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Universidade Federal do Espírito Santo Centro de Ciências Agrárias Depto de Engenharia Rural Profa. Gisele Rodrigues Moreira Enga. Agrônoma Dra. Genetica e Melhoramento E-mail: gisele.moreira@ufes.br giselemoreira.webnode.com IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA E CONCEITOS BÁSICOS ESTATÍSTICA DESCRITIVA Estatística descritiva ou análise exploratória dos dados: Parte da estatística que lida com a organização, resumo e apresentação de dados por meio de uso de tabelas, de gráficos e de medidas de posição, dispersão e pela natureza da distribuição em que ocorrem. INTRODUÇÃO 2 INTRODUÇÃO ETAPAS: 1a - Coleta ou levantamento dos dados; 2a - Organização dos dados; 3a – Apresentação e representação dos dados. Apresentação em tabelas e gráficos Medidas de posição ou tendência central Medidas de dispersão ou variabilidade Estatísticas descritivas de distribuição 3 • TIPOS DE VARIÁVEIS Qualitativa Quantitativa Nominal (classificação) Ordinal (ordenadação) Discreta (contagem) Contínua (mensuração) Fator RH (RH+ e RH-) Comportamento de um animal (submisso, neutro ou agressivo) Número de folhas por planta Altura de plantas COLETA DOS DADOS 4 Importante: A forma que os dados são coletados, e os procedimentos para organizá-los e apresentá- los depende do tipo de variável!!!!!!! 5 • Dados brutos forma sem ordenação e sem nenhum tipo de arranjo sistemático • Dados elaborados forma ordenada e com algum tipo de arranjo sistemático (seqüência crescente, decrescente, ou outra) ORGANIZAÇÃO DOS DADOS 6 Dados brutos – Variável quantitativa contínua Dados referentes ao teor de trióxido de enxofre em exemplares de certo tipo de pó 14,4 14,7 14,8 15,3 14,1 15,6 16,1 17,3 16,6 14,6 14,8 15,2 15,5 14,3 15,9 16,5 22,4 17,2 14,4 14,7 14,9 15,3 14,2 15,7 16,2 17,3 17,2 14,4 14,8 15,0 15,4 14,3 15,9 16,4 21,9 17,2 14,4 14,8 15,0 15,4 14,3 15,7 16,4 17,8 17,2 7 Dados elaborados – Variável quantitativa contínua Dados referentes ao teor de trióxido de enxofre (em %) em 45 exemplares de certo tipo de pó 14,1 14,4 14,7 14,8 15,3 15,6 16,1 16,6 17,3 14,2 14,4 14,7 14,9 15,3 15,7 16,2 17,2 17,3 14,3 14,4 14,8 15,0 15,4 15,7 16,4 17,2 17,8 14,3 14,4 14,8 15,0 15,4 15,9 16,4 17,2 21,9 14,3 14,6 14,8 15,2 15,5 15,9 16,5 17,2 22,4 8 • Tabelas • Gráficos • Histograma e Polígono de frequência APRESENTAÇÃO DOS DADOS 9 TABELA Objetiva resumir, com certo formalismo, um conjunto de observações. Permitem totalizar linhas e colunas e estabelecer proporções em várias direções, conforme a necessidade do estudo. OBS: Os quadros NÃO resumem informações, apenas as registram. Logo, as informações nos quadros não se relacionam entre si!!!! 10 CARACTERÍSTICAS DE UMA TABELA: Ver “Normas Tabulares” (IBGE, 1993) 11 Sucessão de dados “estatísticos” referentes a qualquer variável. Pode ser de quatro tipos: - Série temporal, histórica ou cronológica (época a que se refere o fenômeno analisado) - Série geográfica, territorial ou de localidade (onde o fenômeno ocorre) - Série específica ou categórica (o fenômeno que é descrito) - Série mista Série estatística 12 Ano Número de alfabetizados 2000 93.839.744 2010 147.385.581 Tabela 1. Número de alfabetizados com idade de 10 ou mais anos, nos censos de 2000 e 2010. Fonte: IBGE, censos demográficos 2000 e 2010 Série temporal, histórica ou cronológica 13 Situação de domicílio Número de alfabetizados Urbana 128.091.166 Rural 19.294.415 Fonte: IBGE, censo demográfico 2010 Série geográfica, territorial ou de localidade Tabela 2. Número de alfabetizados, na idade de 10 anos ou mais, por situação de domicílio, de acordo com o censo brasileiro de 2010. 