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AFO 03 SÉRGIO MENDES

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CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 2 
CRÉDITOS ADICIONAIS E ORÇAMENTO PÚBLICO 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
Motivação é quando se tem uma razão para agir. Ter motivação significa ter um 
desejo por trás de suas ações. Ela é responsável pela persistência de uma 
pessoa para atingir uma meta. 
Há casos em que a motivação existe de forma fácil e natural no aluno. Ela pode 
surgir pela própria curiosidade ou pela vontade de se progredir na vida. 
Entretanto, para muitos, manter-se motivado é um desafio. 
Uma excelente forma de motivação é através da visualização. Visualizar seu 
objetivo e sentir as sensações do sucesso — como se ele já tivesse acontecido 
— faz com que você se torne mais confiante. Se o seu objetivo é passar em um 
grande concurso, imagine você sendo aprovado, depois de tanto esforço e 
dedicação. Sinta a emoção como se você tivesse acabado de ver o seu nome 
na lista de aprovados. 
Outra maneira de obter motivação é mantendo contato com pessoas com os 
mesmos sonhos e ideais que o seu. Criar grupos de estudo com pessoas 
otimistas e animadas — um incentivando e ajudando o outro — faz com que 
todos se mantenham ativos e estudando de forma eficiente. (extraído de texto 
da Simplus, com adaptações). 
Vamos lá! Mantenha a motivação! Vamos estudar nesta aula os Créditos 
Adicionais, as Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária e outros 
assuntos atinentes ao Orçamento Público. 
 
 
CURSO ON-LINE REGULAR - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
www.pontodosconcursos.com.br 2
PARTE I - CRÉDITOS ADICIONAIS
1. INTRODUÇÃO 
Por crédito orçamentário inicial entende-se aquele aprovado pela lei 
orçamentária anual, constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de 
investimento das empresas estatais. O orçamento anual consignará 
importância para atender determinada despesa a fim de executar ações que 
lhe caiba realizar. Tal importância é denominada de dotação. 
O orçamento anual pode sofrer alterações qualitativas e quantitativas por meio 
de créditos adicionais. Por crédito adicional, entendem-se as autorizações de 
despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei orçamentária. 
Segundo o MTO-2010, as alterações qualitativas e quantitativas do orçamento 
viabilizam a realização anual dos programas mediante a alocação de recursos 
para as ações orçamentárias ou para a criação de novos programas, e são de 
responsabilidade conjunta dos órgãos central e setoriais e das unidades 
orçamentárias (UO). 
A necessidade de alteração orçamentária pode ser identificada pela UO ou 
pelo Órgão Setorial. Em qualquer caso, a solicitação de alteração deverá ser 
elaborada de forma a atender as condições dispostas nas Portarias da 
Secretaria de Orçamento Federal (SOF) que estabelecem procedimentos e 
prazos para solicitação de alterações orçamentárias para o exercício. 
As solicitações de alterações orçamentárias que tiverem início na UO deverão 
ser elaboradas em seu momento específico, que em seguida deve encaminhar 
a solicitação para o respectivo Órgão Setorial. O Órgão Setorial 
correspondente procederá a uma avaliação global da necessidade dos créditos 
solicitados e das possibilidades de oferecer recursos compensatórios. Após a 
verificação do crédito e aprovação da sua consistência, os Órgãos Setoriais 
deverão encaminhar à SOF as solicitações de créditos adicionais de suas 
 
 
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
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unidades. 
Ao receber a solicitação de crédito adicional a SOF elabora o pleito de créditos 
e, por meio de uma análise criteriosa da solicitação, decide por atendê-la ou 
não. Os Analistas de Planejamento e Orçamento (APOs) da SOF verificam se a 
solicitação está em conformidade com a metodologia utilizada e se atende aos 
parâmetros legais vigentes, fazem os ajustes necessários e avaliam a 
viabilidade de atendimento da solicitação. Caso seja aprovado o pedido de 
crédito adicional, serão preparados os atos legais necessários à formalização 
da alteração no orçamento. 
Em outras palavras, as dotações inicialmente aprovadas na LOA podem 
revelar-se insuficientes para a realização dos programas de trabalho, ou pode 
ocorrer a necessidade de realização de despesa inicialmente não autorizada. 
Assim, a LOA poderá ser alterada no decorrer de sua execução por meio de 
créditos adicionais. 
Os créditos adicionais são alterações qualitativas e quantitativas realizadas no 
orçamento. Segundo o art. 40 da Lei 4.320/1964, são créditos adicionais as 
autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas 
na Lei de Orçamento. 
Relembro que, segundo o art. 166 da CF/1988, “os projetos de lei relativos ao 
plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos 
créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso 
Nacional, na forma do regimento comum”. 
O ato que abrir o crédito adicional, que pode ser um decreto, uma medida 
provisória ou uma lei, de acordo com sua classificação, deve indicar a 
importância, a espécie e a classificação da despesa até onde for possível. 
Segundo o art. 46 da Lei 4.320/1964: 
Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do 
mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível. 
 
 
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Os créditos adicionais classificam-se em: 
• Suplementares: são os créditos destinados a reforço de dotação 
orçamentária; 
• Especiais: são os créditos destinados a despesas para as quais não 
haja dotação orçamentária específica; 
• Extraordinários: são os créditos destinados a despesas urgentes e 
imprevisíveis, como em caso de guerra, comoção intestina ou 
calamidade pública. 
Atenção: o crédito suplementar incorpora-se ao orçamento, adicionando-se à 
dotação orçamentária que deva reforçar, enquanto os créditos especiais e 
extraordinários conservam sua especificidade, demonstrando-se as despesas 
realizadas à conta destes, separadamente. 
Nesse sentido, entende-se que o reforço de um crédito especial ou de um 
crédito extraordinário deve dar-se, respectivamente, pela abertura de créditos 
especiais e extraordinários. Ou seja, não se pode reforçar um crédito especial 
ou extraordinário que se mostrou insuficiente por meio de créditos 
suplementares. 
2. CRÉDITOS SUPLEMENTARES 
São os destinados a reforço de dotação orçamentária. Os créditos 
suplementares terão vigência limitada ao exercício em que forem autorizados. 
Note que sua abertura depende da existência de recursos disponíveis e de 
exposição que a justifique. A LOA poderá conter autorização ao Poder 
Executivo para abertura de créditos suplementares até determinada 
importância ou percentual, sem a necessidade de submissão do crédito ao 
Poder Legislativo. São autorizados por Lei (podendo ser a própria LOA ou 
outra Lei especial), porém são abertos por decreto do Poder Executivo. Na 
União, para os casos em que haja necessidade de outra lei específica, são 
considerados autorizados e abertos com a sanção e publicação da respectiva 
lei. 
 
