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PSICOLOGIA Introdução e Fundamentos “... de psicólogo e louco todo mundo tem um pouco...” Psicologia é a ciência da alma, ou da psique, ou da mente, ou do comportamento. O estudo do comportamento tem despertado interesse nas pessoas há muito tempo. Bergamini (2005) observa que este vem evoluindo da conduta dos atípicos (que possuem doenças mentais ou desajustes meramente sociais) para a conduta dita normal. O que justifica condutas tão diferenciadas nas pessoas? A Psicologia nos ajuda a esclarecer estas e outras questões, inclusive as relacionadas às relações interpessoais, tão importantes na gestão contemporânea. Bergamini (2005) associa o desenvolvimento histórico da psicologia com o da medicina, acrescentando que “com o passar do tempo, a atenção tanto para a saúde física quanto para a mental foi incentivando o interesse das pesquisas sobre o assunto, no sentido de adotar um paradigma que pressupunha como de maior relevância a profilaxia da doença e dos desajustamentos em lugar de tão só curá-los e reorientá-los”. Conceito e visão histórica da Psicologia É fato que o crescente interesse pela compreensão da conduta faz gerar um conhecimento, muitas vezes compartilhado, que não se associa ao escopo da ciência psicológica, o que chamamos de senso comum. A evolução das sociedades como um todo e a tendência permanente de associação em grupos, nos contextos organizacionais, preconiza outra necessidade para o estudo do comportamento: a que busca entender as trocas viabilizadas nas relações interpessoais e os conflitos advindos das mesmas. Isto fez surgir a Psicologia nas Organizações, como área de pesquisa da Psicologia que é amplamente divulgada para os envolvidos em gestão e/ou simplesmente atuam em esferas grupais. (ROBBINS, 2005). A Psicologia nos ajuda a esclarecer estas e outras questões, inclusive as relacionadas às relações interpessoais, tão importantes na gestão contemporânea. O QUE JUSTIFICA CONDUTAS TÃO DIFERENCIADAS NAS PESSOAS? Myers (2006), Vergara (2007), Bergamini (2010), ... entre outros são consensuais em apontá-la como a ciência do comportamento. Estudar o comportamento significa observá-lo em seu curso, o que envolve inúmeras variáveis. Isto confere para os próprios estudantes uma série de aprendizados. MAS O QUE É PSICOLOGIA? A ciência que viabiliza aprendizados acerca: Do autoconhecimento; Do ajustamento social; Da identificação das diferenças individuais; Da aquisição de habilidades sociais; Da administração de conflitos; Da gestão de pessoas; Etc. ...é a Psicologia. Embora a Psicologia seja jovem, o estudo do comportamento é tão antigo quanto a existência do Homem. Na Antiguidade filósofos como Platão (387 a.C.) e Aristóteles (335 a.C) eram instigados pelas atitudes, crenças, diferenças de comportamento, capacidade criativa e a loucura. Ao grego Aristóteles foi creditada a paternidade da psicologia pré-científica. Aristóteles A maioria dos estudiosos que descrevem a história da Psicologia identifica suas origens mais remotas nas reflexões dos antigos filósofos gregos, em seus questionamentos sobre a natureza, o caráter e o comportamento do ser humano. Platão Platão (427-347 a. C.), discípulo de Sócrates, procurou definir um “lugar” para a razão no nosso próprio corpo. Definiu esse lugar como sendo a cabeça, onde se encontra a alma do homem. A medula seria, o elemento de ligação da alma com o corpo. Esse elemento de ligação era necessário porque Platão concebia a alma separada do corpo. Quando alguém morria, a matéria (o corpo) desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar outro corpo. Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão foi um dos mais importantes pensadores da história da filosofia. Sua contribuição foi inovadora ao postular que a alma e o corpo não podem ser dissociados. A psique seria o principio ativo da vida. Tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possui uma psique ou alma. Os vegetais teriam alma vegetativa, que se define pela função de alimentação e reprodução. Os animais teriam alma sensitiva, que tem a função de percepção e movimento. O homem teria os dois níveis anteriores e a alma racional, que teria a função pensante. Psicologia Científica: No século 19, destaca-se o papel da ciência e a necessidade de avanço. O conhecimento tornou-se independente da fé. Os dogmas da Igreja foram questionados. O mundo se moveu. A racionalidade do homem apareceu, então, como a grande possibilidade de construção do conhecimento. O desenvolvimento da Psicologia é compatível com a evolução nos estudos em Anatomia humana e das ciências como um todo. Mente e corpo foram grandes desconhecidos durante séculos. Não se entendia se haveria uma relação entre eles, em termos de funcionamento. Se eram independentes ou se sofriam influência mútua. Durante este período, tudo o que se pensava saber sobre os mesmos estava limitado às crenças (ex: epilepsia) Descartes (1637) resolveu, definitivamente, a questão da dualidade mente-corpo, convencendo a comunidade científica sobre a sua interação. Descartes convenceu que as estruturas mente e corpo trabalham de modo associado e que, portanto, não podem ser separadas. Os avanços da Medicina permitiram associar o trabalho cerebral a todas as funções do corpo, como a percepção, a linguagem, a locomoção etc. Para os portadores de desordens mentais e de distúrbios da conduta ― os atípicos (BERGAMINI, 2005) ― saímos das explicações míticas e evoluímos para as explicações científicas. Vale observar que a Psicologia perdeu o caráter reducionista de “tratamento para doentes”, pois