratada mediante instrumento público ou particular, qualquer que 
seja o seu valor, que deverá ser obrigatoriamente arquiva, por cópia ou microfilme, 
no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do credor, sob pena de não valer 
contra terceiros, e conterá, além de outros dados, os seguintes requisitos essenciais:
a) Total da dívida ou sua estimativa;
b) O local e a data de pagamento;
c) A taxa de juros, as comissões cuja cobrança for permitida e, eventualmente, 
a cláusula penal e a estipulação de correção monetária, com indicação dos 
índices aplicáveis;
d) a descrição do bem objeto da alienação fiduciária e os elementos 
indispensáveis à sua identificação.
O mesmo autor define caução como garantia real, para pagamento de uma 
dívida, que se dá pela entrega de títulos de crédito do devedor ao credor. O 
caso mais comum de caução é a entrega de duplicatas a receber a um banco 
para garantia de um empréstimo (empréstimo sob caução). Caso o devedor 
não pague a dívida, o banco ficará com as duplicatas a receber do devedor.
Ferrari (2008, p. 237) define Alienação Fiduciária como uma garantia real, para 
pagamento de uma dívida, que se dá mediante um contrato, através do qualo 
devedor transfere ao credor o domínio e a posse indireta do bem, independente de 
sua entrega efetiva.
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Modulo III: Garantias de Crédito
Desta forma, o bem oferecido em alienação fiduciária irá permanecer em mãos do 
devedor.
Assim, por exemplo, se uma pessoa adquire um automóvel a prazo com 
cláusula de alienação fiduciária, essa pessoa passa a ter a posse direta desse 
bem. Porém, enquanto a dívida não for quitada, o credor ainda é o proprietário 
legal do referido bem.
Fiança
Quando se fala em fiança é necessário entender principalmente os cuidados na 
formalização das operações e constituição das garantias.
Por definição de Gomes (2007, p. 154) a fiança é uma modalidade de garantia 
pessoal prestada pelo fiador, pessoa física ou jurídica, que se obriga pelo afiançado 
(devedor), assumindo, total ou parcialmente, obrigação pecuniária contraída por 
este com base em contratos. Ela está prevista nos arts. 818 a 839 do CC.
O fiador, entretanto, assume a obrigação do afiançado em caráter acessório (art. 
837 do CC), possuindo, desta forma, o direito de exigir que o credor cobre a dívida 
primeiramente do devedor afiançado (art. 827 do CC), direito também chamado 
benefício de ordem (ao qual o fiador pode, desde que expressamente, renunciar).
Ferrari (2008) aponta a fiança como uma garantia pessoal, mediante um 
contrato, dada normalmente em aluguéis de imóveis, mediante a qual o fiador 
se responsabilidade pelo pagamento do aluguel, caso o locatário (afiançado) 
não o faça.
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Modulo III: Garantias de Crédito
Títulos de crédito
Para se definir um título de crédito é necessário entender o papel deste título na 
análise de crédito e cobrança. Aqui serão apresentados os requisitos gerais, as 
características, a Classificação e o modo de circulação.
O que é um título de crédito?
Gomes (2007, p. 142) define título de crédito como o documento necessário ao 
exercício de um direito literal e autônomo que nele se contém.
Costa (2007, p. 71) concorda com Gomes e acrescenta: “É inegável a velocidade 
com que os títulos de crédito dão aos negócios que não poderiam ser realizados 
na quantidade em que se realizam, sem a especial ajuda desses papéis de crédito. 
Proclama-se, sem erro, que são eles a mais notável criação do direito comercial 
moderno.”
O devedor do título de crédito só se obriga a resgatá-lo no vencimento. No 
entanto, qualquer devedor, com exceção do sacado ou do emitente, antes do 
vencimento poderá realizar o seu valor e transferir a terceiro o título de crédito 
e o direito nele mencionado, se quiser.
Requisitos gerais e Características
O título de crédito deve atender aos requisitos impostos pela lei que o rege, para 
tanto como requisitos gerais, destacamos três atributos comuns necessários: 
Incorporação, Literalidade e Autonomia.