 
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QUADRO DE CRÉDITOS SUPLEMENTARES 
FINALIDADE Reforço de dotação orçamentária já prevista na LOA. 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
É anterior à abertura do crédito. São autorizados por lei (podendo 
ser já na própria LOA ou outra lei específica). 
ABERTURA 
Abertos por decreto do Poder Executivo. Na União, para os casos 
em que haja necessidade de outra lei específica, são considerados 
autorizados e abertos com a sanção e publicação da respectiva lei. 
INDICAÇÃO DA ORIGEM 
DOS RECURSOS 
Obrigatória. 
VIGÊNCIA Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados. 
3. CRÉDITOS ESPECIAIS 
São os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária 
específica, devendo ser autorizados por lei. Note também que sua abertura 
depende da existência de recursos disponíveis e de exposição que a justifique. 
Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro 
meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos, 
poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente. São 
autorizados por lei especial (não pode ser na LOA), porém são abertos por 
decreto do Poder Executivo. Na União, são considerados autorizados e abertos 
com a sanção e publicação da respectiva lei. 
 
 
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QUADRO DE CRÉDITOS ESPECIAIS 
FINALIDADE 
Destinados a despesas para as quais não haja dotação 
orçamentária específica. 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
É anterior à abertura do crédito. São autorizados por Lei 
específica (não pode ser na LOA). 
ABERTURA 
Abertos por decreto do Poder Executivo. Na União são 
considerados autorizados e abertos com a sanção e 
publicação da respectiva lei. 
INDICAÇÃO DA ORIGEM 
DOS RECURSOS 
Obrigatória. 
VIGÊNCIA 
Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados, 
salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 
quatro meses daquele exercício, casos em que, reabertos 
nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término 
do exercício financeiro subsequente. 
Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os recursos correspondentes às 
dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e 
especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do 
Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em 
duodécimos, até o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que será na 
forma da Lei Complementar, que ainda não foi editada. 
 
 
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Caiu na prova: 
(CESPE – Contador – DPU – 2010) A abertura de créditos suplementares e 
especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a 
despesa e será precedida de exposição justificada. 
Como vimos, a abertura de créditos suplementares e especiais depende da 
existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de 
exposição justificada. 
Resposta: Certa 
4. CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS 
São os destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, tais como em caso de 
guerra ou calamidade pública, conforme o art. 167 da CF/1988. Os créditos 
extraordinários podem reforçar dotações orçamentárias (como os 
suplementares) ou criar novas dotações (como os especiais), pois o que os 
define é a imprevisibilidade e urgência. Serão abertos por Medida Provisória, 
no caso federal e de entes que possuem tal instrumento, e por decreto do 
Poder Executivo para os demais entes, dando imediato conhecimento deles 
ao Poder Legislativo. Os créditos extraordinários não poderão ter vigência além 
do exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for 
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, casos em que, 
reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício 
financeiro subsequente. 
 
 
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QUADRO DE CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS 
FINALIDADE Destinados a despesas urgentes e imprevisíveis. 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
Independe de autorização legislativa prévia. Após a sua abertura 
deve ser dado imediato conhecimento ao Poder Legislativo. 
ABERTURA 
Abertos por Medida Provisória, no caso federal e de entes que 
possuem previsão deste instrumento; e por decreto do Poder 
Executivo, para os demais entes que não possuem medida provisória. 
INDICAÇÃO DA ORIGEM 
DOS RECURSOS 
Facultativa. 
VIGÊNCIA 
Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados, salvo se o 
ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele 
exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos, 
poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente. 
Caiu na prova: 
(ESAF – AFC/CGU - 2008) Ao longo do exercício financeiro, pode ocorrer a 
necessidade de abertura de créditos adicionais para cobrir despesas não-
computadas ou insuficientemente dotadas. Com base na legislação vigente, 
relativa a esse assunto, identifique a opção incorreta. 
a) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de 
recursos disponíveis para atender à despesa e será precedida de exposição 
justificada. 
b) Somente será admitida a abertura de crédito extraordinário para atender a 
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção 
interna ou calamidade pública, observado o disposto na Constituição Federal. 
c) A vigência dos créditos especiais não pode ultrapassar o exercício financeiro 
em que foram autorizados, em respeito ao princípio orçamentário da 
anualidade. 
 
 
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d) Terão vigência até o final do exercício financeiro os créditos extraordinários 
cujo ato de autorização tenha sido promulgado nos primeiros 4 (quatro) meses 
do exercício financeiro. 
e) Para fins de abertura de créditos suplementares e especiais, consideram-se 
recursos disponíveis os provenientes do excesso de arrecadação, ou seja, do 
saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação 
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. 
A abertura de créditos adicionais ocorre em virtude da necessidade de cobrir 
despesas não-computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária 
Anual. A questão pede a opção incorreta sobre o assunto: 
a) Correta. Tanto para a abertura de créditos suplementares como para a de 
créditos especiais é obrigatória a indicação dos recursos disponíveis utilizados. 
Ela deve, ainda, ser precedida de exposição justificada. 
b) Correta. Consoante dispõe a CF/88, a abertura de crédito extraordinário 
somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, 
como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. 
c) É a incorreta. A vigência dos créditos especiais é limitada ao exercício em 
que forem abertos, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 
quatro meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus 
saldos, poderão viger até o término do exercíciofinanceiro subsequente. 
d) Correta. Se abertos nos primeiros 8 meses do ano, a vigência limite para os 
créditos extraordinários será até o final do exercício financeiro. 
e) Correta. Uma das possibilidades de fontes de recursos para a abertura de 
créditos suplementares e especiais é o excesso de arrecadação, que é o saldo 
positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e 
a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. 
Resposta: Letra C 
5. FONTES PARA A ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS 
Para a abertura dos créditos suplementares e especiais, é necessária a 
existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa. Ela deve, ainda, ser 
 
 
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precedida de exposição justificada. 
Segundo o art. 43 da Lei 4.320/1964, consideram-se recursos para esse fim, 
desde que não comprometidos: 
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; 
II – os provenientes de excesso de arrecadação; 
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou 
de créditos adicionais, autorizados em Lei; 
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que 
juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las. 
Superávit financeiro é um conceito estudado na Contabilidade Pública, que 
corresponde à diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, 
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as 
operações de crédito a eles vinculadas. 
Já excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês 
a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a 
tendência do exercício. 
Ressalta-se, ainda, que para o fim de apurar os recursos utilizáveis, 
provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos 
créditos extraordinários abertos no exercício. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Quando órgão 
público necessita abrir créditos adicionais dos recursos disponíveis por excesso 
de arrecadação, a apuração dos recursos utilizáveis deverá deduzir a 
importância dos créditos extraordinários abertos no exercício. 
Uma das fontes para a abertura de créditos adicionais é o excesso de 
arrecadação, o qual corresponde ao saldo positivo das diferenças acumuladas 
mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, 
a tendência do exercício. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, 
provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos 
 
