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MANIFESTAÇÕES BUCAIS DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

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INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO SUPERIOR
CURSO DE ODONTOLOGIA
MANIFESTAÇÕES BUCAIS DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
 São Luís
 2017
	
PLANO DE AÇÃO
MANIFESTAÇÕES BUCAIS DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Trabalho realizado na Disciplina de Clínica Interdisciplinar I do Curso de Odontologia do Instituto Florence de Ensino Superior. 
Orientadoras: Profas. Kátia Maria Martins Veloso e Tatiana Cerveira Valois de Sá
 São Luís
 2017
Equipe Executora:
Airley Cristine de Sousa e Sousa
Emerson Mendes
Gleyce Mayanne Nunes Silva
Giselle da Silva Sousa
Jamylle Nicácio Lima
Lucian da Silva Araújo
Mariana Santa da Silva Aragão
Wellington Soares
Victor Santos Bezerra
 SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO
 Manifestações bucais de infecções sexualmente transmissíveis.
2 EQUIPE EXECUTORA
O projeto a ser executado está sob a orientação da equipe de professoras desta disciplina 
3 PARCERIAS INSTITUCIONAIS
	A atividade prática será executada na Escola CEJOL situada na Rua da 
Cruz, nº954, Centro, São Luís/MA. 
A equipe receberá o apoio do Departamento de Atenção às DST/AIDS/HV da Secretaria de Saúde do Estado, para doação de preservativos a serem distribuídos aos alunos.
4 INTRODUÇÃO
 As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Tais patologias, antes eram chamadas de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), mas a nova terminologia foi adotada porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas. (MINISTÉRIO DA SÁUDE, 2017).
 As ISTs são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativos, com um indivíduo infectado. A transmissão de uma IST também pode acontecer da mãe para filho durante a gestação, o parto ou a amamentação. O tratamento de portadores de IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS. (MINISTÉRIO DA SÁUDE, 2017).
 Neste trabalho iremos abordar três das principais ISTs, são elas: Sífilis, Herpes e Hpv, devido a serem as ISts com grande prevalência na população, apresentando suas manifestações, formas de transmissão, e tratamentos.
 A infecção pelo vírus HSV é o tipo mais comum em humanos. Os dois tipos virais, HSV-1 e HSV-2, produzem lesões nas mucosas oral e genital, sendo a infecção oral causada principalmente pelo HSV-1. (MARCUCCI, G. et al, 2014).
 A primeira exposição ao HSV-1 ocorre durante a infância, causando a infecção primária. Após a resolução da infecção primária oral, o HSV migra através dos nervos até o gânglio do nervo Trigêmeo, onde permanece em estado de latência. O vírus latente é reativado por estímulos como luz solar (raios UV) febre, imunossupressão, trauma, ou infecção, podendo infectar as células epiteliais e causar uma infecção recorrente. Há um período prodrômico caracterizado por sintoma de “queimação”, dormência ou prurido. Após 24-48 horas, ocorre à erupção de vesículas, localizadas geralmente nas regiões labial e peribucal. As lesões se rompem, formando crostas em aproximadamente 1 a 2 dias, e a cura ocorre em 7 a 10 dias. (MARCUCCI, G. et al, 2014).
 