Suas caracterizas apresentadas a seguir denotam o mapeamento do endosso 
desses conceitos:
A incorporação é a materialização do direito do comento de tal forma que o direito 
não poderá ser exercido sem a exibição do documento.
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Modulo III: Garantias de Crédito
A literalidade corresponde ao que está inserido literalmente no documento chamado 
título de crédito. A existência do título é regulada por seu teor e somente o que nele 
está escrito é que se deve levar em consideração, não valendo qualquer obrigação 
expressa em documento dele separado.
Já a autonomia manifesta-se sob tríplice aspecto: Por Direito, por obrigações e por 
título.
Classificação
De acordo com Costa (2007, p. 76) os títulos de créditos podem ser classificados 
como títulos públicos (letras do tesouro, bônus, etc.), títulos privados (emitidos por 
pessoa natural ou jurídica privada). Outra denotação para classificação é apresentada 
como título de crédito propriamente dito e título de crédito impropriamente dito. 
Onde no título de crédito propriamente dito se atesta uma operação de crédito, 
figurando entre eles os títulos de dívida pública, as letras de câmbio entre outros. 
Já em título de crédito impropriamente dito, não representam uma operação de 
crédito, se encontra a par da literalidade e autonomia.
Para a maioria dos autores a classificação de título de créditos que mais 
interessa é a que se baseia na circulação dos títulos de crédito, ou seja, na 
forma pela qual o direito e o título se transferem de uma pessoa para outra.
Modo de circulação
Os modos de circulação de títulos de crédito são: Letra de câmbio, nota promissória, 
cheque, duplicata (mercantil e de prestação de serviços), conhecimento de 
depósito, warrant, títulos de crédito rural (cédula rural pignoratícia, hipotecária ou 
pignoratícia e hipotecária ao mesmo tempo; nota de crédito rual; nota promissória 
rural; duplicata rural); Título de crédito industrial (cédula de crédito industrial e nota 
de crédito industrial); título de crédito comercial (cédula de crédito comercial e nota 
de crédito comercial), debêntures e outros, conforme Costa (2007, p. 79).
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Modulo III: Garantias de Crédito
Duplicata
De acordo com o SEBRAE (2009), A duplicata é um título de crédito que o comerciante 
pode sacar após a emissão da fatura de venda. É, portanto, um título constituído a 
partir de uma negociação mercantil ou de prestação de serviços.
Fundamento Legal
A fatura é a origem, o documento de comprovação da venda e da transferência do 
bem ao comprador, e a duplicata representa a consolidação do crédito, por tanto, a 
duplicata é um título que foi feito para circular, portanto é possível a transferência 
do crédito que ela representa por endosso.
Requisitos das duplicatas
Também é possível exigir do comprador uma garantia extra, através do aval. A 
diferença entre a duplicata e os outros títulos de crédito é que ela está sempre 
ligada à fatura, portanto sempre tem uma causa de emissão, uma transação de 
compra e venda ou de prestação de serviços.
Protesto da Duplicata e Prescrições para fins de execução
Nossa legislação considera crime a emissão de duplicata sem causa, ou seja, sem 
que tenha havido uma transação comercial e uma emissão de fatura correspondente 
ao negócio realizado. Esse vínculo é fundamental para o comerciante amparar o 
recebimento do crédito, seja na justiça ou de forma amigável.
Nota Promissória
Gomes (2007, p.164) define nota promissória como uma promessa solene, direta e 
unilateral de pagamento, à vista ou a prazo, efetuada pelo promitente-devedor ao 
promissário-credor, regulada no Brasil pelas mesmas normas que disciplinam a 
letra de câmbio, sendo referida genericamente como cambial.
As Partes na nota promissória
A) O subescritor ou promitente-devedor e
b) O beneficiário ou promissário-credor.
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Modulo III: Garantias de Crédito
Requisitos da nota promissória
Para ser considerado nota promissória o documento deverá conter:
• Denominação NOTA PROMISSÓRIA;
• Promessa solene, direta e incondicional de pagamento;
• Nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga;
• Indicação da data de emissão da nota promissória;
• Assinatura do emitente
• Local de emissão e local de pagamento e;
• Data de vencimento.
