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TEORIA GERAL DO DIREITO
Prof. Taísa Maria Macena de Lima
Aula do dia 04/02/2017
UNIDADE I - LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO
Decreto Lei 4.657 de 04 de setembro de 1942
Direito intertemporal: conflito de leis no tempo
	As leis duram muitos anos, mas podem ter modificações ao longo do tempo, surgindo a dúvida de qual é a lei (antigo ou atual) que vai ser aplicada. O Direito Intertemporal existe para resolver esses conflitos.
	A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) é voltada para orientar o aplicador da norma, para depois disso saber em qual regra se enquadrará e como proceder no caso.
Direito Internacional Privado: conflitos de leis no espaço
	Leva-se em conta, no momento da aplicação, as questões de soberania que se encontram envolvida.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS (NORMAS – LEIS)
Validade: uma norma não pode entrar em conflito com a outra
- Ética: ligado a filosofia do direito, diz respeito ao que cada um acha justo ou injusto.
		- Social: eficácia social da norma (Ex.:regime dotal)
Validade
- Formal: conformação e perfeição da lei dentro dos seus comando. Está ligado a 3 perguntas: (i) Quem faz e quem cria a lei? (ii) Quem pode legislar? (iii) Sobre qual matéria pode legislar?
Vigor: é a força vinculante da lei. Pelo fato da lei ter força vinculante é que sou obrigada a cumpri-la. É uma consequência da validade.
Vigência: tempo em que a norma jurídica é aplicada. Passa a ter vigência a partir do momento em que tem a validade. Além de estar ligada ao tempo a vigência também está ligada ao espaço (território) e, em algumas vezes, à pessoas.
Vigência: campo de aplicabilidade da lei
Temporal
Espacial
Pessoal
Para Miguel Reale a vigência está ligada a validade.
	O início da vigência da lei nem sempre coincide com a sua publicação. Esse espaço de tempo é chamado de vacatio legis, durante esse período a lei existe, mas não tem vigência e nem força vinculante. É como se ela estivesse suspensa.
Ultratividade da Lei: direitos adquiridos em a lei anterior que a lei atual não alcança, ou seja, mesmo com a revogação da lei ela ainda tem força vinculante para alguns grupos.
Retroatividade da lei: circunstâncias em que permitem a lei atingir fatos anterior a ela.
Aula do dia 08/02/2017
 2000 	 vigência	 	 2007
	retroatividade				ultratividade
Princípio da obrigatoriedade da lei: não podemos alegar que não conhecemos a lei, uma vez que ela é para todos e pública.
Princípio da continuidade das leis: as leis não têm prazo de vigência temporal pré fixada. Exceto as Leis Temporárias (Lei Orçamentária, Lei da Copa) que não precisam ser revogadas.
Revogação (tirar a voz): Quando uma nova lei retira o vigor da outra (expulsa da ordem jurídica)
 - Revogação total (Ab-rogação): quando a lei nova revoga totalmente a anterior.
- Revogação Parcial (Derrogação): ocorre quando alguns dispositivos da lei são excluídos ou possuem a redação de algum artigo revisada. É necessária para atualizar a legislação sem a necessidade de se extinguir a lei inteira
			Expressa: escrita na lei
Revogação
Tácita: não consta na lei nova a informação de qual lei está revogando, mas pelo teor do texto é possível saber o teor do fato que está revogado
	Para resolver a questão da colisão de leis existem três critérios que podem ser aplicados:
1) critério hierárquico
2) critério cronológico: normas de mesma hierarquia prevalece a lei mais nova
3) critério da especialidade: se a lei mais nova é geral ela não revoga a especial
	Quando vem uma Constituição nova há o fenômeno de Recepção das leis existentes e que não são inconstitucionais (respeitam a nova constituição), para aquelas que não são recepcionadas perdem seu fundamento de validade, pois todas as leis são fundadas na Constituição.
Repristinação
Lei C
Lei B
Lei A Revoga lei A Revoga lei B
A repristinação é quando a lei C que revoga a lei B e faz a lei A tornar-se vigente novamente por causa da revogação da lei B.
Em regra geral não é adotado a repristinação, exceto quando feito expressamente pelo Judiciário, jamais tácito. (Art. 2º, §3º da LINDB)
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI
Lei tem aplicação geral e imediata, exceto em algumas situações
Lei de Introdução => Art. 6º
Constituição => Art. 5º, XXXVI
	Lei nova não pode atingir (i) ato jurídico perfeito, (ii) direito adquirido e (iii) a coisa julgada
Aula do dia 11/02/17
Ato Jurídico Perfeito: quando o ciclo do ato se completa. É o direito consumado, aquele que já produziu efeito. Exemplo: casamentos, adoção.
Direito adquirido: tem todos os requisitos para a prática do ato antes da revogação da lei, logo já possui o direito adquirido de realizar o ato. No momento em que o direito adquirido é exercido ele muda passa a ser um ato jurídico perfeito. (ATENÇÃO – Direito adquirido é diferente de expectativa de direito. Na expectativa de direito você não possui todos os elementos completos para realizar o ato. Exemplo: herança.)
Coisa julgada (causa julgada): imutabilidade de decisão judicial.
Hipóteses de retroatividade da Lei
Leis interpretativas: lei nova que dá interpretação a lei antiga
Leis benéficas:
Leis abolitivas: varrido da ordem jurídica. Abolir significa extinguir, afastar aquilo que já existiu. Exemplo: Lei Áurea, Lei do Passe.