o seu conceito vem evoluindo tal como a sua aplicabilidade. Os desafios do Homem atual são tantos que o modo como este os enfrenta nunca deixa de ser estudado. Isto confere aprendizados para “provas” subsequentes. Vale observar que a Psicologia perdeu o caráter reducionista de “tratamento para doentes”, pois o seu conceito vem evoluindo tal como a sua aplicabilidade. Os desafios do Homem atual são tantos que o modo como este os enfrenta nunca deixa de ser estudado. Isto confere aprendizados para “provas” subsequentes. PSICOLOGIA E SENSO COMUM Os realities shows tornam seus expectadores “psicólogos de plantão” distanciados, porém, dos conceitos da psicologia. Precisamos, então, diferenciar a ciência psicológica do senso comum. O senso comum discute fenômenos observados, tomando-se como foco explicações populares e, portanto, não produzidas por pesquisas científicas. A Psicologia explica questões relativas à conduta de todos os animais (inclusive a de animais inferiores, para fins de estudo) baseada em preceitos produzidos a partir de pesquisa. É importante ressaltar que a conduta não pode ser prevista como uma fórmula equacionada. Nem mesmo os graduados em psicologia alcançam esta marca. O psicólogo não pode ser percebido como vidente. Em Psicologia nem sempre 2+2 resulta o esperado. Exemplo: Um agente de seleção, com formação mínima em Administração, desempenha seu papel em processos seletivos de maneira sempre correta, não deixando-se influenciar por preconceitos e menos ainda por amizade em seus processos decisórios. Você pode ter esta certeza? OBSERVE O EXEMPLO: Bergamini (2005) acrescenta que todos são convincentes ao defenderem seus pontos de vista na análise de outros e cita Rogers (1952): A banalização das explicações sobre o comportamento humano lota as prateleiras de livros sem escopo científico e de títulos de autoajuda que reforçam o uso do senso comum pela população em geral. Este uso reforça a ideia de previsão da conduta. “Nãoestamos muito dispostos a aceitar informações contrárias aos nossos preconceitos e crenças pessoais.” O que não permite ter controle total sobre os eventos são as chamadas condições variáveis. Variáveis que afetam a conduta humana constituem fatores tais como: Personalidade; Percepção; Fatores ambientais; Motivação; Estado de saúde; Etc A psicologia é uma ciência que oferece subsídios para melhor entender a natureza humana e, consequentemente, a sua conduta. Mas ela não oferece 100% de controle sobre os eventos porque, como toda ciência, ela trabalha com probabilidades. CONCLUIMOS: O controle total da conduta pode ser uma ambição, mas nunca uma certeza. O estudo sistemático do comportamento permite inferir que desenvolvemos processos psicológicos (aprendizagem, emoção, motivação e outros) para nos adaptarmos aos mais diversos meios. Rodrigues (2001) observa que o estudo da interação social é o cerne para a compreensão das relações em vários meios e, especialmente, no trabalho. O mesmo acrescenta que a Psicologia Social tem muito a oferecer aos profissionais da área de gestão de pessoas: psicólogos, administradores, pedagogos, assistentes sociais etc. A PSICOLOGIA NA GESTÃO CONTEMPORÂNEA: Vários esforços somados levam à sinergia positiva. Na medida em que o mercado de trabalho foi se organizando e a convivência em equipes tornou-se imperativa surgiram estudos em dinâmica de grupo que muito contribuem para a administração de conflitos (LEWIN, 1944; citado em BERGAMINI, 2005). Campos da Psicologia Psicologia Clínica Psicologia Educacional Psicologia Organizacional Psicologia do Esporte Psicologia Hospitalar Psicologia Social Psicologia do Trânsito Psicologia Forense A banalização das explicações sobre o comportamento humano lota as prateleiras de livros sem escopo científico e de títulos de autoajuda que reforçam o uso do senso comum pela população em geral. Este uso reforça a ideia de previsão da conduta. Bergamini (2005) acrescenta que todos são convincentes ao defenderem seus pontos de vista na análise de outros e cita Rogers (1952): “Não estamos muito dispostos a aceitar informações contrárias aos nossos preconceitos e crenças pessoais.” O que não permite ter controle total sobre os eventos são as chamadas condições variáveis. Variáveis que afetam a conduta humana constituem fatores tais como: Personalidade; Percepção; Fatores ambientais; Motivação; Estado de saúde; Etc A psicologia é uma ciência que oferece subsídios para melhor entender a natureza humana e, consequentemente, a sua conduta. Mas ela não oferece 100% de controle sobre os eventos porque, como toda ciência, ela trabalha com probabilidades. CONCLUIMOS: O controle total da conduta pode ser uma ambição, mas nunca uma certeza. O estudo sistemático do comportamento permite inferir que desenvolvemos processos psicológicos (aprendizagem, emoção, motivação e outros) para nos adaptarmos aos mais diversos meios. Aroldo Rodrigues (2001) observa que o estudo da interação social é o cerne para a compreensão das relações em vários meios e, especialmente, no trabalho. O mesmo acrescenta que a Psicologia Social tem muito a oferecer aos profissionais da área de gestão de pessoas: psicólogos, administradores, pedagogos, assistentes sociais etc. Vários esforços somados levam à sinergia positiva. Na medida em que o mercado de trabalho foi se organizando e a convivência em equipes tornou-se imperativa surgiram estudos em dinâmica de grupo que muito contribuem para a administração de conflitos (LEWIN, 1944; citado em BERGAMINI, 2005). A PSICOLOGIA NA GESTÃO CONTEMPORÂNEA:
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