Protesto da nota promissória
Gomes (2007, p. 166) apresenta o protesto da nota promissória dizendo que somente 
pode ser lavrado na hipótese de falta de pagamento, visto que, contrariamente à letra 
de câmbio, que pode ser protestada também por falta de aceite, a nota promissória 
não comporta esse tipo de protesto.
Cheque
Para definir cheque é necessário entender sua funcionalidade, assim, aqui será 
apresentado: Ordem de pagamento a vista, Partes no cheque, Requisitos do cheque, 
Devolução do cheque, Protesto decheques, Prazo de apresentação do cheque e 
Prescrições para fins de execução.
De acordo com Gomes (2007, p. 167) cheque é uma ordem direta e incondicional 
de pagamento emitida pelo titular de conta corrente mantida em determinada 
instituição financeira (banco sacado) e dirigida a essa mesma instituição, na 
qual o eminente tenha fundos disponíveis a fim de que o banco sacado efetue 
o pagamento do valor literalmente expresso no título a determinada pessoa 
ou empresa.
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Modulo III: Garantias de Crédito
Partes no cheque
São partes do cheque:
• Emitente, passador ou sacador: é o titular de conta corrente em uma 
instituição financeira, que está autorizado a emitir ordens de pagamento 
dirigidas a referida instituição (cheques);
• Sacado (instituição financeira): é o agente pagador (não é devedor). Sua 
obrigação é acatar as ordens de pagamento emitidas pelo sacador ou 
emitente até o limite dos fundos disponíveis na conta corrente mantida no 
banco sacado;
• Tomador ou beneficiário: é aquele em favor de quem o cheque deve ser 
pago, podendo ser um terceiro ou o próprio emitente.
Requisitos do cheque
Para que o cheque tenha validade é necessário:
• Denominação;
• Ordem incondicional de pagar quantia determinada;
• Identificação do banco sacado;
• Data e lugar de emissão;
• Lugar de pagamento;
• Assinatura do emitente ou de seu mandatário.
Devolução do cheque e Protesto de cheques
De acordo com Pereira (2005, p.35) diz que o art. 47 da Lei 7.357/85 equipara ao 
protesto, atribuindo-lhes os mesmos efeitos deste, a declaração do sacado, escrita 
e datada sobre o cheque, com indicação do dia de apresentação, bem assim a 
declaração passada, nos mesmos moldes, por câmara de compensação.
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Modulo III: Garantias de Crédito
Para que não haja protesto do banco a respeito do cheque não pago é 
necessário que o cliente apresente o mesmo como quitação em sua agência 
bancária como prova de cumprimento legal do processo de pagamento da 
dívida gerada pela emissão do mesmo.
Prazo de apresentação do cheque
De acordo com Gomes (2007, p. 169) o cheque caracteriza-se como ordem de 
pagamento à vista, considerando-se não escrita qualquer menção em contrário. 
O prazo para pagamento dentro do prazo de trinta dias, quando emitido na mesma 
praça em que se localizar o banco sacado, ou de sessenta dias, quando emitido em 
praça diversa daquela de localização do banco sacado, conforme previsto no art. 
33 da Lei do Cheque.
Prescrições para fins de execução
A não apresentação do cheque pelo credor ao banco sacado dentro do prazo legal 
acarreta sanções.
• Os créditos constantes de conta corrente bancária não subordinados a 
termo;
• O saldo exigível de conta corrente contratual;
• A soma proveniente de abertura de crédito.
O presente módulo abordou a importância da garantia e do uso de títulos no 
mercado de crédito e cobrança. Foram abordados: Garantias, Título de Crédito, 
Duplicata, Nota Promissória e Cheque.
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41
Modulo IV: Cobrança
MODULO IV: COBRANÇA
Conceito de cobrança
Toda cobrança remete ao conceito de dívida. Assim, para conceituar cobrança é 
preciso entender o fluxo do mesmo.
De acordo com Corrêa (2007, p. 155) a cobrança de dívidas é atividade legítima, que 
representa o exercício regular do direito do credor em face do devedor.