14 Série específica ou categórica Gênero Número de alfabetizados Homens 71.361.117 Mulheres 76.024.464 Tabela 3. Número de alfabetizados, segundo o gênero, na idade de 10 anos ou mais, de acordo com o censo brasileiro de 2010. Fonte: IBGE, censo demográfico 2010 15 Série temporal, histórica ou cronológica Série geográfica, territorial ou de localidade Série específica ou categórica Série mista 16 Gênero 2000 2010 Homem 45.990.282 71.361.117 Mulher 47.849.462 76.024.464 Tabela 4. Número de alfabetizados, segundo o gênero, na idade de 10 anos ou mais, de acordo com o censo brasileiro de 2000 e 2010. Série mista Fonte: IBGE, censos demográficos 2000 e 2010 17 São tabelas onde se procura corresponder os valores observados da variável em estudo com as respectivas freqüências. Tabelas de distribuição de frequências 18 Tipos: Tabela de distribuição de frequências DISCRETA ou PONTUAL dados quantitativos discretos Tabela de distribuição de frequências INTERVALAR dados quantitativos contínuos 19 20 Tabela de distribuição de freqüências – DISCRETA OU PONTUAL EXEMPLO: Supondo que desejamos apresentar, em uma tabela de distribuição de frequências pontual, os dados hipotéticos de valores da variável “número de animais contaminados por determinada doença”, obtidos a partir de 20 propriedades rurais, quais sejam: 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 4 5 21 Tabela de distribuição de freqüências – DISCRETA OU PONTUAL EXEMPLO: 10 PASSO: Obter as frequências absolutas (Fi) - dadas pela contagem do número de ocorrência de cada resultado. 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 4 5 0 → 4 1 → 7 2 → 5 3 → 2 4 → 1 5 → 1 21 22 20 PASSO: Obter as demais frequências: - frequência relativa (Fri), - frequência relativa percentual (Fpi%), - frequência acumulada (Fci) e - frequência acumulada percentual (Fci%) 30 PASSO: Montar a tabela de distribuição de frequências. 22 23 Tabela de distribuição de frequências – DISCRETA OU PONTUAL No animais contaminados Fi Fri Fpi (%) Fci Fci (%) 0 4 0,20 20 4 20 1 7 0,35 35 11 55 2 5 0,25 25 16 80 3 2 0,10 10 18 90 4 1 0,05 5 19 95 5 1 0,05 5 20 100 Total (n) 20 1,00 100 - - Tabela 5. Tabela de distribuição de frequências pontual para o número de animais contaminados para um grupo de 20 propriedades. 23 24 EXEMPLO: Sejam os dados referentes ao teor de trióxido de enxofre (em %) em 45 exemplares de certo tipo de pó: 14,1 14,4 14,7 14,8 15,3 15,6 16,1 16,6 17,3 14,2 14,4 14,7 14,9 15,3 15,7 16,2 17,2 17,3 14,3 14,4 14,8 15,0 15,4 15,7 16,4 17,2 17,8 14,3 14,4 14,8 15,0 15,4 15,9 16,4 17,2 21,9 14,3 14,6 14,8 15,2 15,5 15,9 16,5 17,2 22,4 Tabela de distribuição de frequências – CONTÍNUA OU INTERVALAR 25 EXEMPLO: 10 PASSO: número de classes: k = 7 20 PASSO: amplitude de classe: c = 1,4 30 PASSO: limite inferior da primeira classe: Li1a = 13,4 40 PASSO: obter as frequências absolutas (Fi) - dadas pela contagem do número de ocorrência de resultado em cada classe. Tabela de distribuição de frequências – CONTÍNUA OU INTERVALAR 26 FÓRMULAS: 745 classes de Número nk 1 que Em 4,1 17 1,144,22 1 classe de oCompriment - X XA k A c n 4,13 2 4,1 1,14 2 2 classe primeira dainferior Limite 11 11 c XLi c XLi a a 1ª classe: 13,4 ├ 14,8 2ª classe: 14,8 ├ 16,2 3ª classe: 16,2 ├ 17,6 4ª classe: 17,6 ├ 19,0 5ª classe: 19,0 ├ 20,4 6ª classe: 20,4 ├ 21,8 7ª classe: 21,8 ├ 23,2 Obtenção das classes: Se, K é igual a 7, então são sete classes. O limite inferior da primeira classe começa é o valor 13,4 (LI1a). E, cada classe tem o comprimento (c) de 1,4. 