 
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créditos extraordinários abertos no exercício. 
Resposta: Certa 
Temos ainda mais uma fonte de recursos, segundo o § 8.o do art. 167 da CF: 
§ 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto 
de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser 
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, 
com prévia e específica autorização legislativa. 
A Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001, alterada pelo Manual de 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 2.ª edição (Portaria Conjunta 
STN/SOF 2, de 6 de agosto de 2009), define ainda como fonte de recursos 
para créditos adicionais a reserva de contingência, que são os destinados ao 
atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais 
imprevistos: 
Art. 8.º A dotação global denominada Reserva de Contingência, permitida para 
a União no art. 91 do Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em 
atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos 
para abertura de créditos adicionais e para o atendimento ao disposto no art. 
5º, inciso III, da Lei Complementar n. 101, de 2000, sob coordenação do órgão 
responsável pela sua destinação, bem como a Reserva do Regime Próprio de 
Previdência do Servidor – RPPS, quando houver, serão identificadas nos 
orçamentos de todas as esferas de Governo pelo código 
“99.999.9999.xxxx.xxxx”, no que se refere às classificações por função e 
subfunção e estrutura programática, onde o “x” representa a codificação das 
ações correspondentes e dos respectivos detalhamentos. 
Parágrafo único. As Reservas referidas no caput serão identificadas, quanto à 
natureza da despesa, pelos códigos “9.9.99.99.99” e “7.7.99.99.99”, 
respectivamente. 
O referido manual destaca que a reserva do RPPS também poderá ser 
utilizada durante o exercício, caso necessário, para a abertura de créditos 
 
 
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adicionais com o objetivo de atender a compromissos desse Regime. 
Assim, é uma fonte específica para atender ao RPPS, que não pode ser 
utilizada em outras situações. 
QUADRO DAS FONTES DE RECURSOS PARA 
 A ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS 
Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior. 
Excesso de arrecadação. 
Anulação total ou parcial de dotações. 
Operações de créditos. 
Recursos sem despesas correspondentes. 
Reserva de contingência. 
Cuidado: não confunda fontes de recursos para créditos adicionais com fonte 
de recursos para emendas à LOA. Esta última terá como fonte apenas as 
anulações de despesas, excluindo a dotação para pessoal e seus encargos, 
serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais para Estados, 
Municípios e Distrito Federal. 
Artigo importante da LDO: segundo o art. 4.º da LRF, integrará o projeto da 
LDO o anexo de metas fiscais, que conterá as metas anuais, em valores 
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e 
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e 
para os dois seguintes. 
Consoante esse dispositivo, as LDOs todos os anos dispõem que as alterações 
promovidas na programação orçamentária têm que se compatibilizar com a 
obtenção da meta de resultado primário estabelecida no Anexo de Metas 
Fiscais. 
 
 
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O § 12 do art. 56 do PLDO – 2011 determina: 
§ 12. As exposições de motivos a que se refere o § 5.° deste artigo, relativas a 
projetos de lei de créditos suplementares e especiais destinados a despesas 
primárias, deverão conter justificativa de que a realização das despesas objeto 
desses créditos não afeta a obtenção do resultado primário anual previsto no 
Anexo de Metas Fiscais desta Lei. 
Observação: usualmente o crédito adicional é iniciativa do Executivo. No 
entanto, o PLDO-2011 da União (art. 57, § 1º) prevê situações em que o crédito 
adicional pode ser aberto no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário e do 
Ministério Público por atos, respectivamente, dos Presidentes da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal e do Tribunal de Contas da União; dos 
Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de Justiça, do 
Conselho da Justiça Federal, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, dos 
Tribunais Superiores e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos 
Territórios; e do Procurador-Geral da República e do Presidentedo Conselho 
Nacional do Ministério Público. Neste caso são ainda maiores as restrições: deve 
ser aberto pelas autoridades citadas, ser do tipo suplementar, autorizado na 
respectiva LOA, com indicação de recursos compensatórios (anulação total 
ou parcial de dotações) e observar as normas da SOF. 
Ainda, para esse caso específico, os §§ 5.º e 8.º dispõem que as aberturas de 
créditos no âmbito do Poder Judiciário deverão ser enviadas ao Conselho 
Nacional de Justiça e, no âmbito do MPU, ao Conselho Nacional do Ministério 
Público, com exceção do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de 
Justiça, do Ministério Público Federal e do Conselho Nacional do Ministério 
Público. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) Os créditos suplementares 
autorizados na lei orçamentária de 2008, no âmbito do TST, serão abertos por 
 
 
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ato do presidente do STF, dispensada a manifestação do Conselho Nacional 
de Justiça. 
Os créditos suplementares autorizados na lei orçamentária, no âmbito do 
Tribunal Superior do Trabalho - TST, serão abertos por ato do presidente do 
próprio TST (já que se trata de um Tribunal Superior), com a manifestação do 
Conselho Nacional de Justiça. 
Os créditos suplementares autorizados na lei orçamentária, no âmbito do STF, 
é que serão abertos por ato do presidente do STF. Neste caso, seria 
dispensada a manifestação do Conselho Nacional de Justiça. 
Resposta: Errada. 
Veja um tipo de questão que pode aparecer no concurso. Caiu na prova: 
(CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Suponha-se 
que um ente público necessite da abertura de um crédito especial e que sua 
situação inclua os seguintes dados. 
Excesso de arrecadação acumulado no exercício: . . . . . . . . . . R$ 4.500.000,00 
Despesas contingenciadas:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 1.300.000,00 
Deficit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior:. R$ 2.400.000,00 
Com base nesses dados, é correto afirmar que é possível propor a abertura do 
crédito de até R$ 3.400.000,00. 
Nota-se que desses três valores apenas o excesso de arrecadação é fonte 
para abertura de créditos adicionais: 
O item despesas contingenciadas não é fonte de recursos. O 
contingenciamento equivale a um congelamento, pois se deixa de efetuar o 
empenho, mas permanece a dotação. Não se confunde com reserva de 
contingência, a qual seria uma fonte. 
 
 
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O superávit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior é fonte de 
recurso, porém o valor do déficit financeiro não deve ser abatido das outras 
fontes. 
Assim, é possível propor a abertura de crédito especial de até 
R$ 4.500.000,00 da fonte excesso de arrecadação. 
Resposta: Errada. 
6. VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA 
A CF/1988 estabelece diversas vedações em matéria orçamentária. Algumas 
dessas vedações nós já vimos nas primeiras aulas. Outras estudaremos nas 
próximas. No entanto, vamos consolidá-las: 
São vedados: 
• O início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária 
anual. Estudamos em Planejamento e Orçamento na CF. 
• A realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que 
excedam os créditos orçamentários ou adicionais. Estudamos nesta aula. 
• A realização de operações de créditos que excedam o montante das 
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos 
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo 
Poder Legislativo por maioria absoluta. É a regra de ouro. Estudaremos 
em Despesas Públicas. 
• A vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que 
se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e 
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como 
determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2.º, 212 e 37, XXII, e a 
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de 
receita, previstas no art. 165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º deste 
artigo. É o princípio da não vinculação de receitas. Estudaremos em 
 