Assim, o devedor que não efetua o pagamento na data do vencimento sujeita-
se aos efeitos da mora, respondendo pelos prejuízos a que sua mora der causa, 
além de correção, juros e honorários de advogado.
É importante ressaltar que a atividade de cobrança é acolhida pelo sistema jurídico, 
pois, se assim não fosse, ficaria o credor à mercê do devedor para receber seu 
crédito, sem instrumentos jurídicos que garantissem a sua satisfação.
Contas a receber
Conforme Pimentel (2007, p. 40) para que o departamento de uma empresa trabalhe 
de acordo com as diretrizes do mercado é necessário separar os setores, desta 
forma, o setor que trabalha com efetivo controle financeiro é o setor das contas a 
receber. Neste setor, trabalha-se:
• Controlar entrada de notas fiscais convertidas em títulos a receber;
• Estipular manutenção do crédito através de ferramentas de análise 
financeira;
• Gerenciar títulos a receber integrado a vendas, histórico e cadastro de 
clientes;
• Gerenciar informações bancárias, consultas e relatórios;
• Ajustar data de vencimento posterior a feriados e domingos;
• Previsão de pagamento do cliente.
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Modulo IV: Cobrança
Serviços de proteção ao crédito
Andrade (2006, p. 122) as entidades que mais representam a proteção ao crédito no 
Brasil são: SPC (Sistema de Proteção ao Crédito) e o Serasa.
Serasa
O mesmo autor apresenta o SERASA – como centralização de serviços dos Bancos, 
que mantém um cadastro sobre a existência de dívidas junto às instituições 
financeiras, protestos de títulos, ações judiciais de cobrança, etc.
SPC
Rios (2002, p. 158) diz que em relação aos direitos do consumidor, o Serviço de 
Proteção ao Crédito (SPC), que armazena dados sobre os consumidores para 
informar a conduta deles às lojas e casas comerciais.
Função dos bancos de dados
O banco de dados com informações do consumidor auxilia o comércio a se 
defender de pessoas de pouca credibilidade. Pessoas que usam de meios obscuros 
para adquirir bens de consumo sem arcar com compromissos estabelecidos no 
panorama de conduta comercial.
Negativação no SPC/Serasa
Conforme Andrade (2006, p. 115) a inserção de dados negativos acerca do 
consumidor não é meio de cobrança, mas mero cadastro informativo sobre a 
pontualidade do consumidor quanto ao cumprimento de suas obrigações. Não 
obstante, não se pode negar que essa inserção é um forte meio extrajudicial de 
cobrança, pois na maioria dos casos é mais eficiente e barata do que a cobrança 
judicial, geralmente mais lenta e mais cara. Bem por isso, o CDC limitou há cinco 
anos a manutenção de dados pessoais negativos.
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Estrutura básica e políticas de cobrança;
De acordo com o SEBRAE/MG (2009), para evitar transtornos com o processo de 
recebimento e possíveis futuras cobranças terceirizadas, as empresas precisam:
• Ter um sistema de controle de contas a receber;
• Fixar Penalidades financeiras (multas e juros);
• Notificar na cobrança o atraso máximo permitido, a partir do qual as ações 
de cobrança serão iniciadas;
• Esclarecer os critérios e parâmetros para a renegociação da dívida;
• Preestabelecer contatos a serem feitos e seus respectivos prazos;
• Registrar o cliente inadimplente nos órgãos de proteção ao crédito;
• Estabelecer prazo e forma de comunicação ao(s) fiador (es) ou avalista (s);
• Acionar medidas extrajudiciais e judiciais a serem tomadas;
• Respeitar o Código de Defesa do Consumidor no que se refere à cobrança 
de dívidas.
Para isso é necessário que no setor de cobrança tenha: O responsável pelo 
serviço de cobrança e os cobradores. Onde o responsável tem como papel 
fundamental efetuar contato preliminar com os clientes inadimplentes, 
registrar os contatos, elaborar e remeter correspondência aos clientes, 
registrar as recuperações de crédito por meio do trabalho de cobrança, 
orientar a atuação do cobrador com base nas diretrizes da empresa, registrar 
os clientes inadimplentes nos Órgãos de Proteção ao Crédito e providenciar as 
ações extrajudiciais e judiciais de cobrança. Já o cobrador é responsável pelo 
contato direto com o cliente, seja por telefone, seja em visita. Seu trabalho deve 
ser monitorado e acompanhado. Para isso, é importante manter o registro de 
todos os contatos feitos, das renegociaçõese dos resultados alcançados pelo 
cobrador.