 O diagnóstico da infecção recorrente é baseado nos sintomas e sinais do paciente, assim como em relato de acometimento prévio de lesões pelo HSV. Em pacientes imunocompetentes, a regressão das lesões é espontânea apesar das recidivas constantes. (MARCUCCI, G. et al, 2014).
 O surto da Herpes dura de 7 a 14 dias, regredindo após disso. Durante esse período, o paciente deve ser orientado a hidratar-se bem, evitar estresse, evitar exposição ao sol, evitar o consumo de comidas e bebidas ácidas e não se auto medicar. O uso de Aciclovir é indicado em caso extremos e em pacientes adultos.
 O Papilomavírus Humano (HPV) é um vírus do gênero Papillomavirus, com mais de 120 subtipos identificados. A infecção por esse vírus é a mais prevalente na população, e sua principal via de transmissão é a sexual, tanto em homens quanto em mulheres, existindo ainda a possibilidade de transmissão por outras vias como a sanguínea, pelo canal do parto, pelo beijo e por objetos contaminados. Os HPVs ditos de “baixo risco” são os subtipos 6, 11,42 e 54, normalmente presentes nas lesões verrucosas, papilomas e condilomas. (KINGEL, S et al. 2013)
 Estima-se que 10 a 40% da população sexualmente ativa são infectados por um ou mais tipos de HPV, sendo que a maior parte destas lesões é transitória, ou seja, o sistema imunológico produz anticorpos que são capazes de inibir a ação do vírus. (KINGEL, S et al. 2013)
 Na cavidade bucal, o papilomavírus está associado principalmente ao papiloma e mais raramente a presença de verrugas vulgares, condiloma acuminado e a Doença de Heck. Alguns autores têm associado à presença de HPV, os subtipos 16 e 18 como fatores contribuintes para o aparecimento do Carcinoma Espinocelular (CEC) da cavidade bucal. (KINGEL, S et al. 2013)
 O tratamento preferencial do HPV é a sua remoção cirúrgica que pode ser feita de inúmeras formas, como por exemplo, a abrasão local, agentes cáusticos, químicos, elétricos, crioterapia e cirurgia a laser. O tratamento medicamentoso para o HPV ainda requer estudos, mas o uso do interferon tem sido promissor. (KINGEL, S et al. 2013)
 
