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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
Final dos anos 1970 e início dos anos 1980 → agravamento das carências sociais e 
afrouxamento do regime autoritário → Movimento da Reforma Sanitária (movimento 
popular de caráter reivindicatório). 
 
REFORMA SANITÁRIA: 
 Proposta: construção de uma nova política de saúde efetivamente 
democrática, tomando por base a equidade, a justiça social, a descentralização, 
a universalização e a unificação como elementos essenciais para a reforma do 
setor. 
 1974: criação do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), com a 
incorporação ao sistema previdenciário aos trabalhadores rurais, empregados 
domésticos e outras categorias de trabalhadores. 
 1975: criação do Sistema Nacional de Saúde (lei 6229), como resultado da V 
Conferência Nacional de Saúde. 
 1977: criação do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social, 
promove pequena abertura para ações de atenção integral na rede pública, 
incluindo planejamento e participação popular na gestão do sistema (tudo 
muito incipiente). 
 1978: acontece a Conferência Internacional de Saúde de Alma-Ata, garantindo 
cuidados na atenção primária para todos, aumento do acesso e participação da 
comunidade. 
 1980: realização da VII Conferência Nacional de Saúde, construção do Sistema 
Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS). 
 1986: realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, constitui-se como 
marco para a saúde pública no Brasil, pelo seu caráter democrático. Grande 
participação popular (em torno de 1000 delegados de diversos segmentos, 
como usuários, trabalhadores, partidos políticos, universidades, parlamentos e 
gestores. E cerca de 4000 participantes). 
 1988: constituição da base para o texto da Assembleia Nacional Constituinte. 
o SUS: pela primeira vez se contempla explicitamente a saúde (Art. 196 a 
200). 
o Artigo 196: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo 
mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco 
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às 
ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.” 
 1990: 
o 19 de Setembro de 1990 – Lei Orgânica da Saúde nº 8080: dispõe sobre 
as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a 
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e da 
outras providências. O SUS é um conjunto de ações e serviços de saúde 
por órgãos e instituições públicas (federal, estadual e municipal) e 
instituições privadas (complementar) e administração direta e indireta e 
de fundações mantidas pelo poder público. 
o 28 de Dezembro de 1990 – Lei Orgânica da Saúde nº 8142: dispõe sobre 
a participação da comunidade, por meio de Conselhos e Conferências, 
na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de 
recursos financeiros na área da saúde. 
 
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS: 
Princípios Doutrinários: 
1. Universalidade: Todos tem direito de acesso a todos os serviços públicos de 
saúde. 
2. Equidade: Justiça social, tratar desigualmente os desiguais, alocar recursos 
onde as necessidades são maiores, considerar diferenças entre grupos de 
indivíduos. “O SUS deve disponibilizar recursos e serviços de forma justa, de 
acordo com as necessidades de cada um.” 
3. Integralidade: Considerar a pessoa como um todo, indivisível. Integralidade do 
corpo, das ações de promoção, proteção e recuperação e do sistema 
(prestação de assistência integral, sistema composto pelas unidades 
prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade) 
Princípios Organizativos: 
1. Regionalização/Hierarquização: reorganizar a rede de serviços de saúde em 
níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área 
geográfica, planejamento a partir de critérios epidemiológicos, com definição 
da população a ser atendida. 
I. Hierarquização: tem como base a concepção de Unidade Básica de 
Saúde como porta de entrada do sistema. A rede básica responderia 
pela resolução de 80% dos problemas, sendo o restante referido ao 
sistema de atenção secundária e terciária. Fluxos de encaminhamento 
(referência) e de retorno de informações ao nível básico do serviço 
(contrarreferência). 
II. Regionalização: organização centrada nos distritos sanitários. Os 
distritos contribuem para a organização de um sistema com maiores 
perspectivas de proporcionar uma atenção mais resolutiva e equânime. 
“No nível municipal, o SUS poderá organizar-se em distritos de forma a 
integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a 
cobertura total das ações de saúde.” (Lei 8080) 
2. Descentralização: transferência ou redistribuição das responsabilidades de 
gestão e quanto às ações e aos serviços de saúde entre os vários níveis de 
governo, cada esfera de governo deve ser capaz de assumir 
responsabilidade para melhorar a saúde da população. A realidade local é 
o determinante principal para o estabelecimento de políticas de saúde 
(municipalização). Contribui para uma organização mais racional do 
sistema e dinamiza o controle à medida que aproximam as decisões da 
população-alvo. 