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Modulo IV: Cobrança
Cobrança por telefone e por correspondência (como, quando e custos/benefícios);
As cobranças realizadas pelo telefone ou por correspondência devem ser praticadas 
da seguinte forma:
• contato amigável, para “lembrar” ao cliente sobre o vencimento da prestação, 
por conta ou telefone, logo após o vencimento;
• Contato mais assertivo por carta, telefonema, alertando sobre iminente 
registro em órgão de proteção ao crédito;
• Notificação extrajudicial e registro em órgão de proteção ao crédito;
• Protesto de título de crédito ou acionamento Juizado Especial (Pequenas 
Causas).
Cobrança Judicial;
De acordo com o SEBRAE/MS em uma empresa de cobrança o tipo de negócio 
que pode ter diversas alternativas de tamanho, visto que se pode começar com 
cobrança regionalizada e ir expandindo à medida que for adquirindo experiência e 
credibilidade no mercado. É uma atividade de prestação de serviço para empresas 
públicas ou privadas, de tamanhos variados, que cuida da cobrança de dívida 
extrajudicial ou, em alguns casos de cobranças judiciais, que consiste em conduzir 
as negociações com o cliente até o momento da ação judicial, caso necessário. 
Nessa atividade o investidor tem a vantagem de não assumir nenhum prejuízo 
caso o devedor não pague sua dívida. No entanto a credibilidade, e até mesmo 
a receita gerada no escritório de cobrança, vai depender muito da eficácia 
da cobrança. De outro lado, características como honestidade, eficiência e 
rapidez são fundamentais para o bom andamento do escritório.
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Código de Defesa do Consumidor;
Normalmente na terceirização, o contrato de prestação de serviços prevê que o 
contratado deve desempenhar o trabalho exercendo totalmente a legislação, 
principalmente o Código de Defesa do Consumidor.
Apesar da proteção do Código de Defesa do Consumidor, acordamos que no 
Brasil, o controle não é tão rígido no que dedilha a presteza do cobrador. Porém, os 
escritórios especializados em recuperação de crédito, são forçados a aperfeiçoar 
invariavelmente o seu procedimento de trabalho, para que não haja nenhum 
inadimplemento do Código de Defesa do Consumidor.
Observamos que a cobrança extrajudicial tem sido a maneira mais 
concentrada, quando controvertemos da cobrança de dívidas de consumo. 
Primeiramente, ela é desempenhada por meio de telefonemas ao devedor, 
envio de correspondências e visitas pessoais.
Em relação à cobrança por telefone, as ligações devem ser feitas por pessoas 
treinadas, que acatam o inadimplente nos termos do Código de Defesa do 
Consumidor.
Em relação à cobrança por cartas, o Código de Defesa do Consumidor não proíbe a 
emissão de correspondência de cobrança pelo credor, desde que não extrapole os 
limites da lei.
Já a cobrança pessoal, é muito sobreposta pelo comércio. Normalmente, os 
cobradores se regem a residência do consumidor inadimplente a fim de efetuar 
a cobrança. Em muitos casos, o inadimplente pode não ser localizado naquele 
momento. Na maioria das vezes, a exposição de dados se dá em razão disso: O 
cobrador, na ânsia de conseguir os dados para localizá-lo, acaba propalando as 
informações relacionadas à dívida àquele que o atende.
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Caráter completamente desonesto e impedido pelo Código de Defesa do Consumidor.
O presente módulo abordou a importância da cobrança no processo de análise 
de crédito e cobrança no mercado financeiro. Aqui foram abordados: Conceitos 
de cobrança, Contas a Receber, a importância do serviço de proteção ao 
crédito, SPC e SERASA, Função de Banco de Dados de Clientes, Negativação, 
Estrutura de uma empresa de cobrança, formas de cobranças e o Código de 
Defesa do Consumidor.
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