 
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Princípios Orçamentários. 
• A abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização 
legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes. Estudamos 
nesta aula. 
• A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem 
prévia autorização legislativa. É o princípio da proibição do estorno. 
Estudaremos em Princípios Orçamentários. 
• A concessão ou utilização de créditos ilimitados. É o princípio da 
quantificação dos créditos orçamentários. Estudaremos em 
Princípios Orçamentários. 
• A utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos 
orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir 
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem 
os próprios orçamentos fiscal, de investimentos das estatais e da 
seguridade social. Estudamos em Planejamento e Orçamento na CF. 
• A instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização 
legislativa. 
• A transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, 
inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais 
e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal 
ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
• A realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime 
geral de previdência social com recursos provenientes das contribuições 
sociais a seguir: do empregador, da empresa e da entidade a ela 
equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais 
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa 
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; e do 
trabalhador e dos demais segurados da previdência social. 
A CF/1988 ainda ressalta que: 
• Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
 
 
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poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei 
que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Estudamos em Planejamento e Orçamento na CF. 
• Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício 
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for 
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, 
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento 
do exercício financeiro subsequente. Estudamos nesta aula. 
• A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender 
a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, 
comoção interna ou calamidade pública. Estudamos também nesta aula. 
• É permitida a vinculação para a prestação de garantia ou contragarantiaà União e para pagamento de débitos para com esta de receitas próprias 
geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos 
recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, tudo da 
Constituição Federal. É uma das exceções ao princípio da não 
vinculação de receitas. Estudaremos em Princípios Orçamentários. 
Caiu na prova: 
(FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) No que diz respeito aos 
orçamentos, NÃO são vedadas, entre outras situações ou procedimentos, 
(A) a instituição de fundos de qualquer natureza com prévia autorização 
legislativa. 
(B) a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que 
excedam os créditos adicionais. 
(C) a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra 
sem prévia autorização legislativa. 
(D) a iniciação de projetos não incluídos na lei orçamentária anual e a 
concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
(E) a abertura de crédito especial sem autorização legislativa e sem indicação 
dos recursos correspondentes. 
No que diz respeito aos orçamentos, é vedada a instituição de fundos de 
 
 
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qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. Logo, não é vedada a 
instituição de fundos de qualquer natureza com prévia autorização legislativa. 
Resposta: Letra A 
PARTE II – ORÇAMENTO PÚBLICO
1. INTRODUÇÃO1 
Em um processo de planejamento e orçamento integrados, ressalta a 
imperiosa necessidade de que os fins e os meios orçamentários sejam tratados 
de uma forma equilibrada. Considerando que, desde o Decreto-lei 200, de 25 
de fevereiro de 1967, a Administração Pública Federal estabeleceu o 
orçamento-programa anual como um instrumento de planejamento, a ideia de 
discriminar a despesa pública por objetivo, ou seja, de acordo com os seus fins, 
já é bastante familiar a todos nós que atuamos nessa área. 
Os processos de planejamento e orçamento assumiram, a partir do exercício 
de 2000, uma feição especial. A nova concepção de Estado, aliada à 
abordagem crítica da experiência acumulada nessa área, deu ensejo a que se 
introduzisse uma maneira diferente de pensar o planejamento e a 
orçamentação. 
O Decreto 2.829/1998 estabeleceu normas para a elaboração e execução do 
Plano Plurianual e dos orçamentos da União; a Portaria 117/1998, substituída, 
posteriormente, pela Portaria 42, de 14 de abril de 1999, com a preservação 
dos seus fundamentos, atualizou a discriminação da despesa por funções da 
Lei 4.320/1964 e revogou a Portaria 9, de 28 de janeiro de 1974 (Classificação 
Funcional – Programática); e a Portaria 51/1998 instituiu o recadastramento 
dos projetos e atividades constantes do orçamento da União. 
1 Introdução baseada no artigo de CORE, Fabiano Garcia. Reforma gerencial dos processos de 
planejamento e orçamento. In: GIACOMONI, J.; PAGNUSSAT, J. L. Planejamento e orçamento 
governamental. Brasília: ENAP, 2006. v. 2. 
 
 
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Na verdade, tais modificações, que em razão da Portaria 42/1999 assumiram 
uma abrangência nacional, com aplicação também para Estados, municípios e 
Distrito Federal, representam a segunda etapa de uma reforma orçamentária 
que se delineou pelos idos de 1989, sob a égide da nova ordem constitucional 
recém-instalada. 
A Constituição Federal de 1988, cumprindo a tradição das anteriores, ocupou-
se profusamente de matéria orçamentária, chegando até a definir instrumentos 
de planejamento e orçamento com elevado grau de detalhe. A atual 
Constituição optou por um modelo fortemente centralizado, a partir da 
constatação de que havia uma excessiva fragmentação orçamentária, inclusive 
com importantes programações e despesas inteiramente (previdência social, 
por exemplo) fora da lei orçamentária, sem a observância, portanto, do 
princípio da universalidade. 
Nesse sentido, a Constituição de 1988, em seu art. 165, na seção denominada 
“Dos Orçamentos”, introduziu o que se pode chamar de um processo integrado 
de alocação de recursos, compreendendo as atividades de planejamento e 
orçamento, mediante a definição de três instrumentos. Para relembrar: 
I – Plano Plurianual (PPA), que estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, os objetivos e metas da Administração Pública Federal para as 
despesas de capital e outras delas decorrentes, e para as relativas aos 
programas de natureza continuada. 
II – Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que compreenderá as metas e 
prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital 
para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da Lei 
Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
III – Lei Orçamentária Anual (LOA), compreendendo o orçamento fiscal 
referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo 
poder público; o orçamento de investimento das empresas em que a União, 
 
 
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direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
e o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a 
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
fundações instituídos e mantidos pelo poder público. 
Segundo Aliomar Baleeiro, o orçamento público é o ato pelo qual o Poder 
Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por certo período de tempo, a 
execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e 
outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a 
arrecadação das receitas já criadas em lei. 
2. HISTÓRICO DO ORÇAMENTO 
2.1 Origens 
Historicamente, a Carta Magna, outorgada no início do Século XIII pelo Rei 
João Sem Terra, é considerada o embrião do orçamento, por meio de seu 
art. 12: 
“Nenhum tributo ou auxílio será instituído no Reino senão pelo seu conselho 
comum, exceto com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu primogênito 
cavaleiro e casar sua filha mais velha uma vez, e os auxílios serão razoáveis 
em seu montante”. 
Veja que esse artigo não trata da despesa pública, mas aparece como a 
primeira tentativa formal de controle das finanças do Rei, ou trazendo para a 
atualidade, do Legislativo sobre o Executivo. E olha que interessante: já nasce 
com exceções! Veja que a ideia permanece a mesma do nosso conceito atual! 
O orçamento é elaborado pelo Executivo e aprovado previamente pelo 
Legislativo, sendo que hoje também há exceções. Por exemplo, temos os 
créditos extraordinários, os quais são destinados a despesas urgentes e 
imprevisíveis, tais como em casos de guerra ou calamidade pública, e por isso 
são abertos pelo executivo antes da autorização do Poder Legislativo. Neste 
tipo de crédito, a comunicação ao Legislativo deve ser feita imediatamente 
 