27 28 40 PASSO: Obteras frequências absolutas (Fi) - dadas pela contagem do número de ocorrência de resultado em cada classe 14,1 14,4 14,7 14,8 15,3 15,6 16,1 16,6 17,3 14,2 14,4 14,7 14,9 15,3 15,7 16,2 17,2 17,3 14,3 14,4 14,8 15,0 15,4 15,7 16,4 17,2 17,8 14,3 14,4 14,8 15,0 15,4 15,9 16,4 17,2 21,9 14,3 14,6 14,8 15,2 15,5 15,9 16,5 17,2 22,4 1ª classe: 13,4 ├ 14,8 → 12 2ª classe: 14,8 ├ 16,2 → 19 3ª classe: 16,2 ├ 17,6 → 11 4ª classe: 17,6 ├ 19,0 → 1 5ª classe: 19,0 ├ 20,4 → 0 6ª classe: 20,4 ├ 21,8 → 0 7ª classe: 21,8 ├ 23,2 → 2 29 30 50 PASSO: Obter as demais frequências: - frequência relativa (Fri), - frequência relativa percentual (Fpi%), - frequência acumulada (Fci) e - frequência acumulada percentual (Fci%) 60 PASSO: Montar a tabela de distribuição de frequências. 30 31 Classes Fi Fri Fpi% Fci Fci% 13,4 ├ 14,8 12 0,27 27 12 27 14,8 ├ 16,2 19 0,43 43 31 70 16,2 ├ 17,6 11 0,24 24 42 94 17,6 ├ 19,0 1 0,02 2 43 96 19,0 ├ 20,4 0 0 0 43 96 20,4 ├ 21,8 0 0 0 43 96 21,8 ├ 23,2 2 0,04 4 45 100 Total 45 1,0 100 - - Tabela 6. Tabela de distribuição de frequências intervalar do teor de trióxido de enxofre (em %) em exemplares de certo tipo de pó 31 32 EXERCÍCIO Classes Fi Fri Fpi% Fci Fci% 150 ├ 158 7 158 ├ 166 5 166 ├ 174 10 174 ├ 182 12 182 ├ 190 5 190 ├ 198 1 Total 40 1,00 100 - - Tabela 7. Altura (cm) de 40 alunos do curso de Estatística da UFES (dados hipotéticos) 32 33 EXERCÍCIO - resposta Classes Fi Fri Fpi% Fci Fci% 150 ├ 158 7 0,18 18 7 18 158 ├ 166 5 0,12 12 12 30 166 ├ 174 10 0,25 25 22 55 174 ├ 182 12 0,31 31 34 86 182 ├ 190 5 0,12 12 39 98 190 ├ 198 1 0,02 2 40 100 Total 40 1,00 100 - - Tabela 8. Altura (cm) de 160 alunos do curso de Estatística da UFES (dados hipotéticos) 33 Possibilita rápida impressão visual da distribuição dos valores ou das freqüências observadas. GRÁFICO 34 Tipos de gráficos de barras verticais (ou colunas) de barras horizontais de linhas de setores (ou pizza) Etc. (Excel Inserir Gráfico) Histograma e polígono de frequências 35 GRÁFICO DE BARRAS VERTICAIS (OU COLUNAS) Usado para apresentar variáveis qualitativas (nominais ou ordinais). Ou seja, é usado para comparar valores em diversas categorias. 36 Ex: GRÁFICO DE BARRAS VERTICAIS Fonte: VIEIRA, S. Introdução à Bioestatística. 4 ed. Elsevier, 2008. 0 10 20 30 40 50 60 70 Sim Em parte Não Sem resposta Figura 1. Resposta de 100 pessoas submetidas a uma cirurgia estética reparadora quando perguntadas se consideravam que a cirurgia plástica havia melhorado a aparência delas. Resposta F re q u ê n c ia r e la ti v a p e rc e n tu a l 37 38 0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 1 2 3 4 5 F re q u ê n c ia nº de animais contaminados Figura 2. Gráfico de distribuição de frequências pontual para o número de animais contaminados para um grupo de 20 propriedades. GRÁFICO DE COLUNAS MÚLTIPLO Figura 3. Dívida externa de Portugal durante os anos de 2003 – 2008 (milhões de euros). 39 GRÁFICO DE BARRAS HORIZONTAIS Também usado para apresentar variáveis qualitativas (nominais ou ordinais), porém são o melhor tipo para comparar múltiplos valores categóricos. 40 Ex: GRÁFICO DE BARRAS HORIZONTAL Figura 4. Setores participantes de carteiras de crédito e seus respectivos percentuais. 41 Fonte: http://edicaodigital.folha.com.br GRÁFICO DE LINHAS Usado para exibir tendências ao longo do tempo tanto para variáveis qualitativas e quantitativas. 