 Desde janeiro de 2017, as doses da vacina contra o HPV são aplicadas em jovens entre 12 e 13 anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas a vacinação foi ampliada para meninos de 11 a 15 anos e homens e mulheres transplantados e oncológicos em tratamento. O objetivo é imunizar 80% dos 7,1 milhões de meninos de 11 a 15 anos e 4,3 milhões de meninas de 9 a 15 anos. Além disso, cerca de 200 mil crianças e jovens, de ambos os sexos, de 9 a 26 anos vivendo com HIV/aids também podem se vacinar contra o HPV. (PORTAL BRASIL, 2017)
 Os jovens precisam tomar duas doses da vacina quadrivalente, com um intervalo de seis meses entre as doses, para ficarem protegidos contra os quatro tipos mais comuns do vírus. Para ampliar a cobertura, a vacina de HPV também fará parte do elenco de vacinas a serem ofertadas na Campanha de multivacinação, que acontecerá no período de 11 a 22 de setembro. O Dia D da campanha de vacinação será dia 16 de setembro. (PORTAL BRASIL, 2017)
 A Sífilis apesar de ser uma doença sistêmica, no seu secundarismo as manifestações intrabucais são muito frequentes. Não será difícil que um Cirurgião-Dentista generalista ou especializado em Estomatologia sejam solicitados para diagnosticar as alterações na mucosa bucal proporcionadas pela doença. Assim podem contribuir para o posterior tratamento e profilaxia desta infecção. (KINGEL, S et al. 2013)
 O agente etiológico é o Treponema pallidium (TP), pertencente à família Spirochaetacea, preferentemente anaeróbio, possuindo espiras regulares, uniformes e separadas, movimentos tipo saca-rolhas. (KINGEL, S et al. 2013)
 A infecção pelo TP não confere imunidade, sendo o homem o reservatório exclusivo, cuja fonte de infecção é unicamente outro humano, especialmente doente de sífilis recente. (SAPP, J et al., 2012)
 A Sífilis não tratada progride através de três estágios clínicos de infecção: (1) sífilis primária; (2) sífilis secundária; e (3) sífilis terciária ou tardia. Os estágios primário e secundário estão intimamente associados e podem até se sobrepor, enquanto a sífilis terciária ou tardia pode ser separada por um período de latência que dura de alguns a vários anos, e varia extensamente entre indivíduos sendotransmitida de mãe infectada para filhos. (SAPP, J et al., 2012) 
 A Sífilis primária ocorre como uma lesão localizada no local do contato e é denominada cancro. Os cancros ocorrem principalmente nos genitais e menos comumente dentro ou ao redor da cavidade. O período de incubação a ssintomático ocorre, em média, em 21 dias, seguido por uma ferida aberta que prolifera com as espiroquetas. Nesse estágio os testes sorológicos serão negativos, mas um diagnóstico pode ser feito usando-se campo escuro ou imunofluorescência e pela observação microscópica do tecido lesional ou exsudato. Sem tratamento, as lesões primárias curam em 10 a 14 dias. (SAPP, J et al., 2012)
 A Sífilis secundária se desenvolve de 2 a 6 meses após a infecção inicial, se o estágio primário não for tratado. As lesões secundárias ocorrem na pele e nas membranas mucosas e são morfologicamente diversas. Elas podem ocorrer com lesões maculares, populares, foliculares, lenticulares, papuloescamosas, nodulares ou placas muco membranosas. As lesões podem aparecer simultaneamente em muitas áreas anatômicas, ou estar localizadas em uma área, com as membranas mucosas. Com ou sem tratamento, as lesões secundárias se curam em 2 a 4 semanas. (SAPP, J et al., 2012)
 Em 1858, Sir Jonathan Hutchinson descreveu as alterações encontradas na sífilis congênita e definiu três achados diagnósticos patognômicos, conhecidos como tríade de Hutchinson: Dentes de Hutchinson, Ceratite ocular intersticial e Surdez associada ao comprometimento do oitavo par de nervos cranianos. (NEVILLE, B et al., 2009) 
 Assim como várias outras tríades diagnósticas, poucos pacientes apresentam todos os três achados. (NEVILLE, B et al., 2009)
 As crianças infectadas como sífilis podem manifestar sinais dentro de 2 a 3 semanas do nascimento. Estes achados iniciais incluem retardo no crescimento, febre, icterícia, anemia, rinite, rágades e erupções cutâneas maculopapulares descamativas, ulcerativas ou vesículo-bolhosas. As crianças não tratadas que sobrevivem costumam desenvolver sífilis terciária com danos aos ossos, dentes, olhos, orelhas e cérebro. A infecção altera a formação dos incisivos (incisivos de Hutchinson) e dos molares (molares em amora, molares de Fournier, molares de Moon). O terço incisal afunila-se em direção à margem incisal exibe um entalhe central hipóplasico. Os molares em amora afunilam-se em direção à superfície oclusal, com uma superfície constritiva. A anatomia oclusa é anormal, com várias projeções globulares desorganizadas que lembram a superfície de uma amora. (NEVILLE, B et al., 2009)
 As lesões denominadas gomas podem destruir o nariz, o palato, e a língua. Nos ossos as lesões terciarias produzem osteomielite e destroem as articulações. A complicação mais séria da sífilis tardia é a destruição das paredes dos vasos sanguíneos maiores, resultando em aneurisma e insuficiência cardíaca. O envolvimento neural leva a demência e a derrames. (SAPP, J et al., 2012)
 Pelo fato de as manifestações primarias e secundarias da sífilis terem lesões exsudativa, os exames em campo escuro e a imunofluorescência direta podem ser usadas para facilitar a detecção dos organismos. A cultura do tecido lesional não pode ser usada para fins diagnósticos. Os testes sorológicos, como a Pesquisa Laboratorial para Doenças Venéreas (VDRL), e a reação plasmática rápida (RPR) são frequentemente usados. (SAPP, J et al., 2012)
 A penicilina G Benzantina é o antibiótico de escolha e é bastante efetivo no tratamento de todos os estágios da sífilis. (SAPP, J et al., 2012)
5 JUSTIFICATIVA
 A abordagem de ISTs e suas peculiaridades são importantes aos adolescentes de 12 a 17 anos, que estão desenvolvendo sua sexualidade e iniciando sua vida sexual. O fato do sexo ainda ser tratado com aspecto natural e positivo da vida humana, faz com que muitos destes adolescentes se encontrem vulneráveis a estas doenças por não conhecerem adequadamente as formas de contágio, os sinais e sintomas, e as formas de prevenção (Brêtas et al, 2009). 
 Desta forma encontramos na escola, o público e ambiente adequado para tratar do assunto. Neste âmbito, o Cirurgião Dentista exerce um papel fundamental na prevenção e no diagnóstico de ISTs, uma vez que na cavidade bucal podem surgir as primeiras manifestações orais, surgindo então a necessidade de encaminhamento para tratamento a nível mais complexo (Obara Na, 2008). 
 