 
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após a abertura do crédito. 
No entanto, apenas por voltade 1822, na Inglaterra, o Orçamento Público 
passa a ser considerado um instrumento formalmente acabado. Nessa época, 
tem-se o desenvolvimento do liberalismo econômico, o que acarretava em 
oposição a quaisquer aumentos de carga tributária, necessários para o 
crescimento das despesas públicas. Nesta visão de orçamento tradicional, 
típica do liberalismo, as finanças públicas deveriam ser neutras e o equilíbrio 
financeiro impunha-se naturalmente pelo próprio mercado. Para o estudante 
relacionar com outras matérias, esse posicionamento vem ao encontro do 
conceito de “mão invisível” de Adam Smith, para descrever que numa 
economia de mercado a interação dos indivíduos resulta numa determinada 
ordem, sem a necessidade de intervenção do Estado (laissez-faire). Assim, o 
aspecto econômico do Orçamento tinha posição secundária, privilegiando o 
aspecto controle. 
Antes do final do mesmo século XIX, percebe-se que o Orçamento elaborado 
com base na neutralidade não mais atendia às necessidades do Estado. 
Desenvolveu-se a tese de um Orçamento moderno, o qual deveria ser um 
instrumento de administração. 
2.2 Orçamento nas Constituições brasileiras 
Vamos falar agora resumidamente do Orçamento em nossas Constituições: 
A Constituição Imperial de 1824 foi a pioneira nas exigências para elaboração 
de orçamentos formais. A competência da proposta era do Executivo e da 
aprovação do Legislativo (assembleia-geral composta pelos deputados e 
senadores). 
Com a República e a Constituição de 1891, a elaboração do orçamento tornou-
se privativa do Congresso Nacional, com iniciativa da Câmara dos Deputados. 
Na Constituição outorgada de 1934, no governo de Getúlio Vargas, o 
orçamento passa a ter destaque, com capítulo próprio. Ao Presidente da 
República cabia a elaboração da proposta orçamentária e, ao Legislativo, a 
 
 
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votação. Assim, havia participação conjunta dos poderes, já que a Constituição 
não trazia limitações ao poder de emendas do Legislativo. 
Na Constituição de 1937, do Estado Novo, o orçamento passa a ser elaborado 
por um departamento administrativo ligado à Presidência e votado pela Câmara 
e pelo Conselho Federal, o qual contava com membros nomeados pelo 
Presidente. Na prática, era elaborado e decretado pelo Executivo. 
Com a redemocratização na Constituição de 1946, voltamos à elaboração pelo 
Executivo e à votação com a possibilidade de emendas pelo Legislativo. 
Na Constituição de 1967 do Regime Militar, o Executivo elaborava a proposta e 
cabia ao Legislativo a aprovação, praticamente sem a possibilidade de 
emendas. 
E chegamos à nossa Constituição atual de 1988. A competência para a 
elaboração do Orçamento é do Executivo e, ao Legislativo, cabe a votação e a 
proposição de emendas. Têm-se ainda novidades como a LDO e o PPA. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Analista Judiciário – STF – 2008) Com a Constituição de 1891, que 
se seguiu à Proclamação da República, a elaboração da proposta orçamentária 
passou a ser privativa do Poder Executivo, competência que foi transferida 
para o Congresso Nacional somente na Constituição de 1934. 
Na Constituição de 1891, que se seguiu à Proclamação da República, a 
elaboração da proposta orçamentária passou a ser privativa do Congresso 
Nacional e não do Poder Executivo. E, ainda, a competência foi transferida 
para o Presidente da República somente na Constituição de 1934. 
Resposta: Errada. 
3. ASPECTOS DO ORÇAMENTO 
Político: tem a característica do grupo partidário que detém a maioria, 
consoante a escolha dos cidadãos. O parlamento autoriza a despesa pública, 
levando em consideração as necessidades coletivas. Parte da ideia de que os 
recursos são limitados e as necessidades são ilimitadas, logo são definidas 
 
 
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prioridades. 
Econômico: busca racionalizar o processo de alocação de recursos, zelando 
pelo equilíbrio das contas públicas, com foco nos melhores resultados para a 
Sociedade. É ainda um instrumento de atuação do Estado na Economia, por 
meio do aumento ou diminuição do gasto público. 
Jurídico: o processo orçamentário é regido por normas legais que compõem o 
ordenamento jurídico brasileiro. 
Financeiro: caracterizado pelo fluxo monetário na execução, por meio de 
entrada de receitas e saída de despesas. 
Técnico: relacionado à observância de técnicas e classificações claras, 
coerentes, racionais e metódicas. 
4. NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO 
Antes de tratarmos da natureza jurídica do orçamento, vamos entender uma 
importante diferença entre lei em sentido formal e lei em sentido material. Lei 
em sentido formal representa todo o ato normativo emanado de um órgão com 
competência legislativa, sendo o conteúdo irrelevante. Todos os Poderes 
possuem a função legislativa. Por exemplo, o Executivo possui também a 
função legislativa, apesar de não ser a principal, o que fica claro quando o art. 
84 da CF/1988 enumera as competências privativas do Presidente da 
República, dispondo no inciso III que compete privativamente ao 
Presidente iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição. Ele exerce a função legislativa por meio de Medidas 
Provisórias, Decretos Autônomos, Leis Delegadas, Leis Orçamentárias, etc. 
Assim, a Lei Orçamentária é uma lei formal. Já lei em sentido material 
corresponde a todo o ato normativo, emanado por órgão do Estado, mesmo 
que não incumbido da função legislativa. O importante agora é o conteúdo, que 
define qualquer conjunto de normas dotadas de abstração e generalidade, ou 
seja, com aplicação a um número indeterminado de situações futuras. 
Desta forma, a partir desses conceitos, nota-se que há leis que são 
simultaneamente formais e materiais. Por outro lado, há leis somente formais, 
 