Comando único: direção única em cada esfera de governo. 
3. Participação Popular: espaço amplo e democrático, troca de saberes, 
participação da comunidade na gestão e controle do SUS. Através de suas 
entidades representativas, participarão do processo de formulação de políticas 
de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal 
até o local. Esta participação deve se dar nos Conselhos de Saúde, com 
representação paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e 
prestadores de saúde. Outra forma de participação são as Conferências de 
Saúde, periódicas, para definir prioridades e linhas de ação sobre a saúde. 
 A implementação do SUS foi complicada pelo apoio estatal ao setor privado, 
pela concentração de serviços de saúde nas regiões mais desenvolvidas e pelo 
subfinanciamento crônico. Apesar dessas limitações, o SUS conseguiu 
melhorar amplamente o acesso à atenção básica e de emergência, atingir uma 
cobertura universal de vacinação e assistência pré-natal e investir fortemente 
na expansão dos recursos humanos e de tecnologia, incluindo grandes 
esforços para fabricar os produtos farmacêuticos mais essenciais ao país. 
Alguns dos desafios futuros do SUS são a reforma de sua estrutura de 
financiamento, com vistas a assegurar a universalidade, igualdade e 
sustentabilidade no longo prazo, a renegociação dos papéis público e privado, 
a adequação do modelo de atenção para atender às rápidas mudanças 
demográficas e epidemiológicas do país e a promoção da qualidade do cuidado 
e da segurança dos pacientes. Em última análise, os desafios enfrentados pelo 
SUS são políticos, pois não podem ser resolvidos na esfera técnica, só poderão 
ser solucionados com os esforços conjuntos dos indivíduos e da sociedade. 
 
NORMAS OPERACIONAIS DO SISTEMA: 
A implantação do SUS foi um processo orientado por normas operacionais do SUS, 
instituídas por portarias do Ministério da Saúde. 
 Definiram as competências de cada esfera de governo; 
 Definiram condições para os estados e municípios assumirem as novas 
atribuições no processo de implantação do SUS; 
 Definiram critérios para os estados e municípios se habilitarem a receber 
repasses de recursos do FNS para seus respectivos fundos de saúde; 
 Repasse de recursos condicionado ao cumprimento de requisitos e ao 
compromisso de assumir responsabilidades referentes à gestão do sistema de 
saúde. 
 Norma Operacional Básica do SUS: 
o NOB-SUS 01/93: Descentralização da gestão das ações e serviços de 
saúde. Recebimento de recursos fundo a fundo, para isso estados e 
municípios deveriam se habilitar em condições de gestão de acordo 
com a capacidade das secretarias de saúde. 
Nacional/União → Ministro de Saúde (MS) → Gestor 
 → Comissão Tripartite (CIT) → Comissão Intergestora 
 → Conselho Nacional → Colegiado Participativo 
 Estado → Secretaria Estadual de Saúde (CONASS) → Gestor 
 → Comissão Bipartite (CIB) → Comissão Intergestora 
 → Conselho Estadual → Colegiado Participativo 
 → Gestão Parcial ou Semi-plena: 
PARCIAL: A SES assume a responsabilidade pela programação integrada com seus 
municípios, abrangendo manutenção de serviços e investimentos, gestão dos 
recursos próprios e dos transferidos pela união. 
SEMI-PLENA: Respeitadas prerrogativas e responsabilidades dos municípios, a SES 
assume completa responsabilidade sobre a gestão da prestação de serviços. 
 Município → Secretaria Municipal de Saúde (Conasems) → Gestor 
 → Não possui comissão intergestora 
 → Conselho Municipal → Colegiado Participativo 
 → Gestão Incipiente, Parcial ou Semi-plena: 
INCIPIENTE: A SMS assume imediata ou progressivamente a responsabilidade 
sobre a contratação e autorização do cadastramento de prestadores; programação 
e autorização da utilização das Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) e dos 
procedimentos ambulatoriais prestados por unidade; controle e avaliação dos 
serviços ambulatoriais e hospitalares; demonstra disposição em gerenciar as 
unidades ambulatoriais do município; incorporação à rede de serviços ações 
básicas de saúde, nutrição, educação, vigilância epidemiológica e sanitária; ações 
de vigilância do ambiente e processo de trabalho, assistência e reabilitação do 
acidentado do trabalho. 
PARCIAL: A SMS assume todas as responsabilidades anteriores e assume o 
gerenciamento das unidades ambulatoriais. 