6 OBJETIVOS
6.1 Geral
	Apresentar de maneira didática e interativa, as informações sobre as manifestações bucais de doenças sexualmente transmissíveis aos escolares.
6.2 Específico
Conhecer as manifestações bucais de doenças sexualmente transmissíveis e suas particularidades.
Possibilitar uma a ação educativa, abordando o assunto de maneira didática e interativa. 
	Executar o plano de ação proposto com os alunos.
7 METODOLOGIA
	Ao final, para consolidação do conhecimento, através de uma apresentação no formato de um programa de tv, cujo o roteiro estará disponível na página seguinte. Um desafio de perguntas e respostas sobre o tema será proposto aos alunos. Os alunos que se dispuserem ao desafio serão posicionados, de dois a dois e de frente um ao outro, a pergunta será realizada pela equipe executora. 
Serão realizadas 5 perguntas, assim sendo serão formadas 5 duplas disputantes. O primeiro a responder e acertar será o ganhador e levará como prêmio um brinde composto de kits de higiene bucal, tais como: Escova de dente, creme dental, enxaguante bucal e fio dental. 
 Todo o processo de abordagem, a recepção das informações e o desafio de perguntas e respostas apresentado aos alunos será descrito em um relatório final.
 ROTEIRO 
 O Roteiro de apresentação deste trabalho, seguirá o formato do programa de tv, Casos de família. Onde serão discutidos de forma dinâmica, responsável e breve as ISTs citadas neste trabalho. 
 
 PERSONAGENS:
 
Terão como personagens, apresentadora do programa (Jamylle Nicácio) os convidados a virem ao programa, cada um com uma ISTs a serem discutidas. Mariana Santa, representará uma mulher grávida que adquiriu Sífilis do seu parceiro Wellington Soares. Gisele Silva e Gleyce Silva representarão duas amigas que vivem juntas, fazendo compartilhamento de objetos, facilitando a transmissão do vírus da Herpes. Airley Cristine e Victor Santos, um casal de jovens com Hpv e o Lucian Araújo representando um cirurgião dentista, onde no fim dos casos, fará uma breve explicação sobre as ISTs, como a forma de tratamento e os meios de prevenção, já que as características clínica das ISTs serão descritas por cada um dos personagens e logo exposta em Slides.
 ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO
APRESENTADORA (JAMYLLE NICÁCIO): Boa tarde pessoal, está começando mais um programa casos de família, e o tema de hoje é: “CONFIEI EM VOCÊ E PEGUEI DST”.
 (VINHETA DE ABERTURA DO PROGRAMA)
APRESENTADORA (JAMYLLE NICÁCIO): Estamos aqui com a Mariana e o Wellington, eles estão juntos a 2 anos e a Mariana reclama que o marido a trai e por isso a contaminou com a Sífilis. Vamos entender um pouco desse caso, conta para nós Mariana.
1° CASO (MARIANA): Bom, Cristina esse sem vergonha vai para a festa, volta só no outro dia, tem uns amigos, que quando se juntam, só Deus. Fui ao dentista fazer uma consulta pois estava sentindo uma dor no dente, aí ele viu uma ferida dura na minha boca, bem aqui ó (Mariana aponta para o lábio inferior), aí ele logo me falou para que eu fizesse um exame, um tal de VDRL, e no exame apareceu lá que eu estou com esse negócio chamado de Sífilis.
WELLINGTON: Rapaz ela está é com história, eu vou para festa sim, mas nunca trai ela e não sei nem o que é essa tal de Sífilis. Lá no interior quando aparece essas feridasna gente, é só colocar violeta para sarar e pronto, não tem essas frescuras não.
(Após a fala do marido, acontece uma pequena discussão do casal, fazendo com que a apresentadora intervenha)
JAMYLLE: acalmem-se, esse assunto é muito importante para ser discutido, no final de cada caso, teremos a participação do nosso Doutor. Lucian Araújo, esclarecendo as dúvidas de cada um de vocês.
 	