 
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mas não em sentido material. São estas as denominadas leis de efeitos 
concretos (ou leis individuais), pois seu conteúdo assemelha-se a atos 
administrativos individuais ou concretos. 
Embora existam divergências doutrinárias, o orçamento é uma lei formal, pois 
apenas prevê as receitas públicas e autoriza os gastos. O orçamento não 
modifica as leis financeiras e tributárias, tampouco cria direitos subjetivos. O 
orçamento é uma condição, um pré-requisito para que a despesa seja realizada 
(ato-condição), já que a arrecadação de receitas e a realização de despesas, 
na maioria das vezes, decorrem de leis ou contratos anteriores (atos-regra). 
Assim, judicialmente, não se pode exigir que determinada despesa prevista no 
orçamento seja realizada. O orçamento é concreto, por exemplo, quando diz 
que com R$ 20 milhões pré-determinados o Governo poderá construir a 
Universidade Luso-afro-brasileira (UNILAB) no Ceará. Logo, é apenas uma lei 
formal, por isso é chamada de lei de efeitos concretos. 
As características da lei orçamentária são as seguintes: 
• Lei formal: a lei orçamentária não obriga o administrador público a 
realizar determinada despesa, apenas autoriza os gastos. Falta 
coercibilidade, pois nem sempre obriga o Poder Público, que pode, por 
exemplo, deixar de realizar uma despesa autorizada pelo legislativo. É 
considerada uma lei de efeitos concretos.• Lei temporária: vigência limitada ao período de um ano. 
• Lei ordinária: as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) e os créditos 
suplementares e especiais são leis ordinárias. Não se exige quorum
qualificado para sua aprovação, sendo necessária apenas a maioria 
simples. 
• Lei especial: possui processo legislativo diferenciado, como vimos ao 
estudar o ciclo orçamentário. Possui iniciativa do Executivo e trata de 
matéria específica: previsão de receitas e fixação de despesas. 
A Lei Orçamentária é ainda denominada de Lei de Meios, porque possibilita os 
meios para o desenvolvimento das ações relativas aos diversos órgãos e 
entidades que integram a administração pública. 
 
 
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Os orçamentos públicos podem ainda ser classificados em orçamentos de 
natureza impositiva e de natureza autorizativa: 
• Orçamento impositivo: é aquele em que, uma vez consignada uma 
despesa no orçamento, ela deve ser necessariamente executada. Nesta 
visão, o orçamento, por se tratar de uma lei, deve ser rigorosamente 
cumprido. 
• Orçamento autorizativo: não existe obrigatoriedade de execução das 
despesas consignadas no orçamento público, já que o Poder Público 
tem a discricionariedade para avaliar a conveniência e oportunidade do 
que deve ou não ser executado. O STF entende que em nosso país o 
orçamento não é impositivo, mas sim autorizativo. O fato de ser fixada 
uma despesa na LOA não gera o direito de exigência de sua realização 
por via judicial. 
Caiu na prova: 
(CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) 
Segundo a doutrina majoritária, o regime orçamentário adotado no Brasil é 
denominado: 
(A) privativo. 
(B) executivo. 
(C) legislativo. 
(D) impositivo. 
(E) autorizativo. 
O STF entende que em nosso país o orçamento não é impositivo, mas sim 
autorizativo, no qual não existe obrigatoriedade de execução das despesas 
consignadas no orçamento público, já que o Poder Público tem a 
discricionariedade para avaliar a conveniência e oportunidade do que deve ou 
não ser executado. O fato de ser fixada uma despesa na LOA não gera o 
direito de exigência de sua realização por via judicial. 
Resposta: Letra E 
 
 
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5. FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO 
O Governo desenvolve funções com objetivos específicos, porém relacionados, 
utilizando os instrumentos de intervenção de que dispõe o Estado. 
A classificação cobrada em concursos é a de Richard Musgrave, a qual se 
tornou clássica. Ele propôs uma classificação denominada de funções fiscais. 
Entretanto, considerando o orçamento como principal instrumento de ação do 
Estado na economia, o próprio autor as considera também como as próprias 
funções do Orçamento: 
Função alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos. 
É o Estado oferecendo determinados bens e serviços necessários e desejados 
pela sociedade, porém que não são providos pela iniciativa privada. O setor 
público pode atuar produzindo diretamente os produtos e serviços ou via 
mecanismos que propiciem condições para que sejam viabilizados pelo setor 
privado. Tal função é evidenciada quando no setor privado não há a necessária 
eficiência de infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens 
meritórios. Investimentos na infraestrutura econômica são fundamentais para o 
desenvolvimento, porém são necessários altos valores com retornos 
demorados que muitas vezes desestimulam a iniciativa do setor privado nessa 
área. Quanto aos bens públicos e meritórios, suas demandas possuem 
características peculiares que tornam inviável seu fornecimento pelo sistema 
de mercado. Bens públicos são aqueles usufruídos pela população em geral e 
de uma forma indivisível, independentemente de o particular querer ou não 
usufruir desse bem. Já os bens meritórios excluem a parcela da população que 
não dispõe de recursos para o pagamento. Assim, podem ser explorados pelo 
setor privado, no entanto podem e devem também ser produzidos pelo Estado, 
em virtude de sua importância para a sociedade, como a educação e a saúde. 
Função distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de 
renda. Surge em virtude da necessidade de correções das falhas de mercado, 
inerentes ao sistema capitalista. Os instrumentos mais usados para o 
ajustamento são os sistemas de tributos e as transferências. Cita-se como 
 
 
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exemplo de medida distributiva o imposto de renda progressivo, realocando as 
receitas para programas de alimentação, transporte e moradia populares. Outro 
exemplo é a concessão de subsídios aos bens de consumo popular, 
financiados por tributos incidentes sobre os bens consumidos pelas classes de 
rendas mais altas. 
Função estabilizadora: visa a manter a estabilidade econômica, 
diferenciando-se das outras funções por não ter como objetivo a destinação de 
recursos. O campo de atuação dessa função é principalmente a manutenção 
de elevado nível de emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se 
ainda a busca do equilíbrio no balanço de pagamentos e de razoável taxa de 
crescimento econômico. O mecanismo básico da estabilização é a atuação 
sobre a demanda agregada, que representa a quantidade de bens ou serviços 
que a totalidade dos consumidores deseja e está disposta a adquirir por 
determinado preço e em determinado período. Assim, a função estabilizadora 
age na demanda agregada de forma a aumentá-la ou diminuí-la. 
Caiu na prova: 
(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A intervenção do 
Estado na economia, justificada pela função distributiva, tem por objetivo 
complementar a ação privada, por meio do orçamento público, com 
investimentos em infraestrutura e provisão de bens meritórios. 
A intervenção do Estado na economia, justificada pela função alocativa, tem 
por objetivo complementar a ação privada, por meio do orçamento público, com 
investimentos em infraestrutura e provisão de bens meritórios. Ou seja, tal 
função é evidenciada quando no setor privado não há a necessária eficiência 
de infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens meritórios. 
Resposta: Errada 
 
 
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E assim terminamos a aula 2. 
Na próxima aula estudaremos as Espécies de Orçamento e os Princípios 
Orçamentários. 
Forte abraço! 
Sérgio Mendes 
 