SEMI-PLENA: A SMS assume completa responsabilidade sobre a gestão da 
prestação de serviços (planejamento, cadastramento, contratação, controle e 
pagamento dos prestadores ambulatoriais e hospitalares, públicos e privados; 
assume o gerenciamento de toda rede pública existente no município; recebe 
mensalmente o total dos recursos financeiros para custeio correspondentes aos 
tetos ambulatorial e hospitalar.) 
Os municípios sem condições técnicas e materiais para NENHUMA modalidade, 
entram para o programa de capacitação sob responsabilidade estatal. 
 
o NOB-SUS 01/96: Consolidar pleno exercício do poder municipal no SUS. 
Redefinir as responsabilidades das três esferas de governo (União e 
Estado são co-responsáveis pela saúde da população. Município é o 
responsável imediato pelo atendimento das necessidades e demandas 
de saúde do seu povo e das exigências de intervenções saneadoras em 
seu território). Reordenação do serviço de atenção. Transferências 
fundo-a-fundo (regular e automática). Acompanhamento, controle e 
avaliação da qualidade do serviço. Vínculo dos serviços com usuários. 
 Implantação do PAB – Piso de Atenção Básica: estipulação de um valor fixo, per 
capita, a ser repassado aos municípios, para que eles organizem a atenção 
básica de saúde. 
 Condição da gestão Municipal → Plena da Atenção Básica e Plena do Sistema 
Municipal: 
PLENA DA ATENÇÃO BÁSICA: prestação dos serviços relacionados aos 
procedimentos cobertos pelo PAB (assistência farmacêutica básica, saúde da 
família, agentes comunitários, carência nutricional, vigilância sanitária e 
epidemiológica) e gerência de unidades ambulatoriais. 
PLENA DO SISTEMA MUNICIPAL: recursos para assistência básica e assistência 
especializada ambulatorial e hospitalar. 
 Condição da gestão Estadual → Avançada do Sistema Estadual e Plena do 
Sistema Estadual: 
AVANÇADA DO SISTEMA ESTADUAL: contratação, controle, auditoria e pagamento 
do conjunto dos serviços de assistência especializada e dos prestadores de serviços 
incluídos no PAB dos municípios não habilitados. 
PLENA DO SISTEMA ESTADUAL: contratação, controle, auditoria e pagamento do 
conjunto dos serviços sob gestão estadual. 
 Programação Pactuada Integrada – PPI: envolve as atividades de assistência 
ambulatorial e hospitalar, de vigilância sanitária e epidemiologia e controle de 
doenças, constituindo um instrumento essencial de reorganização do modelo 
da atenção e da gestão do SUS, de alocação de recursos e de explicitação do 
pacto estabelecido entre as três esferas do governo. Traduz as 
responsabilidades de cada município com a garantia de acesso da população 
aos serviços de saúde, quer pela oferta existente no próprio município, quer 
pelo encaminhamento a outros municípios, sempre por intermédio de relações 
entre gestores municipais, mediadas pelo gestor estadual. Observa os 
princípios da integralidade das ações de saúde e da direção única em cada nível 
de governo, traduzindo todo um conjunto de atividades relacionadas a uma 
população especifica e desenvolvida num território determinado. 
 Norma Operacional de Assistência à Saúde do SUS: 
o NOAS-SUS 2001-2002: 
 Objetivos: a integralidade, equidade e cuidado à saúde; 
promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso 
da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de 
atenção. 
 Estratégias: regionalização como estratégia de hierarquização 
dos serviços de saúde e de busca de maior equidade; ampliar as 
responsabilidades dos municípios na atenção básica (Piso de 
Atenção Básica Ampliada); elaboração do Plano Diretor de 
Regionalização e diretrizes para a organização regionalizada da 
assistência; criar mecanismos para o fortalecimento da gestão 
do SUS; atualizar os critérios de habilitação dos estados e 
municípios. 
PISO DE ATENÇÃO BÁSICA AMPLIADA: Identificação de áreas estratégicas mínimas, 
relacionadas a problemas de saúde de abrangência nacional. Saúde da mulher, da 
criança, bucal, controle da hipertensão, diabetes, tuberculose e eliminação da 
hanseníase. 
PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO – PDR: instituir o PDR como instrumento de 
ordenamento do processo de regionalização da assistência em cada estado, baseado 
na definição de prioridades coerentes com as necessidades de saúde da população e 
garantia de acesso a todos os níveis de atenção. Fundamenta-se na conformação de 
sistemas funcionais e resolutivos na assistência à saúde, como organização do 
território em regiões/microrregiões de saúde, módulos assistenciais, redes 
hierarquizadas de serviço, fluxos de referência e contrarreferência intermunicipais. 
Garantir a integralidade. Elaborado para garantir acesso dos cidadãos, o mais próximo 
possível de suas residências, a um conjunto de ações e serviços mínimos (assistência 
pré-natal, parto e puerpério; acompanhamento do crescimento e desenvolvimento 
infantil; cobertura universal PNI- vacina; ações de promoção da saúde e prevenção de 
doenças; tratamento dos problemas mais comuns na infância; atendimento aos casos 
agudos de maior incidência; acompanhamento os portadores de doenças crônicas de 
alta prevalência; tratamento clinico e cirúrgico de pequenas urgências ambulatoriais; 
tratamento dos distúrbios mentais e psicossociais mais frequentes; controle das 
doenças bucais mais comuns; suprimento/dispensação dos medicamentos da farmácia 
básica). Elaborado para garantir acesso dos cidadãos aos serviços necessários à 
resolução de seus problemas de saúde, em qualquer nível de atenção, diretamente ou 
mediante o estabelecimento de compromissos entre gestores para o atendimento de 
referências intermunicipais. 
Conceitos-chave para a organização da assistência no âmbito estadual, que deverão 
ser observados no PDR: 
 REGIÃO DE SAÚDE: base territorial de planejamento da atenção à saúde, não 
necessariamente coincidente com a divisão administrativa do estado, definida 
pela SES; pode conter um ou mais módulos. 
 MÓDULO ASSISTENCIAL: módulo territorial com resolubilidade correspondente 
a um conjunto mínimo de serviçosde média complexidade, constituído por um 
ou mais municípios. 
 MUNICÍPIO-SEDE DO MÓDULO ASSISTENCIAL: município existente em um 
módulo assistencial que apresente a capacidade de ofertar a totalidade dos 
serviços correspondentes ao primeiro nível de referência intermunicipal, com 
suficiência para sua população e para a população de outros municípios a ele 
adscritos. 
 MUNICÍPIO-POLO: município que, de acordo com a definição da estratégia de 
regionalização de cada estado, apresente papel de referência para outros 
municípios, em qualquer nível de atenção. 
Atualização dos critérios de habilitação dos municípios: os municípios passam a 
assumir, no mínimo, a Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada (PAB-A), devendo 
organizar as ações neste nível de atenção. 
NORMA CONTEÚDO NORMATIVO 
NOB-SUS 01/93 Criação do CIT e CIB. 
Condições de gestão de municípios: incipiente, parcial ou semi-
plena; estados: parcial ou semi-plena. 
NOB-SUS 01/96 Instituição PAB fixo e variável. 
Condições de gestão de municípios: plena da atenção básica ou 
plena do sistema municipal; estados: avançada ou plena do 
sistema estadual. 
Criação do PPI. 
NOAS-SUS 
2001/2002 
Ou 
01/01 01/02 
PAB-Ampliado. 
Condições de gestão de municípios: plena da atenção básica 
ampliada ou plena do sistema municipal; estados: avançada ou 
plena do sistema estadual. 
PDR: regiões e microrregiões de saúde, módulos assistenciais. 
 
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS): 
São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades 
tecnológicas, que integradas, por meio de sistema de apoio técnico, logístico e de 
gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. 
São sistemas organizados por meio de um conjunto coordenado de pontos de atenção 
de saúde, no intuito de prestar assistência continua e integral a uma população 
definida. 
A estrutura operacional da RAS é definida com base populacional de referência. 
 Características principais: 
- Poliárquica: formação de relações horizontais entre os pontos de atenção, 
tendo APS como centro de comunicação. 
- Responsabilização por atenção continua e integral. 
- Compartilhamento de objetivos e compromissos com os resultados sanitários 
e econômicos. 
- Cuidado multiprofissional. 
- Centralidade nas necessidades da saúde da população. 
 ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: 
É um conjunto de intervenções de saúde no âmbito individual e coletivo que envolve: 
promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. 
É desenvolvida por meio de exercício de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas 
e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios 
(território-processo) bem delimitados, das quais assumem responsabilidade. 
Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os 
problemas de saúde de maior frequência e relevância das populações. 
É o contato preferencial do usuário com o sistema de saúde. 