2° CASO (JAMYLLE): Neste segundo caso, temos essas duas amigas, que moram juntas e uma delas relata ter observado o aparecimento de bolhas sensíveis e doloridas no seu lábio, com coceira e ardência. E uma acusa a outra de ter passado a “doença”. Vamos entender melhor este caso.
GISELE: Cristina, essa criatura só vive pegando as minhas coisas, usa até minhas calcinhas se eu não ficar de olho, meus batons quando eu vou ver, cadê? Ela usa todos. Então eu faço é apostar que eu peguei esse negócio dela, eu tenho é certeza. Ela não quer comprar nada, namora com qualquer um, chega lá em casa todo dia com um boy diferente. Diz ai que é mentira Gleyce, diz ai.
GLEYCE: Eu sou nova e solteira, Cristina. Namoro com quem eu quiser. E qual o problema de usar tuas coisas, Gisele? Amiga é para essas coisas e além do mais você me chamou para morar contigo porque quis, então agora aguente. E você não pode falar é nada, tu lembra daquela blusa que eu te emprestei e nunca mais eu vi? 
JAMYLLE: Gleyce, desculpe, você é uma folgada. Peças intimas, escovas de dente, batons não devem ser compartilhado minha filha. Depois eu volto com vocês duas para resolver essa situação. Agora vamos para o terceiro e último caso. Esse caso, trata-se de um casal de namorados, a Airley e Victor. Onde a Airley, alega ter pego Hpv do namorado, o Victor. Conte-nos sua história, Airley.
AIRLEY: Eu estou aqui Cristina, porque o meu namorado é um cachorro e ele fica com todas as meninas do bairro, não tem uma que escapou dele. E o pior é que ele fica com elas, não usa camisinha com elas e também não quer usar comigo, se eu digo que não quero fazer nada sem camisinha, ele fica zangado. Aí observei uma ferida com a cor meio que rosa na minha boca, parecendo uma “couve-flor” como eu leio um pouco, eu fiquei logo com medo de ser uma doença grave, fui ao médico e ele me disse que estou com essa Hpv.
VICTOR: Não é bem assim não, eu fico com as mulheres pois elas ficam atrás de mim e eu como sou homem, não vou dispensar né? Além do mais, ela tem mania que querer ter relações comigo com camisinha, eu não gosto, acho ruim demais e se ela não gosta, tem quem goste.
JAMYLLE: Victor, sabe o que eu acho? É que você é um sem noção, que está procurando contrair todos os tipos de DSTs. Até eu que sou leiga no assunto, sei que ter relações sem camisinha é extremamente perigoso. O pior é você querer obrigar a sua parceira a ter também.
JAMYLLE: agora iremos ouvir o que o dentista convidado pelo nosso programa tem a dizer para a gente sobre cada um desses casos. Boa tarde doutor, todas essas características que foram descritas aqui por eles, podem ser sintomas de DSTS? Explica para nós o que seria uma DST.
LUCIAN: Boa tarde Cristina, primeiramente obrigado pelo convite.
Então Cristina, esse termo DST, hoje foi modificado, e agora se usa a terminologia IST, infecções sexualmente transmissíveis. Essa mudança aconteceu por conta do departamento de HIV e AIDS que passou a utilizar esse termo visto que o "D" de DST vem de doença, que implica em sintomas e sinais visíveis no organismo do indivíduo, já infecções podem ter períodos assintomáticos, como por exemplo Sífilis e Hpv que tem períodos assintomáticos sendo detectados só por meio de exames.
Sobre o primeiro caso, é importante dizer que atualmente o Brasil vive uma nova epidemia de Sífilis, os casos aumentaram de uma maneira alarmante, cerca de 5.000% nos últimos cinco anos, devido ao comportamento sexual dos brasileiros, principalmente dos jovens. Então é preciso se cuidar e ficar alerta. O teste rápido para sífilis é gratuito, Ele está disponível no SUS, é bem rápido com o resultado em no máximo 30 minutos.
CRISTINA: Doutor e como é feito esse teste?
LUCIAN: O sangue vai ser coletado e a amostra vai ser colocada em um dispositivo, aí se nele aparecer só uma linha o resultado é não reagente para a sífilis, ou seja, a pessoa não está contaminada. E caso aparecerem duas linhas significa que o teste deu positivo e a pessoa tem que fazer um teste em laboratório para confirmar se está ou não com sífilis. Os exames laboratoriais que a pessoa deve realizar vão ser o FTA-abs que é o padrão outro para detectar anticorpos do treponema, que é a bactéria que transmite a sífilis, e o VDRL, como a Mariana falou.
É preciso uma atenção especial ao caso dela porque além da via sexual a sífilis pode ser transmitida da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou parto. E o tratamento é muito importante para evitar complicações na mãe e evitar que o bebê seja contaminado e tenha sífilis congênita. Porque pode ocorrer uma infecção pela placenta e o bebê pode nascer com algumas alterações como cegueira, surdez, retardo mental e anomalias nos dentes.