CONFLITO DE LEI NO ESPAÇO
	O conflito é internacionalizado. A disciplina que trata do assunto é o Direito Internacional Privado (normas sobre aplicabilidade de normas). O conflito decorre da internacionalização do homem. Leva em consideração duas ordens jurídicas
Princípio da Territorialidade: tudo o que acontece no território está vinculado ao direito vigente do território
Princípio da extraterritorialidade: antigamente prevalecia a pessoalidade (Estatuto Pessoal)
Estatuto Pessoal:		- Nacionalidade
(pessoa e 			- Domicílio
família)
Critérios para direito de Pessoas e Família Art. 7º (Critério do domicílio)
Direito sobre bens:		- situação do bem
					- domicílio do proprietário
Obrigações: lei do lugar/ País onde a obrigação foi constituída
Aula do dia 15/02/17
	Contrato é o acordo de vontade sobre coisas específicas, não necessariamente de forma escrita
DIREITO HEREDITÁRIO
Herança		- falecido (ou de cujos) = 10º LINDB
			- herdeiro ou legatário
Direito de		- situação dos bens
sucessões		
UNIDADE II – DIREITO CIVIL
Princípios fundamentais do Direito Civil
	
			- Regra: é muito específica
Norma jurídica
			- Princípio: fala-se de generalidade
	O princípio da dignidade da pessoa humana é o princípio fundante de qualquer norma jurídica
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana: origem constitucional
Princípios civilísticos
Estruturando o Direito Civil, permeiam o D. Civil
Intuito jurídico = fato da vida
Os princípios mudam de acordo com a interpretação do doutrinador.
Personalidade:
ser humano;
outros sujeitos além do ser humano;
direitos de personalidade.
Autonomia Privativa ou Autonomia da Vontade
Boa fé objetiva
Diz respeito a expectativas concretas do nosso comportamento
Aula do dia 18/02/17
Solidariedade/ solidarismo
Regras de trato social
O Direito só existe em um ambiente de alteridade
Princípio da Propriedade Privada
- Proteção à família
- legitimidade da herança e testamento
- responsabilidade civil: restauração/ compensação da vítima relacionados a direito não material
A Constituição entra no momento de interpretação do Código Civil
CÓDIGO CIVIL
Lei Nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002 >> vacatio legis de um 1 ano, entrou em vigor em 2003.
Constitucionalzação do direito civil. 
Durante muito tempo o direito civil foi considerado como o central e todos os outros a sua volta, atualmente é a constituição que fica no centro e outros ao redor. 
Cesar fiusa diz q o direito civil fica no centro e ao seu redor as outras leis civilisticas.E a constituição fica de fora porque nao estrutura os institutos, só entra na interpretação as categorias e institutos do direito civil.
É dividido em varios livros que sao dividios em vários titulos que são divididos e varios capitulos. 
Chamado de codigo Reale ou projeto Reale, já que foi realizado por uma comissao chefiada pelo Miguel reale.
Tem uma parte geral e uma parte especial.
TEORIA DOS SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA
Não são apenas os seres humanos. 
Livro I – Das pessoas; Título - Das pessoas Naturais; Capítulo I – Da Personalidade e da Capacidade
Art. 1º - toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
	- Pessoa - ser humano – homo sapiens - 
	- Capaz pode titularizar direitos/deveres na ordem civil. 
Art. 2º - personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
Personalidade civil – é a aptidao para ter direitos e deveres na ordem civil; são eles os seres humanos (pessoa física) e as entidades (pessoa juridica) criadas pelos seres humanos para administração e satisfação dos interesses do proprio ser humano. 
- Nascituro – pessoa que ainda nao nasceu. – titularização de direitos/proteção suficiente. É protegido em situações onde é necessário proteção, não tendo os mesmos direitos das pessoas nascidas. 
Ex.: herança deixada para a pessoa que ainda nao nasceu; 
- o nascituro, mesmo nao sendo considerado como pessoa pelo direito, tem acesso aos direitos. 
- no código ser pessoa é uma coisa e ser sujeito de direito sao coisas diferentes. 
Pessoa – trata-se daquele que tem aptidão generica ≠ sujeito de direito - Trata-se daquele a quem se pode imputar direitos e obrigações através da lei. Todas as pessoas, sejam elas físicas (personificadas) ou jurídicas(não personificadas).
personalidade civil - ≠ titularização de direito - 
Personalidade civil implícita e expressa
Nascituro:
Corrente natalista: não são pessoas pois ainda não nasceu - não são pessoas no sentido juridico, embora possam titularizar direitos. 
Corrente concepcionista: personalidade jurídica no momento da concepção - não acreditam que existe diferença entre a pessoa e o sujeito direito, e por isso os nascituros tem os mesmos direitos das outras pessoas. Ex.: um nascituro herda ainda na barriga da mãe alguma coisa, se ele nasce morto, ele deixa para a mãe o que herdou. 
Personalidade condicional: a personificação está vinculada a nascer ou não com vida – só se torna pessoa se nasce com vida, se nasce sem vida é como se não tivesse existido. Ex.: um nascituro herda ainda na barriga da mãe alguma coisa, mas se nasce morto ele não tem direito a herença. 
Teoria genético-desenvolvimentistas – só é considerado pessoa depois que o feto desenvolve o cerebro. 
Capacidade Civil - é a medida da personalidade, 
Direito – ter/gozar direito 
Fato – exercer pessoalmente os direitos
medida de personalidade
	Limitações na capacidade de exercícios se refletem diretamente na capacidade de direito.
Capacidade de Exercício
Plenamente capazes: a partir dos 18 anos
Absolutamente incapazes: inferior a 16 anos
Relativamente incapazes: entre 16 e 18 anos