42 Ex: GRÁFICO DE LINHAS Figura 5. Ocorrência da Síndrome de Down em seres humanos de acordo com a idade da mãe. Fonte: ENADE , 2009 – Biomedicina 43 Figura 6. Área colhida de soja do Brasil, Argentina e Estados Unidos. Fonte: Ministério da agricultura, Pecuária e Abastecimento (http://www.agricultura.gov.br) GRÁFICO DE LINHAS 44 GRÁFICO DE SETORES OU PIZZA Especialmente usado para apresentar variáveis qualitativas nominais, de modo que os valores podem ser somados ou quando existe apenas uma série de dados e todos os valores são positivos. 45 Figura 7. Casos de intoxicação humana (%) por animal peçonhento, ocorridos no Brasil em 2005, de acordo com o animal. Ex: GRÁFICO DE SETORES OU PIZZA 19,71% 20,91% 24,67% 34,71% Aranha Serpente Outros animais Escorpião Fonte: VIEIRA, S. Introdução à Bioestatística. 4 ed. Elsevier, 2008. 46 Usados para dados quantitativos contínuos apresentados em tabelas de distribuição de frequência intervalar. Histograma e polígono de frequência IMPORTÂNCIA: Verificar a forma de distribuição dos dados 47 Gráfico de coluna utilizado para representar distribuições de freqüências com dados agrupados em classes. Especialmente indicado para dados em tabelas de distribuição de frequência intervalar. 48 Gráfico obtido pela união de pontos dos lados superiores dos retângulos de um histograma por meio de segmentos de reta consecutivos. 49 HISTOGRAMA E POLÍGONO DE FREQÜÊNCIA Figura 8. Histograma e polígono de frequência. 50 51 EXERCÍCIO: Obter o histograma e o polígono de frequência a partir dos dados agrupados na Tabela de distribuição de frequências INTERVALAR abaixo: iX Classes Fi Fri Fpi% Fci Fci% 13,4 ├ 14,8 12 0,28 28 12 28 14,8 ├ 16,2 19 0,42 42 31 70 16,2 ├ 17,6 11 0,24 24 42 94 17,6 ├ 19,0 1 0,02 2 43 96 19,0 ├ 20,4 0 0 0 0 0 20,4 ├ 21,8 0 0 0 0 0 21,8 ├ 23,2 2 0,04 4 45 100 Total 45 1,0 100 - - Tabela 6. Tabela de distribuição de frequências intervalar do teor de trióxido de enxofre (em %) em exemplares de certo tipo de pó 51 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 13,4 ├ 14,8 14,8 ├ 16,2 16,2 ├ 17,6 17,6 ├ 19,0 19,0 ├ 20,4 20,4 ├ 21,8 21,8 ├ 23,2 Figura 9. Histograma para o teor de trióxido em exemplares de certo tipo de pó. Fi Classes 52 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 14,1 15,5 16,9 18,3 39,4 21,1 22,5? ? Figura 10. Polígono de frequência para o teor de trióxido em exemplares de certo tipo de pó. Fi Pontos médios das classes 53 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 14,1 15,5 16,9 18,3 39,4 21,1 22,5 Figura 11. Polígono de frequência para o teor de trióxido em exemplares de certo tipo de pó. 23,912,7 Fi Pontos médios das classes 54 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 13,4 ├ 14,8 14,8 ├ 16,2 16,2 ├ 17,6 17,6 ├ 19,0 19,0 ├ 20,4 20,4 ├ 21,8 21,8 ├ 23,2 Figura 12. Histograma e polígono de freqüência para o teor de trióxido em exemplares de certo tipo de pó. Histograma Polígono de frequência Fi Classes 55 EXERCÍCIO Figura 13. Variação de anticorpos para a doença X em relação a uma corte populacional específica (área endêmica). (ENADE 2010 – Biomedicina) 56 (A) (B) (C) (D) (E) Resposta: B 57 MEDIDAS DE POSIÇÃO OU TENDÊNCIA CENTRAL Objetivos: • representar o ponto central de um conjunto de dados (média, mediana e moda), • estabelecer em torno de que valores representativos os dados se distribuem, • dividir o conjunto de dados em partes iguais (separatrizes mediana). 