 
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MEMENTO II
CRÉDITOS ADICIONAIS
QUADRO COMPARATIVO DOS CRÉDITOS ADICIONAIS 
CRÉDITOS 
ADICIONAIS 
SUPLEMENTARES ESPECIAIS EXTRAORDINÁRIOS 
FINALIDADE 
Reforço de dotação 
orçamentária já prevista na 
LOA. 
Destinados a despesas 
para as quais não haja 
dotação orçamentária 
específica. 
Destinados a despesas 
urgentes e 
imprevisíveis. 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
É anterior à abertura do 
crédito. São autorizados por 
lei (podendoser já na própria 
LOA ou em outra lei 
específica). 
É anterior à abertura 
do crédito. São 
autorizados por Lei 
específica (não pode 
ser na LOA). 
Independe de 
autorização legislativa 
prévia. Após a sua 
abertura deve ser dado 
imediato conhecimento 
ao Poder Legislativo. 
ABERTURA 
Abertos por decreto do Poder 
Executivo. Na União, para os 
casos em que haja 
necessidade de outra lei 
específica, são considerados 
autorizados e abertos com a 
sanção e publicação da 
respectiva lei. 
Abertos por decreto do 
Poder Executivo. Na 
União são considerados 
autorizados e abertos 
com a sanção e 
publicação da 
respectiva lei. 
Abertos por Medida 
Provisória, no caso 
federal e de entes que 
possuem previsão deste 
instrumento; e por decreto 
do Poder Executivo, para 
os demais entes que não 
possuem MP. 
INDICAÇÃO DA 
ORIGEM DOS 
RECURSOS 
Obrigatória Obrigatória Facultativa 
VIGÊNCIA Vigência limitada ao Vigência limitada ao exercício em que forem 
 
 
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exercício em que forem 
autorizados. 
autorizados, salvo se o ato de autorização for 
promulgado nos últimos quatro meses daquele 
exercício, casos em que, reabertos nos limites dos 
seus saldos, poderão viger até o término do 
exercício financeiro subsequente. 
FONTES PARA A ABERTURA DE CRÉDITOS SUPLEMENTARES OU ESPECIAIS 
Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; 
Excesso de arrecadação; 
Anulação total ou parcial de dotações; 
Operações de créditos; 
Reserva de contingência; 
Recursos sem despesas correspondentes. 
Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a 
importância dos créditos extraordinários abertos no exercício. 
Na utilização do superávit financeiro devem-se conjugar os saldos dos créditos adicionais transferidos 
(provenientes do exercício anterior) e as operações de crédito a eles vinculadas. 
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA 
Início de programas ou projetos não incluídos na LOA. 
Realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou 
adicionais. 
Realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as 
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder 
Legislativo por maioria absoluta. 
Princípio da não vinculação de receitas, Princípio da proibição do estorno
e Princípio da quantificação dos créditos orçamentários. 
 
 
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Utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social 
para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos. 
Instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. 
Transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, 
pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com 
pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do DF e dos Municípios. 
Realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social com 
recursos provenientes das contribuições sociais. 
EVOLUÇÃO CONCEITUAL E FUNÇÕES DO ORÇAMENTO
ORÇAMENTO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS 
ANO Elaboração e apreciação da proposta orçamentária 
1824 
A competência da proposta era do Executivo e a aprovação do Legislativo (assembleia-geral 
composta pelos deputados e senadores). 
1891 Elaboração privativa do Congresso Nacional, com iniciativa da Câmara dos Deputados. 
1934 Presidente da República elabora e Legislativo vota, porém sem limites para emendas. 
1937 
Elaborado por um departamento administrativo ligado à Presidência e votado pela Câmara e 
pelo Conselho Federal, o qual contava com membros nomeados pelo Presidente. 
1946 Elaboração pelo Executivo e votação com a possibilidade de emendas pelo Legislativo. 
1967 
Executivo elaborava a proposta e cabia ao Legislativo a aprovação, praticamente sem a 
possibilidade de emendas. 
1988 Elaboração é do Executivo e ao Legislativo cabe a votação e a proposição de emendas. 
ASPECTOS DO ORÇAMENTO 
Político, Econômico, Jurídico, Financeiro e Técnico 
 
 
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NATUREZA JURÍDICA 
Lei de meios e lei formal (de efeitos concretos), temporária, ordinária e especial. 
CLASSIFICAÇÕES: 
Orçamento impositivo: despesas consignadas no orçamento devem ser necessariamente executadas. 
Orçamento autorizativo: não existe obrigatoriedade de execução das despesas consignadas no 
orçamento público. É o adotado no Brasil. 
FUNÇÕES CLÁSSICAS DO ORÇAMENTO 
Alocativa: visa à promoção de ajustamentos na alocação de recursos quando no setor privado não há a 
necessária eficiência de infraestrutura econômica ou provisão de bens públicos e bens meritórios. 
Distributiva: visa à promoção de ajustamentos na distribuição de renda. Surge em virtude da 
necessidade de correções das falhas de mercado, inerentes ao sistema capitalista. 
Estabilizadora: visa a manter a estabilidade econômica, principalmente a manutenção de elevado nível 
de emprego e a estabilidade nos níveis de preços. Destaca-se ainda a busca do equilíbrio no balanço de 
pagamentos e de razoável taxa de crescimento econômico. 
 
 
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I) LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
1) (CESPE – Contador – DPU – 2010) A abertura de créditos suplementares e 
especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a 
despesa e será precedida de exposição justificada. 
2) (ESAF – AFC/CGU - 2008) Ao longo do exercício financeiro, pode ocorrer a 
necessidade de abertura de créditos adicionais para cobrir despesas não-
computadas ou insuficientemente dotadas. Com base na legislação vigente, 
relativa a esse assunto, identifique a opção incorreta. 
a) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de 
recursos disponíveis para atender à despesa e será precedida de exposição 
justificada. 
b) Somente será admitida a abertura de crédito extraordinário para atender a 
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção 
interna ou calamidade pública, observado o disposto na Constituição Federal. 
c) A vigência dos créditos especiais não pode ultrapassar o exercício financeiro 
em que foram autorizados, em respeito ao princípio orçamentário da 
anualidade. 
d) Terão vigência até o final do exercício financeiro os créditos extraordinários 
cujo ato de autorização tenha sido promulgado nos primeiros 4 (quatro) meses 
do exercício financeiro. 
e) Para fins de abertura de créditos suplementares e especiais, consideram-se 
recursos disponíveis os provenientes do excesso de arrecadação, ou seja, do 
saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação 
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. 
3) (CESPE – AnalistaTécnico Administrativo – DPU – 2010) Quando órgão 
público necessita abrir créditos adicionais dos recursos disponíveis por excesso 
de arrecadação, a apuração dos recursos utilizáveis deverá deduzir a 
importância dos créditos extraordinários abertos no exercício. 
 
 
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4) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) Os créditos suplementares 
autorizados na lei orçamentária de 2008, no âmbito do TST, serão abertos por 
ato do presidente do STF, dispensada a manifestação do Conselho Nacional 
de Justiça. 
5) (CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT - 2008) Suponha-se 
que um ente público necessite da abertura de um crédito especial e que sua 
situação inclua os seguintes dados. 
Excesso de arrecadação acumulado no exercício: . . . . . . . . . . R$ 4.500.000,00 
Despesas contingenciadas:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 1.300.000,00 
Deficit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior:. R$ 2.400.000,00 
Com base nesses dados, é correto afirmar que é possível propor a abertura do 
crédito de até R$ 3.400.000,00. 
6) (FCC – Técnico de Controle Externo - TCM/PA – 2010) No que diz respeito 
aos orçamentos, NÃO são vedadas, entre outras situações ou procedimentos, 
(A) a instituição de fundos de qualquer natureza com prévia autorização 
legislativa. 
(B) a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que 
excedam os créditos adicionais. 
(C) a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra 
sem prévia autorização legislativa. 
(D) a iniciação de projetos não incluídos na lei orçamentária anual e a 
concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
(E) a abertura de crédito especial sem autorização legislativa e sem indicação 
dos recursos correspondentes. 
7) (CESPE – Analista Judiciário – STF – 2008) Com a Constituição de 1891, 
que se seguiu à Proclamação da República, a elaboração da proposta 
orçamentária passou a ser privativa do Poder Executivo, competência que foi 
transferida para o Congresso Nacional somente na Constituição de 1934. 
 