Orienta-se pelos princípios de universalidade, acessibilidade ao sistema, continuidade, 
integralidade, responsabilização, humanização, vínculo, equidade e participação social. 
A APS deve considerar o sujeito em sua singularidade, complexidade, integralidade e 
inserção sócio-cultural, e buscar a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento 
das doenças e a redução dos danos ou sofrimentos que possam estar comprometendo 
suas possibilidades de viver de modo saudável. 
o FUNÇÕES: 
- Resolução: visa resolver a grande maioria dos problemas de saúde da população. 
- Organização: visa organizar os fluxos e contra-fluxos dos usuários pelos diversos 
pontos de atenção à saúde, no sistema de serviços de saúde. 
- Responsabilização: visa responsabilizar-se pela saúde dos usuários em qualquer 
ponto de atenção à saúde em que estejam. 
o PRINCÍPIOS: 
- Primeiro Contato: a APS deve ser a porta/ponto de entrada de fácil acesso ao usuário 
para o sistema de serviços de saúde. Melhores resultados de saúde, custos totais mais 
baixos, redução na morbidade e mortalidade. 
- Longitudinalidade: lidar com o crescimento e as mudanças de indivíduos ou grupos 
no decorrer de um período de anos. Menor utilização do serviço, melhor atenção 
preventiva, atenção mais oportuna e adequada, menos doenças preveníveis, melhor 
reconhecimento dos problemas dos usuários, menos hospitalizações, custos totais 
mais baixos. 
- Integralidade: exige que a APS reconheça as necessidades de saúde da população e 
os recursos para abordá-las. Assegura que os serviços sejam ajustados às necessidades 
de saúde da população. 
- Coordenação: sua essência é a disponibilidade de informação a respeito dos 
problemas de saúde e dos serviços prestados. 
- Centralização na Família/Abordagem Familiar: remete ao conhecimento pela equipe 
de saúde dos membros da família e dos seus problemas de saúde. É implementada a 
partir da Estratégia da Saúde da Família mediante a implantação de equipes 
multiprofissionais nas unidades básicas de saúde. 
- Orientação Comunitária: utiliza habilidades clínicas, epidemiológicas, ciências sociais 
e pesquisas avaliativas de forma complementar, para ajustar os programas para que 
atendam às necessidades específicas de saúde de uma população definida. Também 
diz respeito ao envolvimento da comunidade na tomada de decisão em todos os níveis 
de atenção. 
 ATENÇÃO SECUNDÁRIA À SAÚDE: 
Microrregião. 
Média complexidade. 
Especialistas cumprem um papel de interconsultor e suporte à APS. 
 ATENÇÃO TERCIÁRIA À SAÚDE: 
Macrorregião. 
Alta complexidade. 
Devem ser alocados de acordo com a necessidade de micro e macrorregiões. 
Devem cumprir a função de responder às condições agudas ou aos momentos de 
agudização das condições crônicas, conforme o estabelecido em diretrizes clínicas 
baseadas em evidências. 
 SISTEMAS LOGÍSTICOS E DE APOIO A RAS: 
Os sistemas necessariamente devem ser transversais a todas as redes temáticas e os 
níveis de atenção. Sua articulação é fundamental para proporcionar atenção integral a 
população dentro de padrões razoáveis de custo/efetividade. 
o LOGÍSTICOS: sistema de acesso regulado; registro eletrônico em saúde; 
sistema de transporte em saúde. 
o APOIO: sistema de apoio diagnóstico e terapêutico; sistema de 
assistência farmacêutica; teleassistência; sistema de informação em 
saúde. 
 
 RESPONSABILIDADES DAS ESFERAS GESTORAS NA ATENÇÃO BÁSICA: 
o FEDERAL (MINISTÉRIO DA SAÚDE): 
- Elaborar diretrizes da política nacional de atenção à saúde; 
- Co-financiar o sistema de saúde; 
- Ordenar a formação de recursos humanos; 
- Propor mecanismos para a programação, controle, regulação e avaliação da saúde; 
- Manter as bases de dados nacionais. 
o ESTADUAL (SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE): 
- Acompanhar a implantação e execução das ações de saúde em seu território; 
- Regular as relações inter-municipais; 
- Coordenar a execução das políticas de qualificação de recursos humanos em seu 
território; 
- Co-financiar as ações de saúde; 
- Auxiliar na execução das estratégias de avaliação da saúde em seu território. 
o MUNICIPAL (SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE): 
- Garantir os serviços de atenção básica à saúde e prestar serviços em sua localidade, 
em parceria com as esferas federal e estadual; 
- Criar políticas de saúde e colaborar com a aplicação das políticas estaduais e federais; 
- Aplicar recursos próprios (mínimo 15%) e os repassados pela União e Estado; 
- Administrar os serviços de saúde, mesmo os mais complexos. 