58 MEDIDAS DE POSIÇÃO OU TENDÊNCIA CENTRAL Média aritmética Mediana Moda OBS.: Serão apresentados nesta aula apenas os cálculos para a média aritmética, a mediana e a moda em grupamento simples, mas há casos em que se obtém estas medidas a partir dos dados agrupadosem tabelas de distribuição de frequências pontual ou intervalar. 59 Média aritmética n XXXX n X X n n i i ...3211 Conceito: Soma das observações dividida pelo número delas. 60 Média aritmética Ex: Determinar a média aritmética simples do seguinte conjunto de valores: 7, 9, 10, 14, 15 e 17. 12 6 17151410971 n X X n i i 61 Média aritmética Conjunto de valores: 7, 9, 10, 14, 15 e 17. 12X 7 9 10 14 15 17 62 Mediana • Conceito: É o valor que ocupa a posição central da série de dados, quando estes são colocados em ordem crescente ou decrescente. 63 Mediana ) 2 1 ( nX 2 ) 2 2 () 2 ( nn XX Md = Se n for PAR Se n for ÍMPAR 64 Mediana 12 2 1410 22 logo , 2 43 ) 2 26 () 2 6 ( ) 2 2 () 2 ( XX XX XX nn Ex: Determinar a mediana do seguinte conjunto de valores: 7, 9, 10, 14, 15 e 17. Como n = 6 PAR, a mediana é dada por: 65 Moda • Conceito: É o resultado que ocorre com maior freqüência numa série de dados. Tabela 10. Distribuição de frequências pontual para a variável nota da 1ª prova de estatística. Unimodal Mo = 6,5 66 Moda 67 IMPORTANTE: Uso da média, mediana e moda para cada tipo de variável: A média só pode ser calculada para variáveis quantitativas. Para as variáveis qualitativas nominais somente podemos trabalhar com a moda. Para as variáveis qualitativas ordinais, além da moda, podemos trabalhar com a mediana. 68 EXERCÍCIO Classe fenotípica Frequência absoluta (Fi) AL 7 AR 3 VL 3 VR 1 Calcule: média aritmética e a moda (classifique) Tabela. Distribuição de frequências pontual para a variável cor e textura da semente de ervilha referente à análise da geração F2 do cruzamento de uma planta de ervilha com sementes amarelas e lisas (AL) com outras verdes e rugosas (VR). 69 EXERCÍCIO - resposta 14 1337 14 14 1 VRVLARAL X X i i Média aritmética Moda A classe que possui maior frequência é AL (Fi = 7), Assim Mo = AL; Unimodal Como a variável é qualitativa nominal não tem como calcular a média, pois não tem como proceder o cálculo. 70 MEDIDAS DE DISPERSÃO E VARIABILIDADE Objetivos: quantificar a dispersão dos dados em torno do ponto central, Caracterizar e diferenciar a dispersão espacial dos dados. 71 MEDIDAS DE DISPERSÃO E VARIABILIDADE • Amplitude total • Variância • Desvio padrão • Desvio médio • Coeficiente de variação • Erro padrão da média 72 Amplitude total • Conceito: Diferença entre a maior e a menor observação. Exemplo: produção leiteira (Litros/animal/dia) 10,2 10,5 11,5 11,9 12,7 12,6 12,9 A = 12,9 – 10,2 = 2,7 l/a/d 1XXA n 73 Desvio médio • Conceito: Média dos desvios absolutos em relação à média (ou mediana), da amostra. n XX n i i X 1ˆ 74 Suponha que tenham sido encontrados os seguintes valores de alturas de planta, em cm: 208 203 202 200 198 197 192 200cm aritméticaMédia Em que, Xi = valores ou dados observados m = média verdadeira dos dados ei = desvios em relação a média xi = m + ei 75 203 208 198 200 202 192 197 200X e1 = 8 e2 = 3 e3 = 2 e4 = 0 e5 = -2 e6 = -3 e7 = -8 mˆ X eˆ ii Obtenção dos desvios (ei): 0)( 1 XX n i i 76 Desvio médio n XX n i i X 1ˆ 0)( 1 XX n i i Módulo da soma dos desvios Número de elementos da amostra 77 Exemplo: Considerando os valores de alturas de planta, em cm: 208 203 201 200 198 197 192 cm 71,3ˆ 7 )200192(...)200203()200208( ˆ )( ˆ 1 X X n i i X n XX 78 Variância • Conceito: Dispersão dos valores em torno da média, ou seja, a média dos quadrados das diferenças dos valores em relação à sua média (Quadrado médio). 