O tratamento da sífilis durante a gestação é feito com a penicilina e ele vai depender da fase de infecção em que a mãe se encontra. Se for a primária como no caso da mariana, uma dose única já resolve, mas o Wellington também deve fazer o tratamento da sífilis para que a doença não progrida e ela não volte a ficar infectada. Até que o tratamento seja completado, é recomendado que vocês devem evitem contato íntimo, e se houver que seja com o uso do preservativo.
MARIANA: Eu não quero mais nada com esse traste não!
JAMYLLE: E agora em relação ao segundo caso, tem algum problema a Gleyce usar as maquiagens, escova de cabelo, da Gisele? Tem perigo de compartilhar escova, toalha, barbeador, entre outros objetos de uso pessoal?
LUCIAN: Seja o batom, o rímel, ou a escova de cabelo, melhor é não emprestar. Nem se seja sua melhor amiga. É mais seguro e muito mais higiênico que cada uma use a sua. De acordo com o que elas relataram essas bolhas avermelhadas e as feridas nos lábios, provavelmente as duas contraíram o vírus do herpes simples, o HSV-1.
Além das feridas, a pessoa pode apresentar febre por mais de um dia, corrimento vaginal, sensação de coceira, queimação ou formigamento nos lábios, e dor de cabeça.
JAMYLLE: Doutor e esse vírus pode se pegar tão fácil assim ou tem outras formas?
LUCIAN: A principal forma de transmissão do herpes simples é pelas vias sexuais, pelo Sexo oral, anal, ou vaginal, onde a penetração aconteça sem o uso da camisinha, o que deixa a pessoa sujeita à infecção. E também pode se pegar o vírus do herpes labial pelo beijo, usando a mesma roupa, o mesmo copo, talheres, objetos que a pessoa contaminada tenha entrado em contato ou até o mesmo batom como no caso delas.
GISELE: Tá vendo bicha nojenta, tu me passou herpes!
GLEYCE: IH, e porque fui eu? Tu que deve ter pego e passou para mim!
GISELE: lógico que foi tu! Doutor pelo amor de Deus, herpes tem cura? Como é que eu faço para tirar isso de mim?
LUCIAN: Infelizmente Não existe cura para a herpes simples, mas depois de mais ou menos 7 a 14 dias, as feridas vão regredir de forma espontânea, vão sumir. Mas há chances que elas voltem a aparecer, e durante esse período, você deve beber bastante água, evitar estresse, evitar se expor muito tempo ao sol, usar protetor solar é importante, e evitar consumir bebidas que sejam ácidas. E mais importante, tenham cada uma a sua escova, seu batom, não compartilhem esses objetos de uso pessoal.
GLEYCE: não dá mesmo, com uma menina sebosa desse jeito.
GISELE: Tu é cara de pau viu?	
JAMYLLE: Meninas, fiquem calmas e vamos deixar o doutor dar continuidade, já estamos passando do nosso horário dando e não quero que ninguém saia daqui sobre essas informações tão importantes. Doutor, sobre o Hpv é verdade que ele pode torna-se um câncer?
LUCIAN: Bom, Cristina. O Hpv é um vírus e é considerado umadas ISTs mais prevalentes na população. A sua principal via de transmissão é contato direto com a pele ou mucosa da pessoa infectada, durante uma relação sexual desprotegida ou até mesmo durante o sexo oral. Existindo ainda a possibilidade de transmissão por outra durante o momento do parto, da mãe para o bebê. Na boca, como é o caso da Airley ele pode ocorrer em qualquer região, mas principalmente nos lábios e língua. Geralmente ele tem uma coloração rosada ou esbranquiçada, tendo a característica de um couve-flor, como foi dito pela Airley. O diagnóstico é feito durante o exame clínico da lesão, citologia esfoliativa e biópsia. O tratamento desta IST é feito através de cauterização e/ou cirurgia. Lembrando, que quando não tratado de forma correta, a mulher pode vir a adquirir o Câncer de colo do útero.
JAMYLLE: Doutor, essa vacina que está disponível, é só para meninas?
LUCIAN: O Ministério da Saúde vai ampliar a vacinação de HPV para meninos de 11 a 15 anos. Desde janeiro, as doses eram aplicadas em jovens entre 12 e 13 anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A meta estipulada para 2017 é vacinar 80% das 7,1 milhões de crianças brasileiras do sexo masculino nessa faixa etária, a fim de protege-las, inclusive dos cânceres de pênis, garganta e ânus, diretamente ligados ao HPV. Com a inclusão dos meninos no público-alvo da vacinação, o Brasil se tornou o primeiro País da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para esses jovens em programas nacionais de imunizações.
JAMYLLE: Doutor gostaria de agradecer novamente a sua presença, foi de extrema importância debatermos sobre esse assunto que muitos ainda não têm entendimento. Bom ressaltar também, que a melhor prevenção para essas ISts, é o uso de preservativo masculino ou feminino, durante as relações sexuais e também durante o sexo oral. Além de uma consulta regular ao dentista.
(ENCERRAMENTO DO PROGRAMA, COM APLAUSOS DA PLATEIA)
8 CRONOGRAMA
	Etapas
	Agosto
	Setembro
	Elaboração do plano de ação
	 14/08
	