 
SAÚDE DA FAMÍLIA: 
É entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, 
operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades 
básicas de saúde. 
Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento deum número definido de 
famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. 
As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, 
reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde desta 
comunidade. 
A Estratégia da Saúde da Família é um projeto dinamizador do SUS, importante 
movimento com o intuito de reordenar o modelo de atenção no SUS. Busca maior 
racionalidade na utilização dos demais níveis assistenciais e tem produzido resultados 
positivos nos principais indicadores de saúde das populações assistidas. 
 Equipes Saúde da Família: 
o Compostas: no mínimo, 01 médico da família, 01 enfermeiro, 01 auxiliar 
de enfermagem e 06 agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, 
conta com 01 dentista, 01 auxiliar em saúde bucal e 01 técnico em 
saúde bucal. 
o Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de, no máximo, 4 
mil habitantes, sendo a média recomendada de 3 mil de uma 
determinada área, e estas passam a ter corresponsabilidade no cuidado 
à saúde. 
o O atendimento ocorre, principalmente, nas unidades de atendimento 
básico, nas residências e na mobilização da comunidade. 
O atendimento caracteriza-se como porta de entrada de um sistema hierarquizado e 
regionalizado de saúde: por ter um território definido sob a sua responsabilidade; por 
intervir sobre os fatores de risco nos quais a comunidade está exposta; por prestar 
assistência integral, permanente e de qualidade; por realizar atividades de educação e 
promoção de saúde; por estabelecer vínculos de compromisso e de 
corresponsabilidade com a população; por estimular a organização das comunidades 
para exercer o controle social das ações e serviços de saúde; por utilizar sistemas de 
informação para o monitoramento e tomada de decisões; por atuar de forma 
intersetorial por meio de parcerias estabelecidas com diferentes segmentos sociais e 
institucionais, de forma a intervir em situações que transcendem a especificidade do 
setor de saúde e que tem efeitos determinantes sobre as condições de vida e saúde 
dos indivíduos-famílias-comunidade. 
 Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF): 
Foi criado visando apoiar a inserção da Estratégia da Saúde da Família na rede de 
serviços e ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Primária bem como 
sua resolutividade, além dos processos de territorialização e regionalização. 
O NASF não se constitui porta de entrada do sistema para os usuários. 
Tem como responsabilidade atuar e reforçar 9 diretrizes na atenção à saúde: 
- Interdisciplinaridade; 
- Intersetorialidade; 
- Educação Popular; 
- Território; 
- Integralidade; 
- Controle Social; 
- Educação Permanente em saúde; 
- Promoção da saúde; 
- Humanização. 
Deve ser constituído por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de 
conhecimento, para atuarem em conjunto com os profissionais das ESF. 
NASF 1: no mínimo 05 profissões de nível superior vinculado de 08 a 20 ESF, como 
psicólogo, assistente social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, profissional 
da educação física, nutricionista, terapeuta ocupacional, médico 
ginecologista/homeopata/acupunturista/pediatra/psiquiatra. Excepcionalmente, nos 
municípios com menos de 100000 habitantes dos estados da região norte, cada NASF 1 
poderá realizar suas atividades vinculado a, no mínimo, 05 ESF e no máximo, 20 ESF. 
NASF 2: no mínimo 03 profissionais de nível superior de ocupações não-coincidentes 
vinculado à no mínimo 03 ESF, como psicólogo, assistente social, farmacêutico, 
fisioterapeuta, fonoaudiólogo, profissional da educação física, nutricionista, terapeuta 
ocupacional. Fica vedada a implantação de duas modalidades de forma concomitante 
nos municípios e no Distrito Federal. 
O NASF está dividido em 9 áreas estratégicas, sendo elas: 
- Atividade física/práticas corporais; 
- Práticas integrativas e complementares; 
- Reabilitação; 
- Alimentação e nutrição; 
- Saúde mental; 
- Serviço social; 
- Saúde da criança/do adolescente/do jovem; 
- Saúde da mulher; 
- Assistência farmacêutica.

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