1 )( ˆ 1 2 2 n XX n i i 79 1 )( ˆ 1 2 2 n XX n i i 0)( 1 XX n i i Soma de quadrados dos desvios Graus de liberdade Variância Variância 1 )( ˆ 1 2 2 n XX n i i 1 )( ˆ 1 1 2 2 2 n n X X n i n i i i 81 Exemplo: Considerando novamente os seguintes valores de alturas de planta, em cm: 208 203 201 200 198 197 192 22 2 222 2 7 1 7 1 2 2 2 cm 67,25ˆ 6 7 )192...203208( )192...203208( ˆ 17 7 )( ˆ i i i i X X Desvio padrão • Conceito: É a raiz quadrada da variância. 2ˆˆ Tem a vantagem, em relação à variância de estar na mesma unidade dos dados originais! 83 Exemplo: Alturas de planta, em cm: 208 203 201 200 198 197 192 22 cm 67,25ˆ Variância cm 07,567,25ˆ padrão Desvio 2 84 203 208 198 200 202 192 197 200X 07,5200ˆ200ˆ X A dispersão em torno da média é de 5,07 cm a mais que a média e 5,07 a menos, em média. Ou seja, os valores de altura de planta dispersam em torno de 194,93 cm e 205,07 cm em torno da medida de posição. 07,5ˆ 07,5ˆ 85 Coeficiente de variação • Conceito: Medida da variabilidade relativa de uma amostra ou população. 100. ˆ % X CV VANTAGEM: Medida adimensional!! Compara conjunto de dados com diferentes unidades de medida e,ou médias com diferentes magnitudes e única unidade. 86 22 // 2,1ˆ diaanimalleite )//( 1,12,1ˆ diaanimalleite Exemplo: Variável X: produção leiteira (litros/animal/dia) X = 10,2 10,5 11,5 11,9 12,7 12,6 12,9 Variável Y: Alturas de planta (cm) Y = 208 203 201 200 198 197 192 %32,9% 100. 8,11 1,1 % X X CV CV %54,2% 100. 200 07,5 % Y Y CV CV A variável Y possui menor variabilidade, pois possui menor CV%. 87 Erro padrão da média • Conceito: Medida de dispersão das médias amostrais em torno da média da população. n X ˆ ˆ É um estimador da precisão da estimativa de uma média populacionall!! 88 Erro padrão da média n n n n n n N 5 Amostras (n) Amostra 1 Amostra 2 … Amostra 5 1X 2X 5X ˆ 5 ˆ ˆ X 89 Exemplo: Alturas de planta, em cm: 208 203 201 200 198 197 192 cm n X X 92,1 7 07,5 ˆ ˆ ˆ Quanto menor o valor do erro padrão da média, mais provável será a chance de se obter a média amostral nas proximidades da média populacional!! 90 ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS DE DISTRIBUIÇÃO Coeficiente de assimetria Coeficiente de curtose 91 Coeficiente de assimetria • Conceito: Mede a simetria ou assimetria de uma distribuição. - Se As 0 a distrib. será Assimétrica Positiva; - Se As = 0 a distrib. será Simétrica; - Se As 0 a distrib. será Assimétrica Negativa. ˆ oMXAs ˆ )(3 dMXAs 92 ASSIMETRIA 93 Distribuição simétrica Distrib. Assimétrica positiva Distrib. assimétrica negativa 94 Coeficiente de curtose • Conceito: Mede o grau de achatamento de uma distribuição. 95 Coeficiente de curtose = 0,263 mesocúrtica (distribuição normal) > 0,263 leptocúrtica <0,263 platicúrtica )3)(2( )1(3 ˆ)3)(2)(1( )1( 2 1 4 nn nXX nnn nn n i i 96 FIM Literatura recomendada: DEVORE, J. L. Probabilidade e estatísitica para engenharia e ciências. 6.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. 692p. MONTGOMERY, Douglas C.; RUNGER, George C. Estatística aplicada e probabilidade para engenheiros. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. xii, 463 p. TOLEDO, G.L. & OVALLE, I.I. Estatística básica. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1982. 459p. TRIOLA, Mario F. Introdução à estatística. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. xxvi, 696 p. 97
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