 
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8) (CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) 
Segundo a doutrina majoritária, o regime orçamentário adotado no Brasil é 
denominado: 
(A) privativo. 
(B) executivo. 
(C) legislativo. 
(D) impositivo. 
(E) autorizativo. 
9) (CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) A intervenção do 
Estado na economia, justificada pela função distributiva, tem por objetivo 
complementar a ação privada, por meio do orçamento público, com 
investimentos em infraestrutura e provisão de bens meritórios. 
 
 
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II) QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES
1) (CESPE – Contador – DPU – 2010) Os créditos adicionais terão vigência 
limitada ao exercício financeiro em que forem abertos, salvo expressa 
disposição legal em contrário quanto aos créditos suplementares. 
2) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Assinale a 
opção falsa a respeito dos créditos adicionais de que tratam os artigos 40 a 46 
da Lei n. 4.320/64. 
a) Crédito extraordinário é uma das classificações de créditos adicionais. 
b) Créditos especiais e suplementares são autorizados por lei. 
c) Créditos suplementares não podem ser abertos sem a indicação da fonte de 
recursos. 
d) Os créditos suplementares abertos no exercício não podem exceder a um 
terço daqueles originalmente consignados na lei orçamentária. 
e) O superávit financeiro apurado no balanço patrimonial pode ser fonte de 
recursos para a abertura de créditos adicionais. 
3) (CESPE – Analista Judiciário – STF – 2008) A adoção do orçamento 
moderno está associada à concepção do modelo de Estado que, desde antes 
do final do século XIX, deixa de caracterizar-se por mera postura de 
neutralidade, própria do laissez-faire, e passa a ser mais intervencionista, no 
sentido de corrigir as imperfeições do mercado e promover o desenvolvimento 
econômico. 
4) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal do Brasil – 2009) Assinale a 
opção falsa a respeito dos créditos adicionais. 
a) A abertura de crédito suplementar está condicionada à existência de 
despesa já pré-empenhada no exercício. 
b) A abertura de créditos especiais exige a indicação da fonte dos recursos. 
c) Os créditos adicionais aumentam a disponibilidade de crédito para a emissão 
de empenho ou descentralização. 
 
 
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d) É permitida a reabertura de créditos especiais e extraordinários no exercício 
seguinte ao da abertura. 
e) Créditos extraordinários têm sua abertura submetida a restrições de 
natureza constitucional. 
5) (CESPE – Contador – DPU – 2010) Perto do final do exercício de um ente, 
havia a intenção de abertura de um crédito especial no valor de R$ 5 milhões. 
Na época, esse ente dispunha dos dados a seguir. 
< receitas e despesas orçadas no exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 50 milhões 
< receita realizada no exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .R$ 56 milhões 
< despesa realizada no exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 47 milhões 
< despesas passíveis de cancelamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 1 milhão 
< deficit financeiro no balanço patrimonial do exercício anterior. .R$ 2,5 milhões 
< crédito extraordinário aberto no exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . .R$ 0,8 milhão 
Considerando que créditos adicionais podem ser abertos se houver 
necessidade de autorização para despesas não computadas ou 
insuficientemente dotadas, é correto afirmar que, na situação acima descrita, 
havia recursos para abertura de créditos suplementares e especiais no valor, 
em reais, de até: 
A 3,7 milhões. 
B 4,5 milhões. 
C 5,0 milhões. 
D 6,2 milhões. 
E 6,7 milhões. 
6) (FCC – APO/SP – 2010) O principal instrumento de ação estatal na 
economia é o orçamento público, cujas funções, coincidentes com as próprias 
funções do Estado, classicamente, são divididas em alocativa, distributiva e 
estabilizadora. Sobre este assunto, considere: 
I. A atividade estatal na alocação de recursos justifica-se naqueles casos em 
que não houver a necessária eficiência por parte do mecanismo da ação 
privada, como no caso de investimentos em infraestrutura econômica. 
 
 
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II. O sistema de mercado não tem a mesma eficiência na provisão de bens 
públicos, como na de bens privados, daí a necessidade de atuação do Estado 
na prestação de serviços de segurança pública, por exemplo. 
III. A manutenção de elevado nível de emprego e a estabilidade nos níveis de 
preços configuram o campo de ação da função distributiva. 
IV. Os tributos progressivos sobre as classes de renda mais elevada e as 
transferências de recursos paras as classes de renda mais baixa são 
mecanismosfiscais para viabilização das políticas públicas de distribuição de 
renda. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) III e IV. 
(B) I, II e IV. 
(C) I, III e IV. 
(D) II, III e IV. 
(E) II e IV. 
7) (CESPE – Analista Judiciário – TST – 2008) A utilização da política 
orçamentária para os propósitos de estabilização econômica implica promover 
ajustes no nível da demanda agregada, expandindo-a ou restringindo-a, e 
provocando a ocorrência de déficits ou superávits. 
8) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Segundo a 
Lei n. 4.320/64, considera-se superávit financeiro: 
a) a diferença positiva entre o ativo e o passivo verificado no balanço 
patrimonial. 
b) o saldo positivo apurado na conta de controle financeiro do ativo, conjugado 
com os saldos de fornecedores a pagar. 
c) a diferença positiva apurada no confronto entre os ingressos e dispêndios do 
Balanço Financeiro. 
d) o superávit apurado na demonstração das variações patrimoniais, observada 
a existência destes no balanço patrimonial. 
 
 
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e) a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, 
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as 
operações de credito a eles vinculadas. 
9) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2010) Consideram-se 
recursos disponíveis, para fins de abertura de créditos suplementares e 
especiais, os provenientes do excesso de arrecadação, que se constituem no 
saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação 
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício e 
descontado o percentual do excesso obrigatoriamente destinado pela LDO à 
amortização da dívida pública na forma da Lei de Responsabilidade Fiscal 
(LRF). 
10) (ESAF – APO/SP – 2009) A Constituição da República confere ao 
orçamento a natureza jurídica de: 
a) lei abstrata. 
b) lei material. 
c) lei formal e material. 
d) lei extraordinária. 
e) lei de efeito concreto. 
 
 
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GABARITO I 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 
C C C E E A E E E 
GABARITO II 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
E D C A D B C E E E

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