	Apresentação do plano de ação
	
	 04/09
	Execução da atividade prática
	
	 25/09
	Formulação do relatório final
	
	 27/09
9 IMPACTOS GERADOS
	Acredita-se que este plano de ação acrescentará ou trará conhecimento a estes alunos sobre as manifestações orais de doenças sexualmente transmissíveis. Ressaltando a importância destas manifestações para o diagnóstico de uma ISTs, no encaminhamento do paciente ao tratamento efetivo, e principalmente, no alerta que estas manifestações fornecem como sinal de início ou evolução de uma doença. Desta forma acreditamos que nós dentistas ao conhecer de maneira aprofundada as manifestações orais causadas pelas ISTs podemos também auxiliar na sua prevenção.
10 PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA
O presente trabalho fará uso dos recursos descritos e orçados na tabela abaixo. Todos os recursos serão custeados pela própria equipe executora.
	Material
	Quantidade
	Valor unitário em reais
	Total
	Balões
	
	
	
	Cesta 
	
	
	
	Papel celofane
	
	
	
	Laço para presente
	
	
	
	Escova dental
	
	
	
	Enxaguantes bucais
	
	
	
	Fio dental
	
	
	
	Valor Total = 
	
 Obs: Não foi incluso em nosso orçamento cremes dentais, pois os mesmos serão doados por um componente da equipe. 
 Os valores ainda não foram inclusos pois ainda iremos sair a procura de preços, mas antes de ser entregue o trabalho escrito modificado para uma nova apresentação, eles já estarão inclusos aqui nesta tabela.
REFERÊNCIAS
MINISTÉRIO DA SÁUDE. Vigilância, Prevenção e controle das IST, do HIV/AIDS e Hepatites virais. 2017
MARCUCCI, G. et al. Estomatologia. 2 ed. São Paulo: Santos, 2014.
KINGEL, S et al. Estomatologia: Bases do diagnóstico para o clínico geral. 2 ed. São Paulo: Santos,2013
SAPP, J et al. Patologia bucomaxilofacilo contemporânea. 2 ed. São Paulo: Santos, 2012.
 Obara An, MY; Câmara, J; Silva, MRA; Oliveira, LC; Benzaken, AS. Manifestações bucais em pacientes portadores de doenças sexualmente transmissíveis. J bras Doenças Sex Transm 2008: 20(3-4): 161-166
NEVILLE, B et al. Patologia oral & maxilofacial. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
PORTAL BRASIL. Cobertura da vacinação contra HPV pelo Sus é ampliada. 2017

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